Divagações


O TEMPO RESOLVE?

Mais alguém se sente cansado de escrever sobre a atualidade? Tudo foi dito, tudo foi escrito. A chamada Resistência já colocou o dedo em todas as feridas, do Sistema doente e decadente. Já expusemos todos os capítulos da Agenda 2030, um a um, com todo o detalhe. Agora parecemos caixas de ressonância, dos outros e de nós próprios, a dar eco ao que já deveria ser óbvio, para toda a gente.

Só com teoria, não vamos a lado nenhum. Marcamos a nossa posição a marcar passo. Parados, na expectativa que algo ou alguém, de fora, coloque em marcha uma Revolução, que está toda por fazer. Talvez seja isso que venha a acontecer, porque não fomos capazes de criar um espírito de união, dos portugueses, descartando tudo o que é menor, mas que nos separa uns dos outros, irremediavelmente. Basta dar uma voltinha nas redes, para ver os resistentes de costas voltadas, sem foco no inimigo comum, divididos por ideias anacrónicas, como a Esquerda e a Direita, por exemplo, ou divididos por vários Partidos, que são o próprio Sistema e a sua Oposição Controlada.

Entretanto quem reina, reina à vontade. Só existem resistentes, avulso e separados por paredes, criadas pelos próprios. Como não existe uma Resistência organizada, os cães ladram e a caravana passa. Todos à espera... a ver o que vem a seguir. Como se o Tempo, só por si, tivesse uma chave na mão, para uma idealizada solução.

18JUN2023


E O PEXIT?

O PEXIT foi uma ideia minha, que resultou, por um lado, num grande apoio juntos de amigos e conhecidos meus, como, por outro, em ataques e ameaças à minha família e a mim própria, ataques para os quais não estava minimamente preparada, porque a ideia não pretendia atacar ninguém. Era uma ideia a favor do nosso País e dos portugueses que julgam que Portugal pode (e deve) voltar a ser um país independente, política e economicamente.

É importante deixar claro que eu não coloquei a ideia de parte. O que aconteceu foi passar a trabalhar sobre ela, em privado, e apenas com os meus verdadeiros "cúmplices".

Para muitos será uma utopia. Para poucos é um sonho que podemos tornar realidade. Veremos. Grata a todos os que me apoiaram. Quanto aos que me atacaram e/ou ameaçaram, não tenho nada para vos dizer. Não me inspiram mais nenhuma palavra, só silêncio.

3JUN2023


A POLÍTICA E A POLITIQUICE

Eu gosto de política mas detesto politiquice. Gosto de discutir ideias mas detesto falar sobre pessoas. Em Portugal muito pouco se fala de Política, por outro lado, todos os dias se discute muito a politiquice, e o resultado está à vista de todos nós.

Não temos um projeto político a reger quem nos governa, temos uma cambada de (des)governantes, cada um com o seu projecto pessoal. Esta também é a razão pela qual, eu tenho escrito que isto só vai lá com uma revolução. Não uma revolução violenta, que não serviria para nada, mas uma revolução de mentalidades, que só será alcançada se se agregarem inteligências e espíritos livres, a este projecto. O trabalho que eu tenho feito, ao longo destes três anos, foi apanhar aqui na rede, várias dezenas de pessoas, que por sua vez têm várias dezenas de pessoas... e juntá-las num projeto político, como deve ser e como nunca tivemos em Portugal, desde o 25 de Abril de 1974.

Este trabalho tem sido invisível, porque tudo o que é bem feito, demora muito a sair à luz, mas a partir de agora vão começar a aparecer os resultados, que creio os meus amigos Resistentes, vão achar animadores, e vão começar a sentir que esta travessia do deserto, de três anos, valeu a pena, afinal.

Mas eu hoje venho escrever sobre a manifestação de 20 de Maio de 2023, que vai coincidir com a reunião do grupo de Bilderberg, em Lisboa. Este grupo é o verdadeiro patrão dos nossos (des)governantes, e o povo português tem mesmo de sair à rua e mostrar que não quer ser governado por multi milionários estrangeiros, donos das maiores corporações mundiais, como a BlackRock e a Vanguard, por exemplo, e que se reúnem, como podem imaginar, para ficarem ainda mais ricos e poderosos, e o povo mais pobre e escravizado.

O povo português, os verdadeiros lusitanos, não tem medo de nada. Luta pela sua família e pelo futuro dos seus filhos e netos. Não quer cá saber de anacronismos de Esquerdas e de Direitas. Sabe unir-se perante a injustiça. Sabe lutar pela dignidade do seu país.

Atendendo a que dois dos organizadores iniciais da manifestação, o ADN e a Habeas Corpus se desentenderam, e que a Global Walkout foi apanhada no fogo cruzado, optámos, os verdadeiros lusitanos, por não deixar morrer este sonho, de começar a nossa revolução nesse dia, de podermos encontrar os nossos companheiros de luta e de nos abraçarmos. E trocar outros contactos, que é para isso que as manifestações também servem.

Como creio que todos os meus amigos já sabem, eu sou amiga de Rui Castro, o líder natural da Resistência, por ser o único português que teve a coragem de denunciar a corja que nos (des)governa. O único. Os seus delatores, deviam reflectir antes de abrirem a boca, e pensarem: ele fez aquilo, naquele já longínquo dia 25 de Agosto de 2021. E eu? O que é que eu fiz, mais e melhor do que ele, para recuperar a dignidade do nosso povo e do nosso país? O que mais nos une, na nossa amizade, é a Política pura. O que mais combatemos é a politiquice, porque não temos mesmo tempo a perder.

Cada membro da organização vai fazer a manifestação à sua maneira. E eu vou estar ao lado do elo mais fraco, outro grande amigo meu, o Pedro Brito Xuxas, que foi apanhado pelo fogo cruzado entre as outras duas partes, da organização inicial, e que é um idealista, como eu. E ele é também o nosso elo de ligação à verdadeira Resistência australiana, que também se vai juntar a nós, com a vinda de algumas pessoas, que em breve vamos divulgar.

Assim, no dia 20 de Maio, espero que de facto o povo saia à rua, independentemente das politiquices. Cada um com o seu grupo de amigos e resistentes, mas todos unidos, pela causa comum.

Daremos mais detalhes sobre as festividades, muito em breve, nomeadamente sobre o programa das festas, que o Pedro e eu vamos preparar.

Muito obrigada pela atenção!

15ABR2023


FAZER DE CADA DIA, UM DIA MELHOR

Como eu costumo dizer, envelhecer não são só rugas, envelhecer é um acumular de sabedoria e é também aprender a viver.

Nunca fui tão feliz como sou hoje. Do passado guardo memórias maravilhosas, e também todo o ensinamento dos momentos em que sofri. Mas esses momentos não fazem parte das memórias pelas quais puxo, esses momentos dolorosos serviram apenas para que eu crescesse e me tornasse uma pessoa melhor.

Vivo com um propósito muito simples: hoje vou tentar ser melhor do que ontem, e assim sucessivamente. E não há dúvida que procurar ser melhor, a cada dia, dá uma enorme felicidade, bem estar e muita alegria.

A idade também me tornou muito mais exigente com os outros. Têm razão os meus próximos que se queixam e me alertam que não posso esperar dos outros, aquilo que espero de mim. Resultado, passo a maior parte do tempo sozinha, porque o meu trabalho, pelo qual tenho uma grande paixão, é ler e estudar, e reflectir e escrever. Em relação ao tempo que me sobra, pouco, só o gasto com pessoas que sinto estarem ao meu nível, de carácter e de integridade, e também de gentileza e espírito de entre ajuda. Todas as outras, respeito, claro, mas não fazem parte da minha vida.

A idade também nos ensina que o tempo não estica, dou um desmesurado valor, a cada dia. Tal como dou um desmesurado valor, a todos que amo e que me amam também.

A vida é muito boa. Maravilhosa. Mas levamos quase toda a vida a aprender a fazer isto bem. Eu ainda estou no processo de aprendizagem, e vou continuar a fazer de cada dia, um bom dia, de preferência sempre melhor do que o anterior.

14ABR2023


O NASCER DE UM SONHO

Na vida, não vamos ter tempo para fazer tudo aquilo que desejamos, apesar de o futuro nos parecer estender-se à nossa frente, a perder de vista.

É claro que podemos ter sonhos, e até grandes objectivos em relação ao que queremos deixar feito, mas convém ter presente que o importante é termos sempre bem definido o que vamos fazer cada dia, qual o desafio seguinte que vamos ultrapassar, e não qual a empreitada de vida que queremos, no fim, deixar concluída.

Todas as grandes obras são feitas de pequenos passos, e não existem atalhos, passos que não sejam necessários dar ou degraus, subir. É com grãos de areia que se constroem edifícios.

Acresce que só fica bem feito o trabalho feito sem pressa. E só fica uma obra que vale a pena deixar, se esse trabalho for feito com paixão.

Ontem foi o primeiro dia da consecução de um sonho que eu tive. Com quase tudo por fazer, dei sem querer um passo de gigante. Porque a reação de alguns dos meus amigos, em relação ao meu sonho foi, para mim, avassaladora. Passei o dia ao telefone, a trocar mensagens, num rodopio. Nunca imaginei que iria angariar tanto apoio humano, para dar início a este projecto, como aconteceu. E apenas num dia.

Quero começar já por agradecer a todos os que vieram ao meu encontro, que acreditam que ainda é possível travarmos a Agenda 2030, no nosso país, e que vamos recuperar a independência nacional, que perdemos em 1986, sem darmos por isso.

Entretanto, graças a um dos meus amigos, o Movimento já mudou de nome e até já tem uma imagem. Isto também demonstra que não tenho ideias fixas, e que gosto de mudar de ideias, ou quando aprendo alguma coisa, ou quando alguém tem uma ideia melhor do que a minha.

Acrescento ainda que a minha ideia de trabalho de equipa é muito simples: não existe hierarquia de espécie nenhuma. Todos nos respeitamos da mesma forma, e todos confiamos uns nos outros. Caso alguém não souber cumprir o que para mim é básico, está fora deste projecto.

Por enquanto vou manter no anonimato, todos os meus amigos que já me estão a apoiar, para os proteger dos ataques, que sabemos já, iremos sofrer. A ideia foi minha por isso a responsabilidade também é minha. Tive um chefe que me ensinou numa frase, o que é uma boa chefia: quando algo correr mal, olha para cima, nunca para baixo. Fui chefe de vendedores durante muitos anos, e sempre apliquei com eles, este precioso ensinamento. Até lhes dizia para fazerem o trabalho deles à vontade, desde que cumprissem os objetivos, porque eu não sou polícia. E, de preferência, só me procurassem se tivessem algum problema que não conseguissem resolver sozinhos. E por hoje, é tudo

Muito obrigada.

13ABR2023


PEXIT

A única forma de Portugal e os portugueses se livrarem da sinistra Agenda 2030, é através do #PEXIT. Lembram-se do Brexit? Agora é a nossa vez. Vamos recuperar a independência política e económica e a soberania nacional. E vamos estreitar relações com a nossa vizinha África, o continente mais rico do mundo, em recursos naturais, e onde mais países recusaram compactuar com o Grupo de Bilderberg e com o Fórum da Economia Mundial, liderado pelo psicopata Klaus Schwab.

Sob o meu ponto de vista, esta é a única forma de salvarmos o nosso futuro e, principalmente, o futuro dos nossos filhos e netos. Um processo como este vai ser demorado e muito complexo. Mas tudo o que vale a pena, demora tempo e dá muito trabalho. E alguém tem que se chegar à frente e arregaçar as mangas.

Neste momento estou a juntar uma equipa de pessoas que também acreditam que esta é a única solução que nos resta. Pessoas que não acreditam nisto, deixem-se ficar com as vossas convicções, que a mim não me rala nada. Como tenho muito mais trabalho do que tempo, não vou perder nem um segundo a discutir sobre isto, aqui na rede. Só preciso de saber quem gosta da minha ideia e se quer juntar ao movimento.

Como podem imaginar este movimento não é de Esquerda nem de Direita. Quem lê os meus textos sabe que essa dicotomia para mim é um anacronismo que só serve para separar o povo. Este movimento não está ligado a nenhum partido político, nem aos que estão na AR a fingir que são oposição, nem aos que estão cá fora com vontade de ir lá para dentro, fazer o mesmo. Este movimento não está ligado a nenhuma associação ou qualquer tipo de organização.

Nasceu de uma ideia minha e eu trabalho sozinha. E depois formo equipas competentes, e construo pontes, nunca as queimo. É a minha maneira de estar na vida.

Ao meu redor só admito pessoas com espírito positivo. Digo isto porque não tenho a mínima dúvida de que existem dois tipos de pessoas: as que têm espíritos que brilham e as que vivem na maior escuridão.

Viva Portugal, vivam todos os que querem o nosso país de volta, para honrarmos todos os meus colegas escritores e poetas, do passado, com quem aprendi a escrever, através da leitura de magníficas obras que nos deixaram. A minha missão de vida é honrar todos esses meus queridos mentores, e deixar um país muito melhor para as gerações futuras. E por agora, é tudo.

Muito obrigada

12ABR2023


25 DE ABRIL DE 1974 - OS PRÓS E OS CONTRAS

Como já tenho escrito algumas vezes, aprendemos quando lemos e ouvimos, porque quando escrevemos ou falamos, limitamo-nos a repetir o que já sabemos, ou julgamos saber. Gosto muito de ler o que os meus amigos escrevem nas redes, mesmo nos casos em que não concordo com as suas ideias, porque tenho sempre mais oportunidades de aprender alguma coisa, com quem não pensa como eu, nem que seja sobre a diversidade de perspectivas, em relação a um mesmo tema.

Tenho amigos que muito estimo, mesmo entre aqueles que só conheço pelo que escrevem, que são grandes saudosistas dos tempos que antecederam o 25 de Abril de 1974. Eu não comungo desse sentimento e para ilustrar a minha ideia, vou contar uma história.

O meu Pai era médico investigador e sofreu medidas de segurança da PIDE/DGS, até ao dia 25 de Abril de 1974, por coincidência, o dia em que completei 10 anos de idade. Acredito que alguns dos meus amigos saudosistas, nem saibam o que são medidas de segurança, por parte de uma polícia política, porque nunca as sofreram na pele, ou não conheceram ninguém que as tivesse sofrido. O meu Pai não era comunista, nem socialista, era apenas um idealista que acreditava que não se pode viver dignamente num país onde não exista liberdade. Não havia liberdade de expressão do pensamento, não havia liberdade na imprensa, havia listas de livros proibidos, enfim, uma situação bastante parecida com a que vivemos no presente, passados quase 49 anos.

Muitos anos antes desse já longínquo dia 25 de Abril, o meu Pai foi apanhado no aeroporto com um dos livros proibidos pelo Regime, que tinha comprado em Londres, numa das suas deslocações habituais aos congressos de medicina. A partir daí a polícia política nunca mais o largou. Apesar de eu só ter 10 anos, quando essa perseguição acabou, lembro-me muito bem do medo que a PIDE provocava nos adultos. Ver os adultos que cuidam de nós, com medo, é algo que uma criança nunca mais consegue esquecer.

Durante os meus primeiros anos de vida, uma das irmãs da minha mãe era casada com o Fernando Mascarenhas, que vivia no palácio de Fronteira, em Benfica. E era ali que tinham lugar os encontros dos amantes da Liberdade, e onde os meus irmãos, primos e eu também acabamos por ir, para gozar a piscina e brincar naqueles belos jardins , ou jogar às escondidas, dentro do grandioso e labiríntico palácio. Não nos deixavam ouvir as conversas dos adultos, porque era muito perigoso se as crianças ouvissem alguma coisa contra o Regime, que depois fossem repetir na escola. Os adultos que ali se juntavam, tinham profissões varias, além dos médicos, havia engenheiros, advogados, escritores, pintores, músicos e por aí fora. O que os unia não era um ideal político, aí a variedade de ideologias igualava a variedade de profissões, era apenas esse ideal maior, a Liberdade.

Embora o meu Pai nunca tenha chegado a ser preso, foi várias vezes chamado à PIDE, para ser interrogado, e apesar de não serem interrogatórios nada agradáveis, ainda conseguia manter o humor e dizer à minha Mãe: "Se calhar é melhor levar a escova de dentes!". A mesma sorte não teve um tio meu, também médico, alguns amigos dos meus pais, que chegaram a ser presos, em Caxias, e a sofrer sessões de tortura que me parece que não é necessário descrever. Por tudo isto, a minha família celebrou com muita alegria a revolução do dia 25 de Abril, e com muita emoção e até lágrimas de comoção, a libertação dos presos políticos, poucos dias depois.

Levei muitos anos até compreender que, afinal, a tal revolução não nos veio garantir, nem a Democracia tão sonhada por aquele grupo de idealistas, nem a Liberdade. Infelizmente, o poder político foi tomado de assalto por uma classe de oportunistas, salvo raras excepções, algumas delas mortas em circunstâncias que ainda hoje continuam por explicar. Os bons políticos, que de facto trabalhavam pela Democracia e ao mesmo tempo, pela preservação da independência nacional, foram sendo postos de parte pelo Sistema e, doze anos depois da tal revolução, que acabou por se revelar uma gigantesca armadilha para o nosso país, os dirigentes portugueses entregaram, de mão beijada, à Europa, a independência do nosso país. Mais uma vez o Povo foi enganado, eu incluída, porque entrar para a CEE nos foi apresentado como uma autêntica galinha dos ovos de ouro, que acabou por ser, mas só para um punhado de dirigentes políticos que foram premiados por terem entregue os nossos destinos, a interesses que não eram os nossos. Não percebemos, a esmagadora maioria

4ABR2023


MARCAS EM QUE CONFIAVA (VII)

Quando Portugal aderiu à hoje designada UNIÃO EUROPEIA, na época CEE, eu tinha apenas 21 anos, aquela idade em que não percebemos quase nada de coisa nenhuma, mas julgamos que sabemos quase tudo. Acreditava que ia ser fantástica para Portugal, e para os portugueses, aquela adesão, porque nos íamos aproximar dos países mais desenvolvidos da Europa e sair do atraso em que estávamos mergulhados, comparativamente a esses. Por outro lado, parecia-me que a nossa Economia ia ficar mais robusta e que por isso todos nós teríamos a oportunidade de viver no nosso país, com muito melhores condições. Para mim foi uma festa, assistir à assinatura daquele tratado, através da televisão, que foi assinado com a maior pompa e circunstância, no Mosteiro dos Jerónimos, pelo então Primeiro-Ministro, Mário Soares.

O problema das convicções que se adquirem numa idade como aquela, é que ficam enraizadas de tal maneira na nossa consciência, que se torna extremamente difícil, mais tarde, assumirmos que estávamos enganados. Isto porque admitir que estávamos errados, em relação ao que considerávamos uma certeza, obriga-nos a reconstruir pensamentos e sentimentos, relativamente à nossa percepção da realidade.

Levei quase a vida toda, até perceber a armadilha em que nos tínhamos metido, começando logo pelo aspecto mais grave, que foi a perda da independência, económica e política. Olhando para trás, parece-me um absurdo, eu que me julgava tão esperta, não ter percebido logo isto. Um problema comum aos que se julgam muito espertos e ao qual convém ficar sempre atentos, é viver convencidos que têm sempre razão. Podemos ter ideias e até convicções, mas devemos estar sempre prontos para aprender alguma coisa e aceitar que estávamos errados, ou que fomos enganados de alto a baixo, se for caso disso.

Quando eu deixei de acreditar na UE, pela questão da perda de independência económica e política que referi antes, ainda não sabia da missa a metade. Foi só nesta década que percebi qual é a Agenda de quem domina a UE, a espero que já conhecida de todos, chamada 2030, e que tem como objectivo supremo chegar à Nova Ordem Mundial, idealizada pelo Fórum da Economia Mundial e pelo agora também já conhecido de muitos, o famoso, e até há bem pouco tempo secreto, Grupo Bilderberg.

Não vou neste texto detalhar o que é a NOM, deixo apenas uma frase lapidar de Klaus Schwab, o fundador do FEM/WEF, um dos mentores do processo em curso: Não terás nada mas serás feliz.

Como quero que Portugal recupere a sua independência, esta perda de independência é muito mais grave e profunda do que aquela do tempo dos Reis Filipes, sou assumidamente patriota e, a todos os níveis, contra a NOM.

Foi patético ver o PR nas comemorações da restauração da independência, tal como se torna hoje em dia ridículo esse feriado. Nós voltámos a perder a independência, em Janeiro de 1986, e a esmagadora maioria da população, ainda não deu por isso.

23MAR2023


MARCAS EM QUE CONFIAVA (VI)

Sempre gostei de ir ao cinema, não sei se por influência dos meus pais, que quando nós éramos miúdos iam, sem falhar, uma vez por semana os dois ao cinema, e que quando havia um filme apropriado para a nossa idade, invariavelmente, o nosso Pai nos levava a uma matinê, o cinema faz parte da minha vida, desde que me lembro.

HOLLYWOOD para mim e para milhões de pessoas, é o símbolo da grande produção de filmes, e enquanto fui crescendo não perdia uma cerimónia da entrega dos Óscares, não só para saber que filmes, realizadores e actores ganhavam a estatueta, como para ver os meus actores e actrizes preferidos, fora dos seus papéis de ficção. Pensava eu…

Apesar de nunca ter sido pessoa de venerar ídolos, tinha alguns actores e actrizes preferidos, e foi com um grande choque que vim a saber do antro de pedofilia que domina a Meca do cinema e, pior ainda, confirmar que muitos dos actores e actrizes que eu admirava pelo seu talento, alguns associado a beleza também, faziam parte do crime que me parece o mais hediondo de todos os crimes.

A minha primeira reação, creio que muito típica, foi de negação, quando confrontada pela primeira vez com o desmoronar daquele mundo encantado e, depois, quando procurei provas de que aquilo era mentira, o resultado foi catastrófico, porque além de confirmar a existência da rede de pedofilia que domina HOLLYWOOD, muita daquela gente tem ligações a outros submundos, como o "deep-state", por exemplo.

Afinal a ficção em HOLLYWOOD não é só nos filmes, e à maior parte daquelas grandes estrelas de cinema, nem sequer o espírito brilha. E esta foi uma descoberta muito dolorosa para mim, não só pelo desfazer de uma ilusão de toda a vida, mas também pelas vítimas associadas a tudo isto. Na minha opinião, este é um crime sem perdão.

22MAR2023


MARCAS EM QUE CONFIAVA (V)

Durante grande parte da minha vida, acreditei que a ONU era uma instituição acima de qualquer suspeita, provavelmente como a esmagadora maioria dos habitantes deste planeta. Por exemplo, quando via nos cenários de guerra, ou em perigo de guerra, os chamados capacetes azuis, dava-me uma sensação de que nem tudo estava perdido, porque existia uma instituição mundial, a lutar pela paz e a acionar todos os meios para que as vítimas do flagelo da guerra, não sofressem tanto.

E só muito recentemente acordei para uma realidade que nada tem a ver com a ilusão sob a qual vivi quase toda a vida. É muito triste para todos nós mas a verdade é muito simples: nas instituições internacionais que teriam o Poder para o fazer, ninguém está interessado no bem estar das populações em geral, nem na Paz, em particular. Do que ali se trata são de interesses económicos, de ajustes políticos, de estratégias de comunicação, para que os ricos sejam cada vez menos e mais ricos, e que os pobres sejam cada vez mais e mais à mercê de um punhado de corporações, todas ligadas entre si.

As bandeiras dos países estão ali só para dar um colorido porque, na verdade, o objectivo é que os países deixem de existir. Caminhamos para uma Nova Ordem Mundial, de acordo com a Agenda 2030 do Fórum da Economia Mundial, e a ONU é apenas uma peça na engrenagem que dá uma imagem de legalidade à tirana sobre os povos, que se pretende instaurar.

Fico a imaginar a expressão de eventuais leitores, menos atentos ao que se passa no Mundo, ao lerem estas linhas, a julgarem que devo ser uma teórica da conspiração. Isso não me rala minimamente mas posso garantir-vos que pensarem dessa forma denota apenas falta de estudo em relação ao que se passa no Mundo. Basta começar por ler os livros que escreveu Yuval Noah Harari, consultor predilecto da ONU e do FEM/WEF, para perder qualquer ilusão em relação aos objectivos de quem vai ao comando das instituições: A Humanidade é para ser controlada digitalmente e temos que ser muito menos no planeta. Muito resumidamente é para alcançar essa meta que a ONU está a trabalhar.

21MAR2023


MARCAS EM QUE CONFIAVA (IV)

Quando a Internet ficou disponível em Portugal, em 1991, ainda não existiam motores de busca e todo aquele novo mundo, feito de um manancial de informação, parecia um buraco negro, onde tanto nos podíamos perder como nada de interessante encontrar. O GOOGLE foi lançado cerca de sete anos mais tarde e para mim, que trabalhava na área das tecnologias de informação, pareceu-me, aí sim, a verdadeira revolução, em termos de poder ter acesso a uma vastidão de informação. É evidente que de início não era a ferramenta altamente sofisticada que hoje conhecemos, por exemplo, se não escrevêssemos a nossa busca, exatamente como eles a tinham catalogado, recebíamos a resposta de que o conteúdo não tinha sido encontrado. Isto para os utilizadores mais recentes, deve dar vontade de rir, uma vez que hoje em dia, escrevemos de qualquer maneira, o que nos apetece, e aparece sempre alguma coisa, às centenas ou até aos milhares, na realidade.

A longa introdução à história de hoje, sobre marcas em que confiava, pretende deixar claro que gosto de tecnologias de informação e que sempre celebrei com entusiasmo, o seu desenvolvimento. Sempre, isto é, até há relativamente pouco tempo.

Em relação ao GOOGLE, que usei inúmeras vezes e durante tantos anos e que me foi imensamente útil, via-o como uma verdadeira janela escancarada, para o Mundo. A grande decepção surgiu quando descobri que afinal essa janela tinha várias portadas fechadas, e que os utilizadores eram sempre canalizados para onde a direção da empresa entendia que ficariam "melhor informados", através dos creio que agora famosos para todos, os célebres algoritmos. Mas pior ainda, o GOOGLE censura sítios da rede que considera nefastos para o Sistema. E não me estou a referir a sítios como de pedófilos, de tráfico humano ou pornografia, esses estão disponíveis, estou a referir-me a sítios na rede que desmascaram os podres das instituições ditas democráticas, do mundo ocidental.

Como quase sempre acontece, esta informação teve origem num ex-empregado da empresa, o que na gíria designam pelo que soprou no apito, e depois foi confirmada por um sem número de outras fontes. Como quase sempre também, o difícil é cair a primeira carta do castelo... depois acaba tudo por ruir. E creio que estamos a viver um momento que vai ficar na história, no limiar da queda de um império já mesmo muito decadente, decrépito até.

Se ficaram na dúvida se continuo a usar o GOOGLE, ficam já a saber que sim, para muitas coisas continua a ser muito prático. Mas não pode ser considerado um motor de busca fidedigno, porque é uma verdadeira armadilha de manipulação de informação.

20MAR2023


MARCAS EM QUE CONFIAVA (III)

Durante muitos anos fiz doações para a UNICEF. Ingenuamente acreditava estar assim a ajudar as crianças mais necessitadas e desprotegidas. Lembro-me de um amigo me ter dito que nem 1 cêntimo de cada Euro que eu doava, iria servir para o bem dessas crianças. Não podia acreditar, nessa altura ainda não estava preparada para aceitar o desmoronar da ilusão do maravilhoso mundo ocidental.

Quando chegava a época do Natal, tinha o hábito de enviar cartões manuscritos a toda a família e amigos distantes, numa fase em que já pouca gente punha cartas no correio, quanto mais cartões de boas festas. E lá ia eu comprar cartões da UNICEF, convencida de que estava a ajudar crianças muito carentes de tudo.

Foi só já nesta década que soube, por acidente, enquanto fazia pesquisas sobre as ligações da ONU ao WEF, que confirmei o que o tal amigo me tinha dito, tantos anos antes. Infelizmente, estas instituições que se apresentam cheias de boas intenções, fazem parte de um Sistema de interesses que nada tem a ver com o bem estar das populações, muito menos das mais desprotegidas.

Se quem tem todo o poder económico na mão quisesse, não haveria fome no mundo, não morreria uma única criança desnutrida, não haveria ninguém sem água potável. A Terra tem recursos naturais suficientes para que todos pudéssemos viver acima do limiar da pobreza. O problema é que quem manda nestas instituições, aparentemente humanitárias, fomenta os desequilíbrios, as guerras e todas as crises humanitárias que diz combater.

Hoje em dia só ajudo pessoas, diretamente, sem intermediários, porque deixei de acreditar no Sistema. E não foi porque me apeteceu, foi por ter sido confrontada com muito mais provas do que aquelas que gostaria ter tido. Em resumo, estamos entregues a um bando de mafiosos, e a UNICEF é apenas um exemplo, das suas máquinas de lavar dinheiro e dos seus jogos de influências, sob a máscara da causa humanitária, especificamente infantil.

O problema na vida não é termos sido enganados. Todos fomos. O problema é a negação, é não aceitar que possa ser verdade termos vivido décadas, numa completa mentira e na mais profunda ilusão. À laia de "Spoiler alert": a malta que vai ao comando dos nossos destinos é mesmo do pior que pode haver. E quando deixamos andar, além de sermos cúmplices, estamos mesmo a deixarmo-nos enterrar e a pôr em risco o futuro dos nossos filhos.

19MAR2023


MARCAS EM QUE CONFIAVA (II)

A BBC foi para mim, durante quase toda a vida, o melhor exemplo de bom jornalismo, de informação credível e de liberdade de comunicação. Talvez influenciada pelo tempo anterior ao 25 de Abril de 1974, em que o meu Pai sintonizava a BBC em onda curta, para saber notícias do mundo, como ele me explicava, enquanto rodava os botões para vencer os ruídos da estática e finalmente começar a ouvir a voz dos locutores. Como em Portugal a comunicação social na altura, estava controlada pela censura do Regime, como o meu Pai também me explicava, por palavras mais acessíveis para a minha infantil compreensão, fiquei durante muitos anos com a ideia de que se diziam na BBC era porque era verdade.

Acontece que nos tempos que correm, a BBC já não é o que era e não passa de uma marca, sob o controlo do Sistema, que difunde a narrativa oficial, sem a mínima isenção. E evidentemente não é a única, faz parte do grosso da comunicação social ocidental, que está nas mãos das grandes corporações que compõem o WEF, e que dominam a "informação" que chega à opinião pública em geral.

Outras marcas conhecidas que fazem parte do Sistema e que debitam propaganda em vez de informação são, por exemplo, a CNN, o EXPRESSO, o PÚBLICO, a RÁDIO RENASCENÇA, a RFM, a RTP, a SIC e a TVI, marcas sobre as quais não vou escrever nesta série de textos, porque estão todas igualmente subjugadas ao mesmo "patrão", que lhes paga para iludirem a população.

A consciência de que a BBC já não era digna de confiança só me chegou nesta década, no âmbito da campanha do medo relacionada com a doença da moda, e mais tarde com a campanha das drogas seguras e eficazes, que na verdade se revelaram não ser nem uma coisa nem outra.

Hoje em dia, se queremos saber o que se passa no mundo, só podemos confiar na investigação que fazemos por conta própria, através dos meios de comunicação independentes. Em Portugal conheço apenas três: PÁGINA UM, THE BLIND SPOT e o CANAL SÉRGIO TAVARES. A nível internacional há muitos.

Como vivemos numa Era em que a mentira e a desinformação dominam o Mundo, provavelmente isto já acontece até há décadas, só nos podemos considerar razoavelmente informados, se cruzarmos informação de várias fontes com provas dadas de fiabilidade, e mesmo assim, manter sempre a dúvida e nunca deixar de questionar a nossa percepção da realidade.

18MAR2023


MARCAS EM QUE CONFIAVA

Durante os últimos anos, em que pesquisei e estudei bastante sobre o mundo em que vivemos, passatempo que depois se tornou uma atividade diária e que continua, descobri muitas histórias, sem querer. Na altura em que andei à volta das grandes corporações ligadas ao WEF, que por sua vez detêm marcas que todos nós conhecemos, descobri uma imensa teia e tive muitas surpresas.

Uma das marcas em que toda a vida confiei e que para mim era um símbolo de qualidade para as crianças, era a Disney. Até descobrir, sem querer, o que se esconde, não tão bem quanto isso, por trás dos seus desenhos e das suas histórias. Mensagens subliminares de uma perversidade chocante, que uma vez entendidas não se conseguem "desentender".

Começo hoje uma série sobre marcas em que confiava e escolhi esta para a abrir, porque foi das descobertas que mais me chocou, por estar relacionada com as crianças e por ter feito parte da infância dos meus filhos, da minha e da de quase toda a gente. Não vou entrar em explicações explícitas nem revelar mais nada porque pode haver quem prefira manter a boa imagem que tem desta marca, e eu respeito. Devem existir muitas famílias com álbuns de fotografias e memórias de viagens a Disneylândia, por exemplo, e não escrevo para desfazer memórias a ninguém. Por acaso nunca pus lá os pés, mas apenas porque tive a sorte de outros familiares terem levado lá os meus filhos, nalgumas ocasiões, libertando-me de um destino a que eles sonhavam ir e que a mim não me interessava nada. Já visitei alguns parques temáticos mas esse não, e seguramente vou morrer sem o fazer, agora que conheço bastante bem a empresa, e tudo aquilo que motiva a sua direção.

17MAR2023


OS LOUCOS ANOS VINTE DO SÉCULO XXI:

OS COLABORACIONISTAS

Foi há três anos que abriram oficialmente as portas do manicómio. Não sei se se lembram da corrida aos supermercados, do povo a açambarcar mantimentos, com especial destaque para o papel higiénico, para fazer frente à gripe com nome de código.

Junto a este texto a minha primeira publicação, na minha página pessoal do Facebook, sobre o desvario que então começava. Na altura começávamos a ouvir falar nos agora célebres 15 dias para achatar a curva e, três anos volvidos, vale a pena falar de curvas, nomeadamente da curva do aumento da taxa de mortalidade, associada, inequivocamente, à toma da proteção da doença, que começou a ser ministrada em 2021. Podemos ainda falar da curva da inflação e da curva da corrupção ligada à indústria das drogas legais, curvas que não achataram, muito pelo contrário.

Todos fomos enganados pela comunicação social, à grande e à francesa, mas enquanto alguns começaram logo a questionar a maluqueira, outros, passados três anos, continuam a acreditar no que ouvem na televisão, ficaram como que cristalizados por dentro, perderam o sentido crítico e o discernimento. Conheço alguns casos, pessoalmente, que são mesmo casos perdidos, pessoas que preferem morrer a admitir que foram enganadas, e que de facto vão morrer com a sua dissonância cognitiva, nos píncaros. Em relação a essas pessoas, com quem de início ainda perdi muito tempo a tentar conversar, já não invisto nem um minuto do meu latim, são mesmo casos perdidos e foi um desgaste tão grande falar com essas portas, altamente tóxicas, que me serviu de emenda. São essas pessoas que para mim não têm desculpa, porque tiveram acesso às questões e optaram por assobiar para o lado, acabando por se tornarem cúmplices do Sistema. Este perfil típico é de gente com estudos e com aquilo que se entendia por cultura geral e que foram as primeiras a chamarem-nos, aos que questionávamos a narrativa, negacionistas, chalupas e teóricos da conspiração. Tenho alguns conhecidos que ainda são meus amigos no Facebook, que pertencem a esse grupo, mas não sei se têm capacidade de se identificar nestas linhas, isto porque normalmente quem tem muita facilidade para julgar as outras pessoas, tem uma grande dificuldade de se julgar a si próprio.

A minha solidariedade, em relação à população que não acordou e que não percebeu que os governantes são mentirosos, corruptos e criminosos, vai inteira para aqueles que não tiveram um amigo "negacionista" para os ajudar a questionarem a lavagem cerebral que estavam a sofrer. Os outros são, na verdade, parte de um Sistema doente e decadente, cúmplices dos governantes que enganam todos os portugueses, e são ainda a parte pior da nossa sociedade, porque sustentam, por sua opção, esta podridão.

Escrevi acima sobre o que se entendia por cultura geral, porque creio que será necessário rever este conceito, uma vez que não chega ter estudado, ter lido os clássicos, saber de música e de outras artes, saber de geografia e falar outros idiomas. Para se ser verdadeiramente culto nunca se pode parar de aprender e aprender implica, forçosamente, encararmos de frente a nossa própria ignorância. Quem julga que não precisa de aprender, porque já leu muitos livros, por exemplo, não é culto, é apenas um idiota.

Quem apoia este Regime ficará para a História como um colaboracionista. A boa notícia para essas pessoas é que não ficarão para a História, individualmente, farão parte do colectivo que permitiu que acontecesse tudo o que tem acontecido e tudo o que ainda está para vir, que me parece não será nada bonito de se ver.

Se os colaboracionistas tivessem consciência da sua culpa em todo este processo, dificilmente ficariam com ela tranquila, não só pelo que já está em curso, como pelo que virá a seguir.

12MAR2023


RESISTENTE ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE

Depois de tantos meses a trabalhar numa resistência informal, colaborei com vários grupos que se foram criando, sempre numa base de independência total. Não tenho nem líderes nem heróis e não pretendo, nem pouco mais ou menos, porque é uma absoluta perda de tempo, competir com outras pessoas. Eu não compito com ninguém, apenas compito comigo, tentando ser hoje melhor do que ontem e assim sucessivamente. Deparei-me com algumas pessoas que não têm a mesma postura na vida. Não são melhores nem piores do que eu, são apenas diferentes e viva a diferença. Cada um deve percorrer o seu caminho da melhor forma possível, de acordo com a sua sensibilidade, capacidade e vontade.

O meu objetivo é colocar a minha escrita ao serviço do que a mim me parece bem, nunca perdendo a noção de que a minha visão é apenas uma, entre incontáveis outras, uma perspectiva sobre a realidade, nem melhor nem pior do que outras, mas é a minha verdade. Aceito de uma forma absoluta os meus críticos, os que não me compreendem, os que não me querem ouvir. Não estou nesta vida para me impor a alguém. Por outro lado, também não admito que me venham insultar, ou julgar o meu carácter, baseados naquilo que eu escrevo e sinto. Quem não gosta, está no seu direito e viva a liberdade. Mas se há posturas que eu abomino são as de quem não sabe fazer a destrinça entre discutir ideias e julgar a pessoa com quem se está a discutir. E quando me deparo com absolutos idiotas ou mal criados, desse tipo, já não perco tempo e é bloqueio direto. O tempo é muito precioso, é na verdade o nosso único bem, e só o pretendo gastar com quem a mim me parece merecer.

Escrevo este texto hoje para deixar bem claro, ainda, que não estou vinculada a qualquer grupo organizado. Não estou associada a nenhum deles e vou manter-me assim, garantindo a total independência das minhas posições e a absoluta liberdade da expressão do meu pensamento. Pareceu-me muito importante deixar isto preto no branco porque muitos dos meus amigos julgam que faço parte de um partido ou de uma associação, ou porque me viram com uma "t-shirt" ou porque me viram numa manifestação, num encontro ou numa tertúlia. Colaboro quando e onde me parece mais positivo, quando e onde me parece poder aportar mais valor, mas não sigo directrizes de ninguém, nem faço nada obrigada ou que vá, mesmo minimamente, contra aquilo em que acredito ser certo.

8MAR2023


SOMOS MESMO O QUE COMEMOS?

Tenho alguns amigos, também aqui na rede, que levam a alimentação saudável muito a sério. Não condeno, nem pouco mais ou menos, a minha questão é se será saudável para a saúde mental, para conquistar a almejada felicidade, para o equilíbrio e para o bem estar, ter presentes sempre, todas essas restrições alimentares, horários, e por aí fora.

Esta minha publicação não pretende causar nenhuma polémica. Começo já por dizer que não sei quase nada sobre as teorias da alimentação, sempre comi por instinto, evitando o mais possível processados e declinando toda a "fast-food", e mais recentemente, também insectos, e quase a completar 59 anos, não me posso queixar de nada. Não tomo um único medicamento, nem suplementos, não sou gorda nem magra, e sinto-me mesmo muito bem.

Os outros animais também não perdem tempo de vida a "pensar" em nutrientes e, aparentemente, vivem felizes até alguém os matar, ou morrerem, naturalmente.

E era só isto. Uma pura divagação sobre o que vejo por aí. E amigo não empata amigo. Cada um no seu caminho. Cada um vive como quer viver.

Confesso que gosto de poder ir a qualquer lado, comer e conviver à mesa, com amigos, sem receio de estar a ser envenenada. Todos vamos morrer. Até lá é mesmo aproveitar tudo o que a vida nos dá. Uns vão morrer mais doentes e outros mais saudáveis, se calhar. No segundo seguinte, somos todos iguais.

Agora já ficaram a saber que sou uma anárquica da alimentação. Como o que me apetece, quando me apetece. Bem sei que muitos dizem que somos o que comemos. Eu digo que somos o que pensamos e sentimos.

22FEV2023


DIVAGAÇÃO DE MADRUGADA

Cada pessoa vive na sua perspectiva da realidade, a que chama realidade, e parece-me uma discussão inútil comparar percepções. Percebemos com os olhos e principalmente com a consciência e creio que é mesmo absurdo compararmos a realidade de cada um. Muito mais inútil ainda é competir. Aliás, a única competição que faz sentido é interior, com o próprio. Cada dia acordar e procurar ser mais consciente do que no dia anterior, e assim sucessivamente, é talvez a forma mais eficaz de se ser mais feliz, porque acredito que quanto mais encontrado se estiver consigo próprio, maior será o bem estar alcançado.

"A minha percepção da realidade é melhor do que a tua" acaba por ser um árido deserto intelectual, com que muita gente se entretém. A mim parece-me uma absoluta perda de tempo porque aí é que não se aprende mesmo nada sobre a vida, seja ela real ou imaginada. Se alguém vê o mundo de uma forma diferente da minha, eu não me incomodo e muito menos me ofendo. E se a alguém parecer que eu vivo num reino de fantasia, também não se deveria nem incomodar nem ofender com isso.

20JAN2023


VOLTEI... MAS DEVE SER POR POUCO TEMPO

Hoje saí dos calabouços da censura da META, pela sexta vez este ano. Das últimas duas vezes, entre as censuras de 30 dias, aguentei-me dois ou três dias em "liberdade", por isso é natural que desta vez também não fique por aqui muito tempo, provavelmente nem chego ao Ano Novo.

Entretanto tenho estado mais ativamente no Twitter, onde faço um belo treino de síntese, que como sabem não é o meu forte. Além disso, ali posso publicar e partilhar o que bem entendo, pelo menos até agora, não me posso queixar. Patéticos são os que estão contra o Twitter por causa da "desinformação". Ainda não perceberam que "desinformação" é aquilo que lhes é servido, diariamente, pela televisão.

Apesar de já ter escrito várias vezes sobre a censura, volto ao tema porque para quase todos que nunca foram censurados, a censura não existe, é apenas paranóia ou mania da perseguição. Por mais chocante que isto possa parecer, posso garantir que quem continua a acreditar que os governantes querem o nosso Bem, e que é para isso que trabalham afincadamente, o facto de haver censura nas redes sociais, por exemplo, não é nada grave, até porque sendo empresas privadas, podem fazer o que bem entenderem. Não, não estou a inventar. Ouvi isto, claramente, de quem entende, que eu e milhões de outros utilizadores sejamos silenciados, porque a empresa é "deles".

Se pegarmos nesta ideia de que as empresas privadas podem fazer o que quiserem, acabamos por chegar rapidamente à razão pela qual nos encontramos na situação em que estamos, nos tempos que correm. Isto porque de facto são empresas privadas que comandam os nossos destinos e não, como muito boa gente ainda acredita, os governantes nacionais eleitos, e os não eleitos, na UE. Assim como os nossos PM e PR não dão um passo, sem pedir autorização à Úrsula, a Úrsula só faz o que o chefe lhe manda. E o chefe é quem domina as empresas privadas que dominam o mundo. O que é mais incrível, no meio disto tudo, é que a esmagadora maioria da população, aceita tudo isto com absoluta indiferença.

Outra conversa extraordinária que tive, nos últimos dias, foi com alguém que me disse que eu era a única pessoa que lhe falava do Klaus Schwab. Fiquei verdadeiramente chocada. Como é que é possível pessoas, que ainda por cima se julgam informadas, não saberem quem é a figura que se gaba que a sua organização está infiltrada em grande parte dos governos, do mundo dito livre e democrático.

Não é para desanimar os mais atentos, os que sabem o que está idealizado para todos nós, mas as pessoas em geral não sabem quase nada do que se passa no mundo. Sejam formadas, mestres, doutoradas... vivem no reino da fantasia do que dá na TV e vem nos jornais, os meios de comunicação, patrocinados pelas tais "empresas privadas" que podem fazer o que quiserem.

Nós continuamos a ser os teóricos da conspiração, paranóicos e com a mania da perseguição. Avisámos sobre a coação global em relação às picas, que agora já se sabe não serem eficazes (para não falar da também apregoada segurança e do que para aí vai de repentinites e patologias graves); avisámos sobre os certificados digitais, que nunca tiveram uma razão sanitária; avisámos sobre a ilegalidade dos confinamentos; avisámos sobre a espampanante inflação que aí vinha, por causa da guerra, provocada e mantida pelas tais "empresas privadas". Não serviu para nada. Por isso é natural que a essa esmagadora maioria continue a soar a maluquice, o que escrevermos sobre a ideologia de género, para acabar com o conceito das famílias tradicionais; sobre a identificação digital associada aos créditos sociais; sobre a absoluta anulação da liberdade individual, com o fim do dinheiro vivo e a introdução do CBDC (dinheiro digital do banco central); sobre os confinamentos climáticos; sobre o racionamento de energia; sobre a perseguição aos agricultores e produtores de gado locais, para que a comida seja toda fornecida pelas tais "empresas privadas", que idealizam que comamos, entre outras coisas, insectos, em nome do combate às "alterações climáticas"... Não vale a pena. Como diz o povo, na sua imensa sabedoria, do tempo em que a TV ainda não tinha queimado os neurónios, à maioria : O pior cego é aquele que não quer ver.

Como não sei se é já a seguir que volto para o "castigo", desejo a todos os meus queridos amigos muita coragem para enfrentarem o ano 2023. Pelo menos alguns deles já estão preparados para o que podemos esperar do próximo ano, quanto aos outros, que ainda os tenho também, apesar de acharem que eu não bato bem da bola, só posso garantir que aqui estou e estarei, sempre disponível, para esclarecer qualquer curiosidade que tenham, sobre o admirável mundo em que vivemos, e que não passa na TV nem é referido nos jornais, patrocinados pelas tais "empresas privadas".

Isto para quem está a ver o filme fora da caixa... é melhor do que ir ao cinema. Que privilégio estar a viver esta época que vai marcar muito mais a História da Humanidade, do que o Renascimento ou a Revolução Industrial. Não sei se ainda estarei viva para assistir ao que chamo "Renascimento 2.0", mas não tenho dúvidas de que este decadente império vai ruir e de que a Humanidade vai continuar, ao contrário do que idealizam os Eugenistas trans-humanistas que são, por enquanto, os que se julgam donos disto tudo.

27DEZ2022


CARTA PARA QUEM NÃO FICOU

Nunca na minha vida me ofendo ou corto relações com alguém, por essa pessoa ter uma visão diferente da minha. A opinião é uma coisa e o carácter é outra. E opiniões e visões diferentes das minhas nunca me perturbam, muito menos me poderiam ofender. Aliás, até aprecio muitíssimo quando alguém partilha comigo informação de que eu não dispunha. Além disso, não tenho apego nenhum a ter razão. Já estive enganada muitas vezes, na vida, e não afecta minimamente a minha qualidade intrínseca, como ser humano, mudar de opinião, por exemplo. Quer apenas dizer que entretanto aprendi mais alguma coisa.

Uma coisa que aprendi também, desde que esta década começou, é que há pessoas que espatifam afectos por terem mais apreço às suas convicções do que aos seus amigos, por exemplo. Não me revejo minimamente nessas pessoas, não por me considerar melhor ou pior, apenas porque somos diferentes. Aqui não há maus nem bons. E o importante é que cada um se sinta muito confortável com a sua consciência, ao mesmo tempo que sabe com quem pode de facto contar, no seu círculo afectivo.

E é só isto. Não acúmulo zangas nem coisas mal conversadas. Acúmulo só o que verdadeiramente importa. E tenho a felicidade de ir a caminho dos 59 anos e de só desejar o bem a quem já o desejei. Além de me sentir, todos os dias, abençoada pelos que tenho ao meu lado, tanto os mais recentes como alguns que se mantiveram, do passado.

A vida é muito simples e muito boa de se viver, basta querermos e mantermos sempre uma boa atitude, que creio passar por sermos autênticos, connosco e com os outros. Viver sem camadas, como eu costumo dizer. Assim dá-se logo uma seleção natural: os que não gostam de nós afastam-se e ficam connosco mesmo só aqueles que deviam ficar.

19DEZ2022


A TECNOLOGIA OMNIPOTENTE E OMNIPRESENTE

Nestes tempos insanos, em que vivemos, apetece-me enaltecer a fragilidade humana. Somos seres frágeis e esta é uma qualidade maravilhosa, aquela que nos distingue das máquinas e da Inteligência Artificial. As máquinas, por mais sofisticadas que sejam, nunca terão a centelha humana, nunca terão capacidade de amar nem sequer de serem empáticas, nunca saberão o que é a solidariedade ou a compaixão. Não choram nem sofrem. Não riem nem podem irradiar alegria. Nunca vão ter nem espírito nem coração, ou alma, como lhe quiserem chamar. O que podem e já fazem é imitar tudo isso, e cada vez o emulam melhor.

Vale a pena parar e pensar. Aquilo que sempre nos pareceu ser a fascinante evolução tecnológica, pode transformar-se, muito facilmente, e em muito pouco tempo, numa imensa armadilha, de onde será muito complicado fugir. A luta que se está a travar é entre a Humanidade e a Tecnologia. É evidente que a tecnologia foi inventada e desenvolvida por pessoas, acontece é que a certa altura, essas pessoas começaram a acreditar que o melhor para o mundo, era substituir grande parte dos imperfeitos e frágeis humanos, pelas impecáveis e robustas máquinas, que não comem, não dormem, não erram, não tiram férias, não se reformam, não adoecem e, acima de tudo, estão sob controlo e não desobedecem.

É claro que nós, os humanos, embarcámos encantados neste barco. Podermos comunicar com tanta gente, conhecidos ou não, todos à distância de um clique, foi inevitável este fascínio. E sempre que estamos nas redes, sem sabermos, estamos a alimentar, com tudo o que pensamos e sentimos, a IA que os ideólogos do Fórum da Economia Mundial, da ONU e de todo o Sistema que gravita em seu redor, pretendem que substitua grande parte da população, que consideram inútil, caríssima e incomportável no mundo em que vivemos.

Se calhar está na altura de fazermos uma inversão de marcha. Voltarmos a estar uns com os outros, libertos de telemóveis ou de qualquer outra tecnologia. Falarmos à volta de uma mesa ou de uma lareira, partilharmos ideias, emoções e sentimentos que ficam ali, só para os presentes. Talvez a evolução certa para a Humanidade seja procuramos voltar às origens. Não me parece que seja necessário voltar às cavernas, mas voltarmos para o mundo analógico, fazermos um êxodo ao contrário, das grandes cidades para o campo, reaprendermos a cultivar os nossos alimentos e a cultivar o espírito de ajuda mútua, também. Vivermos verdadeiramente em comunidade, e não em comunidades virtuais.

Escrevi este texto como um desabafo. Não pretendo ter razão nem discutir sequer. Sinto que o mundo em que vivemos é um verdadeiro manicómio, já escrevi anteriormente sobre isto, em que vale mais ter e parecer do que ser, e só ainda não desliguei as máquinas à minha volta porque por enquanto não o posso fazer. O nosso nível de dependência da tecnologia, que paulatinamente foi entrando nas nossas vidas, é avassalador. Dependemos da tecnologia para comunicar uns com os outros, por exemplo, e basta este exemplo para me manter ligada. Eu quero livrar-me o mais possível das máquinas, tanto como quero continuar a ter os que amo, na minha vida.

Acredito que os humanos que vão sobreviver à voragem do controlo da tecnologia, aqueles que não se vão transformar em transhumanos, com chip integrado, serão os que conseguirem sair a tempo da Matrix. E não, isto não é ficção, nem uma teoria da conspiração, é a já oficial Nova Ordem Mundial.

3DEZ2022


MANIFESTAÇÃO EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO

Por estar a cuidar de um familiar, que sofreu um acidente, e da minha neta bebé, não vou poder estar presente hoje, a partir das 15:00, diante da Assembleia da República, em defesa da Constituição. Só uma razão de força maior, como esta, me iria impedir de me manifestar, presencialmente, contra as alterações à CRP que são propostas e que ferem os mais elementares direitos dos cidadãos.

Convém relembrar que as constituições existem para defender os cidadãos dos eventuais abusos de poder dos governantes, daí que todos os que chegam a cargos de Poder, no Estado, jurem respeitá-la. Acontece que nos tempos que correm, somos (des)governados por um bando de traidores, que além de se governarem a si e aos seus, defendem apenas a Agenda globalista do Fórum da Economia Mundial, que em nada protege o bem estar de quem está à sua mercê, muito pelo contrário, pretende, em nome da "segurança", anular as liberdades fundamentais de quem julga ainda viver em regimes democráticos.

Os que já sabem o que os deputados da AR pretendem aprovar, irão estar presentes ou manifestar-se contra, de outras formas, caso se vejam impedidos de o fazer. Os outros, vão continuar indignados com os atentados aos Direitos Humanos nos outros países, com a censura, e o desrespeito pela liberdade de expressão, nos outros países, e alguns até vão continuar a juntar à sua fotografia de perfil, bandeiras de outros países. Esses cegos só vêem ao longe e ainda não perceberam o que se passa no país onde vivem. Até acreditam, por exemplo, que no Brasil foi eleito como Presidente um corrupto ladrão traidor, mas em Portugal não.

Quando a opinião pública sair da letargia em que a TV a colocou, e perceber a estirpe de gente que vai ao leme dos seus destinos, vai ser tarde demais para a esmagadora maioria da população. Sobre isto, infelizmente, já não me restam dúvidas, aliás, muitas vítimas da governação danosa em vigor, já perderam até a vida, a defenderem sem saber, o seu maior inimigo.

Peço aos meus amigos que forem à manifestação, que partilhem comigo, como correu. Eu estarei lá convosco, desta vez apenas em espírito e com o coração. Muito obrigada!

25NOV2022


DILEMA

A partir de hoje posso voltar a publicar no Facebook, terminado que está o meu quinto período de castigo, deste ano. Confesso que cada vez me apetece menos dar o meu contributo nesta suposta rede social. Na última semana voltaram a ser censurados dois amigos meus, veteranos nisto, e ambos me disseram que não tencionam voltar.

Creio que parte do objectivo da censura, além de tentar encobrir verdades inconvenientes para o Regime, é que as vozes que questionam se vão calando, por cansaço e por desgaste. Isto de andar a tentar ludibriar os algoritmos da censura não mata mas mói, mas, por outro lado, pessoas como nós nunca desistem.

O Facebook é uma anedota patética quando nos pergunta "em que é que estás a pensar?". A ideia aqui é que ninguém pense, principalmente no que verdadeiramente importa. A ideia é que toda a gente comente as mesmas coisas, os "sabores da semana" que a comunicação social vai lançando, para distrair o pacóvio em relação ao que os que se julgam donos do mundo, idealizam para o futuro da Humanidade e vão tentando implementar, nas nossas vidas.

Nesta altura já só não sabe quem optou por não saber. De qualquer modo, eu vou continuar a escrever, o que penso e o que sinto, e não vou condicionar nem uma palavra, dos meus textos, à vergonhosa censura que se pratica, nesta plataforma.

Se estes meus queridos amigos optarem por não voltar, definitivamente, eu respeito e compreendo. Temos que saber gerir o nosso tempo e aqui, muitas vezes, parece que o que fazemos é uma absoluta perda do nosso tempo.

24NOV2022


A VIDA NO MANICÓMIO

Já tenho conversado, várias vezes, com alguns amigos, sobre esta prova de esforço que é vivermos conscientes do mundo que nos rodeia, mas a maioria das pessoas não saber, fingir que não sabe ou ainda recusar-se a saber, alguma coisa que pudesse vir a destruir parte das suas ilusões. Costumo fazer a analogia deste desafio emocional com o sabermos que vivemos num manicómio, gerido por psicopatas e sociopatas, mas à nossa volta ninguém ter a noção que aquilo é um manicómio, sequer, muito menos que quem vai ao leme não quer saber nem de todos, nem de cada um de nós. Aliás, apenas pretende manter o controlo e saber quantos somos, onde estamos, onde vamos, o que fazemos, o que comemos, mas se morremos, por exemplo, é apenas menos gente para lhes dar chatices.

Quando me deparo com amigos que se mostram desmoralizados, por estar a demorar tanto tempo até que a opinião pública comece a perceber que está a ser enganada, pelos governantes, que patrocinam todos os meios de comunicação social "oficiais", promovendo uma narrativa única, relembro que o mundo distópico em que vivemos, não começou em 2020. O que aconteceu em 2020 foi que as autoridades internacionais, que mandam nisto tudo, se esticaram com a suposta pandemia, instaurando regras ilegais e absurdas, de tal maneira que acordaram muitos milhões de pessoas, por esse mundo fora, que até 2019 se limitavam a viver a sua vida, alheadas, tanto do rumo que isto já estava a levar, como do bando de megalómanos criminosos que mexe os cordelinhos, mundialmente, há muitas décadas já.

O que eu pretendo transmitir, e já sei que alguns dos meus amigos vão achar que sou muito otimista, é que felizmente se agudizou, e se tornou mais evidente, a faceta tirânica e totalitária dos que se julgam donos do mundo e até da humanidade, ao ponto de pretenderem substituir grande parte da população que classificam de inútil, pela Inteligência Artificial. Até a mim, quando escrevo este texto, me soa tudo isto a uma grande teoria da conspiração mas, na verdade, os principais ideólogos do "admirável mundo novo" que está ao virar da esquina, já escreveram livros suficientes onde explicam, tintim por tintim, o objectivo que querem alcançar com a sua já famosa Agenda 2030. Basta ler os livros de Klaus Schwab e de Yuval Noah Harari para se perceber claramente qual é a ideia deles.

É só pensar um bocadinho. Ninguém com Poder está a lutar pela Paz, nem pela prosperidade de quem trabalha. O Forum da Economia Mundial existe desde os anos 50 do século passado (inicialmente com outro nome) e nunca se interessou pelas 8.500 crianças que morrem à fome, por dia, no mundo, só para dar um exemplo. A dignidade da vida humana é o que menos importa a quem tem a faca e o queijo na mão. É assustador? É. Mas muito pior seria se todos os milhões que entretanto acordaram, continuassem a dormir, convencidos que o mundo é o que nos contam na TV.

A boa notícia é que todos os dias, milhares de pessoas, no mundo, ganham consciência de que a realidade não tem nada a ver com a narrativa dos media, patrocinados pelos governos. Ou seja, o êxodo é só num sentido: de dentro para fora da Matrix da TV. Ninguém que já saiu voltou para trás.

Só para rematar: em Portugal os nossos governantes não mandam nada. Não dão um passo sem autorização da Ursula, que por sua vez não dá um passo sem a autorização do Klaus, que por sua vez, cumpre ordens também. No entanto, embora os governantes portugueses sejam apenas umas marionetas, o facto de terem vendido o destino do país, ao diabo, é alta traição e espero viver o suficiente para ver todos esses traidores condenados. Mesmo que não viva para assistir à queda deste império, o mais decadente e amoral da história da humanidade, vou lutar até ao fim, pelo bem das gerações que hão-de vir e que têm o direito de viver num mundo muito melhor.

15NOV2022


UNIDOS NA DEFESA DA CONSTITUIÇÃO

Os que acreditam no Sistema, nesta Sociedade Intercontinental Secreta da Tecnologia, Economia e Manipulação Avançadas, acreditaram na pandemia mortífera e nas poções mágicas, acreditam nas boas intenções da UE e dos EUA em relação à Ucrânia, acreditam também que a crise económica é uma fatalidade e que os dirigentes da UE não têm responsabilidade nenhuma na hecatombe que se avizinha.

Acreditam ainda que as "alterações climáticas" são provocadas pelo povo e que a ideologia de género tem a ver com tolerância. Em resumo, acreditam em tudo o que se lhes diz pela televisão.

São estes crentes que sustentam governos corruptos, que defendem interesses que nada têm a ver com o bem estar da população; são a favor do Regime, que não questionam, porque acreditam que obedecer é ser um bom cidadão.

Num momento crucial em que se prepara a revisão da Constituição, essa imensa maioria de crentes está completamente alheada do assunto. Nem conhece a Constituição, quanto mais as alterações que estão em cima da mesa, ou as intenções que estão por trás disto tudo. Provavelmente não sabem que a Constituição existe para defender os portugueses de eventuais abusos de Poder, que os políticos e governantes tivessem a tentação de exercer. Daí os governantes eleitos jurarem respeitar a Constituição, seja o Presidente da República seja um ministro qualquer.

O que se passou durante a "pandemia", foi uma sucessão de medidas anti-constitucionais, em nome de uma crise sanitária, que era falsa mas mesmo que fosse verdadeira, as medidas iam contra a Constituição. Todos os governantes traíram o seu juramento.

Agora pretendem alterar a CRP para que na próxima "pandemia", que já está na Agenda do Sistema, se possam vir a impor medidas, de acordo com a CRP alterada. Como afirmou o PR recentemente: "Para ficar tudo direitinho!". Perceberam?

Exercer uma boa cidadania é ser exigente consigo próprio mas também ser exigente em relação aos servidores do Estado. Os governantes deveriam estar ao serviço da população, mas o que acontece no Regime em que vivemos é a população ao serviço, e à mercê, dos governantes, que abusam do seu Poder, graças ao povo que não lhes exige absolutamente nada, nem

verdade, nem justiça, nem dignidade.

Tenho esperança que a maioria da população acorde agora, quando os que juraram defender a Constituição se preparam para trair o povo português, irremediavelmente.

Apelo a que toda a gente se interesse, pelo menos, por saber do que se está a falar quando se pretende mexer na Constituição. Se isso acontecer vamos todos com certeza dizer:

NÃO à revisão da Constituição!

14NOV2022


A MEMÓRIA E O CLIMA

Quando esta manhã recebi o alerta do SAPO, por sms, que ilustra esta história, pensei: finalmente desmascararam os líderes políticos mundiais. Mas afinal os burlões a que a notícia se referia, eram outros, os pequenos, os que se podem condenar. E depois lembrei-me que estamos naquela altura do ano em que os líderes políticos mundiais se reunem para debater o clima, e canalizar milhares de milhões de euros/dólares/libras dos contribuintes, para as "alterações climáticas".

Muito preocupados com as emissões de dióxido de carbono, deslocaram-se em mais de 400 jactos privados, de todas as partes do mundo, para o Cairo. E uma pessoa pergunta: se estão tão preocupados com as emissões de dióxido de carbono, porque será que não dão o exemplo e fazem esta reunião, por videoconferência, cada um na sua cidade? O nível da hipocrisia é mesmo de bradar aos céus mas se até agora ainda alguém não se deu conta do gigantesco embuste que é isto das "alterações climáticas", talvez seja boa ideia recapitular algumas das previsões catastróficas das últimas décadas, algumas ainda do tempo em que se falava do "aquecimento global", nome que depois foi alterado porque se tornou demasiadamente ridículo.

Anos sessenta - o petróleo vai acabar dentro de 10 anos.

Anos setenta - nova Era Glaciar dentro de 10 anos.

Anos oitenta - a chuva ácida destruirá todas as zonas de cultivo, em 10 anos.

Anos noventa - A camada de ozono vai desaparecer dentro de 10 anos.

Início do século XXI - as calotas polares desaparecerão em 10 anos.

O maior problema é que as pessoas que dependem destes líderes políticos, além de acreditarem que eles trabalham para o bem do povo, têm uma absoluta falta de memória.

E se presentemente temos os oceanos com milhares de milhões de máscaras cirúrgicas, que foram usadas inutilmente, por ordem desses mesmos líderes políticos, máscaras essas que colocam em risco milhões de animais que dependem desse habitat, ninguém quer saber e ninguém é responsável.

Ainda pensei escrever sobre a aldrabice dos carros eléctricos serem bons para o meio ambiente, mas fica para outra história. Quando escrever sobre a mentira do petróleo estar a acabar. Nessa altura escrevo também

sobre o tempo em que se chamava verão às ondas de calor e chuva aos rios atmosféricos Antes de vivermos neste manicómio em que a maioria nem sequer sabe que vive num manicómio e que quem manda é um bando de poderosos e perigosos psicopatas.

9NOV2022


TABULEIRO DE XADREZ

Imagina que o mundo em que vivemos é um tabuleiro de Xadrez. Que já não existem países soberanos e apenas duas forças em conflito. De um lado os alinhados com esse sistema global e do outro os desalinhados, os que ainda lutam para que cada país tenha as suas próprias políticas, leis e valores, princípios, tradições, cultura, idioma, costumes, gastronomia, por aí fora. O resultado do jogo só vai depender da inteligência, estratégia e, principalmente, da capacidade de antecipação do que vai acontecer a seguir. Ambos os lados têm um Rei ao comando (o objectivo, que não pode morrer antes do jogo acabar), muito limitado nos seus movimentos mas protegido por todos: Rainha, Cavalos, Bispos e Torres, que sabem o que estão a proteger, e os Peões que protegem também o Rei mas sem noção que sem eles não se pode ganhar, nem sequer é possível jogar. Ou noção tampouco do objectivo pelo qual estão a lutar. E agora é só uma questão de deixar de imaginar. Somos todos peões. Nenhum dos lados tem vitória ou derrota garantida mas é urgente começar a jogar. Só sabemos que não é possível empatar. De que lado vais ficar?

5NOV2022


AGORA PEDEM AMNISTIA? SÓ PODEM ESTAR A SONHAR

Mais ou menos a meio da minha 5ª estadia, deste ano, nos calabouços da censura do Facebook, tenho andado entretida com outros projetos de escrita, não relacionados com a atualidade e que não têm uma página só. É evidente que continuo a dar uma vista de olhos na rede do meu carcereiro, continuo a publicar "stories" no Instagram e continuo a ler as notícias no Twitter que, honra lhe seja feita, é um manancial que nunca mais acaba desde que, obviamente, se sigam pessoas que nos ensinem alguma coisa ou que estejam muito bem informadas.

A razão que me levou hoje a escrever este pequeno texto foi uma novidade desta semana que me parece absolutamente hilariante. Então agora que já não há volta a dar, que já toda a gente sabe que aquelas picas não protegem de coisa nenhuma, que já é assunto diário até no parlamento europeu, começa o movimento pela amnistia dos covideiros? Isso é que era bom. Bem nos podem entreter com a III Guerra Mundial, com as alterações climáticas e com a ideologia de género porque ninguém se vai esquecer dos crimes cometidos pelos governos e pelos seus lacaios, durante vai para três anos já, em que deram pontapés nas constituições dos seus próprios países, numa base diária.

Ainda não nos é possível ter uma visão macro de todo o dano infligido à população dos países ocidentais, sob a alçada do Forum da Economia Mundial, no âmbito deste embuste colossal. Mas o tempo vai esclarecer a verdadeira dimensão do maior crime contra a Humanidade alguma vez tentado. O aumento das taxas de mortalidade é apenas a ponta do icebergue das vidas destruídas, graças a vivermos à mercê de megalómanos psicopatas que acreditam, por exemplo, que com a evolução da tecnologia e da inteligência artificial, a esmagadora maioria da população mundial é inútil. Isto para quem ainda não percebeu em que filme estamos todos metidos.

Agora, não sei de que cabeça veio a ideia de ser possível perdoar crimes deste calibre. Todos os que colaboraram conscientemente neste genocídio (que está em curso ainda) serão julgados e condenados. É só uma questão de tempo.

Voltando ao Twitter, o "hashtag" da semana é #nopandemicamnesty.

Adivinhem lá porquê.

4NOV2022


GUERRA E PAZ

A guerra, seja ela qual for, é o maior falhanço da Humanidade. A nossa espécie é a única que se destrói a si própria e que destrói o seu próprio habitat. Achamos que somos animais superiores por sermos racionais e, afinal, somos os que são capazes de barbaridades e atrocidades que não têm paralelo no reino animal.

Mas a guerra, seja ela qual for, nunca é provocada pelo povo. A guerra é incentivada, sempre, por quem não vai à guerra dar o corpo às balas. Pelos chamados "líderes" políticos, movidos por interesses que nada têm a ver com o bem estar das populações. O problema é que as populações à sua mercê, apesar de ser uma esmagadora maioria - perto de oito mil milhões contra uns parcos milhares - não sabe viver sem obedecer e considera qualquer revolta um acto terrorista.

Terroristas e mafiosos são os senhores da guerra, todos. Os senhores da guerra são todos os dirigentes políticos que não lutam pela paz. E agora a minha pergunta do dia: alguém conhece algum governo, no cenário atual, a lutar pela paz? A exigir que as partes beligerantes se sentem à mesa para acabar com os conflitos, que matam as populações que dependem deles?

A paz não é rentável. Com a guerra alguns, muito poucos, ganham milhares de milhões e isso é o que verdadeiramente lhes importa. Este é o problema. A ganância pode ser mesmo fatal. A sede do Poder provoca tamanha cegueira que pode acontecer uma catástrofe mundial, antes de alguém decidir que é melhor para todos vivermos em paz.

A má notícia é que estamos entregues a terroristas mafiosos e psicopatas. A boa notícia é que basta querermos para o deixarmos de estar.

E o primeiro passo para isso é, de uma vez por todas, deixarmos o mito de que nós somos os bons e os "outros" é que são os maus. Isto é apenas uma questão entre criminosos e vítimas: os criminosos são os que se sentem donos do mundo, as vítimas são os que vivem ao sabor da sua insanidade. A verdadeira Humanidade.

Depois da guerra virá a paz, disso não temos dúvidas. Resta saber quantos de nós estaremos vivos para testemunhar o tal Renascimento 2.0, sobre o qual tenho andado a escrever, nos últimos tempos.

18OUT2022


O FENÓMENO DO ÓDIO DE ALGUNS RESISTENTES AO GUSTAVO SANTOS

Tenho uma grande dificuldade em entender de onde vem tanto ódio ao Gustavo Santos, por parte de muitos que se dizem da resistência, mas que até já apelidam de idiotas os seus companheiros da resistência, que o apoiam, ou que compraram o seu último livro. Presentemente estou bloqueada no Facebook e não posso comentar publicações nem fazer a limpeza, que normalmente faço diariamente, ao meu "feed" de notícias, isto é, deixar de seguir pessoas pouco inspiradoras e que destilam ódio pelos outros, por tudo e por nada.

Em primeiro lugar gostaria de perguntar a essas pessoas o que é que elas fizeram, mais e melhor do que o Gustavo Santos, para darem visibilidade à fraude da palermia. Gostaria também de perguntar a esses acérrimos críticos do Gustavo Santos, e dos que o aplaudem, se não sabem que podemos apoiar pessoas que são diferentes de nós. Ou será que esses críticos acreditam que devemos ser todos iguais? Não é isso que criticam nas ovelhas e nas carneiradas? As pessoas não são livres de gostarem do que entenderem e de pensarem pela sua própria cabeça?

Li ainda que o Gustavo Santos se assume como um guru e que só os atrasados mentais é que lêem livros para saberem como sentir e como gerir as emoções. Obrigada pela parte que me toca, mas gostava de esclarecer esses críticos sobre dois aspectos: em primeiro lugar o Gustavo Santos não se assume como guru de coisa nenhuma e disse-o, explicitamente, na apresentação do seu último livro, em segundo lugar é a ler que aprendemos, quer se queira quer não, tanto acerca dos caminhos que queremos seguir como dos caminhos que não são para nós.

Estamos mergulhados num ambiente de guerra iminente, de mentira e de desinformação, à beira de enfrentarmos uma crise humanitária, social e económica como não há memória, mas o critério de parte da resistência é vir para as redes fazer o bota abaixo de uma pessoa, com visibilidade de figura pública, que dá a cara pela verdade pela qual temos estado todos a lutar.

Se me contassem isto, eu não acreditava. Mas li várias publicações sobre isto e não podia deixar de escrever sobre este absurdo. Parece-me muito melhor, em vez de atirarem pedras, tentarem construir o vosso próprio edifício, como fez o Gustavo Santos, cujo maior pecado é ser uma figura pública como, provavelmente, nenhum de nós chegará a ser.

Lembrem-se que o carácter das pessoas não se avalia pelas suas ideias, como também vi escrito numa dessas publicações. O carácter das pessoas avalia-se pelo que fazem, principalmente o que fazem quando ninguém está a ver e a julgar.

17OUT2022


A VERDADE NUNCA TEME SER QUESTIONADA, JÁ A MENTIRA...

Soube ontem que um dos meus amigos resistentes preferidos, voltou a ser silenciado, mais 30 dias, aqui no Facebook. Sabem porquê? Porque referiu as recentes denúncias, no parlamento europeu, sobre a confirmação que a droga que se impôs, global e coercivamente, como milagrosa, não tinha sido afinal testada cabalmente, antes de ser lançada no mercado. E referiu ainda a pouca vergonha que é a comunicação social, a soldo de interesses económicos e de outros ocultos, que assobia para o lado e finge que esta confirmação não aconteceu e que a narrativa oficial não está já a desmoronar-se, como um castelo de cartas, confirmando-se as chamadas teorias da conspiração dos chamados negacionistas.

Isto da censura já enjoa, principalmente a hipocrisia da Meta, do YouTube e do Twitter, que silencia os utilizadores que procuram alertar os mais crédulos no Sistema, alegando as normas da comunidade e que colocamos outros utilizadores em perigo quando, na verdade, os outros utilizadores estão, de facto, em perigo, graças a não terem acesso às verdadeiras razões pelas quais se tentou (e continua a tentar) picar a população, a nível mundial.

A única boa notícia que eu tenho, sobre este plano maquiavélico, é que são incontáveis milhões, por esse mundo fora, os que não se deixaram levar no engodo. E muitos desses milhões vão continuar a lutar, sem parar, até que todos os crimes relacionados com a Agenda 2030 sejam expostos e que todos os responsáveis, e seus agentes, sejam devidamente julgados e castigados. Essas são as regras da nossa comunidade, que como é muito fácil entender são antagónicas às regras desta "rede social".

Conduta ética, uns têm, outros não.

16OUT2022


RUMO A UMA NOVA ORDEM MUNDIAL?

Ontem passei o dia na Fundação Calouste Gulbenkian, a assistir ao primeiro de dois dias, da conferência sobre a temática que dá o título a esta história. Organizada pelo Clube de Lisboa, com a abertura feita pelo presidente da república, tudo levava a crer que iria ser um dia passado a ouvir debitar a narrativa habitual do Sistema. Mas não foi nada disso que se passou.

Desta vez, e ao contrário do que aconteceu no CCB, no passado dia 27 de Setembro, na conferência sobre "O impacto da Nova Ordem Mundial na economia europeia", organizada pelo jornal ECO, sobre a qual também escrevi, todos os participantes tiveram acesso ao mesmo auditório e, assim, oportunidade de colocar questões e fazerem da sua uma presença activa. Também ao contrário da conferência no CCB, desta vez os oradores diziam mesmo o que pensavam, não estavam todos a seguir a narrativa oficial e, com alguns deles, aprendi muitíssimo sobre a situação que estamos a viver, a nível mundial.

Obviamente que não apareceu ali nenhum orador a dizer que a pandemia foi provocada, para criar o pânico generalizado e com ele se poder medicar a população, a nível mundial, com uma experiência genética. Nem apareceu ninguém a dizer que a chamada invasão da Ucrânia pela Rússia foi provocada pelos EUA e pela sua vassala UE.

Nem que as "alterações climáticas" são mais uma forma de assustar e controlar as populações. Muito menos alguém referiu que o ideal da Nova Ordem Mundial não é uma consequência dessas "crises", e que não só foram previstas como provocadas, para seguir em frente com a implementação dessa ideologia preconizada pelo WEF, e por todos os dirigentes políticos do mundo que estão ao seu serviço.

Mesmo assim, dei o meu tempo por muito bem empregue. Conseguindo abstrair do pano de fundo das verdades assumidas como certezas, e de alguma hipocrisia, tanto em relação à "pandemia" como em relação à guerra e às "alterações climáticas", foi muito interessante ouvir pessoas de várias partes do mundo a falarem sobre a presente luta do poderio económico entre a Ásia e o Ocidente, ficando claro que o mundo e a sorte dos que aqui vivem, dependem exclusivamente do dinheiro. "Money rules the world". Bem sei que não é de agora. Mas nunca como agora foi descartado, tão descaradamente, o espírito humanista, nem nunca existiu este absoluto desprezo pelo bem estar das populações.

Enquanto estiverem ao comando dos nossos destinos, psicopatas que vivem obcecados com o Poder, isto vai ser muito complicado. A má notícia é que não existem bons entre os donos do mundo. A boa notícia é que todos os impérios acabam por ruir, graças à megalomania dos imperadores e ao seu total desprezo pelas populações. Creio que muitos de nós têm a noção de que a decadência desta Era já começou e que vai num ritmo cada vez mais acelerado.

Uma coisa é certa, estamos a viver uma época que vai marcar o futuro da Humanidade, de uma forma que não tem precedentes. Qual Renascimento, qual Revolução Industrial. Não querendo soar melodramática, agora a luta é mesmo entre o Bem e o Mal.

14OUT2022


NÃO OBEDEÇAS MAIS

Conheci o Gustavo Santos, pessoalmente, em Março passado, graças às suas "FreeDom Talks", no restaurante Vinyl, em Lisboa, espaço contra corrente que já frequentava, graças às "Tertúlias da Junqueira" que ali eram organizadas pela Cidadania XXI.

Confesso que nunca tinha lido um livro dele e que a sua cara só não me era estranha porque já o tinha visto na televisão, há uns anos, a apresentar o "Querido mudei a casa", além de ele ter abrilhantado, uns anos antes também, uma festa de natal de uma empresa onde eu na altura trabalhava. Sabia que posteriormente se tinha dedicado à escrita e que tinha várias livros publicados, mas nunca me tinha despertado interesse nem curiosidade.

Acontece que nessas "FreeDom Talks" tive uma agradável surpresa com a sua personalidade, que ali deixou bem patente e vincada, fazendo a apologia dos espíritos livres e dos que tinham a coragem de expressar o seu pensamento, sentimentos e emoções. Assisti a quase todas as sessões semanais, creio que só perdi a última por estar, na altura, fora de Lisboa, e senti uma genuína empatia pelo Gustavo, ao ponto de intervir amiúde na parte das perguntas do público, o que se tornou muito divertido e até já brincávamos porque eu parecia "público contratado".

Tal como eu, o Gustavo gosta de escrever, gosta de liberdade e acredita no poder do amor, ou seja, a empatia que já referi pode ser explicada, sumariamente, nestes três pilares.

Recentemente soube do lançamento do seu novo livro "Não Obedeças Mais - A Tua Verdade é a Tua Liberdade" e achei que finalmente ia ler um livro seu, porque agora sim, tinha tanto o interesse como a curiosidade, que anteriormente me tinham faltado. Vi publicado que o lançamento do livro teria lugar hoje na FNAC do Colombo, ao fim da tarde, e pensei, não é tarde nem é cedo, vou lá comprar o livro , aproveito e assisto à sessão e ainda trago uma dedicatória.

Foi um acerto. E senti vontade de escrever esta história também para responder aos "bota abaixo" do Gustavo, no seio dos que se dizem acordados, que aquando da notícia do lançamento do seu livro, escreviam que ele era da oposição controlada, porque conseguia lançar um livro e até dar entrevistas na TV. Pois fiquem a saber que apesar de já ter vários livros publicados, com sucesso, o Gustavo viu várias portas fecharem-se para este projecto, exactamente porque a obra põe o dedo na ferida que está aberta e a dilacerar os tempos em que vivemos.

Felizmente encontrou, graças a um amigo, a editora Alma dos Livros, que teve a coragem de lançar o livro rejeitado pelas outras, que não se atreveram a dar voz a quem questiona o sistema em que vivemos, à mercê de tudo o que nos é imposto e que nos tolhe, não só a liberdade, como a noção do que é a verdade.

O lançamento deste livro foi uma festa muito bela e emotiva. O espaço da FNAC estava à pinha, a maior parte das pessoas em pé, outras sentadas no chão, porque as cadeiras eram muito poucas para a quantidade de gente que ali se juntou. Encontrei muitos conhecidos e alguns queridos amigos, desta resistência a um regime que nos impõe uma narrativa, tenta que prevaleça um pensamento único e que teima em censurar qualquer voz discordante que soe mais alto.

A liberdade começa dentro de cada um mas não chega. Temos que nos unir e apoiar todos os que não vivem de joelhos, nem com medo de lutar e de dizer bem alto que vamos morrer antes de vergar. E viva a liberdade.

11OUT2022


O CIDADÃO EXEMPLAR

O cidadão exemplar quer manter-se dentro do padrão, para não ter chatices, e a sua maior ambição é ser considerado normal. Cumpre todas as regras, é politicamente correto e não faz ondas, sejam de que tipo for. Mesmo estando farto de saber que os governantes não são de fiar, que são corruptos, mentirosos e sem quaisquer valores morais ou princípios, considera que o melhor é deixar estar. Até pode comentar, com os amigos, no café, que isto é uma pouca vergonha e que os governantes são uma cambada de gatunos, os amigos concordam que isto está pela hora da morte, e depois vai descansado para sua casa, assistir ao telejornal.

O cidadão exemplar, além de se informar pela televisão e pelos jornais "oficiais", tem um desprezo absoluto por quem questione seja o que for. É claro que gosta de conversar e até discute futebol, mas rejeita quem lhe venha dizer, por exemplo, que ele está a ser muito mais roubado e enganado do que pensa, pelo poder instituído. Até porque isso são teorias da conspiração e se fossem verdade, já tinham dito na televisão.

O cidadão exemplar acredita nas instituições e não questiona nada porque, para si, obedecer às regras impostas pelos governantes é uma virtude e um indicador de boa cidadania. Por isso nem perde tempo para pensar se será acertado, ou não, ser cúmplice de criminosos, obedecendo às suas regras, sem pestanejar. E é pena que não questione porque se o fizesse, rapidamente chegaria à conclusão que quem mantém toda a podridão, do poder político, são exatamente os cidadãos exemplares.

O cidadão exemplar não se sente responsável pela crise política, económica e social, porque acredita não ter nada a ver com isso. Ele faz tudo dentro da lei, paga religiosamente os seus impostos e os seus empréstimos bancários, por isso acredita ainda que se isto está tudo de pantanas não será, seguramente, por causa dos que fazem tudo "como deve ser", tal como ele.

O cidadão exemplar pode considerar-se até muito exigente consigo próprio, mas não exige nada dos que põem e dispõem da sua vida e da vida da sua família. Apregoa que luta pelo bem estar dos seus filhos, mas não se apercebe que a sua inércia vai prejudicar diretamente o seu futuro.

Quando, no início do ano 2020, o cidadão exemplar acreditou nos 15 dias para achatar a curva, quando aceitou que isso da economia via-se depois, porque o importante era que não morrêssemos todos com a gripe com o nome de código, contribuiu, inconscientemente, para a situação que vivemos agora. A situação que vivemos agora é a de uma crise económica, na Europa, que já começou mas que ainda se vai agravar brutalmente, já nem os meios de comunicação social conseguem disfarçar o óbvio, e o cidadão exemplar continua a não atribuir qualquer responsabilidade aos políticos europeus ou portugueses. A culpa é do Putin, segundo dizem na televisão. E caso isto descambe para uma guerra a sério, o cidadão exemplar nunca vai admitir que estávamos, e estamos, mal governados e que tudo isto poderia ter sido evitado.

O cidadão exemplar andou entretido neste últimos quase três anos a gozar com os negacionistas, chalupas e teóricos da conspiração, ignorantes que não "acreditavam na ciência" e anti-picas, atribuindo-lhes até a responsabilidade da palermia tardar para se resolver. Para o que esses teóricos da conspiração tentaram alertar, foi exatamente para isto a que agora estamos todos a assistir... e a procissão ainda vai no adro.

A minha dúvida, neste momento, é se alguns dos cidadãos exemplares já perceberam para onde estamos a caminhar. Em 2020 riam-se à gargalhada da teoria da conspiração sobre a Nova Ordem Mundial. Agora já é oficial. Já se fazem congressos e conferências sobre isto. A próxima até vai ter a presença do Presidente da República e é já na próxima semana.

Ficam apenas algumas perguntas no ar para o típico cidadão exemplar: já sente alguma curiosidade em saber o que é que vem a ser isto da NOM? Já pensou ler alguma coisa sobre o assunto? Já equaciona voltar a falar com algum dos seus conhecidos de sempre que se revelaram teóricos, afinal da confirmação? ou vai continuar teimosamente a acreditar que nada do que se passa à sua volta lhe diz respeito?

A minha esperança é que não venha a ser necessário começarem a rebentar bombas, antes do cidadão exemplar acordar. Mas não tenho a certeza, de coisa nenhuma, porque se me contassem que o que aconteceu desde que esta década começou, ia acontecer, eu nunca iria acreditar que o cidadão exemplar iria ficar, impávido e sereno, a ver o nosso continente a afundar.

7OUT2022


HISTÓRIAS DE UMA PÁGINA SÓ - 5 ANOS

As minhas Histórias de Uma Página Só fazem amanhã 5 anos. Se me dissessem que 5 anos depois daquele dia 5 de Outubro de 2017, a minha página de escrita estaria censurada, pelo Facebook, eu não acreditaria. Mas é verdade.

O poeta alemão Heinrich Heine escreveu: "onde se queimam livros acabam por se queimar pessoas" e embora hoje em dia a censura não se faça queimando livros, continua a ser verdade a ideia de que onde não existe liberdade de expressão do pensamento, não existe respeito pela dignidade humana.

Em pleno século XXI, o mundo ocidental que durante décadas se considerou o bastião da liberdade e da defesa dos outros direitos humanos, está mergulhado numa tirania tão perigosa como perversa, uma vez que a maioria das pessoas ainda julga viver em liberdade e que tudo o que se passa à sua volta é normal.

O grande desafio que temos pela frente é derrubar uma ditadura que parece não existir porque está mascarada de democracia. Ou seja, por mais que seja possível aprender com a História, estamos a viver uma realidade sem precedentes. As pessoas não se sentem presas porque não existem grades, existe "apenas" um controlo digital sobre a vida de cada um, que vai num crescendo até se tornar absoluto. E a multidão adora. Considera tudo evolução e modernidade, como por exemplo aconteceu com a patética "stay away c0bide" que bastava pensar um bocadinho para se perceber que "biros" nenhum se combate com uma "app"... e até para essa foi aquela correria.

O objectivo da NOM (agora já é oficial que existe, menos uma teoria da conspiração por confirmar) é que o controlo sobre cada cidadão seja absoluto. Acabar com as notas e moedas para que cada pacote de arroz que se compre possa ser monitorizado. Mesmo assim, a opinião pública não pestaneja. Por enquanto, claro. Quando descobrir que precisa de combustível para se deslocar e que já não tem crédito esse mês para esse item, por causa das "alterações climáticas", aí talvez comece a pensar que afinal ter notas e moedas era bom. E perceba finalmente que a máxima do ideólogo da NOM "Não terás nada mas serás feliz" não se referia apenas aos bens materiais. Referia-se, acima de tudo, aos bens imateriais mais essenciais: liberdade e a dignidade de cada um.

4OUT2022


O IMPACTO DA NOVA ORDEM MUNDIAL NA ECONOMIA EUROPEIA
Conferência no CCB, dia 27 de Setembro de 2022 - PARTE II


Volto a escrever sobre este tema porque me parece importante, porque deixei alguns aspectos por referir no primeiro texto e porque algumas pessoas me pediram para eu aprofundar o que ali ficou dito.


Tive a oportunidade de ler os comentários ao meu texto anterior mas, como sabem, estou impedida de reagir ou comentar, pela censura desta "rede social", o que também faz parte integrante da realidade que estamos a viver. Alguns terão mais consciência disto do que outros mas, efectivamente, a tão aclamada democracia do mundo ocidental já viveu melhores dias.

 
Não posso deixar de fazer aqui um à parte, e expressar a minha surpresa quando oiço tantas vozes chocadas e indignadas com os resultados das eleições em Itália, como se viesse aí um papão, o regresso ao fascismo, partindo essas vozes do princípio de que a realidade que vivemos na União Europeia é a de uma saudável democracia. O que aconteceu em Itália foi que o povo italiano disse "basta" a Bruxelas e à Ursula, a que se julga dona desta "quinta" e que trata, de facto, os europeus como o seu gado, sem o mínimo respeito por todos e por cada um de nós. Já constatei também a força dos media para a descredibilização da líder do partido que venceu, o que é natural. Não esperava era que os seus mais ferozes críticos fossem os que apregoam a necessidade de mudança no "status quo" da UE e de atirarmos pedras para o charco. Mas enfim, existe quem acredite que aprender com a História equivale a que o tempo volta para trás mas, na verdade, a realidade que hoje enfrentamos, toda ela munida de uma tecnologia que nunca tivemos, é de facto um "admirável mundo novo" que não tem paralelo no passado. Nunca foi possível pretender controlar cada pessoa, digitalmente, como agora, de modo que é urgente que toda a gente perceba que isto, nunca existiu e que é mesmo disto que se trata. A NOM pretende o fim de qualquer liberdade individual e, inerentemente, o fim da dignidade do cidadão comum.


Voltando à conferência. De facto a economia, para os especialistas que ali tiveram oportunidade de se expressarem, é como se fosse uma coisa com vontade própria e não o resultado das estratégias políticas dos governantes. Quer dizer, estudam que se fartam, existem burocratas aos milhares nos bancos centrais europeus para analisar a economia e fazer previsões mas, ao fim e ao cabo, foge-lhes tudo das mãos e, meia volta, volta e meia, estamos todos afundados numa crise aguda. Mas ninguém tem culpa. É a malvada da economia a culpada, sozinha. E o cidadão comum pergunta: então para que é que são precisos todos estes gestores da UE quando, afinal, vamos todos à deriva, rumo a uma hecatombe económica como não há memória? 


Os especialistas estão preocupados com a inflação, outra que parece ter vontade própria, com o comportamento dos mercados, com as taxas de juros, com as oscilações cambiais, com as balanças comerciais, com as dívidas soberanas, mas falam como se todas estas noções de economia não fossem o resultado do (mau) trabalho que tem sido desenvolvido pelos próprios dirigentes políticos da UE. Vamos entrar numa recessão sem precedentes mas ninguém tem culpa. Ninguém além da Rússia, claro. A culpa é da Rússia, e também da China, para não falar da Índia e até do Brasil. Não é dos que comandam os nossos destinos na Europa. Não, esses não têm responsabilidade nenhuma.


Já lá vai o tempo em que fui totalmente a favor da Europa. Até há bem pouco tempo, ainda fui contra o Brexit porque acreditava mesmo que a Europa unida seria melhor para os europeus. Já me deixei disso. Aliás, agora até acredito que o Reino Unido, com a relação especial que tem com os EUA, antecipou o que aí vinha e abandonou este barco que se afunda, a tempo. Convém também não esquecer que o RU nunca largou a sua Libra, mesmo quando fazia parte da UE, e que ainda tem tiques de imperialista, com a sua Commonwealth, que engloba o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. Olha que três exemplos tão bons para o pior que se viu e se vê, na gestão da palermia e das medidas mais estapafúrdias que se implementaram nesse âmbito. 


Em resumo, a velha Europa, que ainda se julga uma grande potência porque acredita que tanto os EUA como o RU são seus aliados para sempre, está já a viver o prelúdio de um fim que se anuncia. Ecoa o canto do cisne e seria muito bom que os europeus acordassem antes que seja tarde demais. E depois estranhamos o ressurgimento do nacionalismo. Mais vale ser um barco a remos autónomo do que um gigantesco navio que se afunda, sem tripulação responsável. E a culpa é dos passageiros que compraram o bilhete e pensaram que ía alguém ao comando para os fazer chegar a bom porto. Fomos todos enganados. A Europa tem uma rica História mas, hoje em dia, é o continente mais decadente do mundo. Convencida que tem muito poder e que é muito rica quando, na verdade, está totalmente dependente dos outros para sobreviver. Chega a ser patética. Como é que algo ou alguém se pode considerar poderoso se não tem onde cair morto, sem o apoio dos outros? 


Fica só esta dúvida no ar:
Quem vai ao comando da Europa, será apenas incompetente ou estará a arruinar, o velho continente e os que aqui vivem, de propósito? 


Agora vou pedir ao meu irmão que partilhe isto na rede. Lamento não poder responder nem reagir a eventuais comentários. Até breve.

29SET2022


O IMPACTO DA NOVA ORDEM MUNDIAL NA ECONOMIA EUROPEIA

Conferência no CCB, dia 27 de Setembro de 2022

Quando vi o anúncio da realização desta conferência, fiquei surpreendida porque não sabia que já era possível falar da Nova Ordem Mundial (daqui em diante NOM) sem se ser conotado, imediatamente, de teórico da conspiração, chalupa ou negacionista. Um amigo informou-me que qualquer pessoa poderia ir assistir, e que o acesso era gratuito, tornando-se para mim irresistível inscrever-me, com a esperança de aprender mais alguma coisa.

A primeira surpresa com que me deparei foi que existiam duas salas. Uma para os participantes institucionais e empresariais, junto dos palestrantes, e outra para os que se tinham inscrito particularmente, que acabaram por assistir na mesma à conferência mas remotamente, através de uma tela e de uma sistema de som, montados para o efeito. Automaticamente, os particulares, como eu, estavam impedidos tanto de fazer perguntas como de reagir ao que ali fosse dito.

Estava previsto que a sessão fosse aberta pelo atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, menino de ouro da Goldman Sachs, e um globalista exemplar, mas parece que teve um condicionamento na sua agenda e não pode comparecer. Outra pessoa que também se viu impedida de vir dar um ar da sua graça foi Paulo Portas, o ex-ministro, ex-líder partidário, ex-jornalista e que agora é um dos comentadores da TV, daqueles que vai a todas e que comenta tudo o que for necessário comentar, com grande desenvoltura e convicção.

Aprendi muito durante a manhã de hoje, mas não vou tornar este texto nem muito longo nem muito exaustivo porque não acredito que alguém tenha tempo, ou paciência, para ler o teor das 18 páginas de apontamentos manuscritos com que voltei para casa. Além disso, como não sou economista, parece-me muito mais acertado e interessante escrever apenas sobre a impressão com que fiquei, como cidadã comum e não especialista em seja no que for.

Esta conferência foi organizada pelo jornal ECO, que é sobre economia mas tem um logotipo verde que dá também ideia de ser sobre ecologia. Foi o seu diretor, António Costa, não, não é esse em que estão a pensar, que abriu a sessão, apresentando as desculpas dos ausentes e, antes ainda de passar para uma entrevista gravada com Álvaro Santos Pereira, diretor da OCDE, deixou algumas ideias no ar, como por exemplo que a NOM vem na sequência da imprevista para todos guerra na Ucrânia. Ou seja, o mote estava lançado porque como muitos de nós sabemos nem a NOM vem na sequência da guerra nem a guerra foi imprevista.

Álvaro Santos Pereira manteve a ideia de que a crise económica é por causa da guerra e que basicamente ninguém, entre os dirigentes políticos da UE, tem qualquer responsabilidade por este assunto, "inesperado". Temos uma crise energética mas não tem nada a ver com as sanções que a Europa decidiu implementar, temos uma crise financeira mas não tem nada a ver com as decisões estratégicas dos bancos centrais, enfim, a culpa vai morrer mesmo solteira e quem vai pagar tudo isto é mesmo o povo. Referiu por exemplo a Alemanha que vai entrar em recessão mas vai investir 100.000 milhões de Euros em armamento, para se precaver.

Tiveram lugar depois dois painéis de debates com especialistas de economia e finanças, todos defensores do globalismo e afinados pelo mesmo diapasão. Aqueles painéis em que passam a palavra para o seguinte e a primeira frase que este diz é que concorda inteiramente com o que o anterior disse e que só quer acrescentar mais uma coisinha.

Estava particularmente interessada em ouvir o painel sobre a estratégia das empresas perante a crise, que já começou e que se prevê se venha a intensificar, mas depois descobri que as únicas empresas que importam são as grandes corporações e as plataformas digitais. Ou seja, pequenas empresas e empresas familiares não é importante debater, ao melhor estilo da NOM.

Outra coisa que aparentemente não interessa nada a estes grandes especialistas, políticos, banqueiros e economistas, são as pessoas. Aliás, as pessoas é que têm de melhorar os seus comportamentos. Poupar, consumir menos, não se individarem e, já agora, deixarem-se de luxos como se quererem aquecer no inverno. E que ninguém espere políticas fiscais expansionistas, de apoio às populações porque essas só iriam dificultar o trabalho dos bancos centrais.

A sessão terminou com a intervenção do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, que todos conhecemos como um político totalmente alinhado, com o Governo, e que veio transmitir à audiência que Portugal está a responder muito bem a toda esta situação. Através de vários gráficos de "powerpoint" ficámos a saber que o desempenho da economia portuguesa nos deve orgulhar a todos. Nunca houve tão pouco desemprego, as pessoas nunca ganharam tão bem, enfim, não temos mesmo nada do que nos queixarmos, entregues a esta classe política que nos deve merecer todo o respeito e confiança.

Disseram-se ali muito mais coisas que mereciam aqui uma nota mas como este texto já vai longo, depois pego num ou noutro desses tópicos e escrevo sobre isso, noutra "história".

Em resumo, nem nos governos de cada país nem nas instituições europeias existem responsáveis. Se alguma coisa corre mal na economia a culpa é da população e é por isso que o globalismo vai ser tão bom, para pôr toda a gente na (nova) ordem (mundial).

27SET2022



IDEOLOGIA DE GÉNERO E O SILÊNCIO ENSURDECEDOR DOS MEDIA

Para todos aqueles que me dizem que o facto de eu e tantos outros sermos silenciados nas redes sociais, não quer dizer que exista censura em Portugal, tenho uma história para vos contar.

Teve lugar, nesta tarde de sábado, um encontro de pessoas que combatem a ideologia de género, imposta a todos nós mas principalmente às crianças, através do sistema de ensino, no Parque Eduardo VII, mesmo junto à Praça Marquês de Pombal, no centro de Lisboa.

Como já é habitual em relação a todas as manifestações populares que questionam a narrativa oficial, toda a comunicação social, sob a alçada do Regime, fez vista grossa e à população, em geral, foi assim negado, mais uma vez, o direito de ser informada sobre o que se passa neste país.

Sobre a ideologia de género talvez a opinião pública só tenha presente a situação daquela família de Famalicão, em que os Pais de dois menores se opuseram a que os seus filhos fossem expostos à disciplina de cidadania, a partir do momento em que perceberam que nessa disciplina não se ensina nada sobre cidadania e se doutrinam as crianças no sentido de que não existem só meninos e meninas, que existem um sem número de outros géneros para explorar, e que podem e devem escolher aquele com que mais se identificam.

De todos os capítulos desta Agenda da Nova Ordem Mundial, este é sem dúvida o mais perverso e aberrante. Agora já podemos escrever e falar de NOM e não ser catalogados de teóricos da conspiração, como acontecia até há bem pouco tempo, uma vez que já é publicamente assumida, estando prevista até uma conferência sobre o impacto da NOM na economia, na próxima 3a feira, no Centro Cultural de Belém, em que serão oradores, por exemplo, Carlos Moedas, presidente da CML e Paulo Portas, um dos comentadores predilectos do Poder e da TV.

A ideologia de género imposta às crianças é uma forma do Estado lhes roubar a infância e a inocência, muito precocemente, sendo impossível prever a dimensão dos catastróficos efeitos que isto terá no seu saudável desenvolvimento e no seu equilíbrio e bem estar. Aos pais que ainda não se aperceberam do que se está a passar, porque confiam no sistema de ensino e delegam neste a educação dos seus filhos, apelo para que "percam" um pouco do seu tempo e leiam com muita atenção o que é incutido aos vossos filhos, nas escolas.

Neste encontro juntaram-se responsáveis de partidos e associações, que souberam colocar de parte um ou outro ponto em que podem eventualmente discordar, por sentirem que é imperativo defender as crianças, dos abusos do Estado, porque elas são os seres mais frágeis e dependem dos adultos para as protegerem e também para as educarem de uma forma harmoniosa, de acordo com a sua natural imaturidade.

As crianças têm o direito de viver a sua infância amparadas por amor e atenção. E quando crescerem e se tornarem adultas, aí sim, farão as suas escolhas de uma forma responsável e consciente. Até lá, deixem as crianças em paz.

Deixo apenas esta reflexão: se fosse tão bom para as famílias e para as crianças esta implementação de ideologia, porque é que seria proibido falar deste assunto, com contraditório, nos meios de comunicação social?

24SET2022


A VISÃO E A EMOÇÃO

Diferentes perspectivas, sobre um assunto ou acontecimento, não dependem tanto da capacidade de raciocínio, como dependem das emoções envolvidas diante dessa realidade. É por isto escusado forçar uma aproximação de perspectivas com outra pessoa, através duma discussão lógica e racional, se não existir um genuíno desejo de entendimento, ao nível emocional. Por outro lado é um erro assumir, por exemplo, que quem não vê as coisas como nós, é menos inteligente. Essa pessoa pode ter a inteligência, apenas, "canalizada" de maneira diferente.

Exemplos destes aparecem em diversos debates, formatos e até em comentários a publicações, nas redes sociais. E sempre que o diálogo se mantém ao nível da troca de ideias e das perspectivas de cada um, e não descamba para ataques e ofensas à outra parte, que infelizmente é comum encontrar, é muito interessante ler ou ouvir, chegando por vezes ao ponto de nos parecer que, na verdade, a realidade depende mesmo da perspectiva de cada um e que não existe apenas aquela que assimilamos através da nossa visão e do nosso discernimento.

O que não deixa de ser muito curioso é que algumas pessoas se ofendam com opiniões que divergem das suas e que outras pessoas não se ralem nada com quem pensa de maneira diferente. Normalmente, os que estudaram por si próprios uma determinada matéria, e baseiam a sua opinião nessa investigação, não se preocupam com as opiniões dos outros. Os que facilmente se ofendem são os que se julgam muito bem informados e não admitem que alguém tenha o descaramento de lhes apresentar perspectivas diferentes. Isto dá que pensar. Dá ideia que quanto mais ignorantes, menos tolerantes e mais agressivos até, talvez porque, no fundo, não se sintam tão confiantes como querem aparentar.

Não há problema nenhum em admitirmos que errámos nem que fomos enganados. Estar errado ou ter sido enganado não define nem o valor nem o carácter de uma pessoa. Por outro lado, a incapacidade de abandonar uma crença ou uma convicção, ou de admitir que existam outras perspectivas sobre uma mesma realidade, é um claro indicador de fanatismo.

Tenho acumulado muitas dúvidas e questões sobre aquilo que no passado me pareceu verdade, então neste dois anos e meio nem se fala, e acaba por ser fascinante descobrir a infinidade de conhecimento que me faltava, graças à desmontagem das certezas que julgava ter, de tal forma assumidas e enraizadas, que as considerava absolutas, sem me ralar sequer com essa tão comum redundância: As famosas certezas absolutas, que de absoluta só têm a capacidade de nos cristalizar o raciocínio e o discernimento entre a realidade e a fantasia.

29AGO2022


DIVAGAÇÃO NUM DOMINGO À TARDE

Presentemente já só tenho uma certeza, que é a de estar aqui de passagem. Por isso cultivo o mais possível a componente espiritual da vida, por um lado e, por outro, o maior desapego por tudo o que é material. Desta forma é-me possível viver sem sentir medo de nada, nem de morrer, sequer, porque o que valorizo, acima de tudo o Amor, é imaterial e pertence a qualquer dimensão.

Uma perspectiva como outra qualquer, esta que encontrei, ao fim de muitos anos em que tanto lutei, sem perceber ainda o verdadeiro sentido que procurava na vida: A total liberdade do espírito, em que o enriquecimento deste supera largamente o envelhecimento físico, na balança do bem estar geral. Ainda há dias, em conversa com um amigo, ele citou "The Beatles" para me dizer que já não é metade do homem que costumava ser - "I'm not half the man I used to be" (Yesterday) - e eu respondi que nós vamos ficando melhores cada dia. Obviamente não ao espelho, mas chegamos a uma fase da vida em que isso nos vai interessando cada vez menos, porque andamos é muito entretidos com o que cultivamos e guardamos cá dentro.

E é esta a realidade em que eu vivo, pouco dada a angústias ou ansiedades, porque a essência da vida levo-a na cabeça, no coração, na alma, no espirito, como se lhe quiser chamar, e é independente do tempo, do espaço e até dos outros, mesmo daqueles a quem desejo e me desejam o maior bem. Pode parecer um paradoxo mas sinto que as pessoas que vivem bem na própria companhia, e que gostam de estar sozinhas, têm mais capacidade de amar. Isto porque não procuram nos outros algo que lhes esteja a faltar e são mais capazes de partilhar o que lhes esteja a sobrar.

Todos os dias agradeço tudo o que já vivi - o ótimo, o bom, o mau e até o péssimo, pelo tanto que aprendi - e ter um dia mais por diante, com saúde, para fazer dele o melhor que conseguir. A "única" coisa que me atrevo a pedir é que os que eu amo estejam sempre protegidos da dor, seja ela de que tipo for. De resto, não peço mais nada porque "só" preciso disso para ser feliz.

28AGO2022


CGD A CUMPRIR A AGENDA DO FEM

Em vez de escrever naquele meu estilo habitual, que alguns até criticam dizendo que escrevo muito mas não digo nada de concreto, hoje venho contar uma pequena história de bairro.

Moro em Lisboa, entre Alcântara e o Alto de Santo Amaro, um bairro com muitas pessoas muito mais velhas do que eu, para quem é muito importante que existam serviços básicos por perto.

A CGD, depois de há umas semanas ter mudado a fachada da sua agência aqui do bairro, resolveu agora fechar a mesma. Como a obra de remodelação fomos nós que pagámos e como têm lucros brutais, podem deitar dinheiro pela janela à vontade. Agora fechar uma agência que estava sempre cheia, de reformados que não utilizam a tecnologia, que ali recebem as suas pensões, que ali resolvem as suas questões com pagamentos, poupanças, o que seja, é que de início me pareceu escandaloso.

Mas depois lembrei-me da Agenda, daquela que só existe na cabeça dos teóricos da conspiração e no plano do fórum da economia mundial, que governa o mundo em geral e a Europa em particular. O dinheiro físico é para acabar porque a ideia é controlar tudo o que gastamos e compramos, para poderem medir a nossa pegada ecológica, dizem eles.

À medida que estou a escrever este texto até eu sinto que parece que estou a contar uma história de ficção. Mas não. A implementação da Agenda vai de vento em popa e até está a acelerar em relação ao previsto, talvez para fazer frente aos milhões de resistentes que não se vão vergar nem calar.

Agora pensem, principalmente aqueles que ainda estão à espera que achate a curva de 15 dias para voltarmos, por artes mágicas, à ilusória normalidade de 2019. Passado, afinal, mais de um quarto de década, ainda pensam que vai ficar tudo bem? O próprio fundador e ideólogo do FEM já disse em entrevistas que as pessoas têm de perceber que nada vai voltar a ser como antes. Acham que ele, que controla todas as instituições europeias, está a brincar? Eu nem refiro as instituições portuguesas porque Portugal nem sucursal é na Europa. Localmente ninguém manda coisa nenhuma.

Só para terminar, informo ainda que rua onde vai fechar a agência da CGD já fechou este ano a do BPI. Que se lixem os velhos. Só dão despesa como também afirmou em público a Christine Lagarde há uns tempos.

Deixem-se ficar a ver o telejornal mas ficam já a saber que a revolução não vai passar na televisão.

23AGO2022


MISTÉRIO POR REVELAR?

Antigamente, quando tudo nos parecia normal, antes de entrarmos no manicómio do Novo Normal, todos já tínhamos ouvido falar do síndrome de morte súbita nos bebés. Eram casos raros e trágicos, em que os pais deitavam um bebé alegadamente saudável no seu berço para dormir e ele não voltava a acordar. E a investigação médica científica, apesar da sua evolução, nunca conseguiu explicar esse fenómeno, nem nunca o ligou, por exemplo, a algum fármaco que a esses bebés tivesse sido ministrado antes da fatalidade.

No Novo Normal temos o síndrome de morte súbita em todos os níveis etários, jovens saudáveis, alguns desportistas até, menos jovens também saudáveis e, curiosamente, continua a investigação médica científica sem dar uma explicação plausível.

Mas se "antigamente" os casos de bebés vítimas do síndrome eram muito raros, e acabávamos todos por aceitar essa "normalidade", nos tempos que correm são umas atrás das outras, as vítimas deste "fenómeno".

Não há dia nenhum em que não apareça a notícia de jovens que morrem subitamente durante o sono.

Ao mesmo tempo que os media vão publicando razões para paragens cardíacas, tais como as ondas de calor, as ondas de frio, fazer jardinagem, adormecer a ver TV e outras que tais, a minha pergunta de hoje é muito simples: não seria importante investigarem se todos os que estão a morrer subitamente terão algum denominador comum? Como, por exemplo, terem sido expostos a alguma droga?

Creio que até nos meios de comunicação social patrocinados pelo Sistema, já se fala do aumento da mortalidade em Portugal. São dados que não se conseguem esconder, por mais que se tape o sol com a peneira.

Alguém no seu juízo perfeito pode acreditar que estamos a morrer mais por causa das "alterações climáticas"?

18AGO2022


AS TOCAS DOS COELHOS

Quem anda na labuta de tentar perceber que mundo é este em que vivemos afinal, sabe que "Rabbit Hole" é a expressão, dos chamados teóricos da conspiração, os que se dedicam a "escavar", para encontrar realidades e verdades que lhes estavam a escapar, porque escondidas, algumas delas muito bem "enterradas".

Parece-me evidente para toda a gente, até para os que têm mais que fazer do que tentarem conhecer o mundo em que vivem, que só quem procura é que pode encontrar seja o que for. Quem não procura, que é como quem diz, quem fica passivamente à espera que lhe cheguem "as notícias", sabe apenas aquilo que outros decidem que pode e deve saber, mais nada, e não conhece sequer os critérios e as razões de quem lhe serve o "conhecimento de bandeja".

Eu pertenço ao grupo das escavações. Nasci com uma curiosidade incontrolável e não a consegui domar, até hoje. Aliás, nesta fase da minha vida já aceitei que vou ser curiosa, sobre tudo o que me rodeia, até ao fim.

O que se revelou impossível foi entrar em todas as tocas de coelhos que me apareceram, durante as minhas escavações. Algumas tive de ignorar, e passar adiante, porque é humanamente impossível chegar a toda investigação que está disponível. Até se pode dizer que está à mão de semear, desde que, obviamente, exista, intrínseca, essa vontade de escavar, para descobrir, perceber e aprender, para além das narrativas oficiais.

Quanto mais se sabe mais noção se tem do pouco que se sabe, como disse o filósofo, por outras palavras. Sabermos que sabemos pouco dá-nos uma humildade que é fundamental para quem quer mesmo aprender algo de novo. Por outro lado é fascinante acordar, cada dia, com a certeza de que podemos aprender mais alguma coisa.

No último ano tenho encontrado muitos companheiros da pá e da picareta, tanto por cá como por esse mundo fora. Muitos deles bem mais avançados do que eu, com quem tenho aprendido muitíssimo e até aproveitado alguns atalhos já trilhados por eles. Mas não consigo, nem de longe nem de perto, acompanhar alguns deles, que me levam anos de avanço.

Este texto é dedicado a todos os que procuram a verdade, principalmente aos que têm tido tanta paciência comigo e me ajudaram a entrar em tocas nas quais, de início, me cheguei a sentir tão desconfortável, de perdida, que só me apetecia fugir.

Além do meu irmão, que há mais de vinte anos se dedica a explorar o que não sai nos jornais (e muito menos aparece na TV), e que tanto do seu trabalho partilhou comigo, ganhei outros "quase irmãos" pelo caminho. São poucos, não quero identificar nenhum, e deixo aqui a minha palavra de gratidão. Eles sabem muito bem quem são.

17AGO2022


ORGULHO PORQUÊ?

Porque é que algumas opções de sexualidade são motivo de orgulho? E de manifestações? Porque é que alguém se sente orgulhoso por preferir ir para a cama com alguém do mesmo sexo? Ou por ter optado mudar de sexo? E os que preferem ir para a cama com alguém do sexo oposto? E os que se sentem bem com o sexo com que nasceram? Devem sentir o quê? Vergonha? Este capítulo da Agenda dos globalistas já me enjoa. Já nem posso ver arco-íris à minha frente.

E agora? Vão dizer que eu sou homofóbica? Eu não quero saber da vida sexual das outras pessoas. Dá-me igual. Que cada um faça o que bem entender com a sua intimidade. Porque é que alguns têm que esfregar na cara dos outros as suas preferências?

Se queremos ser verdadeiramente inclusivos, eu espero que se respeitem também os que se assumem heterossexuais. E já agora os que acreditam que se nasce menina ou menino. É isso que detectam nas ecografias. Depois, o que cada um quer fazer da sua vida e do seu corpo a cada qual diz respeito, mas parece-me absurdo que a escolha individual seja motivo de qualquer espécie de orgulho, ou sequer de propaganda.

O que condeno, ferozmente, é estarem a manipular as crianças com a bandeira colorida de que se não se sentirem nem meninos nem meninas, não há problema nenhum, porque existem inúmeras alternativas para explorarem.

Deixem as crianças em paz. Deixem-nas ser crianças e que mais tarde encontrem por si mesmas o seu caminho e o que as faz sentir bem.

16AGO2022


LUTAR SÓ CONTRA QUEM NOS FAZ MAL

Curiosamente ainda existem pessoas que querem ficar na ombreira da porta, que não são contra o Sistema nem a favor, com muito orgulho até, e que até acham que os que são contra e os que são a favor não passam de dois rebanhos de pessoas que andam aqui por ver andar os outros.

Não há dúvida que cada um é livre de pensar o que quiser, aliás, das coisas que mais defendo é a liberdade de pensamento e a sua expressão.

No entanto parece-me que dentro do grupo que defende o Sistema e dentro do dos que o combate, existe uma grande variedade de sensibilidades, razões, tendências e até crenças, que chegam a ser contraditórias entre si. Podem haver de facto situações em que muitos nem pensam e vão atrás uns dos outros, mas alguns vão mesmo guiados apenas pela sua própria consciência e intuição.

Existem pessoas que se sentem de esquerda ou de direita, dos dois lados, por exemplo. Existem pessoas contra o Sistema que acham que a Humanidade está condenada e outras que pensam que virão tempos muito melhores. Existem pessoas a favor do Sistema porque sentem que beneficiam com ele e outras que são a favor apenas porque temem qualquer mudança, como aquelas que sabem que os governantes só se governam a eles mesmos e, apesar disso, preferem mantê-los no poder porque se saíssem podiam vir outros, ainda piores, como já ouvi inúmeras vezes dizer.

O que me parece é que quando isto apertar, a sério, vão surgir naturalmente dois grupos de pessoas, grupos esses que vão ter membros tanto dos que anteriormente eram contra como a favor do Sistema: o grupo que se vai submeter e o grupo que vai lutar.

Por isso creio que já vai sendo tempo de, em vez de vermos inimigos nos que agora não pensam como nós, com quem nos pegamos a torto e a direito, por termos perspectivas quase antagónicas, mas que nunca nos fizeram mal nenhum, devemos é perceber que o único inimigo que temos é quem nos quer dar cabo da vida, começando pela liberdade e pela dignidade, ou seja, quem vai ao comando dos nossos destinos e dos destinos dos nossos filhos e netos.

Acredito que irá chegar um dia em que ninguém vai conseguir continuar na ombreira da porta.

14AGO2022


EM QUE É QUE EU ESTOU A PENSAR?

Sempre que leio a pergunta do Facebook, em relação ao que estou a pensar, dá-me vontade de rir. Até parece que me está a tentar passar uma rasteira para me levar para os calabouços da censura, outra vez.

Imaginem se eu estivesse a pensar que os médicos que por ignorância, por falta de tempo ou por preguiça, incitam os seus doentes a tomarem uma droga experimental, sobre a qual não estudaram e apenas leram "as gordas", nos sites especializados que são patrocinados pelos fabricantes dessas drogas, estão a praticar, no mínimo, actos de negligência médica.

E que em muitos casos o crime é ainda muito mais grave do que este, quando os médicos sabem o que estão a fazer e até são premiados por ludibriarem os seus doentes ou o público em geral.

As pessoas ignorantes tendem a olhar para os médicos como anjos e até semi-deuses que os protegem do mal, influenciados não sei se pelas batas brancas ou pelo que entendem ser a verdadeira medicina, que entretanto, deixou de ser o que era.

Há médicos bons e médicos maus. Sempre houve. Há médicos que se deixam corromper, outros que não, como em qualquer profissão. Há médicos com espírito científico e que questionam e há médicos que se limitam a cumprir os protocolos, nomeadamente directrizes governamentais e das administrações hospitalares.

A agravante no caso dos médicos, quando não exercem a sua profissão de acordo com a sua deontologia (o tão esquecido juramento de Hipocrates), é levarem doentes mais depressa para a morte, em vez de procurarem prolongar-lhes a vida com o máximo bem estar possível, graças em parte à tal confiança cega que os doentes depositam neles. Infelizmente conheço vários médicos nesta categoria. E poucos médicos que são médicos mesmo a sério, que honram a sua profissão e não são apenas autómatos cumpridores de regras, que nada têm a ver com a saúde dos seus doentes.

Eu venho de uma família de médicos. O meu Pai era médico, dois dos irmãos da minha mãe também, um deles casou com um médica e uma das irmãs da minha mãe casou com outro médico. Ou seja, eu não tenho nada contra os médicos, pelo contrário, o que me choca nos tempos que correm é que a profissão se tenha transformado, em muitos casos, numa espécie de agente farmacêutico.

De tal maneira mudaram as mentalidades que até há doentes que se forem a uma consulta e não vierem de lá com uma receita para ir aviar à farmácia, ficam desapontados com o médico que nem uma receita lhes passou. Ou seja, associa-se o medicamento à saúde, quando ter saúde é não precisar de tomar medicamentos. Tal como o milionário negócio que se designa como o sector da saúde. O negócio e o sector é da doença. A saúde não dá lucro e não interessa ninguém.

12 AGO2022


SÓ QUANDO NOS CONHECEMOS A NÓS PRÓPRIOS PODEMOS CONHECER O QUE ESTÁ PARA ALÉM DE NÓS

Ser céptico não equivale a ser pessimista, o pessimista até pode viver mergulhado em crenças e ideias pré-concebidas. Ser céptico é questionar, ativamente, o que nos rodeia, e ter consciência de que o que é real, para nós, está sempre condicionado pela percepção individual. Ser céptico é, afinal, viver numa dúvida sistemática, de preferência em relação à própria visão. Para que seja positivo, o cepticismo, é necessário aprender a duvidar, antes de mais nada, da própria interpretação, seja em relação ao que nos rodeia, em relação a acontecimentos ou até em relação às outras pessoas.

Sem sequer darmos por isso, mais por intuição e instinto do que por elaboração intelectual, estamos sempre a julgar tudo, e todos com quem nos deparamos. Por outro lado, só conscientemente, somos capazes de nos julgarmos e de avaliarmos o nosso próprio discernimento. Normalmente só sentimos a necessidade de iniciar este - por vezes doloroso - processo, movidos pelo choque de, à nossa volta, nos parecer que as nossas convicções, de sempre, começaram a ruir, ou percebermos que fomos enganados, e levados a assumir certezas que afinal eram ilusões, tanto em relação aos outros como em relação ao mundo. Assim, antes de continuarmos a desmontar outras ideias pré-concebidas sobre o exterior, convém virarmo-nos para dentro e procuramos o nosso espírito, a nossa verdade essencial, mesmo que nos custe derrubar alguns mitos ou barreiras que tenhamos construído, fantasiando sobre aquilo que somos.

Comecei esta divagação a escrever sobre o pessimismo porque, muitas vezes, se confunde quem questiona com quem não acredita em nada. Duvidar não equivale a não saber, aliás, o conhecimento só é possível através das dúvidas e das questões. À medida que acumulamos anos e experiências, vamos ficando despojados de certezas e, ao contrário do que possa parecer, perdê-las não nos causa qualquer desencanto nem tristeza em relação à vida. O que acontece, com isto que provavelmente será o início da sabedoria, é sentirmo-nos maravilhados pelo infinito desconhecido, quando nos libertamos das amarras que fomos criando, desde que nascemos, condicionados, acima de tudo, pela nossa própria cabeça.

Não existem limites, nem para os nossos sonhos, nem para o que podemos aprender, nem para nossa evolução como pessoa. E só quando fazemos esta descoberta é que nos podemos sentir plenamente livres e felizes.

1JUL2022


A CADUCIDADE DOS RÓTULOS E A ARMADILHA DOS CHAVÕES

Durante quase toda a vida me considerei progressista e não conservadora. Os que não gostavam da mudança, os que queriam que o tempo voltasse para trás, os que rejeitavam a inovação, pareciam-me uns velhos do Restelo, uns antiquados e uns botas de elástico. Mas agora, diante da Agenda em curso, cujos capítulos rejeito clara e integralmente, mudou radicalmente o paradigma e se tivesse de escolher entre uma coisa e outra, já não podia classificar-me como progressista porque o progresso está a evoluir no sentido dum abismo para a sociedade, que é como quem diz, para a Humanidade. Aliás, está não, estaria, se não fossem os que combatem o rumo que isto levaria. Ou seja, hoje em dia, eu não só seria, nessa nomenclatura, uma conservadora como até uma reaccionária.

Já escrevi, em vários textos anteriores, sobre o anacronismo da divisão entre a esquerda e a direita, divisão que tanta gente ainda insiste, não só em manter como a combater o outro lado. E fala-se de socialismo, de fascismo e de comunismo, como se fossem conceitos dos nossos dias. Se calhar não era má ideia deixar-se o século XX de uma vez por todas, largarem-se divisões e combates que já não se usam e entender-se que o futuro vai ser diferente do passado. O mundo não anda para trás e não existem regressos ao passado, nos modelos da sociedade.

Quem, de facto, quer combater o poder instituído e a sinistra Nova Ordem Mundial, devia unir-se por uma causa humanista e comum. Para esta causa comum interessa tanto se alguém se julga de esquerda, do centro ou de direita como se alguém se julga do Sporting, do Porto ou do Benfica. Não interessa nada.

O que a Resistência pretende é que o chamado mundo livre e ocidental deixe de ser governado por mafiosos, psicopatas, criminosos e ladrões das vidas e dos sonhos das pessoas que os sustentam. Ajudaria bastante a nossa causa se nos deixássemos de rótulos e chavões ultrapassados e que só nos enfraquecem.

Se dizemos que somos anti-sistema somos logo catalogados de anarquistas. Se dizemos que vamos inventar uma nova ideologia somos classificados como utópicos. Se acreditamos que vamos mudar o mundo, somos uns sonhadores sem noção da realidade, ou loucos. O que é certo é que temos de ser e de fazer isto tudo e quanto mais cedo melhor.

Se somos de esquerda ou de direita, progressistas ou conservadores, isso é que são mesmo coisas das nossas cabeças e não aportam valor nenhum ao Renascimento 2.0, que alguns já estão a tentar inventar, para sair desta idade das trevas emulada de modernidade. A luta é só de baixo para cima. Ganhamos, de caras, em número, mas ajuda muito se nos deixarmos de atilhos e espartilhos do passado, que nos tolhem os movimentos, nos dividem e nos atrasam na mudança de rumo que queremos implementar. Somos todos Resistência. Ponto parágrafo.

Ontem fiz uma visita ao meu irmão e enquanto ele pintava estivemos a conversar sobre isto. Agora apeteceu-me escrever esta história.

24JUN2022


ALDEIA DE SÃO GREGÓRIO - OUTRA VEZ

No século passado os anos 20 foram considerados loucos e, pelo andar da carruagem, quer-me parecer que os anos 20 deste século não lhes vão ficar atrás. A brincar a brincar já levamos um quarto desta década, alucinante e maluca, sobretudo se vista pelos que estão atentos e procuram perceber o que se passa, para além do que debitam nos telejornais.

As redes sociais têm tido um papel crucial na divulgação de informação, alternativa à narrativa oficial. Lembro-me que há dois anos, quando começou a aparecer a corrente que foi designada por "negacionista", os crentes, na propaganda da narrativa oficial, gozavam à grande com esses que assumiam que não acreditavam em nada do que nos estava a ser contado, e menosprezavam a informação que se podia encontrar nas redes. Apregoavam que seguiam a ciência, confundindo ciência com o que nas notícias apresentavam como verdade inabalável, sustentada por "estudos que indicam" e "especialistas que acreditam", sem nunca se perceber que especialistas e estudos eram esses. Mas dava na televisão e isso era suficiente.

Naturalmente que os que não estavam a embarcar na história da pandemia mortífera e, menos ainda, mais tarde, nas chamadas vacinas, "gratuitas", para toda a gente, e publicitadas 24 sobre 24 horas, começaram a encontrar nas redes outros "chalupas", "teóricos da conspiração" e "anti-vacinas", alguns dos rótulos que nos colaram, os crentes no governo e na sua propaganda. Começaram assim a estabelecer-se correntes de opinião que divergiam da "verdade científica", apresentada na televisão.

Até ao verão de 2021 resisti e mantive a minha presença, nas redes sociais, com aquela filosofia de só publicar para "amigos" e os "amigos" nas redes correspondiam mesmo a pessoas que eu conhecia na "vida real". Depois tive de abandonar essa ideia. Queria saber o que é que se estava a passar no resto do mundo, não apenas através das "estrelas" do Twitter, do YouTube ou do Telegram, e comecei a procurar "amizades" um pouco por todo o mundo e, claro, também em Portugal.

Um ano depois, é claro que já "escovei" muita gente que entrou por engano no meu "circulo de amigos" e já fui "escovada", vezes sem conta, também. Normal e salutar. Por outro lado, e em relação a alguns portugueses, fui ficando mais atenta e mais ligada, pelas publicações que escolhiam ou pela forma como escreviam. No meio desta intempérie de desinformação, obviamente que se quebraram laços de toda a vida, porque os níveis de intolerância dos crentes na narrativa, em relação aos que questionavam a mesma, atingiram níveis absurdamente elevados, mesmo dentro das famílias ou entre amigos de toda a vida. E esses novos amigos acabaram por substituir estes, que pela sua doentia intolerância em relação a perspectivas divergentes, acabaram por revelar que de amigos pouco tinham que se pudesse aproveitar.

Foi desta situação que me surgiu a ideia, em Março deste ano, de organizar encontros entre membros da resistência, de quem já me sentia amiga, mas que nalguns casos nunca tinha abraçado, nem visto, sequer. Creio que "resistente" é o adjectivo mais adequado para quem já aguentou mais de dois anos, a viver num mundo em que a insanidade se apoderou da esmagadora maioria, os verdadeiros negacionistas, os que preferem morrer a admitir que foram enganados. Deviam ter presente que TODOS fomos enganados, em maior ou menor escala, durante mais ou menos tempo. E ignorante não é quem foi enganado, ignorante é quem se nega a admitir que estava errado, ou a mudar de ideias, como se isso pudesse diminuir ou pôr em causa o seu valor, como pessoa.

Tudo isto para partilhar, com todos os que me lêem, que no fim-de-semana passado, e tal como já tinha acontecido num fim-de-semana em meados de Maio, reunimos uma vintena de resistentes, na encantadora Aldeia de São Gregório. Foi uma experiência maravilhosa para toda a gente. A maioria nem se conhecia entre si, nem através das redes. Só vos posso dizer que na sexta-feira não houve gelo para quebrar e que no domingo já toda a gente dizia que isto, de estarmos juntos, em três dimensões, é mesmo o nosso caminho e é mesmo para continuar. Afinal, pessoas como nós nunca desistem e vamos lutar até ao fim, pela verdade, pela liberdade e pela preservação dos restantes valores essenciais da Humanidade.

20JUN2022


O MUNDO EM QUE VIVEMOS

Por vezes temos a sensação que o mundo mudou em 2020, mas a única coisa que mudou foi a consciência de alguns, em relação à realidade que nos rodeia. Como todos sabemos, vivemos dependentes das elites que nos governam e essas elites, e os seus objetivos, não mudaram em 2020. Há várias décadas que o que erradamente chamamos mundo livre e ocidental, que inclui a nossa velha Europa, os EUA, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, não é, afinal, aquele regime democrático que muitos idealizávamos como nosso.

Não é novidade nenhuma, creio eu, que vivemos sob a alçada de interesses financeiros e económicos, que por sua vez condicionam a política de todos estes países, aparentemente independentes. Por mais que ainda se continue a tentar tapar o sol com a peneira, na União Europeia, por exemplo, não existem Estados soberanos. Somos todos Estados federados, governados no presente pela Ursula Von Der Leyen, que por sua vez presta contas, como pupila predileta, ao seu mentor, que fundou em Davos, na Suiça, os alicerces do Forum da Economia Mundial, em 1971, e que desde 1987 mantém essa designação: o já sobejamente famoso, Klaus Schwab.

Se para muitos já é claro que a nossa Assembleia da República não tem poder absolutamente nenhum, onde nem sequer existe uma oposição parlamentar digna desse nome, talvez não sejam ainda tantos os que têm a noção de que no parlamento europeu, também cada país muito pouco pode fazer pela defesa dos direitos e bem estar da sua população. É claro que ali ainda ouvimos, esporadicamente, alguns deputados a discursarem, em nome dos direitos e liberdades dos cidadãos mas, infelizmente, são muito poucos, por isso com praticamente nulo poder, além de que nesse grupo, de verdadeiros deputados independentes, não se encontra nenhum português. Como se não bastasse, todos esses discursos são silenciados pelos orgãos de comunicação social, que, obviamente, são patrocinados pelos verdadeiros donos disto tudo.

Para a esmagadora maioria da população, a realidade é aquela que é transmitida pela televisão. Só assim se explica que passados mais de dois anos, sobre o início da chamada "crise sanitária", ainda tanta gente acredite que o que os governos pretenderam, com as medidas draconianas para combater uma gripe com nome de código, foi proteger as vidas e o bem estar das populações. Só assim se explica que as pessoas tenham acreditado numa a todos os níveis falsa pandemia, tenham aceite testes massivos, confinamentos, máscaras e álcool gel, e toda a panóplia de inconstitucionalidades e de medidas absurdas, que separaram famílias e amigos e destruíram tantas vidas.

O grande elefante na sala, que a maioria se recusou a ver, deitaria logo por terra o maior embuste de que há memória: os famosos testes PCR que, como seu inventor, Kary Mullis, não se cansou de afirmar, até ter morrido em Agosto de 2019, são testes que não fazem o despiste de doenças. O absurdo dos testes foi de tal ordem que os PCR eram considerados os melhores e depois apareceram outros testes, considerados menos fiáveis. Mesmo assim, a corrida aos testes foi a loucura a que assistimos, fossem eles considerados de primeira, de segunda ou de terceira categoria.

Quando a insanidade colectiva já estava instalada, começou então a chamada vacinação, gratuita, global, e publicitada de uma forma coerciva. Não se podia tornar logo obrigatória, até porque se fosse obrigatória a responsabilidade de se picar já não podia ser do picado, mas ai de quem optasse por não se injectar com o inovador e experimental mRNA. Não podia viajar, não podia nalguns casos manter o seu posto de trabalho, não tinha direito ao seu certificado digital a comprovar a sua obediência, além de ser rotulado como negacionista, chalupa, anti-vacinas ou teórico da conspiração. E um perigo para a comunidade.

Isto já todos sabemos. Mas onde eu queria chegar era à clarificação do seguinte: esta "crise sanitária" não apareceu do nada. Já está mais do que provado que foi meticulosamente planeada, muito antes de 2020. Tal como a guerra na Ucrânia, tal como a varíola dos macacos, tal como a crise económica e tal como a campanha publicitária à volta de tudo isto, munida das bandeiras das alterações climáticas, da diversidade de géneros, do controlo digital de qualquer passo que se dê, do fim do dinheiro físico... tudo em nome de estarmos todos muito seguros e muito felizes, mesmo privados de qualquer tipo de liberdade de movimento ou ação, de pensamento ou de expressão.

E qual é a boa notícia? porque é de boas notícias de que todos precisamos: A boa notícia é que de dia para dia são aos milhares, em todo o mundo, os que ganham consciência em relação à máfia que governa as suas vidas. E quem começa a questionar já não volta para a realidade dos telejornais e da propaganda em que viveu submerso, a vida toda.

Não é fácil o primeiro embate, quando temos de admitir que fomos magistralmente enganados mas, passado o choque inicial, já ninguém se arrepende de ter questionado e de ter passado para o grupo cada vez maior de acordados. No presente ainda são considerados rebeldes e irreverentes, pelos que vivem dentro da caixa da TV, mas são eles que vão fazer a revolução que vai derrubar este decadente império do ocidente.

Estamos mesmo a viver uma Era histórica em que se vislumbra já a hecatombe desta idade das trevas, dos tempos modernos, e em que alguns já estão a trabalhar para o Renascimento 2.0. Neste grupo só estão os que não perderam a esperança na essência da Humanidade. Os que não acreditam que o mundo vai mudar, não fazem parte da construção desta mudança.

15JUN2022


- O QUE É QUE TU QUERES SER QUANDO FORES GRANDE?

- EU QUERO SER FELIZ!

Se é lenda ou não, não sei, mas alguém me contou que certo dia, quando John Lennon andava na escola primária, a sua professora pediu aos alunos para escreverem o que queriam ser quando crescessem. Quando o pequeno John escreveu que queria ser feliz, a professora repreendeu-o, dizendo-lhe que ele não tinha percebido a pergunta. Na verdade, na nossa sociedade, o que se ensina às crianças é a importância de ter sucesso e não a importância de se ser feliz e, por isso, é natural que a professora não tenha percebido a resposta do seu aluno.

A luta pelo que se considera sucesso é, muitas vezes, a maior armadilha para falhar uma vida feliz. Porquê? Porque o que se designa por sucesso é alcançar o desafogo material e não o bem estar espiritual. Ninguém considera, por exemplo, um monge tibetano uma pessoa de sucesso só porque irradia felicidade e paz de espírito. Por outro lado, qualquer milionário é considerado uma pessoa de sucesso, mesmo que se sinta infeliz ou vazio, por dentro.

Incute-se nas crianças que é necessário competir, com as outras crianças, para ter sucesso. Os pais querem que os seus filhos sejam os melhores da turma, tenham os melhores resultados desportivos e até que sejam os mais bonitos. Não se ensina às crianças que elas só podem competir com elas próprias, seja na escola ou mais tarde no trabalho, seja no desporto ou noutra competência qualquer. Isto por uma razão muito simples: só as próprias capacidades dependem de cada um. E só sermos melhores do que fomos antes nos pode trazer felicidade. É um logro alguém imaginar que vai ser feliz, por se sentir ou julgar melhor do que os outros. Mas isto, aparentemente, não interessa nada no sistema atual.

O sistema educativo não tem como objetivo instruir para que a sociedade tenha muita gente feliz. Não se ensinam as crianças a procurarem dentro de si o que mais gostam de ser ou de fazer. Tudo o que tenha a ver com artes, por exemplo, é visto como algo que não tem futuro. Cria-se logo a ideia de que muito poucos podem viver da pintura, da música ou da escrita, como se fossem sonhos utópicos. O objetivo é instruir os alunos para lutarem para ter sucesso, mesmo com a certeza de que a gigantesca maioria vai viver frustrada a vida toda, a ganhar miseravelmente, na ansiedade de não conseguir pagar as contas e na angústia do que trará o dia seguinte.

O mundo vai ser muito melhor quando se ensinar em casa e na escola que o mais importante é ser-se feliz. As pessoas felizes são melhores, não só para si próprias como para os outros. Como sou uma idealista, acredito que no Renascimento 2.0 vamos ensinar às crianças que a única coisa que estava errada no nosso planeta, antes da revolução cultural, era mesmo não termos ensinado, os mais novos, que a vida só faz sentido se for vivida como uma luta íntima, uma evolução, por dentro. Todos vamos viver dias tristes, todos vamos chorar, mas aquilo que nos deve mover, sempre, é a busca da felicidade que é, apenas, o bem estar interior. Lutar para ter sucesso e para ser melhor do que os outros vai ser coisa do passado, que se vai querer bem enterrado.

Tudo isto porque só damos o que somos... e se muitos mais forem felizes, o mundo será mesmo muito melhor, para todos nós. Não viemos para competir uns com os outros. Viemos só para acabarmos seres melhores do que quando chegámos.

11JUN2022


FORA DO RADAR ATÉ O TEMPO DA PRISÃO ACABAR

A vida é muito mais do que as redes sociais. E o trabalho que temos em mãos, nós os que acreditamos que podemos mudar o mundo, é gigantesco e merece toda a nossa atenção. Além do que aqui vou publicando, pese as restrições da censura da META, através de amigos que por sua vez também estão na "lista negra", existe uma atividade de resistência efectiva e eficaz, que não se vê por aqui até porque convém que fique fora do radar.

É sabido que quando nos cortam o pio, ou quando passam as nossas publicações para o fim das publicações visíveis para os outros, é uma tentativa bacoca para que acabemos por cair no esquecimento. A boa notícia é que passados todos estes meses, as relações entre resistentes saíram deste ambiente minado e castrado, do Facebook e afins, e a vida continuou lá fora, onde o sol brilha e o céu chora, onde nós rimos e nos abraçamos, onde nos animamos e outras vezes choramos.

Ao longo destes últimos dois anos conheci pessoas com as quais me identifico mais do que outras que conhecia de toda a vida. Isto de partilhar sonhos e causas tem muito que se lhe diga. E sim, que fique aqui bem claro: Eu acredito que vamos mudar o mundo. Sempre foram olhados como loucos, os rebeldes. Mas sempre foram esses, os diferentes, os desobedientes, que lutaram por todos os outros, inclusivamente por aqueles que os desprezaram, criticaram e ofenderam. Ou tentaram. Porque nenhuma força pode abater quem luta pela liberdade, pela justiça e pela verdade.

Daqui a 20 dias volto a dar notícias. Até lá vou trabalhar a tempo inteiro num projeto de sonho... que um muito querido amigo sonhou por mim e que é a minha cara.

Porque às vezes o silêncio é uma forma sublime de comunicar, que ninguém pense que fui dormir ou que estou impávida a ver os dias passar. Eu estou mesmo ali ao lado, nos bastidores, de mangas arregaçadas, a lutar.

30MAI2022


A COMUNICAÇÃO SOCIAL

- O VERDADEIRO PODER

A comunicação social, tanto a tradicional, a TV, Rádio e os Jornais, como a moderna, redes sociais (Meta), motores de busca (Google), de consulta (Wikipedia), vídeos (YouTube), são propriedade dos mesmos que detêm, por exemplo, a banca ocidental (Rockefeller e Rothschild) e as farmacêuticas, só para dar dois exemplos, e é tudo controlado pelo omnipresente Fundo da Economia Mundial (WEF), que, por sua vez, orquestra a política de todos os países alinhados com a UE, OMS, ONU, NATO, etc.

Esta organização tem sede em Genebra, na Suíça, e foi fundada em Janeiro de 1971 por Klaus Schwab, que dispensa apresentações uma vez que tem vários livros publicados, onde explica claramente a sua ideologia.

A ideia de Klaus Schwab, desde o início tem sido sempre a mesma: diminuir a população e controlar os que restarem, tirando-lhes toda a autonomia e liberdade mas fazendo com que se sintam felizes por estarem em segurança, sob a alçada do grande protector. George Soros e Bill Gates, para dar também apenas dois exemplos, são seus grandes aliados.

O WEF considera-se a si próprio uma entidade sem fins lucrativos. Pudera! Do WEF fazem parte as maiores corporações do Mundo e, apesar de continuarem a ter, cada vez mais, lucros colossais, os fins da WEF são, apenas, o domínio do nosso planeta, através do poder económico, político, financeiro, militar, científico, tecnológico, religioso e da comunicação das massas, incluindo agências de publicidade, produtoras de cinema, de séries, musicais, e de conteúdos televisivos.

Ao longo da sua história, de mais de meio século, nunca teve o WEF, como objectivo, promover a paz, a erradicação da fome e da pobreza, das redes de tráfico humano e de pedofilia, o acesso a água potável para toda a gente ou o respeito mais básico pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. E não existe no mundo uma organização que mais poder teria para o fazer.

Para os que chegam ao dia de hoje e se sentem muito bem governados, neste mundo teoricamente livre e ocidental, se calhar, vale a pena começarem a pensar nisto. Porque aqueles que se apresentam como nossos governantes não passam de lacaios de quem manda, verdadeiramente, e já prescindiram da independência nacional, há muito tempo, em troca de maiores ou menores regalias pessoais, convencidos, coitados, que também fazem parte da elite.

A maneira mais eficaz de derrubar o Sistema é através da comunicação. Não é à toa que o WEF investe tanto na estupidificação da opinião pública, há décadas. O problema é que nos meios de comunicação social, sob a alçada do WEF, praticamente todos, não existem profissionais que honrem a sua deontologia, que os obrigaria a difundir a verdade. São uma cambada de vendidos que para manter o seu rendimento e o seu posto de trabalho, não perdem o sono ao enganarem os seus compatriotas, mesmo colocando em grave risco, a vida da população.

Noutro dia, numa das minhas já incontáveis conversas com alheados, disseram-me que o que eu digo é impossível ser verdade. Porque seria necessário estarem envolvidos milhares de pessoas e que alguém acabaria por falar. A ingenuidade não tem limites. Por um lado, por dinheiro, há pessoas que prescindem tanto de pensar como de sentir, por outro, os poucos que se atreveram a falar, tiveram um triste fim. Ou já não estão entre nós para confirmar seja o que for, ou estão presos, ou caíram em desgraça, ostracizados.

A nossa única esperança, para continuar a despertar consciências, está na comunicação social independente, que já prolifera um pouco por todo o mundo. Em Portugal, se não sabes por onde começar, começa já este fim de semana a ler a Página Um, por exemplo.

E, pelo teu bem, desliga de uma vez por todas a TV, que te tritura tanto a consciência como a capacidade de questionar e raciocinar.

27MAI2022


A EVIDENTE DECADÊNCIA DO IMPÉRIO DO OCIDENTE

Para lutar pelos nossos valores e princípios, basta que nos juntemos a quem partilha os mesmos, na essência. Se em vez de nos unirmos a quem quer também ver-se livre da máfia que nos governa, andarmos entretidos a contabilizar os detalhes que nos separam, perdemos uma energia preciosa para a nossa causa comum: depor essa elite já mais do que identificada, que pretende rasgar a Declaração dos Direitos Humanos, bem como as Constituições de países que até há bem pouco tempo julgávamos soberanos. Como o nosso.

Esqueçam lá os protagonismos patéticos, os quintalinhos e as embirrações de estimação, no seio da Resistência. Essa falta de sentido de missão e de dever, pode deitar mesmo muito a perder.

Esqueçam lá a esquerda e a direita, que isto agora é de baixo para cima. Os quase oito mil milhões de humanos contra uns milhares de tiranetes que se julgam donos disto tudo! E só não corremos com eles se não quisermos.

A revolução vai acontecer, de qualquer maneira, a escolha é apenas uma: ou fazemos a nossa ou vem feita de fora.

A força vem de dentro de cada um mas só se torna indestrutível graças à força que os outros nos dão e transmitem. Sozinhos pouco podemos fazer mas unidos podemos tudo. E não é necessário procurar, e aceitar ao nosso lado, apenas almas gémeas. Convém não esquecer que somos os que lutam pela liberdade de pensarmos pela própria cabeça. Não queremos ser todos iguais.

Sem que muitos dêem por isso já estamos a escrever o Renascimento 2.0. Só não sabemos quantos de nós irão poder viver esse renascer porque isso depende, em grande parte, do despertar dos alheados. Quanto mais tarde acordarem, menos vão ser os que sobreviverão para ver a Humanidade livre da maior ameaça da sua História: a implementação da Agenda 2030 e do trans humanismo que, como todos já deveriam saber nesta fase, é a morte da centelha de vida nas pessoas. Nem espírito, nem alma, nem coração, nem criatividade, nem liberdade.

A boa notícia é que alguns (milhões no mundo) vão lutar por todos... e esses alguns são aquelas pessoas que nunca desistem!

26MAI2022


SURREALISMO

Aquilo que se designa por sector da saúde tornou-se no maior negócio do mundo. Convém não esquecer, no entanto, que não são os saudáveis que alimentam o suculento negócio, pelo contrário, são os doentes onde se incluem, obviamente os hipocondríacos.

Os hipocondríacos geram grandes receitas, nomeadamente às farmacêuticas, porque gostam muito de tomar medicamentos para se sentirem mais protegidos contra as doenças.

Acontece, por outro lado, que são os que não tomam medicamentos, ou os que tomam o mínimo possível, que são as pessoas verdadeiramente saudáveis.

Saudável é apanhar sol, fazer exercício, dar gargalhadas e, claro, fazer uma alimentação equilibrada. Tudo isto sem fundamentalismos porque tudo o que seja maníaco deixa automaticamente de fazer bem à saúde.

O mais extraordinário, nos tempos que correm, é a perseguição aos saudáveis, de corpo e de espírito e que acreditam na preservação do seu sistema imunitário. Os que se encharcam em medicamentos, que muitas vezes só lhes fazem mal, não contentes com isso, ainda exigem que os saudáveis o façam também. E porquê? Porque acreditam que os medicamentos que tomam só fazem efeito se todos os tomarem.

A sério, não estou a brincar, isto está mesmo a acontecer. Mais grave ainda é a perseguição dos Estados contra os cidadãos saudáveis, que se querem manter assim e que não querem tomar drogas que, ainda por cima, já está provado não serem eficazes contra aquilo a que se propõem.

Hoje não vou entrar em "teorias da conspiração" acerca da intenção dos governos nesta perseguição nem acerca da natureza desses medicamentos. Essas pesquisas estão disponíveis para quem tiver curiosidade e vontade de estudar.

Este texto é apenas sobre o que toda a gente já está a ver acontecer. Eu sei que parece surrealista... e só pode achar isto tudo normal quem vive num mundo inventado.

24MAI2022


PORTUGAL- O GENEROSO PELINTRA ... ISTO SÓ VAI LÁ COM UMA REVOLUÇÃO!

Portugal tem cerca de 10 milhões de habitantes dos quais 6 milhões são pobres. Pobres são todas as famílias portuguesas que não conseguem pagar as despesas básicas, porque ganham ordenados miseráveis que não se coadunam com o custo de vida.

Portugal tem também um conjunto de governantes totalmente descolado da realidade do país. Tratam-se a si próprios com todas as mordomias e luxos, o último dos seus interesses é o bem estar e a dignidade do povo e tudo isto é possível porque o povo não tem qualquer nível de exigência em relação a quem o devia servir.

Somos um povo que aceita pacificamente viver maioritariamente na miséria e que os governantes, não só não lhe prestem contas, como se gabem de esbanjamentos escandalosos, como se de gestos magnânimos se tratassem.

Quando ouvi que o Costa tinha ido a Kiev, o destino turístico da moda, dar de mão beijada 250M de Euros ao Zé Lensky, e apesar de estar consciente do despudor com que se tratam os dinheiros públicos, fiquei chocada.

Então não há dinheiro para nada que implique uma mínima melhoria das condições de vida dos portugueses e, num passe de mágica, temos 250M de Euros para dar a outro país? Pouco depois, afinal, ainda havia mais 50M para dar à Polónia.

300 Milhões de Euros que saem dos bolsos dos contribuintes que não tiveram uma palavra a dizer. E a minha pergunta é a seguinte: Quem tomou esta decisão? O Costa não foi de certeza porque ele não tem poder para decidir seja o que for. É, como muitos sabemos, um mero lacaio da Ursula que, por sua vez, julga que a Europa é a sua quinta, onde ela põe e dispõe da vida dos seus animals, que somos nós, os cidadãos europeus.

Quando, não tarda nada, chegar a fome e maior crise económica na Europa, de que há memória, e forem exigidos novos e pesadíssimos sacrifícios aos portugueses, espero que ninguém se surpreenda porque o plano era mesmo esse e só não vê o buraco em que nos estamos a meter, quem só se instrui pela TV.

Para ter um povo verdadeiramente controlada e submisso, primeiro mantém-se o nível da sua ignorância, graças a uma bem oleada máquina de propaganda, que são os órgãos de comunicação social; depois incute-se-lhe o medo, através da mesma propaganda; a seguir vão-se-lhe sonegando os seus direitos e liberdades fundamentais, em nome de um bem comum e, finalmente, tira-se-lhe o que lhe restava de independência financeira.

E a maior parte do povo vai achar que a culpa é toda do Putin. E pronto, pode vir a Nova Ordem Mundial, para muitos.

Os outros são a Resistência. Os que dizem não, não se conformam e não obedecem a governantes vendidos. Os outros são os que vão ajudar o renascimento de um mundo melhor, os outros são parte da solução. Os outros dizem que isto só vai lá com uma revolução.

22MAI2022


LIBERDADE

Isto é como tudo. Só valoriza cabalmente a liberdade quem já sentiu a falta dela. Os outros têm uma noção teórica do conceito, até dizem ser a favor da dita mas, se não lhes toca, pouco lhes importa.

A liberdade é de facto um conceito muito vasto e abrangente e, por isso, hoje venho apenas escrever sobre a liberdade mais elementar, sem a qual nenhuma das outras pode existir e que é a liberdade de pensar.

Teoricamente esta, nada nem ninguém nos pode tirar. E confirma-se na prática. Sobre isto lembro-me sempre do que deixou escrito Nelson Mandela, em relação aos largos anos que viveu na prisão. Ele escreveu, por outras palavras mas com esta ideia fundamental, que puderam prendê-lo numa cela mas nunca conseguiram confinar-lhe o pensamento.

No patamar seguinte vem a liberdade de poder expressar esse livre pensamento. Aqui a coisa já fia mais fino. Teoricamente, nos regimes ditos democráticos, a liberdade de expressão do pensamento é um direito consagrado em qualquer constituição. Infelizmente, na prática, isto não se confirma.

Aliás, das duas uma: ou afinal a Europa não é um espaço democrático, e a liberdade de expressão do pensamento foi banida dos direitos fundamentais dos cidadãos europeus... ou a democracia já não é o que era... nem etimologicamente nem na prática... e ninguém deu por isso.

Fui banida do Facebook, pela terceira vez em 2022, apenas, por expressar a minha opinião. Levamos menos de 5 meses de ano e já tive dois castigos de 30 dias e mais um de 7 dias. Sinceramente pensei que os meus conhecidos de toda a vida, que continuam a acreditar no que dizem na TV e nos jornais, e que lêem as minhas publicações, iriam pelo menos ficar intrigados com esta perseguição, a quem pensa de maneira que difere do pensamento único do regime. Mas não. Continuam todos num marasmo total, a achar que isto é tudo normal.

Para os resistentes não tenho nenhum recado em especial. Todos ou quase todos já passaram pelas masmorras silenciadoras da verdade. Sim, verdade, pelo menos isto espero que seja claro para todos: nunca existiu censura para encobrir a mentira. Para os colaboradores do regime o meu recado é muito simples: a resistência, que tanto têm criticado, está a lutar pelos direitos dos vossos filhos e netos, uma vez que os pais e avós delas preferem viver no reino da fantasia.

Mais tarde ou mais cedo, vamos estar todos unidos outra vez. E deste lado ninguém está à espera que nos venham pedir desculpa dos nomes que nos chamaram, e de tudo o resto, muito menos que nos venham agradecer, as nossas incansáveis tentativas frustradas, de vos tentarmos alertar, há mais de dois anos já, para o buraco onde a todos nos querem enfiar.

Vou pedir ao meu querido amigo Carlos Nunes Vaz que publique este meu texto. Felizmente ele saiu ontem do seu castigo silenciador e assim nos vamos revezando.

Boa sorte para toda a gente e um forte abraço para a Resistência porque isto tem sido a maior prova das nossas vidas e porque pessoas como nós nunca desistem. Viva a Liberdade.

20MAI2022



RETIRO NA ALDEIA DE SÃO GREGÓRIO

13 a 15 de Maio - A realidade é feita de sonhos e os sonhos são feitos de realidade


Então e o fim-de-semana? Foi bom?

Foi maravilhoso.

O que é que fizeste?

Fui passar o fim de semana fora, com alguns amigos recentes e outros mais antigos.

Conta que tu estás morta por contar tudo, logo tu que gostas de contar histórias, por tudo e por nada.

Na sexta-feira, à media que iam chegando os amigos, durante a tarde, à nossa aldeia privada, fomos acordando entre nós que podíamos ir jantar fora. Mas não era esse "jantar fora" que tu estás a pensar. Fora de casa mas logo ali, toalhas postas nas mesas de ripas de madeira e sentados nos bancos corridos, movidos pelas conversas, pelo gosto de estarmos juntos, pelas gargalhadas, pelos olhares cúmplices como cúmplices acabam sempre por ser os sorrisos também.

E depois?

Depois resolvemos ir ao cinema.

Ao cinema?

Sim. Mas foi montado mesmo ali, ao ar livre, só para nós, no nosso terraço comum.

E o filme... imagino que foi bem escolhido...

Foi o "Cinema Paraíso" que quase todos revimos.

Bravo. Que apropriado.

Foi mágico. Lembras-te da cena do filme em que o velho Alfredo projecta o filme para uma fachada da praça? Depois de ter sido interdita a projeção na sala de cinema?

Claro que sim!

Pois então, nós ali, no terraço, no nosso cinema ao ar livre, parecia que estávamos já dentro do filme e, claro, o filme dentro de nós também.

Que lindo!

Foi um sonho. Foi ainda programa de sessão da meia-noite, ou seja, acabou pelas duas horas da manhã em que cada um recolheu à sua casa. Uma casa a dois passos, outra a três, outra a dez, outra a vinte e a mais distante... a uns cinquenta, se tanto.

E no sábado? Imagino...

À medida que os habitantes da aldeia acordavam - só nós, porque a aldeia, neste fim-de-semana, foi mesmo só nossa - fomos tomando o pequeno almoço fora, aquela noção de fora que tu já sabes, ao ar livre mas na mais do que perfeita intimidade, de quem se sente acompanhada, mas tão cómoda e feliz como quando está isolada.

Voltaram a fazer a refeição no terraço.

Claro.

E depois?

E depois cada um fez o que queria. Uns queriam ir para a piscina, outros queriam deixar-se ficar sossegados, uns queriam ir passear, outros queriam ficar a ler e até havia quem quisesse escrever.

Chegada a hora do almoço quer-me parecer que optaram por almoçar fora..

Já estás a apanhar o espírito deste retiro. Uns já tinham trazido iguarias preparadas de casa, outros tinham comprado os básicos, os que não tinham trazido nada, foram fazer compras, à mercearia da povoação vizinha, para preparar novos pratos e, o que é certo, é que durante o fim-de-semana todo, não arredámos pé, não fomos a nenhum restaurante, e foram-se ali revelando grandes talentos culinários e, principalmente, um imenso espírito comunitário, de uma qualquer tribo reencontrada, provavelmente depois de muitas vidas perdida.

Mas trabalharam muito, não foi aquele banho de relaxe que tu tinhas idealizado...

Foi muito melhor do que eu tinha sonhado e tu, bem sabes, espero sempre tudo muito próximo da perfeição. Foi assim porque a ninguém estavam a pesar as tarefas, estavam todos a fazer o que genuinamente lhes dava prazer e, como que por magia, esse amor no que se fazia se via reflectido em tudo o que aparecia, tanto em cima das mesas como na organização logística dos bastidores.

Mas diz-me lá, tu que andas tão cansada da guerra da desinformação, descansaste ou não?

Não sou só eu que ando cansada, andamos todos fartos desta insanidade reinante, um pouco por todo o lado. A minha ideia inicial foi fazer uma pausa, retemperar a consciência e reencontrar o equilíbrio que tantas vezes se torna precário, quando colidimos, a toda a hora, no dia-a-dia, com tanta desinformação e tanta ilusão, tanta hipocrisia e incompreensão.

E para esse reequilibro são muito importantes os amigos, não é verdade?

Muito importantes mesmo. A partir do momento em que nós percebemos que através dos outros somos capazes até de nos conhecermos muito mais profundamente, a nós próprios, e em vez de vermos nos outros um concorrente ou até um alvo a abater, e sermos capazes de ver nos outros as verdadeiras oportunidades para aprender e para evoluir como ser humano, aí sim, somos mesmo capazes de ser bons amigos e cumprir a nossa verdadeira missão de vida que é, só e apenas, amar.

E voltaram ao vosso cinema no sábado?

Preferimos ir à discoteca.

Agora já não me enganas... montaram a pista de dança no já célebre vosso terraço.

Assim foi. E fizemos churrasco, lá desencantámos um grelhador e tudo o que era preciso ia aparecendo miraculosamente, sem esforço (pelo menos aparente) de ninguém... e eu olhava com orgulho para este meu pequeno grupo de amigos, até ali desconhecidos uns dos outros, quase todos, a falarem e a rir à gargalhada uns com os outros, e a dançar e a cantar, e eu pensava... juntei esta gente só por intuição e não é que funcionou na perfeição? Que alívio quando sentimos que ainda há coisas simples e básicas que podem funcionar tão bem.

E no domingo?

E no domingo foi como na sexta e no sábado. Só abandonámos a "nossa" aldeia, quase obrigados, perto da hora do jantar e o que mais se ouvia era... "temos que voltar! Temos que voltar!"

16MAI2022



AS PESSOAS DA MINHA VIDA

Há pessoas que fazem parte intrínseca da minha vida. Pessoas sem as quais eu não seria quem sou hoje, pessoas cuja existência eu não posso esquecer, um dia que escreva, finalmente, a minha história de vida. Escrevo muito pouco sobre essas pessoas. Em primeiro lugar para respeitar a sua privacidade. Sou escritora, assumida, gosto de escrever livremente, sobre o que penso e o que sinto, mas, na verdade, existem limites que imponho nas minhas histórias e, o mais importante, é o respeito pela intimidade dos que me são mais queridos. Em segundo lugar, sobre as minhas relações dos afetos, ninguém tem nada a ver com isso.

Das coisa que mais abomino, nas relações sociais, é a coscuvilhice e, acreditem ou não, tenho sido contactada por mensagens privadas, na minha página de escrita, por perfis sabe-se lá de quem, por pessoas que me conhecem, de ouvir falar, através de terceiros, e que têm o desplante de me vir perguntar sobre a minha vida. A sério. O descaramento de me virem pedir detalhes sobre aquilo que não escrevo. Logo a mim. Se há coisa que não me interessa rigorosamente nada, são as conversas sobre as vidas alheias. Fujo a sete pés. E esse passatempo tão comum, de se andar a especular sobre a vida de quem não está presente, acho de uma baixeza atroz. Nunca me convidem para nenhuma dessas pobres tertúlias porque eu vou ficar visivelmente enjoada.

Embora tente o mais possível não expor nenhuma das pessoas que me rodeiam, eu, como qualquer ser humano que não seja um psicopata, tenho a minha rede de afectos bem definida. Além disso, tenho a maior dificuldade em abandonar quem já me foi querido, mesmo quando esse alguém optou por se afastar de mim, por não concordar com a minha forma de pensar, por exemplo. Ou seja, é muito difícil para mim cortar amarras, que é como quem diz, os laços com o passado.

Inicialmente sofria quando percebi que nem para todos os afectos funcionam da mesma maneira mas, hoje em dia, já não fico triste com isso. As pessoas não são todos iguais, e ainda bem! Aliás, é contra essa padronização que nos querem impôr que eu ando a lutar, luta esta da qual não vou desistir nunca. Isto tudo para dizer o quê? Que uma das pessoas da minha vida completa hoje mais uma volta ao sol. E que por mais distância, física ou de entendimento, tenho a certeza de que quando eu morrer, vou levar essa pessoa no meu coração.

8MAI2022


VER NOTÍCIAS NA TV - A MATRIX HÁ MUITO ANUNCIADA

Como muitos dos que me lêem já sabem, eu não vejo TV e programas de "informação" então, nem pensar. Já estou na fase em que até o tom de voz dos apresentadores, nenhum daqueles assalariados se pode considerar jornalista, me mexe com o sistema nervoso.

Mas agora que estou de férias e não estou em minha casa, tive a oportunidade de ver um pouco dos telejornais, nos últimos dois dias. E a única coisa que vi foi a guerra na Ucrânia. E sobre este assunto, só ouvi falar dos ataques dos russos e sobre as visitas do Guterres, que foi a Moscovo pôr o Putin na ordem e a Kiev mostrar solidariedade com o Zé Lensky, outra marioneta como ele.

E parece mesmo que a ONU vai promover a III Guerra Mundial, bélica. Até há pouco tempo eu ainda tinha esperança que se evitasse o pior.

O nível da hipocrisia do Guterres revolve os intestinos a qualquer um, sendo ele o cabecilha de uma organização que decide que guerras se fazem e que guerras se deixam por fazer, cumprindo ordens superiores, como todos sabemos, ou devíamos saber.

Mas mesmo o telespectador mais ignorante devia já ter começado a questionar-se porque é que não se fala de mais nada nos telejornais, ou não? Ainda não repararam que a guerra na Ucrânia veio substituir, na lavagem cerebral que levam há décadas, a suposta pandemia? E sentem-se muito informados.

Acontece é que a vida real não passa na televisão. E a revolução também não. Depois não digam é que ninguém vos tentou avisar. Pelo menos a mim não digam porque eu não tenho feito outra coisa e já me começa a faltar a paciência!

Na ilustração, uma memória de há um ano. Só piorou a intensidade da estupidificação promovida pela TV, de lá para cá.

29ABR2022


RENASCIMENTO 2.0

PRELÚDIO

INTERESSAS-TE POR POLÍTICA?

Uma das afirmações mais estranhas que se pode ouvir, é alguém a dizer que não se interessa por política. Alguém que faz uma afirmação destas, muito provavelmente, não sabe nem o significado da palavra, nem como dizer isso é quase tão estapafúrdio como dizer que não tem interesse pela própria vida.

Mas à volta do tema da política há outros tipos de ignorantes. Os que julgam que percebem muito de política, mas congelaram no tempo e falam dos partidos e da esquerda e da direita como se ainda estivéssemos nos anos 80 do século passado.

Não me admirava nada se ainda existissem milhões a acreditar, por exemplo, que nos EUA, o partido democrático defende a democracia e que o partido republicano é de "direita".

E em relação à Rússia, então, a ignorância política bate todos os recordes. Algumas pessoas ainda não perceberam que a União Soviética já não existe, quase há tanto tempo como a proibição dos comunistas comerem criancinhas ao pequeno almoço.

Esta estupidez da guerra entre a esquerda e da direita, e do comunismo e do socialismo e do fascismo, é mais irritante ainda do que ouvir os tais que dizem que não se interessam por política. Ao menos esses não dizem nem escrevem absurdos nem fazem figuras tristes.

Portugal, por exemplo: quantos portugueses ainda acreditarão que vivem num país independente? Que existe soberania nacional? Que ainda não perceberam que somos uma província europeia? E do mais pobre e atrasado que existe no continente? Que o nosso presidente não manda o que manda um presidente de junta de freguesia? Porque este ainda consegue fazer um despacho e o nosso presidente não pode fazer nada, sem a autorização da Europa.

E quem fala de presidente fala de todas as marionetas ditas governamentais.

Não mandam nada, trabalham a soldo de interesses internacionais, banca e grandes corporações, que também mandam em Bruxelas e Estrasburgo.

Os que dizem que não se interessam por política acabam por ser os únicos que podem assumir que não fazem ideia sobre o que é que eu estou a escrever.

Agora os outros? Os que acham que sabem muito de política e depois acreditam nos partidos e vão votar? Convencidos que vivem em democracia? E que a Assembleia da República tem algum poder para lutar pelos nossos destinos? Na AR existe um partido único que é o dos vendidos do sistema. A oposição é controlada e também corrompida.

A única oposição à Nova Ordem Mundial é a Resistência! É o povo da rua que sabe o que se está a passar e o que ainda nos querem fazer engolir, à força.

Não acordem não. Deixem-se estar. E os dos cravos vermelhos na lapela não sabem também, com certeza, que essa flor é o símbolo dos Rothschild. Os verdadeiros donos disto tudo. Não vivemos em democracia. A ditadura instalada está mascarada de democracia. É por isso que é muito mais difícil de combater do que uma ditadura propriamente dita e assumida.

Aqui são todos cobardes e corruptos. Os que fingem que nos governam. E quem se deixa governar por pessoas assim, do mal o menos, os que têm menos culpa são os alheados assumidos que dizem que não se interessam por política.

Nós não vivemos na mentira da propaganda do sistema há dois anos. Há dois anos acordaram para a vida, milhões no mundo inteiro, como eu, que até 2019 ainda acreditavam que o mundo é o que passa na televisão. E essa consciencialização global foi graças a um erro na Agenda 2030.

O erro que muito provavelmente vai salvar a humanidade da escravidão digital para onde, tantos ainda, caminham alegremente.

28ABR2022


A verdadeira importância do 
BOM DIA!


O que aparentamos ser no presente, pode ser verdade ou uma simulação.
O que vivemos no passado, tanto o que deixámos escrito e dito, como tudo o que fizemos ou optámos por não fazer, isso podemos ter a certeza que foi parte do rasto que deixamos nesta vida. 
Gostar do passado, no meu caso, não tem ponta de saudosismo.
Gosto do passado porque não me deixa dúvidas que aconteceu. 
É por isso que do que eu mais gosto no Facebook, além do convívio com os meus amigos, são as memórias. 
Para dúvidas já me chegam as infinitas que tenho, tanto sobre o presente como em relação ao futuro. 
Sobre o tempo tenho ainda outra certeza, é o bem mais precioso que temos, não podemos fazer novas tentativas de momentos passados, não se pode comprar mais, passado é um tempo que não volta. 
Toca assim a gastar com muito jeito o nosso tesouro e fazer de cada dia... um bom dia! 


26ABR2022


NÃO É PARA DEITAR FOGUETES

Ontem toda a gente celebrou a recuperação de uma ínfima parte das liberdades que nos têm sido, paulatinamente, retiradas, mais descaradamente, nos últimos dois anos.

Confesso que a euforia me passou ao lado. Fiquei apenas feliz porque as crianças vão poder, finalmente, viver na escola, com os sorrisos dos seus amigos e dos seus educadores.

Na minha vida prática, pude voltar a ir ao Meu Super, aqui da rua, onde não punha os pés há cerca de três semanas, quando resolvi que não voltaria a colocar uma máscara, sob pretexto algum, e quando passei a aviar-me na mercearia, onde não encontrava tudo o que queria mas sobrevivi assim, na mesma.

O que foi comovente sentir, nesta ida ao Meu Super, foi essa onda de alegria e euforia, começando pelos empregados que estavam mesmo radiantes. Fizeram-me uma grande festa, "pensei que a senhora estivesse doente!", "pensei que tivesse mudado de casa!" Foram algumas das reações ao meu reaparecimento.

Foi ainda uma excelente oportunidade de lhes dizer porque é que nunca mais tinha aparecido, que isto tem sido um embuste de todo o tamanho e por aí fora.

Fiquei muito surpreendida, pela positiva, quando falei do mal, físico e psicológico que as máscaras provocam, principalmente nas crianças, e toda a gente concordava e dava até mais uma achega ou contava um episódio pessoal, para ilustrar esta palermia que já ninguém aguenta.

Foi só quando cheguei à caixa que a senhora que ali trabalha me começou a falar das doses que tomou e do mal que se sentia, que eu vi estupefacção no olhar de alguém, quando eu disse: "Isso é capaz de ser da dose". Pior ainda foi quando lhe confessei que aqui o número de doses é zero, porque são produtos experimentais e potencialmente muito perigosos. Ficou a olhar para mim, a tentar manter um meio sorriso, mas como estivesse diante de um extraterrestre.

Dentro da loja só vi dois ou três patéticos mascarados, os novos azeiteiros como, com muita graça, um amigo meu aqui da rede referiu.

Em resumo, ainda a procissão vai no adro. Os telespectadores ainda acreditam que as picas gratuitas lhes fazem bem!

Vejam só o nível de ingenuidade e ignorância generalizada das pessoas.

24ABR2022


58 ANOS DE VIDA

Amanhã, dia 25 de Abril de 2022, completo o meu quinquagésimo oitavo ano de vida. Sempre soube que iria envelhecer, não sabia é que era tão bom. Envelhecer que é como quem diz, não me pesa em nada a idade. Aliás, como já confessei várias vezes, nunca me senti com tanta energia, tão bem com a vida, tão encontrada e tão feliz.

Tenho a gratidão de poder dizer que a minha vida tem sido maravilhosa mas, atenção, isto não quer dizer que não tenha ultrapassado muitas situações muito duras e complicadas, como toda a gente. Creio que ninguém tem a ilusão de que alguma vida pode ser um mar de rosas. Não conheço ninguém que não tenha sobrevivido a grandes tristezas e aflições.

A forma como lidamos com as contrariedades e os problemas é que faz toda a diferença. Existem pessoas que se deixam abater diante de um problema e outras que "arregaçam as mangas" para começarem, assim que possível, a resolver a questão.

Estou convencida até que todas as dificuldades passadas contribuem muito mais positivamente para o nosso carácter, do que os dias de doçura e pura felicidade, desde que a atitude mental e emocional seja a de não acumular mágoas e, pelo contrário, acumular sabedoria e gratidão pelo que aprendemos.

Inevitavelmente, sempre que ultrapassamos um obstáculo, uma dor ou uma perda, damos mais um passo no nosso crescimento interior.

Outro truque para ser feliz é a memória selectiva. Embora não apague nenhuma memória, nunca trago para o presente as ligadas ao que me fez sofrer. Não aportam nenhum valor à minha vida nem à vida dos que me rodeiam, não trazem alegria ao dia a dia. Ao contrário das memórias dos dias felizes, essas podemos ir buscar sempre e sem limite. São o maior tesouro que carregamos pela vida fora, além obviamente dos que nos querem bem.

Não tenho nostalgia pelo passado, apesar de tantas recordações maravilhosas que já acumulei, nunca senti vontade que o tempo voltasse para trás. Talvez porque não troco o que sou hoje por nada deste mundo.

Isto de ter passado toda a vida só a competir comigo, e nunca a competir com os outros, permitiu-me alcançar o que eu já considero uma grande evolução interior e espiritual. Creio que é normal. Não ter desperdiçado nenhum esforço nem energia a competir com outros seres que também estão atarefados na sua própria jornada, permitiu-me usar todo o meu potencial, como ser humano, na minha própria construção e evolução. E sinto que cheguei ao auge da minha vida. Custa-me acreditar que o meu bem estar ainda possa melhorar porque vivo em paz absoluta, comigo, e isto é mesmo indestrutível, além de dar muito prazer.

Algumas pessoas já me acusaram de ter um imenso amor próprio. É verdade. Não podia gostar mais de mim do que gosto e calha bem, uma vez que é a mim que eu tenho de "aturar" 24 horas por dia. Mas quem me acusa confunde amor próprio com ego. É ignorância pura confundir uma coisa com a outra. O amor próprio é assente na nossa verdade e o ego na nossa ilusão, na nossa mentira.

Venha daí o meu quinquagésimo nono ano de vida. Gratidão profunda aos meus pais que me educaram com tanto amor e saber, aos meus filhos que vieram trazer à minha vida toda a luz que o Amor pode alcançar, à minha neta que acabou de chegar, no dia 1 de Março passado, e que me levou para outro patamar do Amor, que eu não sabia que podia existir.

Não posso deixar de destacar a gratidão pelo meu irmão, que é o meu maior amigo e que sempre foi, tanto o meu guia, como o meu porto de abrigo.

Finalmente, gratidão a todos os que trouxeram o bem à minha vida. Eles sabem quem são.

Muito obrigada a todos.

24ABR2022


O FUTURO SOMOS NÓS QUE O FAZEMOS, HOJE!

A minha única certeza é que hoje é dia 21 de Abril de 2022, eu estou a lutar contra o Sistema e a preparar uma revolução cultural que vai fazer desabar o decadente, doentio e perigoso mundo ocidental. E estou longe de estar só, com a força da minha absoluta paixão, nesta missão de vida.

De resto, não sei mais nada.

Não me venham perguntar nada sobre o futuro porque eu não faço a mínima ideia do que é que vai acontecer amanhã. Ao ritmo dos acontecimentos e do desmoronamento da narrativa da propaganda da Nova Ordem Mundial, até acredito que é impossível, mesmo para os mais informados, fazerem previsões, seja de que tipo for.

É muito provável que se esteja a desenhar uma crise económica e social no ocidente como não há memória. Mas isto não chega a ser uma previsão. Isto é um dado de uma agenda que está bem divulgada e que tem sido implementada, passo a passo, pelo Fórum da Economia Mundial (World Economic Forum).

Questionem, investiguem e estudem. Eu diria, façam-no com a maior urgência possível mas, claro, cada um é que sabe o que faz no seu dia-a-dia.

Os tempos que correm exigem muito bom senso. Porque tudo, mesmo tudo, se pode aldrabar e simular. Não são só fotografias e vídeos, são as personagens que aparecem nos vídeos... não temos por vezes noção do desenvolvimento galopante da tecnologia da desinformação. Aliás, vivemos numa gigantesca mentira e muitos, dos que ainda acreditam no regime e no sistema, quando descobrirem, vão-se passar, outros não vão aguentar e vão suicidar-se e outros irão revoltar-se violentamente.

A propósito do WEF, que rege os destinos das vidas dos que ainda julgam viver num mundo ocidental livre e democrático, vejam o primeiro comentário desta publicação e conheçam os nomes e as caras da nova "fornada" de agentes dessa hiper poderosa corporação. Os jovens líderes globais de 2022. O meu palpite é que estes já não vão muito longe mas, pelo sim pelo não, tomem apontamento dos nomes deles, como nós já tomámos apontamento dos nomes de todas as "fornadas" anteriores dos YGL, pupilos do Klaus Schwab, figura incontornável dos nossos tempos, com vários livros publicados que eu aconselharia a lerem, com muita muita atenção.

A ilustrar este pequeno texto temos uma fotografia que me tirou um amor da minha vida, na costa mediterrânea da Turquia... mas isto já foi no verão de 2010! Não se deixem enganar pela "bonecada" que vêem na TV, nos jornais e nas redes sociais é outro conselho que deixo.

E sobre o futuro, que é já quando o sol se voltar a levantar, não me ocorre escrever mais nada. O que vos garanto é que em 2010 ainda acreditava que vivia num país soberano, num regime democrático e em liberdade. Apesar de ter já na altura um irmão, o José Cardigos Bastos aka José O Assintomático que me dizia... olha que não, olha que não.

Eu achava-lhe graça, sempre com umas teorias do arco da velha, mas tinha mais do que fazer, para o levar a sério. Tinha filhos para criar, tinha que trabalhar para fazer férias de sonho, enfim, andava na minha vidinha, na maior ignorância do mundo em que vivia mas feliz da vida.

Mesmo com a mão a fazer de pala, e com esse ar confiante de quem sabe tudo, não sabia nada do que me reservava o futuro.

Acredito que quanto mais tarde nos apercebemos do mundo em que vivemos, mais doloroso será. É por isso que eu agradeço tanto, todos os dias, ao meu querido irmão que me fez acordar, há dois anos, de uma forma não muito traumática.

21ABR2022


DESOBEDIÊNCIA CIVIL

Quando conhecemos a história da humanidade, e mesmo sabendo que nem sempre foi bem contada, sabemos que há um dado inquestionável, que se repetiu em muitos momentos históricos, no passado.

Nunca foram os passivos obedientes que lutaram pelos Direitos Humanos, pela Liberdade, pela Justiça, pela Verdade e pela dignidade do povo.

Nunca foram os passivos obedientes que exigiram aos governantes um trabalho rigoroso, transparente e com o foco na melhoria das condições de vida da população.

Pelo contrário, é a massa passiva e obediente que sustenta os governos corruptos, que só se governam a si mesmos. É a massa passiva e obediente, afinal, a grande cúmplice dos crimes que os governos de ladrões e de indignos cometem. É a massa passiva e obediente que mantém as pessoas que não prestam no Poder.

Sempre foi assim ao longo da História e sempre será. E parafraseando alguém que não me lembro quem...

já agora, vale a pena pensar nisto.

Na fotografia, eu depois do corte de cabelo que fiz em casa, com a tesoura da cozinha, porque me exigiram usar máscara no cabeleireiro aqui do bairro. Não sei se se recordam mas há duas semanas tomei a decisão de não voltar a colocar uma máscara, seja sob que pretexto for.

A máscara é um adereço de submissão e obediência e eu não sou nem uma coisa nem outra.

20ABR2022



E O QUE É A FELICIDADE, AFINAL?

Esta manhã uma amiga minha desafiou, aqui no Facebook, os seus amigos a definirem felicidade. Eu escrevi que a felicidade é uma escolha interior. Depois ainda trocámos uma ideia ou outra mas, o que é certo, é que passei o resto do dia a pensar nisso. Felicidade é um conceito tão lato e, ao mesmo tempo, tão variável, para cada pessoa, que se torna impossível encontrar uma definição suficientemente abrangente, que sirva a todos. Cada um sabe (ou deveria saber) o que o faz feliz. E eu descobri hoje que o que me faz verdadeiramente feliz, cada dia, é ter um propósito, uma missão (comigo, com os outros, seja de que tipo for), e chegar ao fim do dia e ter conseguido alcançar essa meta. Depois, o dia seguinte, volta a estar em branco, por estrear, e a dar-me a oportunidade de ser feliz, outra vez, desde que não me esqueça de estabelecer um propósito. E assim, sucessivamente. A felicidade, como eu depois comentei com a minha amiga, não é como chegar a um sítio e ficar tudo arrumado. A felicidade é, de facto, volátil, está-nos sempre a escapar, e o gozo que dá é esse mesmo, é a teimosia diária de a conseguir agarrar.

19ABR2022


25 DE ABRIL DE 2022

PONTO DE ENCONTRO

DIANTE DA

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

9:30 DA MANHÃ

MANIFESTAÇÕES PELA REPOSIÇÃO DA LIBERDADE

PROTESTO CONTRA A HIPOCRISIA DAS CELEBRAÇÕES OFICIAIS

DEIXEM AS CRIANÇAS EM PAZ!

Neste dia vai ser mais difícil para a TV e os jornais, que têm "ignorado", sistematicamente, todas as manifestações da Resistência, continuarem a fazê-lo. Ou seja, no dia 25 de Abril é muito expectável que a voz da verdadeira oposição ao Regime, a Resistência do povo da rua, chegue a essa grande maioria de telespectadores que acreditam ainda que a realidade é o que passa na TV.

Daí a importância de darmos uma imagem de dignidade e de união. A minha sugestão: muitas bandeiras de Portugal! Hino! Cânticos e palavras de ordem claras e evitar, a todo o custo, gritarias ou insultos que só iriam denegrir ainda mais a percepção que a maioria tem, dos que estão a lutar por ela também!

Faço publicamente um apelo à educação dos que têm razão! 💪❤️

Estas manifestações são para todos os Pais, com filhos em idade escolar, e que estão submetidos às regras insanas do Estado, nomeadamente o uso de máscaras que como todos sabemos provoca danos irreversíveis no normal desenvolvimento afectivo e cognitivo dos jovens e das crianças, para não falar dos danos à sua saúde física. Como todos sabemos, também, as máscaras não protegem de coisa nenhuma, são simplesmente um adereço de submissão à autoridade, ao qual grande parte da população se afeiçoou.

Com os adultos já pouco me importo! Façam o que bem entendem com a vossa saúde física e mental e por mim podem continuar a fazer figuras tristes, como vejo todos os dias, à beira rio, pessoas a passearem sozinhas, de máscara. Há uns tempos ainda me apetecia avisa-las do mal que lhes faz as máscaras, depois chegou a apetecer-me empurrá-las para dentro rio, para ver se acordavam, hoje em dia só me dão pena. Parecem-me escravos amestrados.

Agora em relação às crianças não consigo ficar indiferente. E vou lutar pelos filhos dos outros porque os meus, felizmente, já são adultos. Vou lutar pelos filhos dos Pais que não querem saber dos direitos dos próprios filhos, da sua saúde e do seu bem estar, e optam por obedecer a regras ilegais, convencidos que assim são cidadãos exemplares.

Todos os outros pais, todos os pais que exigem o respeito do Estado em relação ao bem estar dos seus filhos, conto encontrá-los no próximo dia 25 de Abril a lutar pelos seus filhos.

Se não lutamos pelas nossas crianças, vamos lutar por quê?

Estas manifestações populares não têm filiação partidária nem de coisa nenhuma! Como todos sabemos, também, as equipas mais fortes são aquelas em que não sabemos quem é o líder! E no dia 25 de Abril o único líder é o povo português que está cansado de ser sistematicamente abusado pelos governantes.

18ABR2022


EDUARDO GALEANO

Nasceu em Montevidéu (Uruguai) em 1940 e morreu na sua cidade natal em 13 de Abril de 2015. Foi uma daquelas mortes de pessoas que nunca tive a sorte de conhecer pessoalmente mas que senti profundamente. E lembro-me muito bem o quanto chorei. Porque quando morre um espírito livre, um grande pensador, alguém que lemos e relemos e que nos leva, sempre, para um patamar mais elevado, morremos também nós um bocadinho.

É claro que podemos continuar a ler e a reler essa pessoa que nos deixou e esse é um pequeno consolo. Pequeno porque sabemos que não vamos ter um texto novo ou uma entrevista, para nos voltarmos a surpreender e encantar.

Bem sei que digo muitas vezes que não tenho ídolos nem grandes líderes, mas pessoas como Eduardo Galeano não são nem uma coisa nem outra. São pessoas que eu amei e que nunca pude nem abraçar nem confessar-lhes esse amor. E é por isso que choro também.

15ABR2022


OS LOUCOS ANOS VINTE DO SÉCULO XXI

Os "fact checkers" do Facebook da Meta, vendo bem, até prestam um serviço útil à comunidade porque acabam por confirmar a verdade, censurando-a e dizendo que é mentira.

Muito interessante é andarem agora atrás dos memes. Antes de se ter instaurado a censura, à descarada, ninguém ligava nenhuma aos memes, muito menos os encarava como fonte de informação. Era tudo no gozo, para rir e estava-se bem. Agora não. Qualquer meme que toque ou roce num ponto nevrálgico da narrativa oficial, é logo apagado ou assinalado como falso.

O Poder e a sua censura não têm sentido de humor, nem poder de encaixe, e a explicação é muito simples: estão a endrominar o pacóvio do povinho e nada é mais desagradável para um aldrabão do que ser confrontado com a verdade.

Em relação a tudo o que se está a passar só há uma coisa que me transcende completamente que é a seguinte: como é que é possível ainda haver tanta gente que acredita nesta história? A sério. Faz-me muita impressão.

Uma coisa são os que nos andam a tentar enganar de propósito, seja o governo, os media e outros agentes, outra coisa são as vítimas desta história. Enquanto eram só os adultos a embarcar no desvario eu estava muito mais sossegada, assim como assim cada um sabe de si e faz da sua vida o que bem entender, mas agora chegou a vez das crianças, que confiam totalmente nesses adultos para os defender.

Alguém que está a ler isto vai deixar picar o seu filho menor ao abrigo deste plano mundial? Se sim, mande-me uma mensagem privada que eu mando-lhe de volta as razões pelas quais não o deve fazer, desde que lhe queira bem, obviamente.

Isto é só um exercício teórico porque quem o tenciona fazer nunca na vida me vai enviar uma mensagem porque não quer saber. Prefere acreditar no governo e dar os filhos à ciência, ao progresso e à tecnologia, as bandeiras dos líderes globais que nunca esconderam que o importante é sermos muitos menos... e todos iguais.

14ABR2022


CONVITE PARA O DIA DOS MEUS ANOS - 25 DE ABRIL DE 2022

No dia 25 de Abril faço 58 anos. Levo dez de avanço em relação à revolução dos cravos, que fez com que esta data seja feriado e que se comemore o dia da Liberdade.

Acontece que - no presente - não existe Liberdade em Portugal, nem sequer Democracia ou Independência Nacional, pelo que as comemorações oficiais do dia 25 de Abril vão ser o expoente máximo da hipocrisia do regime.

E o povo unido vai sair à rua. E vai fazer com que o 25 de Abril de 2022 também fique na História.

Vamos fazer a maior manifestação de sempre, contra um regime que agride a população em vez de lutar pelo seu bem estar e dignidade. Em particular, e com requintes de malvadez, as crianças! E muitos pais e professores sabem sobre o que é que eu estou a escrever. Desde máscaras obrigatórias até questionários obscenos, a incentivar a ideia ás crianças de que ser menina ou menino já não está na moda, e o que está a dar é ser neutro, trans, bi, enfim, tudo menos heterossexual.

A Resistência, desta vez, vai estar toda unida! Todas as associações, movimentos, partidos e todos os independentes! Todos os que querem dizer basta! Todos os que querem que o Regime deixe as crianças em paz!

Estão todos convidados para a festa de anos da minha vida! Tudo na rua!

O único presente que me podem dar é estarem presentes! Mas também me podem vir abraçar!

Não precisas responder a este convite! Basta apareceres!

13ABR2022


RESOLUÇÃO DA SEMANA

A partir de hoje, e inspirada por alguns dos meus queridos companheiros de luta, não vou continuar a alertar ninguém, pessoalmente, para a distopia do mundo em que vivemos e para a dissonância cognitiva pandémica.

Passámos dois anos em que toda a gente andou com a palavra "ciência" a encher-lhe a boca. A ciência não vive de frases como "estudos indicam", "especialistas acreditam". Quais estudos? Quais especialistas? Ninguém quer saber. Nunca se falou tanto de ciência e nunca vi tanta ignorância associada a essa bandeira. É uma afronta aos verdadeiros cientistas e à inteligência de quem não embarcou neste embuste! Ciência pautada por interesses políticos e económicos, não é ciência, é propaganda.

Após dois anos, em que toda a gente já devia ter percebido que isto não vai ficar bem, e que afinal não eram "15 dias para achatar a curva", cansei-me de falar para as paredes! Agora vou cuidar da minha tribo. Viva a Resistência Independente, que tem lutado e vai continuar a lutar pela Humanidade e pelo futuro e liberdade das gerações futuras. Quem está está, quem não está, paciência.

11ABR2022


O DOENTIO ESCRUTÍNIO DA CONTRA INFORMAÇÃO

Hoje venho fazer um apelo, a todos os que me lêem e estão a lutar contra o Regime e contra a censura descarada dos órgãos de comunicação social, tanto os clássicos como os modernos, redes ditas sociais, como o Facebook, mas que na realidade são redes com uma clara linha editorial, pró Sistema, censurando toda a verdadeira oposição, que somos nós, ao ponto de nos cortarem o pio, sistematicamente.

Meus companheiros da Resistência, sejam os Independentes (como eu), sejam os membros das Associações, Partidos e outros grupos criados ao longo dos últimos dois anos: por favor verifiquem as vossas fontes, antes de partilharem seja o que for!

Não sei se já repararam que os zombies telespectadores, que engolem a papinha que lhes é preparada sem pestanejar e sem questionar seja o que for, fazem, por outro lado, um escrutínio quase doentio do que nós publicamos. Eu costumo dizer-lhes que era bom era que verificassem com o mesmo empenho e rigor, tanto a "informação" que lhes é servida de bandeja como o que lhes é injectado no corpo. Nessas alturas ofendem-se comigo, vá lá saber-se porquê.

Odeio notícias falsas, e fico doente quando caio na esparrela de partilhar algo pouco verificado. Ontem foi o caso, com um suposto questionário escolar. Tem este, de facto, um teor inverosímil, como se a agenda da Nova Ordem Mundial estivesse a fazer a caricatura de si própria. Embora, na verdade, o referido documento espelhe os objectivos do Sistema que combatemos, na perfeição, fiquei doente, e quando digo doente é mesmo doente, só com a hipótese de ter partilhado uma "notícia" falsa.

Os que acompanham as minhas páginas sabem que eu me protejo muito do perigo de ser mais uma a deitar lodo no lodaçal da desinformação: partilho memes satíricos em formato de painel diário, como se fosse uma história aos quadradinhos (mesmo assim o Facebook, que não tem sentido de humor, embirra com os meus painéis, a torto e a direito), faço uma pergunta por dia, partilho textos de opinião da minha autoria ou de pessoas que merecem a minha máxima consideração, partilho músicas e vídeos educativos e pronto. Muito raramente partilho outras matérias.

Tenho o privilégio de ter fontes muito seguras que fazem a investigação por mim e por isso posso dar-me ao luxo de estar muito bem informada, sem andar a escavar na lama, como andei mais de um ano.

Ontem, por despiste, partilhei o documento referido, diretamente do Facebook, e foi este escândalo. Os meus conhecidos pró Sistema não me pouparam e até à chefia do gabinete de um secretário de estado do Ministério da Educação, chegaram. Em resumo, meus companheiros de luta, por favor verifiquem muito bem a autenticidade de tudo o que partilham.

No melhor pano cai a nódoa, como todos sabemos, mas à Resistência nada é perdoado, como sabemos também, pelo povo que vive dentro da Caixa, Matrix, TV, como preferirem, e que acredita em tudo, desde que seja um senhor engravatado ou uma senhora muito bem arranjada, atrás de uma secretária, a dizer-lhes. Pessoas que não conhecem de lado nenhum.

Confiarem em amigos de toda a vida, que catalogaram como teóricos da conspiração, negacionistas, chalupas e, mais recentemente, pró Putin, é que não.

7ABR2022


RESOLUÇÃO

Depois da primeira caminhada da semana aqui fica a minha resolução da semana:

A partir de hoje não entro em sítio nenhum onde me seja exigido usar máscara! Nenhum! Sob que circunstância for! As máscaras não protegem. As máscaras são um símbolo de submissão. Acho repugnante. O que mais me choca é ver crianças de máscara, crianças que não vêem os sorrisos umas das outras, que desaprendem a comunicação facial, algumas que nunca viram a cara dos seus professores ou educadores. Psicologicamente o efeito desta monstruosidade é imprevisível mas podemos imaginar que algo irá ficar permanente destruído na aprendizagem dos afectos. Se eu afirmo que luto pelas crianças, o mínimo que posso fazer é não compactuar com esta aberração.

7ABR2022


CONHECEM O CARÁCTER DE QUEM VAI AO LEME DOS NOSSOS DESTINOS?

Vamos acreditar que grande parte da população se sente mal governada. Por políticos que se governam apenas a si próprios, suas famílias e amigos. Políticos que não têm qualquer preocupação com o bem estar da população, muito menos a população mais desfavorecida. Políticos que se dão a si próprios todas as mordomias, como se fossem os donos do país, esquecidos que são servidores do povo que os sustenta com o seu trabalho.

Vamos acreditar que o povo português, um dia acorda, e percebe que isto já nada tem de democracia. Que não existe liberdade, nem de expressão do pensamento, que se calam todas as vozes da verdadeira oposição ao regime, que se perseguem e castigam os que dizem e escrevem a verdade.

Vamos acreditar que o povo voltava a ser um nobre povo e Portugal uma nação valente, e que munidos de vontade e coragem devolvemos o esplendor de outros tempos, a Portugal. Nas brumas da memória iremos encontrar a inspiração dos nossos egrégios avós para nos levarem à vitória, na luta do povo contra a tirania. Ao trabalho! Ao trabalho! Contra o despotismo! Lutar! Lutar!

Primeiro passo: perder o medo do Estado. O estado somos nós! O monstro fomos nós que o criámos, somos nós que o mantemos e somos nós que o depomos.

Segundo passo: Não obedecer a regras inconstitucionais. Desobediência civil. Todos os dias e a toda a hora

Terceiro passo: não escrever tudo já para não ser "spoiler alert".

O meu espírito de resistência não é de agora. Vamos deixar de ser medrosos e obedientes a um conjunto de políticos que nem o exemplo sabe dar. E a única liderança que podemos aceitar é a de quem nos dá o melhor exemplo.

6ABR2022


CARTA ABERTA

A todos os que me catalogam agora de pró Putin, tal como antes me catalogaram de anti vacinas, negacionista, chalupa e teórica da conspiração:

Em momento algum eu defendi Putin. A minha revolta é contra a censura e manipulação dos órgãos de comunicação social, a nível do chamado mundo livre ocidental, que defendem, fervorosamente, o presidente da Ucrânia, ao ponto de já terem referido que seria candidato ao prémio Nobel da Paz.

Zelensky é presidente de um país que está em guerra desde 2014, onde existem milícias neo nazis a aterrorizar a própria população e a matar inocentes: homens mulheres e crianças, aos milhares. Um presidente que está a soldo da Administração Biden e da Europa e que aceitou levar o seu país para a guerra que ao contrário do que se pensa, foi instigada pelo nosso decadente e corrupto ocidente. Não existem inocentes nas elites políticas, nem de um lado nem do outro. Que o Vladimir, com todos os seus defeitos, me parece o maior travão à NWO, a ideologia sinistra do WEF, posso confessar que sim. Tal como os também muito odiados Jair e Donald, pela simples razão que estão desalinhados em relação à ideologia de Klaus Schwab, o psicopata mor que orquestra a política de quase todos os países do mundo dito livre e democrático, e que vai no caminho exatamente contrário a essas bandeiras.

Hoje em dia a guerra não é de esquerdas ou direitas. Isso é conversa do século passado, uma divisão anacrónica e fictícia, que continua a dividir as pessoas, divisão que só favorece as elites. Hoje em dia a guerra é de baixo para cima. É a Humanidade (somos quase oito mil milhões) contra a pequena elite (uns milhares) de psicopatas que põe e dispõe das nossas vidas.

A guerra é o maior falhanço da Humanidade. Sempre foi e sempre será. Eu defendo a Paz com a mesma intensidade com que defendo a Liberdade, a Verdade e a Dignidade do Povo. E estou disposta a lutar por tudo isto, até ao fim dos meus dias.

5ABR2022


MAIS UMA CARTA INVENTADA

Meu bem,

Apreciei muitíssimo a informação que me enviaste sobre ideologia, sobre a sua origem e sobre todo o peso e conotações que a palavra carrega. Apreciei tanto pela tua atenção como pelo teor do texto, que já guardei. Apreciei ainda mais pela surpresa, não estava nada à espera. Na verdade, adorei. Lembrou-me que tu, provavelmente, és a única pessoa no mundo que sabe que eu não estou a brincar.

Bem sei que para muitos parece um descaramento alguém dizer "estou a escrever uma nova ideologia". Pensam esses muitos: "Mas quem é que ela se julga?". Só quem me conhece tão bem, como tu, me leva a sério. Porque tu sabes que eu nem sequer julgo os outros, quanto mais perder tempo a julgar-me a mim. Aliás, só me julgo quando erro e me apercebo que errei.

Por outro lado, não podemos ficar reféns do peso que as palavras e os conceitos ganham, ao longo da História, das gerações e das décadas. Há que saber desmoronar para ser possível criar. E eu estou mesmo a escrever uma nova ideologia. Mas é tão nova que não é nada do que as pessoas que lêem isto estão a pensar.

Tu, meu bem, pelo contrário, embora ainda não tenhas lido uma linha desse meu rascunho, já sabes, duas coisas: Além de saberes que eu não estou a brincar, sabes que a ideologia que eu estou a criar não é parecida com nada, com nenhuma anterior, é mesmo toda inventada.

Gosto quando me lembras que eu não faço este caminho só.

30MAR2022



EDUCAÇÃO E TEMPO

Ontem, no restaurante Vinyl em Alcântara, o tema das Free Dom Talks foi a educação.

Sob o meu ponto de vista, o nosso sistema de ensino é um erro crasso e, quer queiramos quer não, vai ter de ser reinventado. Pode parecer uma visão muito radical para alguns mas é mesmo assim.

Já houve outras épocas em que se reinventou quase tudo, como no Renascimento, em que saímos das trevas da Idade Média, e agora aproximamo-nos rapidamente do "Renascimento 2.0" e vamos sair do sistema apodrecido e decadente em que vivemos. Se essa revolução não se der, não vislumbro um grande futuro não só para Portugal, como para a Humanidade.

Ando muito entretida a escrever uma nova ideologia que, provisoriamente, se chama "Renascimento 2.0", mas que terá outro nome quando eu já tiver um rascunho, minimamente decente, da minha visão e sensibilidade em relação à reconstrução de um mundo, onde seja possível vivermos mais felizes e com mais tempo para isso.

Ao minuto 53 e picos tive a oportunidade de partilhar, com os presentes, uns salpicos do meu pensamento em relação à importância da educação, em geral, e das crianças, em particular. Haveria muito mais para dizer mas não houve tempo.

E é por isso que eu me dedico a escrever e a fazer com que o tempo seja controlado por mim. É esse o caminho da felicidade: viver com o tempo sempre a nosso favor e nunca contra o tempo. E é nesse conceito de felicidade que devemos educar as nossas crianças, desde que nascem.

A vida é o que fazemos dela e sem liberdade, para gerir o tempo, nunca pode existir felicidade.

29MAR2022


Partilho com todos os que têm sido censurados, a queixa que apresentei junto da PGR, que podem copiar, editar e partilhar, sem direitos de autor, porque esta é uma causa maior: a luta pela liberdade de expressão do pensamento.

Em vez de andarem a chorar na rede que foram censurados, ou a queixarem-se à Meta, façam queixa ao último reduto institucional. Se vai servir para alguma coisa? Vai! Ou nos ouvem e deliberam com justiça. Ou fica provado que as instituições não são democráticas nem defendem os cidadãos.

Endereços de e-mail

correiopgr@pgr.pt

csmp@pgr.pt

"A liberdade da expressão do pensamento e o Estado democrático

Boa tarde,

Dirijo-me à Procuradoria Geral da República, na minha condição de cidadã portuguesa, para apresentar uma queixa formal contra uma corporação que opera globalmente, incluíndo em Portugal, e que não cumpre as mais elementares regras da Constituição da República Portuguesa, nem sequer as dos direitos humanos, também consagrados em diploma e reconhecidos pelo Estado português.

Trata-se da META, detentora da rede social FACEBOOK que, de uma forma sistemática, exerce uma censura descarada sobre os seus utilizadores. Não é admissível que uma plataforma digital, com largos milhões de utilizadores, se dedique a perseguir e a calar quem questiona uma narrativa oficial. Em qualquer Estado de direito onde exista, efectivamente, um normal funcionamento das instituições democráticas, não é admissível que um cidadão não possa exprimir a sua opinião. E é escusada a alegação de que se trata de uma empresa privada e de que o Estado não tem autoridade para interferir na sua orgânica porque o Estado é o máximo responsável pela garantia de que os portugueses são cidadãos protegidos pela CRP e pela declaração dos Direitos Humanos.

Concretamente, esta corporação, decidiu impedir-me publicar ou comentar na sua plataforma, durante 30 dias, alegando que uma publicação minha "desrespeita as nossas normas sobre informação incorrecta que pode causar danos físicos, pelo que só tu a podes ver", como podem ler no anexo deste correio electrónico e ainda acrescentam que "a infração repetida dos nossos Padrões da Comunidade pode restringir ainda mais a conta".

Acontece que o que o FACEBOOK decidiu apagar foi um artigo de opinião que eu tinha escrito. Ou seja, quem se julga esta corporação para decidir quais são as opiniões válidas ou não? Por outro lado, como todos os utilizadores das redes sociais sabem, publicam-se nestas plataformas inúmeras mentiras, muitas delas veiculadas até pelos orgãos de comunicação social, oficiais, e isto é uma evidência que eu posso provar junto da PGR. Aliás, terei todo o gosto em fazê-lo.

Além da gravidade inerente ao que atrás ficou exposto, esta corporação achou-se no direito de apagar um texto da minha autoria, lesando a minha a propriedade intelectual. Não sendo jurista, creio que estamos diante de um crime previsto na Lei Portuguesa.

Estou certa que a Procuradoria Geral da República, a última instância que qualquer cidadão português tem para recorrer e fazer valer os seus direitos, num Estado que se pretende livre e democrático, me dará uma resposta, com a maior brevidade possível.

Sem outro assunto, fico inteiramente à disposição da PGR para qualquer esclarecimento adicional ou assunto que julguem necessário, garantindo desde já o meu melhor tratamento e a minha maior atenção.

Pelo respeito ao nosso País pelo qual tantos lutaram e tombaram,

Madalena Bastos "

Já me responderam a dizer que o assunto foi entregue à diretora-geral do Departamento de Investigação e Ação Penal. E eu espero ter a sorte de ser chamada para prestar declarações. Nem é preciso levar apontamentos.

20MAR2022


ESTRACA

No sábado fui assistir ao concerto do Estraca, o jovem músico português que se destaca de todo o painel de artistas musicais, consagrados ou não, porque escreve e vive de acordo com o seu pensamento e a sua consciência. Tenho um imenso respeito por este "miúdo", chamo-lhe assim porque é da idade dos meus filhos, e chamo-o assim com todo o afecto e todo o carinho (e ele sabe), pela sua coragem e pela sua postura.

Estávamos muito poucos a assistir, muito menos gente do que Estraca mereceria, no entanto, os que fomos, fomos para dar tudo e o ambiente manteve-se ao rubro, do início ao fim da sua actuação. Tantos na Resistência a dizerem que ele é o maior e ali estávamos nós, apenas poucas dezenas de gatos pingados.

O Estraca, que merecia ter tido a casa cheia, assim que subiu ao palco exclamou: "Vejo aqui muitas caras conhecidas! Somos muito poucos mas somos muito bons". E a partir daí deu o melhor de si e foi, de facto, mais uma prova da sua força motriz, que deveria ser muito inspiradora para a sua geração que é, de longe, a mais alheada e ignorante, que temos neste país, porque vive desde que nasceu, não só formatada pela TV como pelas redes sociais, principalmente o Instragam, onde não existem, praticamente, nem textos nem ideias e o conceito é a pressa, ver o mais possível, fazer "scroll down" com a máxima rapidez e sem pensar. E depois julgam-se muito evoluídos e até bem informados.

Fui sozinha a este concerto mas encontrei vários conhecidos, gente mais velha, claro, não do que eu mas do que do Estraca, com quem, no final, ainda troquei um ou dois pares de ideias.

Dancei e cantei durante todo o tempo da actuação, na primeira fila, e um "paparazzo" apanhou-me de costas, no acto. Afinal foi a amiga Cláudia Zaga, com quem já me encontrei em inúmeras manifestações, dos que se sentem desgovernados, nas mãos de um classe política sem classe nenhuma, para dizer o mínimo, desta vez. Aqui ficam a ilustrar esta história as chapas em que fui apanhada.

Cheguei a casa perto da uma da manhã, com a nítida sensação de ter sido um grande acerto, ter ido a este concerto.

14MAR2022


VLADIMIR, O HOMEM MAIS ODIADO DO MUNDO. SABES PORQUÊ?

Num passe de mágica, de um dia para o outro, passámos do ódio aos "negacionistas" para o ódio ao Vladimir. De repente, já ninguém quer saber da "palermia" mortífera que, afinal, não era, já ninguém quer saber dos certificados, dos confinamentos, das coações, das chantagens, dos atropelos constitucionais, e dos Direitos Humanos, da violência psicológica exercida sobre a população em geral mas, o que sobretudo me preocupa, sobre as crianças, em particular, já ninguém quer saber. Essas crianças que os pais, obedientes cidadãos exemplares, dizem defender acima da própria vida, mas sujeitam-nas a esta pantomima do medo e do terror, há dois anos já, em nome de uma gripe com nome de código, e provocando danos no seu desenvolvimento, tanto a nível cognitivo como dos afectos e do equilíbrio, danos esses com uma dimensão ainda imprevisível até para os psicólogos clínicos, que já estão a estudar a fundo esta matéria. Se no juramento de Hipócrates (o dos médicos) está escrito que o tratamento nunca pode ser mais lesivo do que a doença, já aqui fica matéria para reflexão, virtualmente infinita, mas só para os que reflectem, claro. Para os outros, é colocar bandeirinhas azuis e amarelas e odiar Vladimir.

Eu não perco tempo a defender Vladimir porque nem sequer tenho conhecimento politico, ou geo estratégico, para emitir opiniões sobre o seu contributo para o equilíbrio entre os donos do mundo. Mas tenho que confessar que ele acaba por ter, da minha parte, alguma simpatia, e apenas por ser um dos odiados do "mainstream". A priori, apesar de pecador como todos os lideres mundiais, tal como Donald, Jair, e outros que tais, ser odiado pelo "mainstream", é uma medalha de qualidade. Os que o chamado "mainstream" odeiam, têm logo a minha atenção especial. Não me querendo comparar, nem pouco mais ou menos, com essas figuras super odiadas, a verdade é que até eu já tenho um bom conjunto de "anticorpos" dos media e até estou "escovada" em certas plataformas, ditas livres, porque não penso como "elas".

Mas vamos manter o foco no Vladimir. Psicopatas temos por todos os lados. Nenhum ser empático e equilibrado chega a líder mundial no sistema que está implementado no mundo, no presente. Quando eu digo #istosóvailácomumarevolução muita gente pensa que eu estou a gozar, mas não.

Bem sei que agora, questionar a narrativa do maravilhoso mundo livre ocidental é sinónimo de ser uma defensora de Vladimir, uma idiotice como outra qualquer. Como já deixei explícito, neste texto, eu não defendo Vladimir. Mas desculpem lá os das bandeirinhas, e da vontade de o matar, mas vou deixar aqui uma ideia: esse psicopata é o maior travão que temos, a nível mundial, para a continuação da implementação da agenda 2030, e da ideologia do rei dos psicopatas, Klaus Schwab, cabecilha do grupo de Davos (WEF).

Confesso que abomino Klaus. Porquê? Porque li a sua doutrina e o seu plano para a humanidade. E ainda porque ele se julga mesmo dono e senhor dos destinos de cada ser humano. E tu, que odeias Vladimir? O que é que sabes dele, para além da propaganda que te chega, patrocinada pelo WEF, ou seja , toda a comunicação social, tradicional ou não? Já ouviste, por exemplo, as suas entrevistas gravadas em documentário por Oliver Stone? Documentário esse disponível até no YouTube! Isto de crucificar alguém sem sabermos porquê, já aconteceu várias vezes na História, só que o povo não aprende nada com o passado porque, como já escrevi anteriormente, não só não existe consciência colectiva, como nem memória, sequer.

Mas ainda há esperança. Nunca se esqueçam que cada um é livre de pegar em si e, sem pedir licença a ninguém, começar a estudar, a pensar por si próprio e até a questionar. Inicialmente até podem fazer isso às escondidas, se não quiserem ser atacados pela sociedade dos obedientes que, além de não fazerem perguntas, odeiam e perseguem, todos os que se atrevem a fazê-las.

Bem vindos ao mundo que Huxley e Orwell, entre outros, previram. Mas nem com livros escritos há décadas, literalmente livros do século passado, a malta acorda e se revolta. E é isto que é revoltante para os que estão acordados.

13MAR2022



PERSPECTIVA E REALIDADE

Creio que foi Charles Darwin quem afirmou, que os que sobrevivem não são os mais fortes, mas aqueles que têm mais capacidade para se adaptarem. Transpondo esta ideia para os perfis de consciência e raciocínio das pessoas, acredito que as mais capazes de se adaptarem às mudanças, serão as que questionam, e procuram respostas, e não as donas das convicções inabaláveis e das certezas absolutas, uma redundância em si e, provavelmente, a maior armadilha, tanto para a evolução interior de cada uma, como para a compreensão do mundo à sua volta.

A realidade depende da perspectiva de cada um e nunca nos podemos esquecer do dinamismo de tudo o que nos envolve. Se optamos por ficar presos a ideias enraizadas e pré concebidas, é certo e sabido que nos vamos descolando e afastando, cada vez mais, do mundo em que vivemos. É também por isto que o culto da razão pura, uma caverna em que tantos se deixam ficar, agarrados às suas crenças e ilusões, preferindo quase tudo menos perder a razão, acaba por ser um comportamento tão tacanho e ignorante como, paradoxalmente, o expoente máximo da irracionalidade.

Mas afinal para que é que serve ter razão? Não serve rigorosamente para nada. Os que fazem o culto da sua razão são os menos capazes de estabelecer comunicação com os outros, esquecidos, como eu costumo dizer, que comunicar é saber chegar à outra margem. Pessoalmente nada me fascina mais do que a nossa capacidade de comunicar e, embora seja muito divertido debater ideias com pessoas que estão próximas da nossa linha de pensamento, ou da nossa sensibilidade, é muitíssimo mais estimulante conversar com aqueles que vêem o mundo sob perspectivas diferentes das nossas até porque, na verdade, é sempre com quem não pensa como nós, que temos as melhores oportunidades para aprender ou descobrir alguma coisa.

Em resumo, se eu pudesse dar um conselho aos que quase preferem morrer a perder a razão, ou a descobrirem que foram enganados, dir-lhes-ia para transferirem esse fascínio pela própria razão, pelo amor ao conhecimento. Quando temos esta aptidão bem treinada, em vez de nos sentirmos colocados em xeque quando descobrimos que estávamos errados ou andávamos enganados, sentimos uma imensa gratidão pelo alargamento dos nossos horizontes.

Quem lida comigo, pessoalmente, sabe o quanto eu procuro quem me prove que estou enganada, seja qual for a visão enviesada que eu tenha. Ou seja, nunca encaro quem me ensina como um inimigo, nem sequer como um concorrente, pelo contrário, quem me ensina é mais uma luz na minha vida. Seja quem me dá a conhecer uma música nova, um livro ou um filme, seja quem me vem demonstrar que eu andava iludida sobre o sistema e sobre quem tem poder para pôr e dispor das nossas vidas.

11MAR2022


A VERDADEIRA GUERRA É A INFORMAÇÃO CENSURADA

O Facebook bloqueou-me no dia 18 de Fevereiro passado, por 30 dias, porque eu escrevi um artigo de opinião, que o Facebook não "gostou" e também se "sentiu" no direito de apagar. Eu pensava que uma coisa destas iria acordar as centenas de apoiantes do regime que seguem a minha página, pessoas que eu conheço na vida real e que, apesar de não concordarem com quase nada do que eu penso e escrevo, sempre têm curiosidade para vir ver o que é que a chalupa publicou desta vez. Honra seja feita a esses meus conhecidos, alguns até amigos, que têm aguentado o embate das ideias e não me retiraram a "amizade" nem me bloquearam na rede, como muitos outros. Esses outros confundiram pontos de vista com falhas de carácter ou baixa qualidade humana.

Mas afinal a censura já não choca ninguém. Desde que a verdade passou a chamar-se "fake news" e que os censores se passaram a chamar "fact checkers" está tudo bem, no reino da fantasia a que alguns ainda chamam democracia.

E eu hoje venho falar da guerra. E este texto vai ser lido nas redes porque não há nada que aguce mais o engenho ao censurado, para torpedear a censura, do que a própria censura. Ainda não sei qual dos meus amigos vai levar este texto até vós, logo vejo quem não se importa de me fazer este favor. Mas tenho sempre várias hipóteses em aberto, aqui do lado da resistência. Muitos somos muito unidos e solidários, em nome do bem comum.

A verdadeira guerra que existe, nos nossos dias, é a guerra da informação contra a desinformação. Esta é a guerra mais mortífera e implacável, silenciosa e perversa, que domina o mundo inteiro, principalmente o mundo onde os habitantes ainda acreditam viver em liberdade e democracia. Esses cidadãos são, não só os mais alheados da realidade em que vivem, como os mais profundamente enganados e iludidos com o que se passa à sua volta. Acreditam que o mundo é o que lhes dizem os telejornais, porque nem se deram ao trabalho de estudar para saberem quem financia a comunicação social.

Esta guerra existe há décadas e com efeitos devastadores nas vidas de milhões de pessoas em todo o mundo. Tenham paciência, os meus leitores já acordados, devem estar a sentir que este texto é para a infantil ou para a primária, mas às vezes é preciso escrever do princípio, pensando nos que eventualmente querem arriscar e sair do seu conforto, levantar o rabo do sofá, e descobrir o mundo em que vivem, fora da caixa, da matrix, ou da TV, como lhe quiserem chamar.

Há cerca de dois anos esta guerra assumiu umas proporções tais, com a "palermia" que todos conhecemos, que muitos milhões de pessoas no mundo acordaram para a vida e saíram daquela letargia de consciências que a TV provoca. Isto não sou eu a inventar, há inúmeros livros publicados sobre isto, alguns do século passado. O problema é que ler livros também parece estar fora de moda, principalmente ler livros que despertam o raciocínio.

A ferocidade com que os telespectadores, chamemos-lhes assim, enfrentaram os que questionaram a narrativa da gripe com nome de código foi algo nunca imaginado. Os grandes democratas, alguns se calhar ainda gritaram pela liberdade depois do 25 de Abril, tinham-se transformado em apologistas do pensamento único. Depois foram dois anos como todos sabemos. Para o telespectador os maus eram os "negacionistas", termo inventado pela comunicação social para denegrir as pessoas que questionavam a narrativa oficial, tal como a CIA inventou os "teóricos da conspiração" para todos os que questionaram a narrativa do assassinato de JFK. Ou seja... isto não é de agora.

Este texto já vai longo e volto em breve com outro capítulo. A ideia principal que eu quero partilhar hoje convosco é a seguinte: É muito mais fácil derrubar uma ditadura assumida do que uma ditadura mascarada de democracia, em que os cidadãos manipulados julgam que tudo o que fazem é de livre vontade e que ser um cidadão exemplar é obedecer, mesmo que os seus direitos, consagrados na CRP ou noutros diplomas, como o dos Direitos Humanos, sejam anulados. Convém ainda não esquecer que nunca foram nem os governantes, nem os seus obedientes, a lutar pelo povo, pela liberdade, pela justiça, pelos direitos humanos e pela PAZ. Mas para sabermos isto também é necessário estudar.

10MAR2022


A série "Recados no Instagram" corresponde a um período em que estive censurada pelo Facebook, por ter publicado um texto de opinião que não se encaixava com a narrativa oficial, dos acontecimentos, que fazem parte da atualidade mundial. Daí estes textos terem um estilo mais conciso do que o habitual. Aproveitei este espartilho do limite de palavras no Instagram, para tentar melhorar o meu poder de síntese, qualidade que nunca tinha trabalhado antes e que não é, definitivamente, o meu forte. Mesmo assim achei interessante deixar na minha página de escrita, estes registos.


RECADO NO INSTAGRAM 18MAR2022

Tenho aproveitado estes 30 dias de censura no Facebook, para dar mais atenção à minha página de escrita, Histórias De Uma Página Só, na Webnode, onde os textos estão organizados por categorias: não prosa, divagações, ficção e memória. Projectos em curso: a edição de um livro, com textos de não prosa escolhidos e ilustrações do meu irmão. Será lançado no restaurante Vinyl ainda este ano. Outro projecto muito divertido é ter aparecido uma banda que quer musicar letras minhas. Isto para além de estar a escrever a minha autobiografia e uma nova ideologia que se chama "Renascimento 2.0". Em resumo: Se eventualmente eu for removida do Instagram também, ficam a saber que vou continuar a aparecer e a dar notícias na Webnode... até ver.


RECADO NO INSTAGRAM 17MAR2022

Texto e imagens de há 2 anos, em plenos "15 dias para achatar a curva". O hotel referido acabou por fechar, em Dezembro de 2020. Um dos incontáveis negócios que não resistiu às regras insanas do (des)Governo, na gestão da palermia.

E só ali eu e mais 52 pessoas ficámos sem trabalho. A esta publicação chamo-lhe agora:

LISBOA SEM VIDA

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LISBOA SERENA

Trabalho na Direção Administrativa e Financeira de um hotel no centro de Lisboa. Um hotel é um bom exemplo de empresa que não pode fechar de um momento para o outro, não podemos mandar os hóspedes embora quando, muitos deles, nem têm presentemente para onde ir atendendo às contingências das entradas nos seus países. Assim, por mais que se tenha reduzido a atividade, fechando os restaurantes ao almoço e ao jantar, fechando o bar, foi necessário manter os serviços que garantem que os clientes têm os quartos limpos e o pequeno almoço na mesa. Para manter a normalidade possível nas operações também o escritório não pode parar. Já nos estamos a revezar e hoje coube-me sair da toca e ir para o hotel trabalhar.

Partilho algumas fotografias tiradas, a uma hora normalmente considerada de ponta,durante o meu trajeto matinal.

Quero acreditar que as pessoas de um modo geral estão a ter um comportamento muito civilizado e consciente e tenho esperança que assim se possa evitar escalar para o estado de emergência e comprometer ainda mais o equilíbrio já tão precário das nossas vidas.

17MAR2020


RECADO NO INSTAGRAM 12MAR2022 (II)

Ou seja, eu fui censurada numa rede, por ter publicado um artigo de opinião que ia "contra as normas da comunidade". Agora essa mesma rede tão fofinha e tão preocupada com o bem da sua comunidade, promove discursos de ódio e violência que, como todos sabemos, é o melhor caminho para a paz no mundo. Não acordem não... e não se esqueçam que o Instagram e o whatsapp também é dessa bela Meta. Quando uma rebentar rebentam todas. Eu já fiz o meu backup do Facebook, onde tenho muitas memórias que não quero perder, e tu?


RECADO NO INSTAGRAM 12MAR2022

Não sei se já se aperceberam que a guerra em curso, além de ser a nova fonte de medo 24/24 transmitida pela TV, e apesar de na TV se esquecerem de falar da guerra que ali estava a acontecer há 8 anos, da corrupção, das milícias neo nazis, do tráfego humano e pedofilia que ali têm um bastião logístico para o mundo, do envolvimento da família Biden nos milhões em negócios ilícitos, das dezenas de instalações de armas biológicas dos EUA, enfim pormenores... mas ia eu a dizer, já perceberam que a Rússia, a China, a Índia e alguns países árabes, estão do outro lado, certo? Dizem na TV que nós é que somos os bons e que vamos ganhar a guerra... pois. Veremos. O importante agora é começarem a estudar o sistema financeiro mundial. Ok? Principalmente os que se julgam muito ricos porque, de um dia para o outro, tudo pode mudar. Estudem que é fascinante. Um conselho: nossa nossa é só a riqueza que temos dentro de nós. Ninguém se vai lembrar da casa ou do barco que tinhas. Se se lembrarem de ti vai ser pelo bem ou mal que fizeste aos outros e, inerentemente, ao mundo.


RECADO NO INSTAGRAM 9MAR2022 (III)

Dizem as minhas fontes dos chalupas e teóricos da confirmação, que ali se desenvolvem patogénicos que se transmitem pelo ar, por exemplo Anthrax (bacillus anthracis), Raiva (lyssavirus), Peste Bubónica (yersinia pestis)... Ao pé de qualquer destes, o 'cobide' foi só mesmo a reinar, uma brincadeira destes psicopatas que estão ao comando do maravilhoso mundo livre ocidental. E agora, já começaram a perceber a guerra na Ucrânia, ou ainda não? Continuem a colocar as bandeirinhas e a achar que o inimigo público número 1 é o Putin e não a figura sinistra que aparece na segunda imagem desta publicação. Qualquer dúvida, desliguem a TV e comecem a estudar. Ou então façam perguntas por mensagem privada porque tudo isto é muito complexo para se desenvolver aqui.


RECADO NO INSTAGRAM 9MAR2022 (II)

O Facebook censurou as minhas publicações, comentários, reações e partilhas, durante 30 dias, mas foi tudo pelo vosso bem. Agora, enquanto ainda estou nas masmorras, silenciada, quer que a minha conta seja muito mais "segura". E se eu não ativar esse sistema de segurança extra, a ameaça é bloquearem-me a conta definitivamente. Tudo por bem, claro. E ainda me informaram por email que estas medidas de segurança não são para todos. Só para aqueles que a Meta entende. Entretanto, no Instagram, onde tenho vindo dar o ar da minha graça, também já devo estar quase a ser silenciada. Os avisos já começaram a aparecer. A Meta tem como objectivo que todos pensem da mesma maneira. É tal e qual o objectivo da WEF e da Nova Ordem Mundial. Quando a censura me escovar daqui do Instagram, também, não se preocupem porque a revolução vai continuar. Não vai passar é na TV. Mas vai acontecer. Na vida real.


RECADO NO INSTAGRAM 9MAR2022

QUANTO MENOS SABEMOS, MAIS CERTEZAS TEMOS

"Procurem aprender uma coisa nova todos os dias da vossa vida." Estas palavras foram ditas por uma professora primária, aos seus alunos, acabados de chegar da infantil, e isto foi-me contado por um desses alunos, que hoje já tem perto de 60 anos, e que nunca mais se esqueceu, dessa frase, que o marcou para toda a vida. Já sabemos como as crianças são umas "esponjas", que absorvem tudo em seu redor, e uma simples frase pode influencia-las para sempre. Mas nós, adultos, também podemos aproveitar esta ideia. Que positivo, divertido, e útil, até, que seria para a vida, o objetivo de acabar, cada dia, com mais uma coisa aprendida. Parafraseando: Aprenderes uma coisa por dia nem sonhas o bem que te faria. Se não fizeres perguntas, nunca terás as respostas.


RECADO NO INSTAGRAM 8MAR2022

Tomei uma decisão e não vou voltar a discutir atualidade com quem tem uma opinião, baseada apenas no que vê na TV, nas redes sociais e nos jornais. Podemos falar de tudo o resto: sentimentos, emoções, sonhos, alma, espírito, amor, memórias, vida, morte, História, arte, música, cinema, livros, viagens, enfim, ainda nos sobra quase tudo. E podemos continuar amigos. Mas falar do mundo em que vivemos com quem não estudou, não pesquisou, não questionou e não reflectiu, é que nem pensar. É uma perda de tempo para ambas as partes. E um desgaste para mim ao qual me recuso continuar a expor.


RECADO NO INSTAGRAM 7MAR2022

Hoje quando regressava da minha caminhada deparei-me com isto é pensei. Estou na Ucrânia? E depois caí em mim: ah espera, isto é aquela febre das bandeiras. Somos todos isto, somos todos aquilo, o importante é sermos todos, certo? A TV diz como é e todos vão atrás. Por acaso nunca se lembraram de ser todos Yemen, nem Síria, nem Palestina, nem Afeganistão, nem Iraque. Porque não receberam essa dica na TV, não foi? E a propósito do Iraque, um país soberano invadido por uma grande potência, em nome da paz e do perigo das armas de destruição massiva que, afinal, não existiam... e as (in)consciências dos cidadãos do mundo democrático e livre, nem pestanejaram. A NATO são os nossos, os bons, e os outros são os maus. Pois. Vão lá ver então mais um bocadinho dessa histórias dos índios e dos cowboys. Lembram-se quem eram os bons nesses filmes? E quem eram os selvagens? Há vida para além da TV, acreditem. Mas para a descobrirem têm mesmo que desligar o mundo da fantasia em que vivem.


RECADO NO INSTAGRAM 7MAR2022

Não podemos confundir os conceitos de Lei e de Justiça. São conceitos muito diferentes e os tribunais existem para os conciliar: casar a legislação com os valores morais. Temos é um grande problema quando os tribunais não são independentes do poder executivo. Quando isto acontece, além de desaparecer a justiça, deixa de existir democracia e passa a valer tudo. Por outro lado convém ter sempre presente que as ditaduras mais fáceis de derrubar são as ditaduras assumidas. O que ainda não sabemos como fazer é derrubar uma ditadura global que se mascarou de democracia, ou mundo livre ocidental. Ainda estamos a aprender mas convém apressarmos este conhecimento. Quanto mais instruídos formos, mais capazes seremos de lutar por um mundo melhor. Agora que toda a gente já percebeu que o mundo como o conhecíamos entrou em colapso, já vos apetece começar a estudar ou ainda vão continuar especados a olhar para a pantalha? E a acharem-se cidadãos exemplares. E hipocritamente afirmarem que querem o melhor para os vossos filhos e netos mas pretendem deixar o seu futuro nas mãos de psicopatas eugenistas? Para quem não sabe o que é o Eugenismo, doutrina professada pelo "Guilherme Portões", esses então são os mais ignorantes de todos, em relação ao que se está a passar. O meu conselho: vão estudar e desliguem de uma vez a TV que vos tolhe o raciocínio, desde que nasceram.


RECADO NO INSTAGRAM 6MAR2022

Não sei se os mais distraídos já perceberam que o mundo está em queda livre desde o início de 2020. Eu dirijo-me hoje, especialmente, a essa esmagadora maioria de alheados e obedientes, que se alimentam da propaganda dos OCS, que não estranham não haver contraditório à narrativa, que aceitam que pensamentos e ideias que questionem o que quer que seja, fiquem censurados, para não confundir os que ainda acreditam que a verdade é o que dá na TV. Uma coisa é certa: enquanto o povo, sem pensamento crítico, continuar a apoiar quem vai ao leme do destino da humanidade, isto só vai piorar. A boa notícia é que de dia para dia são às centenas de milhar, as pessoas que começam a pensar: "mas que raio é isto que se está a passar?". Primeiro uma pandemia mortífera que afinal não era, depois picas impostas a toda a gente, se quisessem garantir os seus direitos mais básicos de cidadania, depois, de um dia para o outro, desaparece a tal pandemia e aparece uma guerra, 24/24 para manter a população mundial aterrorizada. O medo anula o raciocínio. Não sou eu que afirmo, vem nos livros. Muito mais preocupante do que a pandemia da gripe com nome de código e do que a guerra que foi provocada, é a elite de psicopatas que está a mexer os cordelinhos para alcançar a Nova Ordem Mundial. Mais uma vez, não sou eu que afirmo. Basta lerem a ideologia do cabecilha do WEF, Klaus Schwab, nos livros que ele publicou. Está lá tudo. Em resumo, a ideia dos donos do mundo é, por um lado, diminuir drasticamente a população mundial e, por outro, instaurar uma economia social digital em que toda a gente é feliz, não tendo nada seu, nem Liberdade, o que quer dizer, gente que abdicou da mínima dignidade humana. São os milhões que não pensam nem questionam, as intenções dos seus governantes, que vão prolongar esta insanidade. No momento em que o povo disser "não", acaba este pesadelo e podemos começar a reconstruir o equilíbrio perdido. Entretanto os hipócritas da defesa dos direitos humanos, gastam milhões para fornecer armamento de guerra, alegando que são os promotores da paz. E o povo acredita porque deu no telejornal.


COMUNICAR É CHEGAR À OUTRA MARGEM

"A língua é o órgão mais poderoso e mais destrutivo do corpo humano" escreveu Pat Conroy no seu romance "O Primeiro Verão das Nossas Vidas". Eu acrescento que sendo o órgão mais poderoso é também o mais construtivo. Na verdade tudo depende é do espírito que comanda as palavras que se soltam, e despem, e revelam a nudez do âmago de cada um. Gosto muito de conversar e nunca me julgo acima de ninguém, porque cada vez tenho mais consciência do pouco que sei. Em relação ao mundo em que vivemos, aos interesses da banca global, e das grandes corporações suas filiadas, que se sobrepõem aos interesses políticos regionais e ao bem estar das populações, tenho estudado muito, nos últimos 22 meses. Porque sou curiosa e gosto de aprender, questiono, leio e pesquiso. Não pretendo ensinar nada a ninguém. A única coisa que me move é mesmo compreender melhor o mundo em que vivo e, evidentemente, desejo, para as próximas gerações, que este planeta seja um sítio muito melhor para viver, com a liberdade assegurada. Respondendo a tantas pessoas que me têm perguntado o que é que julgo que estou a fazer é só isto: Escrevo porque vejo que existe muita gente ainda iludida em relação a quem comanda os seus destinos, muita gente a quem não posso ensinar nada mas que precisa ser acordada, e depois descobrir o que quer que seja, por si. Dito ou escrito pelos outros, está provado, ao fim deste tempo todo, que não serviu nem vai servir rigorosamente para nada. 


RECADO NO INSTAGRAM 3MAR2022

Nós estamos a viver uma Era histórica e, por isso mesmo, falta-nos o distanciamento temporal para podermos fazer leituras objectivas. Por outro lado, e apesar de ser por vezes muito assustador, não deixa de ser fascinante - para os que estão conscientes e acordados, e vêem muito para lá da Matrix, da TV, e da realidade propagandista - ter a oportunidade de viver, in loco, a maior revolução e transformação da História da humanidade. Ninguém sabe como é que isto vai ficar, quando toda a presente insanidade acabar e quando o mundo voltar a serenar, por isso, o meu conselho para toda a gente é o seguinte: aproveitem o melhor possível a viagem e não se angustiem com o destino. Amem-se, leiam livros, oiçam música, encantem-se com a natureza e com a arte, aprendam a ver tudo por prismas diferentes, dancem, riam, abracem-se, beijem-se, sejam gentis e, acima de tudo, não se levem a si próprios muito a sério porque esse é, provavelmente, o maior obstáculo para uma vida verdadeiramente plena e feliz.


RECADO NO INSTAGRAM 2MAR2022

"Ninguém vai derramar a verdade no teu cérebro. É algo que tens de descobrir sozinho." Escreveu Noam Chomsky.Quando tentamos falar com alguém que vive dentro da realidade que lhe é derramada pela TV, a máquina de manipulação das consciências por excelência, há décadas, que nunca teve nem curiosidade nem vontade de sair da caverna de Platão e descobrir o mundo fora dessa "caixa das ilusões", estranhamos o muro intransponível que existe para o entendimento fluir. Chama-se dissonância cognitiva. Basta pesquisar para saber tudo sobre este fenómeno psíquico. É escusado tentar comunicar com quem rejeita tudo o que questione as suas convicções e certezas. São sempre os mais ignorantes que não têm dúvidas e que assumem comportamentos de intolerância a tudo o que ponha em risco o seu equilíbrio. Nunca se esqueçam disto: as pessoas mais cultas e instruídas são-no porque descobrir que estavam enganadas, e aprender coisas novas, são situações, para elas, altamente estimulantes e enriquecedoras. São cultas e instruídas porque nunca se esquecem do pouco que sabem, em relação ao conhecimento intrínseco à vida e ao mundo que existe, em seu redor.


RECADO NO INSTAGRAM 28FEV2022

"Centenas de milhares de milhões de dólares são gastos, todos os anos, para controlar a mente do público." Afirmou Noam Chomsky (n. 7DEZ1928), filósofo, sociólogo e livre pensador, com vários livros publicados, alguns dos quais se podem retirar gratuitamente da rede em pdf. como, por exemplo, "Quem manda no mundo". Se querem mesmo saber o que se passa no mundo, desliguem a TV e comecem a ler livros. Chomsky disse também, de entre os milhares das suas célebres afirmações: "Repare, as pessoas com Poder percebem exactamente de uma coisa: violência". A TV é a arma de destruição massiva do pensamento crítico, da reflexão, do raciocínio e da consciência de cada um. E um povo iletrado é muito mais facilmente manipulado do que um povo instruído, habituado a ler e a reflectir sobre as suas leituras. E não basta saber ler. É necessário também saber interpretar e questionar o que se lê. Tudo isto, que é muito fácil para quem nunca perdeu o hábito de usar a sua própria cabeça para pensar, é virtualmente impossível para quem já nem se lembra como se faz, esse exercício que se chama pensar. "A população não sabe o que está a acontecer, nem sequer sabe que não sabe." Avisou Chomsky, também.


O RETRATO DE UM POVO ALHEADO

Foi organizada esta tarde, em Lisboa, uma manifestação de repúdio das medidas tirânicas impostas ao povo canadiano, pela autoridade liderada por Trudeau. Como muitos saberão, Trudeau não cumpre uma agenda para honrar a dignidade e o bem estar do seu povo. Trudeau é um dos pupilos preferidos de Klaus Schwab, líder do WEF (Fórum da Economia Mundial), um dos principais ideólogos da Nova Ordem Mundial.

Para quem chegou até aqui na leitura e está a perceber muito pouco do que eu escrevi, aconselho vivamente que leia os livros de Klaus Schwab sobre o plano, que esta elite que se julga dona do planeta quer implementar até 2030, graças ao seu poder económico, financeiro, político, religioso, tecnológico, científico e, em último mas em primeiro, quase toda a comunicação social tradicional e redes sociais.

No Canadá teve lugar uma gigantesca manifestação popular, envolvendo centenas de camiões, que se dirigiram a Ottawa para exigir o fim dos certificados de segregação e a picagem por chantagem e coação. Trudeau ordenou que a polícia atacasse com violência os civis, além de terem sido congeladas as contas bancárias dos particulares e das empresas de camionagem, envolvidas na manifestação que durou vários dias. Se isto acontecesse na Rússia, era um deus nos acuda, entre os hipócritas dos líderes ocidentais. Mas como é no Canadá, ninguém comenta, mais uma vez, ninguém quer saber.

Voltando ao evento de hoje, juntaram-se poucas dezenas de resistentes diante da embaixada do Canadá que, por coincidência, partilha edifício, na Av. da Liberdade, com a Embaixada da Austrália, onde atropelos aos mais elementares direitos civis estão também a ser cometidos, já há largos meses, com especial violência no Estado de Victoria, concretamente em Melbourne. Nada disto passa nos telejornais mas já vai sendo tempo de todos percebermos isto: uma coisa é aquilo que a TV debita e outra coisa, muito diferente, é o que se passa no mundo.

O que é muito triste é que a esmagadora maioria da população portuguesa não quer saber o que se passa no mundo. Julga que não lhe diz respeito. E não pode, mais uma vez, estar mais profundamente enganada e iludida. O estado de guerra civil (autoridades contra o povo) que já se vive no Canadá, Nova Zelândia, Austrália, Itália, França, Alemanha e Reino Unido, e em muitos estados dos EUA, vai chegar a Portugal. A razão é muito simples: assim como a elite quer implementar a agenda global (menos população, todos controlados, sem propriedade privada, sem liberdade, mas muito felizes, na visão sociopata de Klaus Schwab), assim não existem fronteiras entre os países, nem governos nacionais. Só na nossa imaginação.

As excepções são os países que não aderiram à agenda. Basta ver quais os líderes que os órgãos de comunicação social odeiam, para se saber quais são os governantes que não se deixaram corromper e que escolheram lutar pela dignidade do seu povo e pela liberdade.

Infelizmente não é o nosso caso. Temos apenas marionetas a fazer uma pantomima de governação e a cumprir ordens do patrão.

Mas o povo português, na generalidade, não quer saber. E vai sofrer muito mais quando lhe abrirem os olhos à força. A esperança é que para muitos não seja tarde de mais.

Agora está tudo entretido com a situação na Ucrânia, certo? Uma guerra inventada para distrair a população da verdadeira III Guerra Mundial que já está em curso: a elite contra a Humanidade e os seus direitos, consagrados tanto na declaração universal como nas constituições nacionais.

O próximo passo vai ser mexerem-nos na CRP. E receio que este povo hipnotizado pela TV continue a não querer saber.

24FEV2022


VIVA A LIBERDADE 

Durante muito tempo da minha vida senti-me uma pessoa livre. Porque podia viajar à vontade, ir a concertos, ir jantar fora e a qualquer outro sítio, sem qualquer tipo de restrições e nunca me passou pela cabeça que fosse possível que essa liberdade de movimentos, que eu tinha por garantida, deixasse de existir sem que eu mudasse de país. Ou seja, o que mudou foi o país, não fui eu. 

Acho extraordinário que os que embarcaram no fim da liberdade e no início da segregação vivam felizes nesta nova realidade. Até porque eles também são vítimas, mesmo a cumprir as regras absurdas, escrupulosamente. Aliás, são eles as maiores vítimas. São os que se injectam com produtos experimentais, os que se testam a torto e a direito, os que vivem apavorados graças à hipocondria que lhes é metida no cérebro pela TV... e os que mostram documentação para fazerem o que toda a vida fizeram livremente. 

Podem alguns não acreditar mas eu nunca vivi tão bem a minha vida como no presente. É certo que o Estado me tirou a liberdade, que eu tinha, mas é certo também que eu a transferi inteirinha para o meu mundo interior. Descobri a verdadeira liberdade quando fui confrontada com a distopia que reina na sociedade. Nunca escrevi tanto e creio que tão bem. Nunca me senti tão encontrada numa causa. Nunca me senti tão feliz com o espírito que me calhou em sorte transportar.

E sei que até morrer, aqui dentro, ninguém consegue chegar para roubar a liberdade ao meu pensamento.

26JAN2022


A INCOMPARÁVEL RIQUEZA DOS MAIS VELHOS

Os meus irmãos e eu fomos educados, desde pequeninos, a respeitar as pessoas mais velhas e assim educámos também, naturalmente, os nossos filhos. O que não foi logo evidente para mim, como se tornou depois, à medida que os anos passaram, foi a incomparável riqueza que os mais velhos carregam, além de estarem sempre disponíveis, e por vezes até ansiosos, para a partilhar, estivessem os mais jovens interessados em receber com agrado, esse legado.

Vivemos numa sociedade em que se exalta a juventude. É claro que a juventude é muito bela e é nela que se depositam todas as esperanças no futuro mas, por outro lado, a juventude não passa de uma promessa. Ainda não tem passado suficiente para saber o que é a vida e, obviamente, é ainda virgem da sabedoria que se acumula com os anos, as rugas e os cabelos brancos.

Gostava que a nossa sociedade fizesse a apologia dos velhos, não só em casa como também nas escolas. Os nossos pais e avós, que são autênticos livros vivos da memória, que viveram na primeira pessoa tempos dos quais quase nada sabemos, para além das narrativas que desconhecidos relataram, são quem mais nos pode ensinar e ajudar a perceber a vida e até o mundo em que vivemos.

Acredito ainda que nunca nos sentimos velhos. Que somos sempre o mesmo espírito que, a certa altura, se vê encerrado dentro de um corpo que se vai deteriorando e é uma pena, e uma grande perda, que seja esse invólucro que nos define, fazendo parecer mais frágil, ultrapassado e inútil quem, na verdade, mais sabe sobre a vida e que é quem já passou por ela.

11JAN2022


CARA METADE

E hoje é o meu genro que faz anos. 31 anos

O Pai da minha neta, que está quase a chegar, entrou nas nossas vidas há muitos anos já, mais concretamente em 2006 quando começou a namorar a minha filha.

Temos os nossos filhos, naturais, e a vida que é tão generosa, dá-nos filhos que não são nossos mas que amamos de igual modo. Alguém que chega e que vem para dar tanto brilho às nossas vidas, alguém que traz tanto amor e tantas alegrias aos nossos filhos, é uma dádiva tal que até nos questionamos se merecemos tanto.

O melhor amigo da minha filha é também o seu grande amor e a paixão da sua vida. Não podiam ser mais diferentes e mais complementares, e tornam-se mais inteiros, cada um, com tudo o que o outro aporta. Até parece mentira tanta conjugação. Parece coisa desenhada pelas estrelas do céu.

Tem sido um privilégio assistir ao desenrolar desta história de amor e agradeço todos os dias, que este meu filho emprestado tenha entrado nas nossas vidas.

10JAN2022


VIVA A VIDA

O meu filho faz hoje 23 anos.

Tenho saudades dos meus filhos pequeninos, do tempo em que sentia que os podia proteger de tudo, mas, ao mesmo tempo, sou muito feliz quando os vejo já crescidos, independentes, e capazes de escolherem os seus erros e os seus acertos sozinhos. Sinto-me em paz porque dei tudo e o melhor de mim para cumprir o meu papel principal, o ser Mãe, e orgulho por ter criado dois seres humanos bons, ou seja, alguma coisa deve ter sido bem feita, embora, como todas as mães e pais sabemos, por mais que o amor envolvido seja absoluto, não existem pais perfeitos.

Ser Mãe é uma condição que nos chega sem manual de instruções por mais que tenhamos lido e tentado aprender como se faz. E acredito que o melhor que podemos fazer pelos nossos filhos é seguir sempre o nosso instinto.

Gostava que o tempo tivesse passado muito mais devagar. Num dia tenho o meu bebé ao colo e, num instante, lá foi ele, como padrinho, levar a irmã ao altar. Tem sido a minha maior benção e meu maior motivo de gratidão, ser Mãe. E espero que continue a ser por muitos anos assim.

Na iminência de descobrir o que é ser Avó, Mãe vou continuar a ser também, até ao fim.

9JAN2022


ACORDA PORTUGAL

As crianças bem educadas aprendem desde pequeninas a importância de lutarmos, sempre, pelos nossos valores e princípios. Quando sentimos que são cometidos crimes contra aquilo que consideramos fundamental, temos o dever de nos manifestarmos através de todos os meios que estiverem ao nosso alcance. Infelizmente em Portugal, além do facto da esmagadora maioria da população continuar a achar que está tudo bem, temos ainda os que acham que de facto os políticos são todos uns aldrabões, uns corruptos e uns criminosos, mas acham que não há nada a fazer. E até temem que se sair do Poder, essa escória, ainda pode vir outra pior. E temem também o fim da estabilidade, quando o que se está a deixar estabilizar é um Poder que destrói as vidas que deveria proteger. Temos ainda os resistentes, que querem genuinamente uma mudança, que nem acreditam neste sistema de crime e corrupção mas que ficam à espera que sejam outros a fazer uma revolução. Sobram os resistentes que se chegam à frente. Muito poucos em Portugal.

Como a crise supostamente sanitária é global, promovida exatamente pelos globalistas, e vai rebentar, sem a menor sombra de dúvidas, temos duas hipóteses, como nação: ou esperamos que a revolução nos chegue de fora ou levantamos os nossos rabos do sofá e fazemos a nossa própria revolução.

Confesso que acredito que, atendendo ao alheamento geral neste país, nós vamos levar com a revolução feita pelos outros países, em cima, e sem uma palavra a dizer.

Nos outros países vão aos milhares para a rua, todas as semanas, aqui, mesmo os que se apresentam como grandes guerreiros e teóricos, nas redes sociais, não aparecem nas manifestações. Acham que não vale a pena. Ou então não vão porque a manifestação não foi promovida pelo seu Partido, ou Movimento ou Associação, e não concordam com isto ou aquilo que defende esse promotor.

Quando o que está em causa são os Direitos Humanos, a Constituição da República Portuguesa, o Código de Nuremberga e de Helsínquia, quando os governantes se governam a si próprios apenas, sem o mínimo respeito pela dignidade do povo, se calhar está na altura de irmos todos juntos, para a rua, lutar pelos direitos dos portugueses, e deixarmos-nos, de uma vez por todas, tanto de cobardias, como de divisões que só nos enfraquecem, ao ponto de nos poderem vir a destruir, como nação.

3JAN2022


2020-2021 O RESCALDO POSSÍVEL

Quando se aproxima o final do ano, gosto de fazer um apanhado do que aconteceu na minha vida, à laia de rescaldo. Mas no ano passado não fui capaz de fazer esse resumo porque ainda não tinha percebido quase nada do que tinha acontecido em 2020, quando o ano acabou.

Ao contrário de muitos amigos resistentes que tenho aqui na rede, que perceberam logo tudo desde o princípio, eu sou muito lenta e por isso levei muito tempo e, há um ano, ainda andava totalmente desnorteada, tanto com o rumo dos acontecimentos como com todo o estudo e pesquisas que fiz, de Abril a Dezembro.

Os poucos amigos na rede que me restam desses tempos, devem lembrar-se que, durante o ano passado, eu partilhava músicas, passeios, os pratos que cozinhava, os puzzles que fazia, e pouco mais. Só já para o final do ano é que comecei a fazer algumas perguntas inconvenientes e descobri logo a aversão que as pessoas tinham, relativamente a quem questionasse fosse o que fosse, sobre a narrativa oficial. Posso dizer que o ano 2020 foi, provavelmente, o ano em que me senti mais só, de toda a minha vida. Mas não estava minimamente infeliz, estava era descolada da comunidade, embrenhada nas minhas leituras, e sem saber se algum dia me seria possível voltar a ter uma conversa "normal" com alguém, tirando o meu irmão Zé, que me ensinou muitas coisas, nomeadamente a pesquisar na rede e a não embarcar em tudo o que lia. Ele sabe que acabei por me revelar tão cuidadosa que mesmo informação que me chegava pela sua via, eu ia verificar. Já nos rimos muito sobre isto, os dois.

Uma curiosidade sobre os puzzles, que fiz desde Março de 2020 a Março de 2021: foram 12 num total de 17.000 peças! Este foi o meu escape, para tudo o que andava a estudar e a investigar, "na calada da noite", e que era impossível partilhar. Porque ninguém ia entender. E foi uma ótima ideia para manter a minha sanidade mental, o meu equilíbrio e o meu nível de paciência, também em alta, e à prova de todas as balas.

O ano de 2021 foi muito diferente. E em primeiro lugar está o casamento da minha primogénita, em Maio e, pouco tempo depois, a noticia de que serei Avó, em Fevereiro do ano que vem. Um ano que, a nível familiar, não podia ter sido mais feliz.

Paralelamente, fechou o hotel onde eu trabalhava, em Dezembro do ano passado, e vivi este ano dedicada ao que eu mais gosto de fazer a tempo inteiro. Além da alegria de sentir os meus filhos felizes, tive o privilégio, ao longo de 2021, de me poder dedicar ao meu passatempo preferido, ou vocação, ou paixão, ou tudo o que acabei de escrever... que é exatamente, escrever.

E agora um apontamento fundamental: Até meados do verão deste ano (e desde 2009) mantive a minha página do Facebook só com amigos que conhecia pessoalmente, e até tinha estabelecido um limite de 500, para poder dar atenção a todos. Era uma coisa muito reservada. Mas, a certa altura, e graças ao fenómeno "Influenza rebrand" e das picas para toda a Humanidade (estas sim, a verdadeira pandemia, que ainda está a dar os primeiros passos, nos seus estragos catastróficos e irreversíveis), eu tive mesmo de abrir a minha página à minha nova tribo, aos que não acreditam nem no Governo nem em nada do que nos andam a contar, nos media, desde que isto começou.

E as minhas palavras de gratidão vão para todos estes meus novos amigos, sem aspas. Muitos deles nunca vi, nunca abracei, de muitos nem conheço a cara sequer, mas trouxeram-me tanto conhecimento, tanta empatia, tanto calor, tanta comoção, tantas gargalhadas, que eu não lhes podia estar mais agradecida. E posso afirmar que compensaram, em grande escala, todos os que eu julgava meus amigos, alguns de toda a vida, e que deixaram de me falar, não por eu lhes ter feito mal, apenas por não pensar como o Poder quer que todos pensemos.

Muito Obrigada!

21DEZ2021


GUARDO GRANDE PARTE DO QUE JULGO SABER

O meu passatempo preferido é comunicar, talvez porque para mim não exista nada mais divertido do que falar e escrever, e ouvir e ler.

Em relação ao que cada um diz ou escreve, cada qual estabelece os seus limites, consciente ou inconscientemente, tanto no campo dos sentimentos e emoções, como no campo do pensamento e opinião e, finalmente, no campo do conhecimento (que se julga) adquirido.

Sobre sentimentos e emoções temos desde os que não dizem nada, aqueles que acreditam que essa esfera é intima e que ninguém tem nada a ver com isso, até aqueles que dizem tudo, como os poetas, por exemplo, que extravasam todo o seu espírito e coração sem qualquer tipo de contenção ou pudor. Entre esses extremistas, temos os que preferem partilhar alegrias e esconder tristezas, ou vice-versa, mas pouco dados a sentimentalismos explícitos, e de fundo.

Sobre pensamento e opinião já não é fácil encontrar nem quem não tenha nada para dizer, como quem diga tudo o que pensa e opina. É a grande área da comunicação em que quase toda a gente se sente à vontade para partilhar o que pensa e opinar sobre o que vier à baila. É também uma área pouco dada à polémica porque continua a ser teórica e pessoal, onde podemos encontrar até alguma filosofia. Não invalida que haja quem se zangue com quem pensa de maneira diferente da sua, mas isso é para outra história.

Sobre o conhecimento é que a comunicação se complica porque, por um lado, ninguém gosta que o que sabe seja posto em xeque, por outro, existe pouca noção do pouco que se sabe, incluindo nos próprios.

Sendo escritora, por paixão e não de profissão, sinto-me muito à vontade para escrever sobre os meus sentimentos e emoções, e sobre os meus pensamentos e opiniões. Quanto a escrever, ou mesmo falar, sobre o que sei, ou que penso que sei, aí, pelo contrário, sou muito mais comedida e, neste campo específico, tenho uma estratégia muito simples, que tem evitado o desconforto de erros e disparates, tanto a mim como aos que me ouvem ou lêem: seja qual for o tópico de conhecimento, digo ou escrevo apenas uma ínfima parte do que sei ( ou do que penso que sei).

Não me tem falhado, esta estratégia, de saber dizer "não sei", mesmo quando estou convencida que sei.

18DEZ2021


ELEIÇÕES - NA RESISTÊNCIA NÃO SOMOS TODOS IGUAIS

Falta um mês e meio para as eleições legislativas e já se sentem as movimentações entre muitos, que são cada vez mais, os que estão contra o rumo que isto está a levar. No entanto, no mundo da resistência, não existe um consenso em relação ao melhor que se pode fazer, no próximo acto eleitoral, para combater, da forma mais eficaz, o "status quo" que está instalado, de pedra e cal.

Não existir um consenso é bom sinal. É sinal que existem pessoas a pensar pela sua própria cabeça mas, por outro lado, as vozes discordantes vão acabar por se diluir entre os mais radicais, os que não acreditam sequer nas eleições e que por isso não votam, e os que votam, branco, nulo, nos partidos/coligações recentemente criados, ou ainda naqueles que há tempos apareceram como pedradas no charco mas que, infelizmente, acabaram a fazer parte da oposição controlada, ou do partido único da Assembleia da República, como lhe quiserem chamar.

Atualmente considero as eleições como o mais sofisticado simulacro de democracia. Os eleitores vão votar, com as melhores das intenções, mas os seus votos não modificam as opções políticas e económicas, após o apuramento da força partidária vencedora. Seja qual for o vencedor - tudo leva a crer que, após as próximas eleições, surja uma aliança entre o PS e o PSD, para permitir continuar a implementar as medidas que já estão na agenda - a dependência do governo português, em relação à Europa e a todos os interesses económicos inerentes à política sanitária em curso, é absoluta. Os nossos governantes não decidem nada. São meros agentes a soldo de outros. Obviamente isto não lhes tira a responsabilidade, minimamente, de todos os crimes que têm promovido e implementado, mas não são eles que, efetivamente, mandam nos nossos destinos.

Se alguém chegou aqui a julgar-me uma teórica da conspiração, peço-lhe apenas que olhe para o resto do mundo e que veja, com os seus próprios olhos, todos os países que estão alinhados com a agenda global, a tomarem as mesmas medidas, toda a comunicação social do sistema, a escrever as mesmas coisas, a censurarem as mesmas coisas também, enfim, só com uma imensa ingenuidade é que alguém pode pensar que é apenas uma coincidência e que o nosso primeiro-ministro decide alguma coisa.

Sempre fui anti-abstenção, enquanto acreditei que vivíamos em democracia, durante muito tempo fui, com convicção, a favor da Europa unida, mas isso tudo foi antes de acordar para esta realidade global. Não acredito no Sistema e por isso não tenho a mínima intenção de compactuar com ele e, com coerência e suficiente reflexão, não vou votar nas próximas eleições.

Eu digo NÃO e estou assumidamente fora desta pantomima.

16DEZ2021


A PRISÃO DO MEDO E A LIBERDADE DO PENSAMENTO

Nunca tive vocação para fazer previsões. Em relação ao que se vai passar no mundo para o ano ou daqui a 10 anos... não faço a mínima ideia. Confesso que não sinto a mínima angústia, associada a esta minha incapacidade, até porque tanto o passado como, principalmente , o presente, já me dão pano para mangas para andar com o pensamento sempre entretido. Mas o que não faltam são pessoas com essa habilidade e tenho encontrado muitas, principalmente nas redes sociais.

Embora no presente existam dois grupos de pessoas bem definidos, os que acreditam na narrativa oficial e os que a questionam, estes dois grupos têm alguns aspectos em comum: prevêem o futuro com uma desenvoltura que me deixa abismada. Enquanto uns acreditam que tudo vai voltar ao "normal", mais ano menos ano, outros acreditam que a Humanidade vai acabar, só para dar os dois exemplos mais radicais. Parece que de um lado se teme o presente, que nunca mais acaba, e do outro se teme um futuro apocalíptico. Num caso e no outro é o medo que impera. E como eu acredito que o medo é a mais perigosa prisão para o raciocínio, parece-me preocupante que se esteja a instalar de uma forma tão galopante, entre uns e os outros.

Creio que ninguém acredita que os bons estão todos de um lado e os maus do outro. Isso é só nos filmes. As pessoas com espirito positivo e negativo estão todas misturadas, tanto do lado dos que acreditam no sistema como do lado dos que o põem em causa. O que me parece muito salutar é combater o medo e que cada um perceba que o poder para que o futuro seja melhor, do que o esperado, depende mesmo de cada um. O primeiro passo é acabar de vez com a ideia dos bons e dos maus, entre todos nós que estamos à mercê de quem tem poder para conduzir os nossos destinos, como Humanidade. O segundo passo é a libertação do medo, tanto do presente como do futuro.

Outra constatação muito interessante que tenho feito, ao longo dos últimos meses, é que a maioria, seja de um lado ou do outro, tende a ir atrás da corrente. É sempre muito mais confortável deixarmos-nos ir na tendência dominante do que arriscar ficar sozinho, pensar pela própria cabeça, e contrariar até os que em muitos aspectos estão do nosso lado. Este texto foi inspirado numa crítica que recebi a uma das minhas publicações, em que alguém me disse que tanto são rebanho os que se guiam pela TV, como os milhares que vão para a rua manifestar-se. Na altura eu respondi que não estava de acordo, porque quem vai para a rua manifestar-se está a lutar, de uma forma pro-activa, pelo que acredita. Mesmo assim, há que ter muito cuidado e evitar a todo o custo embarcar na enxurrada mais popular ou seguir, por exemplo, um líder cegamente. Para não se cair naquilo que tantas vezes criticamos nos outros e que é perder a capacidade de pensar pela própria cabeça e passar assim a ser, apenas, mais uma ovelha no rebanho.

10DEZ2021


UNS E OS OUTROS *

Porque é que será tão difícil a comunicação entre duas pessoas que não pensam da mesma maneira, que têm diferentes pontos de vista sobre a mesma matéria? Porque é que será tão difícil manter as conversas ao nível das ideias e evitar descer ao patamar dos ataques pessoais? Em que se confundem, estupidamente, a opinião e o carácter. A partir do momento em que qualquer discussão resvale para o ataque a quem discorda de nós, ou vice-versa, acabou mesmo a conversa. Já ninguém vai aprender nada, já nada de positivo pode vir a sair dali.

É uma pena, esta imensa dificuldade de comunicação, porque é exatamente com os que não pensam como nós que temos as melhores oportunidades para aprender alguma coisa. Eu já escrevi sobre isto. Às vezes repito-me. Quando isto acontece é porque não tenho esta questão resolvida, apesar de já tanto ter reflectido sobre ela. Eu não gosto menos de ninguém por não concordar comigo, até porque é muito mais estimulante falar com alguém que me possa trazer alguma coisa de novo.

Não desprezando, minimamente, quem de uma forma ou de outra sinto alinhado com algumas das minhas convicções, na verdade quando falamos uns com os outros, e estamos todos de acordo, é muito divertido, mas não deixamos de estar todos a deitar achas para a mesma fogueira. E noutras sensibilidades deve ser igual. São conversas autistas, para o umbigo, fechadas, muitas vezes pouco criativas e pouco inspiradas, porque ninguém tem que se esforçar.

Quem não pensa como eu não é meu inimigo. E a razão deste meu texto é deixar escrito, bem explícito, isto mesmo. Na esperança que um ao outro que se sente agora tão distante, quase que numa trincheira inimiga, do outro lado da barricada, saiba que eu só deixo de gostar de quem faz mal, propositadamente, a mim ou a quem eu saiba. Não deixo de gostar de alguém só porque pensa de uma maneira diferente, por mais estapafúrdio que esse pensamento me pareça. Como eu sei que o meu parece, a tantos e tantas vezes, inconcebível também.

Falar só para os que já acham que sim, é como olhar para o espelho, um reflexo de nós, uma ilusão, uma miragem. Comunicar, verdadeiramente, é saber chegar à outra margem.

7DEZ2021

* (Título copiado de um filme francês de 1981, "Les uns et les autres", realizado por Claude Lelouch, que vi com 17 anos, assim que chegou às salas de cinema, e que nunca mais me largou a memória, talvez por ter sido o primeiro musical marcante que vi, talvez pelo ambiente histórico e romântico, não sei.)


EUROPA, A QUINTA DE URSULA

Quando o poder sobe à cabeça de alguém, é certo e sabido que essa pessoa perde o discernimento e a noção da realidade. A atual presidente da comissão europeia é o exemplo mais evidente, do momento, de alguém que se julga no direito de pôr e dispor da vida de milhões de pessoas, de tal forma que parece julgar-se dona de uma quinta em que o gado somos nós, e é seu. Julga-se com o poder de mandar medicar a manada sem , no entanto, se sentir minimamente responsável pelo que daí irá advir a cada um dos seus animais.

Em declarações muito recentes, divulgadas pelos meios de comunicação social, Ursula mostrou-se indignada com todos os europeus que não se quiseram medicar e, do alto da sua torre de babel, anunciou, com aquela expressão calma e neutra, com o seu meio sorriso cínico habitual, tudo a condizer com qualquer sociopata que se preze, que o melhor seja, talvez, obrigar o povo todo a medicar-se.

Se isto ainda não é suficiente para soarem os alarmes a avisar que a ditadura está instalada na Europa, convém não esquecer que o medicamento em causa é uma experiência global, "aprovado" à pressa, minimamente testado, e que das poucas certezas que temos, relativamente a estas drogas, é que são tóxicas e provocam efeitos "secundários", como doenças cardíacas e mortes, para além de não darem imunidade de coisa nenhuma, pois já está mais do que à vista que os medicados adoecem, transmitem a doença e, mais grave ainda, são os que mais padecem da tal doença que, supostamente, o medicamento evitava.

Na hierarquia dos responsáveis pelo genocídio em curso, Ursula está cada vez mais próxima do topo da pirâmide. E sem entrar em muitos detalhes da sua vida privada, é fácil imaginar a harmonia reinante no seu lar, já que o seu marido é um alto responsável numa destas tecno-farmacêuticas em ascensão que, mais do que nunca, prosperam neste nosso "Admirável Mundo Novo".

Se este texto não é suficiente para pôr alguém a questionar, de entre aqueles que, durante todo este tempo, optaram por não pensar, paciência. Se calhar não vale a pena escrever para portas fechadas. É tão inútil como tentar ressuscitar mortos. No entanto creio que é fácil perceber, quais são os que optam por continuar a ser parte da manada da quinta da Ursula e os que preferem começar já a esburacar o arame farpado, que nos rodeia a todos, mesmo aos que ainda não deram por isso.

2DEZ2021


A GENIALIDADE DO ÓBVIO

O meu querido Albert era um excêntrico e genial matemático, quase toda a vida incompreendido, péssimo aluno, enfim, um perfeito fora da caixa. E como se não bastasse já toda essa sua criatividade de espírito, aplicada às ciências exatas, ainda se dava ao luxo de divagar, filosoficamente, quando calhava.

Uma das suas tiradas mais conhecidas é aquela em que ele afirma que não existe nada mais estúpido do que fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes. Este pensamento é tão simples, e tão óbvio, que uma pessoa qualquer pode pensar que não era preciso vir Einstein para dizer uma coisa que toda a gente sabe. Errado.

Os pensamentos aparentemente mais simples e, depois de ditos, aparentemente tão óbvios, vêm normalmente dos génios cujo passatempo preferido é mesmo pensar. Neste caso, a trabalhar, ele devia estar sempre a pensar naquelas equações mirabolantes as quais só os muito entendidos conseguem decifrar e, nos tempos livres, pensava nas coisas banais, do dia a dia.

Lembrei-me disto graças ao absurdo que todos estamos a viver há quase dois anos. E não é que as autoridades continuam a repetir as mesmas medidas, que anteriormente já se viu que não funcionam, à espera que desta vez funcionem? Testes e mais testes de falsos positivos, máscaras que não servem para nada, distanciamento social que está visto também não resultar, confinamentos, destruição dos negócios locais, picas que não dão imunidade a ninguém... e não é que a maioria das pessoas continua a acreditar que é a repetir a mesma coisa que se vai obter um resultado diferente? Não é para desanimar ninguém mas nada do que não resultou até agora vai, por magia, resultar, a partir de agora.

Isto para não falar do agravamento de algumas medidas, de perseguição e segregação, sobre os que já perceberam que um erro não deixa de ser um erro, por mais tentativas que se façam para que se transforme num acerto. Tenho pena que o meu amigo Albert já não esteja entre nós para explicar ao povo que nada vai melhorar se não rejeitarmos todas as fórmulas erradas que estivemos, impávidos e serenos, a aceitar, e que nos têm roubado tanto tempo que podíamos aproveitar, plenamente, a usufruir da liberdade e do inigualável prazer de viver uns com os outros, sem medo de um simples beijo ou abraço. Sinceramente ainda não sei quando é que todos vão perceber a necessidade urgente de pôr um ponto final na insanidade global. Mas uma coisa é certa: nem voltamos ao antigo normal nem vamos ficar neste erro crasso indefinidamente. E quanto mais depressa assumirmos o erro, mais fácil será renascermos para um mundo melhor.

29NOV2021


COMPARAÇÕES QUE NÃO FAZEM BEM A NINGUÉM

Se há um exercício mental completamente inútil é compararmo-nos com outras pessoas mas se, por alguma razão, alguém tiver essa tendência, o melhor é comparar-se sempre com os melhores porque, pelo menos, terá a oportunidade de almejar ser como eles, e melhorar como pessoa, seja a que nível for essa comparação. Agora aqueles que se comparam com pessoas que consideram suas inferiores, por alguma necessidade de se enaltecerem, perante outros ou perante si mesmos, esses estão mesmo a perder o seu tempo. Pior ainda é se, como se não bastasse, ainda falam ou escrevem sobre esse passatempo tão triste. Não só fazem que quem os ouve ou lê perca o seu tempo também como, sem querer e sem dar por isso, estão a passar a si próprios um atestado de complexo de inferioridade.

As pessoas seguras de si, e que se sentem bem consigo próprias, não fazem depender o seu equilíbrio, nem o seu bem estar, à custa das outras pessoas. Não precisam. Estão inteiras em si. E quando se dedicam à interação social procuram quem as inspira, aqueles com quem podem aprender, porque esses sim podem trazer ainda mais luz à sua vida. Por outro lado, e talvez mais importante ainda, quem está seguro de si não precisa da aprovação de ninguém, muito menos precisa de se comparar com quem julga pior para se sentir melhor.

Isto vem a propósito do costume bastante enraizado, e comum a todos os extratos sociais e de educação, de "cortar na casaca". É das coisas que eu mais detesto e para as quais tenho menos paciência, quando alguém me vem falar ou escrever sobre fulano ou sicrano que fez isto ou aquilo. Quem me conhece bem sabe o meu nível de intolerância em relação a todos os que dizem mal de alguém pelas costas, chego a dizer que acho uma cobardia fazer isso o que, como é fácil imaginar, já me valeu muitas relações cortadas.

Normalmente, aqueles que se dedicam a "cortar na casaca" dos ausentes, não admitem críticas nem reparos frontais, o que não deixa de ser muito curioso, também. Em resumo, cada um tem o seu valor intrínseco, cada um vale o que vale, independentemente da quantidade de melhores ou piores que gravitam em seu redor. A mim podem-me vir falar do que pensam e do que sentem mas, por favor, não me venham dizer mal de ninguém porque se imaginassem o quanto isso vos diminui como pessoa, o quanto isso coloca o vosso carácter abaixo de zero, sob a minha sensibilidade, seguramente nunca o teriam feito.

Somos todos diferentes e ninguém tem comparação. Sozinhos, é olhar sempre para cima, para quem nos inspira, e não perder tempo com o quem nos apaga e nos tira energia.

26NOV2021


PESSIMISTAS, OTIMISTAS E REALISTAS, NA RESISTÊNCIA

Aqui no lado da Resistência temos pessimistas, otimistas e realistas, como, com certeza, terão no lado dos apoiantes do regime. Ser uma coisa, ou outra, ou outra, depende mais da atitude mental de cada um do que propriamente de um traço de personalidade, vincado por qualquer herança genética, se bem que, por vezes, conjugam-se as predisposições naturais com a tendência do momento, influenciada pelo ambiente ou acontecimentos, e tornam-se muito mais evidentes e diferenciadas estas três maneiras de viver o dia-a-dia. Todas têm um lado bom e um lado mau, como quase tudo na vida. Exemplificando, por estereótipos, aqui do lado da Resistência temos então:

PESSIMISTAS - Acham que a Humanidade está perdida, que a Nova Ordem Mundial vai cumprir os seus objetivos em toda a linha, que vamos ser perseguidos até à morte ou acabar em campos de concentração, até sermos todos substituídos pela inteligência artificial e por "humanóides" sem a componente espiritual. O lado positivo é que a realidade nunca vai ser tão negra como as suas previsões e, por isso, terão boas surpresas no futuro, no entanto, até lá, vivem sob uma terrível angústia e angustiam também um pouco os que os rodeiam.

OTIMISTAS - Acham que o bem vai vencer o mal, que os criminosos e corruptos serão todos julgados e presos e que a Humanidade, após esta prova, vai encontrar, finalmente, a sua essência de harmonia, paz e amor. Muitos acreditam também que Deus (independentemente de que religião for) está do nosso lado, o que é ótimo e dá muito conforto. O lado positivo é que destilam boas energias por todos os lados, no entanto, com expectativas tão altas, ainda são capazes de sofrer algumas desilusões pelo caminho mas, até lá, vivem em paz e animam todos em seu redor.

REALISTAS - Estudam e pesquisam o mais que podem, partilham toda a informação que consideram certa e pertinente, não são minimamente dados à futurologia, mas são muito seguros de si próprios, em relação ao que sabem sobre o passado e sobre o presente. O lado positivo é que com o seu pragmatismo ajudam a trazer à terra elementos dos outros dois grupos mas, por vezes, sobe-lhes à cabeça todo o seu conhecimento e perdem a noção de que mesmo estudando a tempo inteiro, é sempre muito mais o que não sabemos do que o que julgamos saber e essa é uma perigosa armadilha. Mas vivem bem, atarefados, com o peso do mundo nas costas, e muito motivados.

Mas há uma característica transversal aos três tipos e que eu acredito que é uma mais-valia fundamental para que a Resistência saia vencedora desta guerra: o humor. Se soubessem o que eu me rio, à gargalhada, sozinha, quando de manhã dou a minha voltinha pelas publicações dos meus companheiros de luta, nas redes, iam ficar cheios de inveja. Ainda por cima, estudos indicam e especialistas acreditam que rir faz muito bem à saúde, dá uma imunidade para as doenças graves mais forte do que qualquer droga. Dizem. Eu não sei, só sei que me faz sentir muito bem e com a certeza de que estou no lado certo da barricada.

24NOV2021


DIVIDIR PARA REINAR ESTÁ A RESULTAR

Somos livres de espírito quando preferimos ter inimigos, por dizermos o que pensamos e sentimos, a ter amigos por calarmos o que pensamos e sentimos. Aparentemente não há nada errado na frase anterior, mas para estar tudo certo temos de esquecer que as relações de afeto não podem estar dependentes de ideias ou pontos de vista divergentes. Mas estão.

Desde o princípio do fim, da chamada normalidade, tenho ouvido inúmeros relatos de relações escavacadas, de amigos que desistiram dos seus amigos de há décadas, de familiares que fecharam as portas aos seus, tudo graças ao desentendimento provocado por diferentes pontos de vista, relativamente a tudo o que se está a passar. E este é apenas, e só, um exemplo dos incontáveis danos colaterais que esta crise está a provocar.

Se compararmos a gravidade dos efeitos secundários, que põem vidas em risco, a estes, menos palpáveis, é natural que muito pouca gente esteja a reflectir nas consequências, que podem advir, de todas estas fissuras na união das pessoas, tanto nas famílias, como na comunidade e até na Humanidade.

Se eu tivesse uma voz audível para muita gente lançaria um apelo: Não se zanguem com quem pensa e sente de maneira diferente da vossa. Zanguem-se com quem vos trata mal, quem vos mente, quem vos massacra, quem abusa do seu poder e acaba por destruir, tantas vezes, o melhor da vossa vida, os vossos sonhos, e consegue afastar até os que genuinamente querem o vosso bem. Aqueles de quem já desistiram por sentirem que com eles já nem é possível conversar.

Se é certo que só podemos ser felizes se tivermos a liberdade para dizer o que pensamos e sentimos, também é certo sermos tolerantes em relação a quem faça o mesmo. O que não me parece nada certo é perdermos amigos porque somos sinceros ou mantê-los porque calamos o que sentimos. Em vez de premiarmos a transparência e a honestidade, provocamos ainda mais hipocrisia e falsidade.

21NOV2021


CONTAGIA A TUA BOA ENERGIA

Continuo a ver muita gente, nas redes sociais, constantemente zangada com aquilo que já sabe há meses. Para quê? É uma perda de energia, e de bem estar, andar a escarafunchar na porcaria, a toda a hora. Além disso, do que o mundo também precisa, talvez mais do que nunca, é de boas energias. Paz, amor, solidariedade, compaixão, empatia. Se dedicamos o nosso tempo a tudo o que está errado, acabamos por entrar numa espiral de negativismo que só nos pode fazer mal e ao mundo também, para quem acredita, como eu, no efeito borboleta.

Ninguém gosta de admitir que foi enganado mas há muita gente que nem sequer consegue fazê-lo, não por gostar menos ainda mas por impossibilidade mesmo. Segundo quem estuda estas matérias da alienação das massas, parece que cerca de 25% das pessoas nunca vai admitir que foi enganada, mesmo que lhe sejam apresentadas provas irrefutáveis, mesmo que já esteja mais do que provado. Isto não é para desanimar os meus amigos que continuam a alertar toda a gente, para tudo o que se tem passado nos últimos (quase) dois anos, mas a verdade é que há muita gente que vai morrer antes de admitir que foi enganada e não vale a pena continuar a tentar tirar-lhes a venda dos olhos. É uma perda de tempo, e de energia, porque é absolutamente inútil. Podemos continuar a publicar e partilhar o que nos apetecer (e nos deixarem) mas já sabemos que estamos a "falar" só com os que ou já acordaram ou com um ou outro, muito esporádico, que esteja a acordar, timidamente e devagarinho. O que, pelos vistos, é mesmo inútil é tentar falar com quem só quero virar-se para o outro lado e continuar a dormir. Quem ainda não acordou, para o mundo que nos rodeia, não vai de repente acordar porque leu uma publicação, numa rede social, que lhe chamou a atenção. Só quando lhe tocar pessoalmente, ou a alguém muito próximo, uma das situações que se estão a passar, até agora apenas com pessoas que não conhece, é que vai perceber. E depois cá estarão os malucos dos teóricos da conspiração para o amparar.

Esteja o que estiver a acontecer, à nossa volta, é fundamental - para a preservação da nossa saúde física e mental - manter o espírito em alta. Não adianta nada, por exemplo, quando já sabemos de uma atrocidade que se está a passar, continuar doentiamente a estudar sobre isso e a pesquisar mais e mais sobre essa matéria. Faz-nos mal tudo o que seja obsessivo. Evidentemente que não vamos deixar de lutar nem pela Liberdade, nem pelos Direitos Humanos, nem pelo respeito à Constituição, mas talvez seja boa ideia tirarmos este peso extra das costas, o de sentirmos que temos também a obrigação de alertar os outros para o que se está a passar porque, pura e simplesmente, quem ainda não nos ouviu é porque não quer mesmo saber. Convém ainda não esquecer que a postura de não querer saber é muito mais forte do que qualquer tentativa para a derrubar. Outra constatação que não é de agora. Sempre foi assim.

15NOV2021


DEIXEM AS CRIANÇAS EM PAZ

Os meus filhos já são adultos e, por isso, tenho a sorte de não ser confrontada, diretamente, com a violência que está a ser exercida sobre as crianças mas, como é óbvio, não consigo ficar indiferente com o que vejo acontecer à minha volta. As crianças de hoje, não só já viveram grande parte da sua vida neste ambiente grotesco da suposta pandemia, como continuam a ser submetidas a variadas cargas de violência psicológica, cujos efeitos acredito que sejam muito difíceis de prever, mesmo para os psicólogos estudiosos dos traumas dos primeiros anos de vida.

Como todos sabemos nada nos paralisa mais do que o medo e as crianças dos tempos que correm, em vez de receberem dos adultos exemplos para viverem confiantes da sua segurança vêem, pais e educadores, aterrorizados e paranóicos com doenças, tanto com as que têm como com as que podem vir a ter. Aprenderam que é perigoso dar beijos e abraços, estão a crescer sem ver sorrisos e rodeados de mascarados, apavorados até da proximidade de outras crianças. E eu não estou a escrever isto apenas baseada no que os meus amigos, pais de filhos pequenos, dizem. Todos os dias passo diante de uma escola de vela, na doca de Belém e, acreditem ou não, tanto os miúdos como os seus instrutores andam mascarados, a preparar os barcos, enquanto alguns pais observam esses preparativos, na esplanada, também mascarados. Aparentemente, quase toda a gente já acha isto normal.

Mas há mais. As poções mágicas para proteger as crianças, de uma doença cuja probabilidade de virem a sofrer com ela, é de tal modo insignificante, que me falta a paciência para ir pesquisar quantos zeros são depois da vírgula, na percentagem, antes de aparecer outro algarismo. Poções essas experimentais e perigosas, por mais que ainda haja por aí um ou outro Velho do Restelo a dizer que são cabalmente testadas e muito seguras. Basta ir pesquisar e perceber porque é que toda a informação sobre os danos colaterais, destas poções, está banida dos meios de comunicação social e censurada nas redes sociais. Só isto já deveria ser suficiente para pôr toda a gente a pensar e alerta.

Como se não bastasse ainda temos a anormalidade da disciplina de cidadania, obrigatória, em que se procura tirar mais espaço ainda às crianças, para serem crianças, e doutriná-las sexualmente, para outra bandeira desta agenda dos governantes, no sentido de que se não forem menina nem menino tudo bem porque há um sem número de alternativas para explorarem.

Como eu disse noutro dia a um amigo, de uma forma egoísta ainda bem que não tenho filhos crianças. Se eu tivesse que defender os meus filhos, dos abusos de poder do Estado, como os que agora se passam, provavelmente já estaria a ter muitos problemas com a autoridade.

Como disse Nelson Mandela, a qualidade de uma sociedade avalia-se pela forma como trata as suas crianças. Espero, do fundo do coração, que ninguém consiga ficar indiferente quando toca a defender as crianças.

10NOV2021


O EQUILÍBRIO PRECÁRIO EM QUE VIVEMOS

Vou começar esta história com uma ideia aceite por toda a gente... nem lhe vou chamar ideia porque se já é aceite por toda a gente já desceu à condição de constatação: estamos a viver uma época que vai ficar na História como uma Era inacreditável, fascinante, assustadora, maravilhosa, perigosa, tudo ao mesmo tempo. Este conjunto de adjetivos, por si só, não define estes tempos que estamos a viver, na verdade podem aplicar-se à vida de cada um, em qualquer sítio e em qualquer altura. A diferença é que estamos todos no mesmo barco, em que uns sabem que estão num barco e outros pensam que não, que nada do que se passa no mundo lhes diz directamente respeito. Não vou entrar em detalhes sobre os ventos de mudança que começamos a sentir e que alguns ainda terão a sorte de ver para onde nos vão levar.

O mais importante é percebermos que nada do que se está a passar começou há um ano ou dois. Toda a dinâmica social e económica mundial já é orquestrada há várias décadas pela mesma elite. O que aconteceu, mais recentemente, é que essa elite se esticou nos seus propósitos e fez acordar muita gente. Quando eu digo muita gente estou a falar de centenas de milhões de pessoas, por esse mundo fora que, de dia para dia, são mais e mais, num movimento imparável que essa elite, munida de todo o poder económico, político, religioso, tecnológico, científico e de comunicação, não soube prever.

Em cada país ainda se tenta emular uma soberania local e uma certa normalidade, para não criar espaço para um desabar da estrutura social e Portugal, a esse nível, é dos melhores do mundo. Aqui ainda parece que não se passa grande coisa e não me admiraria nada que ainda ande por aí muita gente à espera que a tal curva dos 15 dias achate. E acredito também que alguns se sintam com a picagem completa quando, já é mais do que evidente, isso não passa de uma miragem. Nunca vai estar completa, só quando acabarem, cada um. Enquanto sobreviverem vem mais uma pica ou um comprimido. Espero que isto também já esteja ao nível do senso comum, mas não tenho a certeza.

Eu hoje ia escrever sobre a comunicação nas redes sociais mas vou deixar esse tópico para outra história porque esta já vai longa. No entanto é um tema muito interessante porque, muitos de nós, tem muito mais para escrever do que pode, por causa da censura e então vivemos neste equilíbrio precário de querer dizer tudo e acabar por dizer quase nada. Outro fenómeno é que só nos lê, e leva minimamente a sério, quem já está a lutar, ao nosso lado.

8NOV2021


O MUNDO É A NOSSA CASA... MAS NESTA CASA POUCOS SÃO OS FILHOS E OS OUTROS TODOS SÃO ENTEADOS

É evidente que cada pessoa tem a responsabilidade de poluir o menos possível o planeta. Quando andava na escola primária li um livro que me marcou para sempre e que se chamava "O Mundo é a Nossa Casa". Era um livro ilustrado e lembro-me de o ter folheado vezes sem conta. Tinha expressas ideias tão simples como a de que se dentro de nossa casa não deitamos o lixo para o chão, não há razão nenhuma para o fazermos no exterior que é a casa de toda a gente. Ou seja, eu sou dos que não deita lixo no chão (às vezes até apanho o lixo dos outros) e dos que separa os plásticos dos vidros e do papel, em casa. Também consumo o menos possível do que é supérfluo, até porque, por sorte, gosto de coisas velhinhas à minha volta. Não quer isto dizer que não tenha a noção que uma coisa é a poluição e que outra sejam as alterações climáticas, até porque parece que o Homem, apesar de ser a espécie poluente por excelência, não tem nada a ver com as alterações climáticas que são cíclicas no planeta, há milhões de anos, muito antes da nossa espécie ter aparecido. E tudo leva a crer que essas alterações climáticas vão continuar a acontecer muito depois da Humanidade desaparecer da face da Terra, não é para desanimar, mas também parece que a boa e velha Terra está para durar, muito mais do que nós.

Para desenjoar das picas e da doença mental global provocada pela outra doença que afinal, feitas as contas, é mesmo uma gripe como disse, logo de início, o muito odiado pelos media, presidente do Brasil, pensei variar e escrever sobre as alterações climáticas. Este é um tema quase infinito e por isso vou focar-me apenas na muito recente cimeira de Glasgow. Não sei se tiveram a oportunidade de ler as notícias mas os líderes mundiais deslocaram-se, maioritariamente, nos seus jactos privados, para assistirem às palestras em que se destacou a importância do povo andar a pé ou de bicicleta para não ultrapassarmos as quotas de emissão de CO2 para a atmosfera. Por outro lado, não sei quantos tiveram a oportunidade de ver as fotografias e os vídeos da reunião, aquilo deve ter sido uma estopada monumental, quase ninguém conseguiu disfarçar o seu enfado, durante os trabalhos, tendo até o presidente dos EUA, agora mundialmente famoso graças às músicas nos TOPs "Let's Go Brandon", aproveitado para fazer uma sesta.

Esta cimeira acabou por ser um retrato muito fiel de como o mundo anda a ser gerido e governado. Existe uma pequena "elite" que se entretêm a pôr e dispor das vidas dos outros milhares de milhões de habitantes, sentindo que são uma casta à parte e que todos os sacrifícios que se vão implementando à plebe não lhes dizem minimamente respeito. Gozam com a nossa cara a torto e a direito porque, de facto, o povo acredita que esses donos do mundo estão a fazer tudo pelo bem das populações. Se aceitarmos que vivemos numa ditadura tirânica global, tudo bem, os senhores fazem o que quiserem dos seus vassalos, mas se ainda acreditamos que se pode restaurar algo parecido com a democracia, convém não esquecer que os governantes são eleitos pelo povo, para o servir e não o contrário.

Presentemente os que tudo podem, e têm, querem que os outros não possam e não tenham nada e esta tendência só se vai alterar se as populações perceberem que têm a faca e o queijo na mão, se não se deixarem estar, refasteladas a ver a TV, e se forem para a rua lutar pelos seus direitos e pelo futuro dos seus filhos. É só isto.

4NOV2021



REDES E ARMADILHAS

Nunca foi tão difícil extrair conhecimento do manancial de informação - e desinformação - que nos é facultada, às catadupas, graças à tecnologia, como agora. Quando queremos compreender mais do que se está a passar à nossa volta, no nosso país ou no mundo, não podemos deixar de manter o espírito crítico, a dúvida sistemática e, acima de tudo, não embarcar em teorias extremistas, nem na oficial nem na de que a vida humana vai acabar. Sensatez e equilíbrio são mesmo as palavras de ordem, embora não seja fácil manter essa postura mental, numa realidade tão insana e desequilibrada como esta que, nos tempos que correm, estamos a ter a oportunidade de experimentar. Acredito que o truque, para não nos perdermos, é nunca nos esquecermos que sabemos muito pouco em geral e, sobre o presente, em particular. Essa é a única certeza que podemos ter. Existe uma humildade inerente aos verdadeiros conhecedores, não sei se já repararam. Nunca são os que mais sabem que estão convencidos que sabem muito e, acima de tudo, nunca são os sábios que transformam a sua sabedoria em arrogância ou desprezo pelos outros que, eventualmente, sabem menos. Infelizmente basta darmos uma voltinha pela comunicação social, seja pela tradicional ou pelas redes, para nos depararmos com discursos de quem se sente o dono da verdade, seja de que lado for da barricada. Essa postura mental é a verdadeira prisão daqueles que, tantas vezes, paradoxalmente, são os mesmos que gritam pelo direito à liberdade.

2NOV2021


CELEBRAR E FESTEJAR... TUDO E COMO MAIS SE GOSTAR

Coincidindo, por mero acaso, com o Halloween, uma "americanice" que adoptámos há poucos anos, que muitos condenam por não fazer parte das nossas tradições e que outros celebram com o mesmo entusiasmo com que celebram o Carnaval, fui no sábado, pela primeira vez, a uma festa "Baby shower", outra "americanice" cada vez mais adoptada pelos portugueses, e venho neste texto deixar a minha opinião sobre esta "modernice".

Embora estas festas dos bebés que vêm a caminho não façam parte das nossas tradições, tal como o Halloween, parecem-me uma ideia genial. Em vez de se esperar que o bebé nasça, para que a família e os amigos tenham a oportunidade de visitar os Pais e o recém chegado, em que a nova família já está a viver toda a emoção do momento e a tentar adaptar-se à sua nova realidade, a ideia de antecipar a celebração da boa nova, para quando os Pais ainda têm toda a disponibilidade, física e emocional, para darem toda a atenção aos seus mais próximos, é brilhante. Ou seja, nem tudo o que não é ancestral na nossa cultura deve ser encarado, à partida, como inaceitável ou negativo, aliás, acredito que pensar assim é em si um preconceito em relação à novidade e à mudança.

O mundo é mudança e a cultura de cada país ou região não foge à regra. Pessoalmente não celebro o Halloween mas confesso que também nunca achei piada nenhuma ao Carnaval. Palhaçadas já me chegam todas as que acontecem ao longo do ano, à nossa volta, a todos os níveis, tendo nós garantidos o absurdo e a pantomima em que vivemos, a tempo inteiro. Mas não tenho qualquer crítica a fazer, nem aos que gostam de celebrar o Carnaval nem aos que aderiram também ao Halloween, na lógica de que cada qual festeja na vida o que muito bem lhe apetecer.

Voltando aos "Baby showers", e tal como já deixei transparecer, é muito melhor para todos, principalmente para os futuros Pais que podem gozar plenamente a companhia de todos os seus mais chegados e, quando nasce o bebé, podem dedicar-se a ele, totalmente, e aproveitar esses momentos únicos, com toda a serenidade... e sem visitas que nessa altura, por mais queridas que sejam, são um cansaço. Posso ainda acrescentar que adorei a festa, foi um dia muito alegre e muito feliz para toda a gente ali presente e, agora, esperamos a chegada da minha neta Carmo, em Fevereiro, já de coração cheio e na maior paz.

31OUT2021



A DITADURA MASCARADA

Os jornalistas mal amados, preteridos, rebeldes, silenciados, despedidos são, nos dias que correm, os que se recusam a escrever o que lhes mandam em vez de escreverem de acordo com a sua consciência. Os que se vergam e que se deixam corromper são os que nos chegam, todos os dias, através da TV e dos jornais. E ainda há muito boa gente, por aí, que continua, teimosamente, a acreditar que vive num regime democrático. Para quando terão prevista a sua hora de acordar? Precisamos agora muito mais de uma revolução do que precisávamos no dia 24 de Abril de 1974. Porquê? Porque na altura sabíamos que vivíamos numa ditadura, era uma coisa assumida e autêntica. Hoje reina o cinismo e a hipocrisia, e é muito mais duro combater uma mentira instalada, e aceite pelo povo, do que uma verdade que, por mais condenável que fosse, pelo menos era a verdade.

23OUT2021


A CONFUSÃO ENTRE NARCISISMO E AMOR PRÓPRIO

A inspiração para escrever uma história vem-me das mais variadas origens, mas nada me inspira mais do que aquilo que as outras pessoas dizem. Há dias fui almoçar com um velho amigo que, a certa altura, referindo-se às minhas publicações, disse-me que eu por vezes parecia narcisista. Reagi pessimamente, só quem não me conhece pensa que eu sou sempre um doce, mas depois percebi que existe de facto uma confusão entre o que é o narcisismo e o que é o amor próprio.

O narcisista é o pior que pode haver. É alguém deslumbrado consigo próprio, que se julga o centro do mundo, e que carrega um ego tão inchado que não lhe permite levar mais nada dentro de si. Julga-se um ser superior, ou o mais belo, ou o mais inteligente, ou clarividente ou esperto, e é totalmente desprovido de empatia e humildade. É ainda incapaz de aportar, seja o que for de bom, à vida dos que o rodeiam.

Ter amor próprio é entender que tudo o que se faz, e se é capaz de dar, durante a vida, depende do respeito que se tem por si próprio. É também entender que é consigo próprio que se vai passar todo o tempo que lhe é dado viver, ou seja, é sensato que se dê bem com quem se é, porque é esse o Ser que se vai aturar, a toda a hora, diariamente, até ao fim da vida. É assim muito salutar ter amor próprio, cuidar de si constantemente, procurar ser cada vez melhor e sentir-se cada vez mais cómodo na sua pele e perceber, ainda, que ninguém gosta genuinamente de alguém que não goste do que é.

O que o meu amigo queria dizer, quando me chamou narcisista, é que o meu amor próprio chega a ser irritante, mas é importante perceber a diferença. Eu gosto muito de quem sou, é verdade, conto comigo e confio em mim. Por outro lado sou a minha maior crítica, quem mais me questiona e põe em causa. Em cada manhã esvazio-me de qualquer réstia de orgulho, ou soberba , que me pudesse vir armadilhar o equilíbrio que tanto prezo manter. Não me ralo nada que me tirem a razão nem de assumir que estava enganada. Vivo com bastante alegria até porque não tenho nenhuma queixa de ninguém, por resolver. Não acúmulo nem traumas nem mágoas. Preservo-me na tentativa de viver sempre bem comigo porque é a única forma de viver bem com os outros também.

Gosto muito de mim mas não estou deslumbrada. Adoro rir-me dos meus erros, dos meus passos em falso e dos meus disparates. Não tenho inimigos, pelo menos que eu saiba, mas sei que muita gente não me grama nem à lei da bala. No entanto esse não é um problema meu, como não mo dizem, diretamente, não os posso ajudar a resolver essa embirração de estimação.

Assumo assim o meu amor próprio total, mas estou longe de ser narcisista. Até porque é dos outros que me chega todo o bem, afinal.

20OUT2021


O MUNDO PRECISA DE MAIS GENTE FELIZ

Somos o que pensamos e sentimos. É "apenas" disso que depende se somos felizes ou miseráveis e, claro, se fazemos bem a quem nos rodeia ou, pelo contrário, lhe sugamos a energia. A felicidade não depende das pessoas com quem estamos, do sítio onde estamos nem das coisas que temos. Tudo isso pode trazer mais alegria, beleza e conforto à nossa vida, sem dúvida, mas se por dentro, em vez de luz, tivermos uma nuvem negra, todos esses acessórios do bem estar se tornam totalmente inúteis. O que acontece, muitas vezes, é que as pessoas se esquecem do seu próprio super poder, para serem felizes, e de o cultivar e melhorar cada dia: a sua atitude mental.

Quanto mais conscientes estamos de que tudo se joga cá dentro e que tudo depende de nós próprios, no que concerne a sermos pessoas felizes, mais luminosos nos tornamos para os outros. Não temos a capacidade de fazermos os outros felizes, porque cada um é que tem que construir a sua felicidade, no seu âmago, mas podemos trazer o bem e a alegria à vida de outras pessoas. E depois é uma dinâmica imparável porque tal como a má energia se propaga, a boa energia também é altamente contagiosa.

É evidente que as pessoas felizes também têm tristezas e sofrem, têm dificuldades e desapontamentos. Mas a grande diferença das pessoas felizes em relação às miseráveis é que as pessoas felizes sabem utilizar a sua atitude mental, para ultrapassar os contratempos com que se deparam e, por isso, nunca os projectam para cima dos outros. Não quer dizer que uma pessoa feliz não chore no ombro de um amigo e não desabafe. Isso não faz mal nenhum ao amigo. O que quer dizer é que não inferniza a vida de ninguém, por não ter sabido criar dentro de si um sítio onde sabe bem viver.

É muito fácil perceber se estamos diante de uma pessoa feliz ou miserável. As pessoas felizes não se queixam das outras: Se alguém lhes faz mal e lhes rouba energia, pura e simplesmente afastam-se. As pessoas felizes não sentem inveja de ninguém: estão muito satisfeitas com o que construíram por dentro e não trocam essa relação, com o seu próprio espírito, por nada. As pessoas felizes não falam da vida dos outros: chegam-se a si próprias na tarefa de melhorar cada dia e não dão palpites em relação às melhorias que outros deviam fazer, nas suas vidas. As pessoas felizes não se julgam melhores do que ninguém: a competição que fazem é com elas próprias e não perdem tempo com comparações que não servem, rigorosamente, para nada.

Aos felizes sobra-lhes de si para dar. Aos miseráveis falta-lhes tanto que só sabem receber e claro que nunca lhes chega, são um poço sem fundo, porque não construíram o seu próprio reino por dentro. É por isto que o Mundo seria um sítio muito melhor se fosse habitado por mais gente feliz.



NO DIA EM QUE AS REDES CAÍRAM

Ficou tudo sem pé, num alvoroço pegado:

- Mas afinal é geral?

- Pensava que era do meu "wi-fi"...

- O que é que achas que isto é?

- Será a III Guerra Mundial?

É escusado perguntar ao amigo e muito menos ouvir ou ler o que diz a TV ou os jornais. O amigo não tem como saber e, a comunicação social, debita o que é para debitar e nunca com o intuito de bem informar.

- Então o que vamos fazer?

- Tudo o que nos apetecer.

Tudo o que vamos adiando e queremos ver acontecer. Aproveitar esta pausa social. Não publicar, não gostar, não comentar, não responder. Ficar no maior sossego. Retomar a leitura daquele livro que ficou ali esquecido. Telefonar a um amigo, combinar aquele café que se vai adiando, ou até um jantar ou um almoço, aproveitando que agora temos mais tempo.

São divertidas as redes mas mais divertido é ficar sem elas, de repente. Até parece que se vê entrar a paz e o silêncio por nós adentro, feitos de tempo. Às vezes é tão bom não dizer nada. Não ouvir nada. Deixarmos-nos só ficar à deriva, ao sabor da nossa memória, guiados pelo pensamento que da emoção nunca é isento.

No meu caso concreto, tenho muitas coisas para fazer, que vou adiando, porque posso, mas que me vão martelando, ao de leve, a consciência. E é agora. Vou aproveitar as redes estarem em baixo para cuidar mais ainda do meu rendilhado interior. E escrever mais sobre as emoções e os sentimentos que é onde me sinto em casa. Nessas divagações esotéricas que à primeira vista não servem para nada. Eu gosto mesmo é de escrever sobre esse tudo feito de nada, ou será o nada que é feito de tudo? Eu gosto de escrever sobre o Amor, que acredito ser a razão de viver e o que mais assusta cada Ser. Por medo de se partir ou apenas por pudor. E é isso que eu vou fazer.

Vou voltar ao meu romance e escrever uma história com muitas páginas, finalmente.

4OUT2021


ACORDAR PELA VIDA

 A razão pela qual, de há uns tempos para cá, possam parecer obsessivas para muitos, as minhas publicações, sempre à volta da tirania sanitária ou tópicos que andam lá perto, é muito simples e chama-se Amor. Amor a tudo aquilo de que a Humanidade já foi capaz ao longo da sua existência, que nos permite viver, no presente, mergulhados numa cultura imensamente rica, tanto ao nível histórico, como ao nível das artes e ainda, também, aos níveis da ciência e da tecnologia. Mas muito maior ainda é o meu Amor à Vida e, quando falo de Vida não estou a falar da minha, estou a falar da Vida no sentido mais lato, da continuidade e da preservação das espécies, incluindo a nossa. Isto porque, se é absolutamente maravilhosa toda a natureza que nos rodeia no planeta e no universo, e a existência de todos os outros seres vivos, torna-se a nossa principal missão garantir que a Humanidade vai continuar a existir por, pelo menos, alguns milhares de anos, ainda, para que muitos milhares de milhões de seres humanos possam também, no futuro, ter a oportunidade de passar por esta experiência.

 Infelizmente, o que percebo à nossa volta é que, embora muitos sintam a vida como eu, a ínfima minoria que tem nas mãos o poder de conduzir os nossos destinos, não tem como objectivo nada que se aproxime, vagamente sequer, deste espírito humanista. Acresce que essa "elite" está munida, no presente, de um poder absolutamente gigantesco, para pôr e dispor do destino da Humanidade, graças não só ao seu controlo sobre a economia mundial, como sobre todos os meios de comunicação e, ainda, sobre os meios tecnológicos e científicos.

Ilustro o texto de hoje com uma fotografia de pessoas, desta vez. É uma fotografia tirada ontem, numa belíssima praia da região centro do país, em que apareço com a minha querida filha mais velha que, por sua vez, espera o seu primeiro filho. E a minha aparente obsessão, que referi no início deste texto, é lutar e assim contribuir, no que estiver ao meu alcance, para que tanto estes seres que aparecem ao meu lado, como milhões de outros inocentes, tenham, e continuem a ter por muitos anos, o direito a concretizar os seus sonhos e a viverem as suas vidas em paz e em liberdade. E é só isto. Há dias escrevi que o que nos distingue do restante reino animal é a cultura e um amigo respondeu que era a consciência, e tem razão. O que vai salvar, ou não, o futuro da Humanidade é a consciência, individual, da esmagadora maioria da população, de que o que verdadeiramente importa é o Amor, pelos outros e pela Vida. É a esta ideia muito simples que nos últimos anos se tem chamado, filosoficamente, o Acordar.

3OUT2021


OPOSIÇÃO VERSUS OPOSIÇÃO CONTROLADA

No próximo domingo temos as eleições autárquicas. Uma simulação de normalidade democrática em que os eleitores irão votar nos candidatos que lhes inspiram mais confiança. No entanto, diante da situação atual, em que nenhum dos partidos com assento na AR constitui uma verdadeira oposição ao regime, e com a noção bem clara de que os candidatos locais são escolhidos a dedo pelas direções dos seus partidos, para executarem, orçamentos e deliberações, de acordo com os ditames centrais, não me vejo diante de qualquer alternativa e vou-me abster, pela primeira vez desde que tenho idade para votar, mas com uma convicção como nunca senti, anteriormente.

Embora a nossa AR pareça um orgão de soberania plural, com vários partidos que se intitulam de esquerda, direita, amigos dos animais ou liberais, o que é certo é que temos uma AR de partido único, sem qualquer oposição, digna desse nome. Estão ali vários partidos para dar um colorido, para enganar o pacóvio, mas todos eles têm compactuado com o Governo, tanto nos atentados à Constituição da República Portuguesa como nos mais inacreditáveis abusos de poder, nomeadamente o total desrespeito pelas liberdades fundamentais de cada cidadão.

Contra esta ditadura mascarada de democracia, em que vivemos de uma forma mais visível desde os inícios do ano passado mas que, na realidade, não é de agora, vários milhares de cidadãos se têm manifestado contra a insanidade reinante mas, apenas um teve a coragem de enfrentar o poder instituído e apresentar formalmente uma queixa crime, contra os governantes, junto da Procuradoria Geral da República, no passado dia 25 de Agosto.

O Juiz Rui Fonseca e Castro, embora odiado pelo regime e pela comunicação social, que não é mais do que a propaganda do próprio regime, é efetivamente o herói dos nossos dias. Noutros países existem outros exemplos deste calibre mas, em Portugal, não existe mais ninguém com este nível de coragem, e de empenho, para salvar o que resta do Estado de Direito em que julgamos ainda viver.

Houve algum partido que tivesse levantado a sua voz em nome da proteção dos direitos fundamentais da população? Algum manifestou pelo menos compreensão pelos valores fundamentais que o Juiz Rui Fonseca e Castro procura defender? Nenhum. Esta é a prova mais do que evidente que nenhum dos partidos, que concorre a estas eleições, considera importantes, tanto o respeito à CRP como o respeito pelos Direitos Humanos. Chamar-lhes oposição controlada acaba por ser um eufemismo porque, na realidade, de oposição não têm mesmo nada.

Bem sei que o povo vai votar no próximo domingo e legitimar, mais uma vez, este regime. Mas se eu contribuísse com o meu voto para este sistema mais do que apodrecido, estaria a trair todos os meus ideais democráticos, de justiça e de liberdade. Todos os partidos são farinha do mesmo saco e cúmplices da situação que estamos todos a tentar ultrapassar. Uns a fazer mais do que outros, para que isso aconteça mas, a população em geral, é toda vítima de um Poder que se serve a si próprio em vez de servir, e proteger, os que estão à sua mercê. Todos os portugueses.

22 SET2021


Essa grande maioria de picados, em vez de julgar a minoria, os diferentes, os que tentam fazer alguma coisa, por todos os que estão à mercê, sabemos lá de que agendas e programas, devia julgar-se a si mesma.

"E eu, o que é que eu fiz, em 2020 e 2021, pelo bem estar comum, que seja digno de nota, que valha a pena partilhar?"...Pois. A maioria não fez nada. É mais fácil ficar na bancada a mandar postas de pescada, contra quem está a lutar por todos, mas nem isto a maioria é capaz de entender.

É absoluto o absurdo da perseguição que os picados fazem aos que não caíram na esparrela de se injectarem, com algo que para ser obrigatório só faltava virem buscar as pessoas a casa, à força. Primeiro porque se os picados confiassem mesmo nas picas, não se ralavam com os que não as tinham tomado. Segundo, se não confiam nas ditas, porque raio querem que os outros também se injectem com essa droga? Alguém me sabe explicar este disparate de raciocínio? E também não estranham os picados que, embora já esteja mais do que provado que adoecem e morrem, na mesma, com a doença, para a qual se protegeram, estejam as autoridades a perseguir os não injectados? A segregá-los, a pressioná-los e a mal dizer esses chalupas, na TV e nos jornais, a toda a hora? Será que a poção mágica que introduziram no organismo, dos picados, lhes retirou também a capacidade de raciocinar? Além da integridade do seu ADN? Inocularam-se e continuam apavorados, com as variantes, com a gripe, com o Outono, com o Inverno... e com os não vacinados, que não têm medo de nada.

O medo tolhe mesmo a compreensão, e o bom senso, e o que se está a passar na sociedade é a prova disto mesmo. O medo intoxica a vida. O medo generalizado é a única causa desta pandemia. Se não fossem os medrosos, obedientes a tudo o que vêem na TV, isto já tinha acabado.

20SET2021


FAÇAM-NO PELOS VOSSOS FILHOS E NETOS

Quanto mais informação temos disponível mais difícil se torna sabermos mais. Parece um paradoxo mas é mesmo assim. Antigamente ou abríamos as enciclopédias em casa ou íamos às bibliotecas, agora ligamos o computador e temos, além de todas as bibliotecas do mundo, toda a comunicação social, todas as galerias de arte, todas as universidades e centros de pesquisa, todo o cinema, toda a música, temos tudo! E pode parecer que não temos nada, se não soubermos procurar a informação que nos falta, porque existe, por cima de toda essa informação que efetivamente está disponível, não só a camada de publicidade como, mais grave ainda, os algoritmos criados pelos motores de busca que nos levam para onde os seus critérios entendem que devemos ir.

Já me têm perguntado se eu tenho acesso a alguma "Dark Web" e a resposta é não. Eu, como a maioria das pessoas, entro na rede pelo Google e depois escavo até me começarem a aparecer as fontes que me inspiram confiança. Mas há muito boa informação logo à superfície e até na Wikipédia! Para tudo o que for sobre o mundo natural e geográfico e tudo o que seja passado, a Wikipédia é um ótimo sítio para tirar dúvidas, por exemplo, quando é que nasceu o escritor tal, quando morreu o tal pintor, países, capitais, enfim. Mas não tiramos dúvidas sobre o que se está a passar no presente, na Wikipédia, nem sobre nada que ainda esteja envolvido em polémica, apesar de já passado. Para isso é mesmo preciso ir buscar a pá e escavar.

Temos ainda as redes sociais, uns autênticos pântanos ou areias movediças, ainda mais agora que estão tão restringidas com algoritmos de censura, tão bizarros como contraproducentes. Porque não há nada mais divertido para o censurado do que iludir o censor e contornar o seu controlo e, a certa altura, é mesmo um labirinto, onde é muito fácil ficarmos perdidos.

Isto vem a propósito da narrativa oficial aplicada às redes sociais. De vez em quando aparecem uns textos, de autor anónimo (ficamos sem saber se vêm diretamente de algum organismo de propaganda do Estado ou se vêm de algum particular que tem vergonha de assumir aquilo que escreve), que rapidamente se tornam "virais" entre os colaboracionistas. Na semana passada li um texto, que vi reproduzido nas páginas de várias pessoas, minhas conhecidas, que não se conhecem entre si, cujo teor era o assumir a condição de vacinado. Curiosamente já não se nota um tom de arrogância, como há uns meses atrás. Agora é uma justificação. Que foram à pica mas ninguém os obrigou. Que não sabem o que estava no líquido mas também não sabem o que está nos cosméticos que compram, coisas deste género. E claro, em cada partilha desse texto, muitos "gostos" e "adoros" de outros picados que assim se sentem mais confortados.

Na verdade, as pessoas que foram às picas não se sentiram obrigadas nem se sentiram coagidas a fazê-lo. Não se aperceberam da pressão dos media, da família, dos amigos, dos empregadores, dos colegas, etc. Sentem genuinamente que o fizeram livremente. Acredito que não estejam a enganar ninguém quando, com toda a convicção, partilham textos desse tipo, escritos por alguém que, muito provavelmente, não conhecem sequer.

Quanto ao não quererem saber o que lhes foi injectado, e fazerem comparações com não saberem os ingredientes do gel de banho... esta parte não sei explicar mas deve ter a ver também com a convicção de que se todos fazem, é para fazer também.

Eu li o texto em causa, com muito atenção. Espremido não diz nada de novo, não se aprende nada. É apenas um reconfortante aconchego para os que embarcaram na narrativa do Governo e têm a necessidade de não se sentirem sós. Estão longe de estarem sós, são a esmagadora maioria.

Mas se forem pais ou avós, talvez fosse boa ideia estudarem melhor este assunto antes de permitirem que os vossos filhos e netos sigam os vossos exemplos. Adultos maduros, ainda é como o outro, cada um sabe de si, mas se tiverem jovens e crianças que confiam no vosso discernimento para os protegerem, o bom senso indica que sejam mais cuidadosos.

20SET2021



TOLERÂNCIA ZERO PARA OFENSAS E MÁS CRIAÇÕES

Noutro dia alguém me perguntou de onde me vinha tanta imaginação, para escrever, e eu fiquei sem resposta imediata porque, na verdade, não me considero nada imaginativa. Talvez por isso goste tanto de ler autores inventivos, que considero geniais, que se descolam da realidade e imaginam aquilo que poderia ser e que é apenas fruto da sua genialidade, de saber escrever sobre o que criaram, de raiz, a partir da sua mente.

Eu sou, por natureza, demasiadamente terra a terra e, quando escrevo, baseio-me na realidade ou na minha leitura da realidade que, como sabemos, varia de pessoa para pessoa. O que talvez tenha é um apurado sentido de alerta, de estar atenta, em relação ao que me rodeia, e raramente ficar satisfeita em aceitar a leitura que outros fazem daquilo que se passa, sem ir, eu própria, investigar e procurar saber mais. Ou seja, o que eu talvez tenha é uma atenção exagerada, o que nada tem a ver com imaginação.

A forma mais fácil de designar a leitura que cada um faz da realidade é chamar-lhe opinião. Acredito profundamente que cada um tem o direito à sua e que esta é inquestionável pelos outros, no entanto, embora a opinião dos outros não me incomode minimamente, tenho verificado que muitas pessoas se ofendem com a minha. E como isso a mim não me acontece, não sei explicar como é que aquilo que eu digo e escrevo possa incomodar alguém. Sou uma cidadã livre, não tenho nenhum cargo público e por isso não tenho que dar satisfações a ninguém, além de, a ninguém, estar a dever nada também. Acresce que as pessoas que não gostam do meu pensamento e da minha sensibilidade têm muito bom remédio: Não lerem, não verem, bloquearem, fazerem o que lhes der mais jeito mas deixarem-me estar sossegada, como eu deixo sossegados todos os que não partilham, nem a minha filosofa de vida, nem a minha visão sobre o mundo.

Todas as pessoas têm a oportunidade de expressar o que pensam nas redes sociais (não fosse a censura, mas isso fica para outra história). Muitas delas se socorrem do que alguém já escreveu e partilham textos, com os quais se identificam, o que é absolutamente legitimo. O que é esquisito é quando alguém escreve um texto da sua safra e aparecem seres que odeiam esses textos e que ofendem o autor, pela sua opinião, e não debatem sequer as ideias nesse texto expressas. Quando sou brindada com esse tipo de comportamento, ofensivo, não respondo e bloqueio imediatamente quem me ofende.

Não estou numa rede social para ofender nem incomodar ninguém. E não admito que alguém, seja quem for, me faça isso. E já ouvi criticas no sentido de ser muito intolerante e arrogante por escovar os que não gostam do que eu escrevo. Paciência. Más criações não admito a ninguém, nem tenho idade, nem tempo, porque tenho muito mais e melhor para fazer. Posso confessar que nunca bloqueei tanta gente mal criada, em 12 anos de Facebook, como nos dois últimos meses. Chamo-lhe operação dedo rápido. Porque eu gosto de me sentir bem aqui, tal como espero que a minha presença não faça ninguém sentir-se menos bem, também. Se fizer mal alguém o que publico, basta-lhe não me ler, bloquear-me, desaparecer, mas não baixar junto de mim, o seu nível, para não ter de ser eu a escová-lo. Agradeço que, daqui em diante, quem de direito, me poupe a esse trabalho.

14SET2021



JUIZ RUI CASTRO - A ÚNICA OPOSIÇÃO AO REGIME

Quando assistimos a um Juiz que confronta o Poder, em nome dos direitos dos cidadãos, consagrados na Constituição, e nos deparamos com um silêncio de morte de todos os partidos com assento na Assembleia da República, percebemos claramente que não vivemos em democracia e que a AR é um orgão de soberania, de partido único, embora, pateticamente, se apresente como muito diversificada ideologicamente. Este silêncio torna, todos os partidos políticos, cúmplices dos abusos de poder sistemáticos, deste governo, bem como de todos os atropelos à Constituição que têm sido perpetrados, em modo contínuo, descaradamente, ao longo do último ano e meio.

Até aqueles novos partidos que apareceram como se fossem uma lufada de ar fresco, como se de uma pedrada no charco do sistema apodrecido se tratassem, se revelaram um logro absoluto. Já tenho escrito, noutras histórias, que esta dicotomia de esquerda e direita foi chão que deu uvas e já no século passado. Agora ainda se torna mais evidente que, no leque dos partidos que representam o povo português, na AR, nenhum está verdadeiramente empenhado em defender a população e zelar pelos seus direitos, consagrados na Constituição.

A única oposição, digna desse nome, à tirania instalada, é o Juiz Rui Castro que teve a coragem de se chegar à frente e sem qualquer apoio, para além dos cidadãos anónimos, numa luta titânica de David contra Golias e que, aparentemente, é uma batalha perdida porque, até ao presente, nunca ninguém se atreveu, por sua conta e risco e pessoalmente, a enfrentar o Poder instituído. Quando, também numa história anterior, defendi o boicote às próximas eleições, foi exactamente por isto.

Nenhuma força política está a defender os portugueses. Nenhuma preconiza sequer uma ideologia que se possa classificar como tal. Assistimos ao absoluto vazio político, acompanhado de um desabar institucional anunciado, graças ao total descrédito de um sistema que se serve a si próprio, à custa de todos os cidadãos, que o sustentam, e que não são minimamente respeitados.

Bem sei que para a maioria das pessoas é muito assustadora a ideia de ruptura, de mudança, de quebrar o que é costume. Somos o país do "vamos andando", "isto sempre foi assim", "se saírem estes ainda vêm outros piores", "temos que viver com aquilo que temos", enfim, somos culturalmente conformados e se calhar devíamos ter mais presente a nossa História para percebermos que nem sempre fomos assim. Não é necessário reler o nosso passado comum até Viriato para percebermos que nunca fomos tão obedientes e acomodados. Se calhar falta-nos a noção de que o povo é mesmo quem mais quem mais ordena e é o povo que sustenta, e legitima, quem o governa.

12SET2021


11 DE SETEMBRO DE 2001

Passaram vinte anos desde aquele famoso 11 de Setembro. Sabem aquela ideia de que devemos confiar sempre no nosso primeiro instinto? Nesse dia eu estava com a minha filha num centro comercial e, ao passarmos por uma montra de uma loja de electrónica, com vários televisores ligados, vi uma das torres gémeas já cheia de fumo e pensei que era um novo filme de Hollywood. Só depois reparei que estava a dar o mesmo filme em todos os canais e foi então que li as legendas em rodapé. Sucumbi imediatamente tanto ao choque, como à narrativa oficial, como toda a população mundial.

Os primeiros teóricos da conspiração que apareceram com credibilidade, a desmontar a narrativa oficial, foi um grupo de engenheiros civis, a escrever sobre a resistência dos materiais e da impossibilidade física de aviões furarem cimento e aço. As torres também não iriam ruir daquela forma , muito direitinhas, sobre a sua pegada, na sequência de um embate daquele tipo, enfim, esse grupo de engenheiros pela verdade explicaram tudo muito bem mas, o que é certo, é que passaram vinte anos e ainda existem milhões de pessoas que acreditam que aquilo que nos contaram foi mesmo verdade. Essas pessoas nunca tiveram dúvidas, porque nunca pensaram no assunto, e por isso é natural que nunca tenham feito qualquer pesquisa e muito menos lido um livro sobre esse acontecimento.

Não sei para quantas pessoas vai ser surpreendente o que vou escrever a seguir mas, na verdade, toda aquela grande produção, ao melhor estilo de Hollywood, de facto, não foi nenhum ataque terrorista mas sim uma encenação interna. Foram tão realistas que morreram mesmo milhares de cidadãos inocentes e as torres ruíram mesmo também. Mas a verdade dos factos acaba aqui. Aliás, até ruíram três edifícios, mas da torre 7 também acredito que alguns nunca tenham ouvido falar.

Pois é. Não é de agora que nos contam os enredos mais incríveis com a certeza de conseguirem ludibriar populações inteiras, desde que passem imagens nos noticiários das televisões, imagens essas explicadas ou por senhores engravatados, ou por senhoras muito bem arranjadas também, e em quem as pessoas se habituaram a confiar mais do que em amigos, ou familiares, que lhes dizem que não podem acreditar em tudo o que vêem na televisão. A encenação mais cómica, de que me estou a lembrar, é muito recente e foi aquela do avião americano, no Afeganistão, com muitas pessoas a correr e aos pulos enquanto o avião se preparava para descolar... afinal era uma cópia de um avião que existe mesmo, só que insuflável. E, já agora, aquela imagem de um amontoado de gente, supostamente dentro do tal avião, que também se espalhou pelas redes sociais, era um trabalho de "photoshop", com inúmeras falhas que os especialistas em "photoshop" toparam assim que analisaram a imagem. São umas atrás das outras. No presente estamos a viver um embuste com uma dimensão e gravidade sem precedentes. Comparado com este filme de terror que já está em exibição há um ano e meio, o 11 de Setembro é uma brincadeira de meninos e aquela do avião no Afeganistão é absolutamente irrelevante.

Há pessoas, a quem o público em geral chama teóricos da conspiração como se fossem uns tolinhos, ao nível dos terraplanistas, e que dedicam a sua vida a desmontar narrativas, através de muitos estudos, pesquisas, dúvidas e questões, ao longo de muitas horas e dias e anos. O grande paradoxo é que são as pessoas que acreditam em tudo o que vêem na TV, e que não têm dúvidas porque nem pensam sobre os assuntos, os que consideram os teóricos da conspiração uns tolinhos. E gozam com eles e tudo. E os teóricos da conspiração encolhem os ombros. Querem continuar enganados? Força nisso. A verdade é que o pior cego é mesmo aquele que não quer ver e sobre isto não há mesmo nada a fazer.

Quanto ao 11 de Setembro, existe uma virtualmente infinita informação disponível na rede, muitos vídeos no YouTube, muitos livros publicados e a História, que destes acontecimentos já se pode escrever com muito rigor, é tão fascinante como aterradora. E é este o mundo em que vivemos, em dois mundos, um real e um de fantasia. Tal como na Alegoria da Caverna, os que vivem no mundo da fantasia não sabem que existe uma realidade para lá da caverna que, transposta para os nossos tempos, se chama televisão.

11SET2021



A OUTRORA MAIOR DEMOCRACIA DO MUNDO

Quando, no início deste ano, Joe Biden foi proclamado o 46º Presidente dos EUA, lembro-me do regozijo generalizado, nas redes sociais, pela vitória da democracia, da justiça e da liberdade. Na altura perguntei a várias pessoas se estavam assim tão contentes por ter ganho Joe Biden ou por ter sido derrotado Donald Trump porque, na verdade, ninguém conhecia Joe Biden, pelo menos por bons motivos, porque histórias esquisitas e muito mal contadas, acerca dele, eram já na altura à pazada. O ódio visceral a Donald Trump, amplificado pelos media desde que chegou à Casa Branca, a personagem mais caricaturada, mais levada ao ridículo e que as pessoas odiavam mas sem saberem muito bem porquê, era a razão para gostarem de Joe Biden. Basearam a verdade naquilo que viam nos telejornais e liam nos jornais e pronto. Já eram donos da verdade absoluta e nunca tiveram sequer curiosidade de ir pesquisar, por exemplo, as directivas mais importantes que implementou Donald Trump, durante o seu mandato, nomeadamente no combate à pedofilia e ao tráfico humano. Está tudo na rede, disponível para que todos os cidadãos possam verificar, de acordo com a lei dos EUA, mas ninguém quer saber.

Nessa altura, eu fiz um jogo muito básico, na minha página do Facebook, que se chamava uma pergunta por dia. Foi um sucesso graças ao seu fracasso. Ou seja, muitos amigos indignaram-se com as minhas perguntas e houve de tudo: Quem me bloqueasse, quem me retirasse da sua lista de contactos e, até, quem tenha vindo para um confronto agressivo, só por eu fazer uma pergunta por dia. Quando eu digo que foi um sucesso é no sentido psicológico e de aprendizagem comportamental.

As pessoas, de um modo geral, quando têm crenças muito profundas sobre a atualidade mas, na realidade, sabem quase nada sobre os assuntos que defendem, tornam-se extremamente agressivas. Os que estudaram ficam tranquilos. E depois há quem me venha chamar arrogante, como há dias, porque estou convencida que estou certa ,quando vou em contra mão na autoestrada, e continuo a pensar que os outros todos estão errados. O que um comentário desses demonstra é que essa pessoa só conhece pessoas que pensam como ela porque, caso contrário, já teria a noção de que eu estou longe de estar sozinha, aliás, em relação à longa metragem a que todos estamos a assistir, sem parar, há um ano e meio, cada vez há mais pessoas no mesmo sentido que eu e, milhões deles, já vão lá muito mais à frente. Eu sou uma principiante, ao pé da quantidade de peritos em todas estas matérias, a alguns dos quais, entretanto, já me liguei, por esse mundo fora.

Voltando aos EUA. Joe Biden fez ontem uma declaração ao país que aconselho toda a gente a ver, principalmente todos os que aplaudiram a sua vitória, em nome da democracia. De acordo com esse discurso a democracia morreu. Os direitos humanos acabaram. A constituição dos EUA foi cancelada. Apesar de muitas vezes os europeus terem a ideia de que os americanos são um povo muito ignorante, graças àquelas entrevistas de rua, muito cómicas. em que ninguém sabe localizar um único país no globo, não se iludam. Muitos milhões de americanos são tudo menos estúpidos ou ignorantes e vão lutar até à morte pela sua bandeira, e Constituição, porque foi assim que foram educados. E se agora alguém estiver a perguntar-se "mas o que é que nós temos a ver com os EUA?" a minha resposta é "Tudo".

A III Guerra Mundial já está em curso, sem armas convencionais, porque essas já não se usam. Agora é tudo muito mais científico, uma palavra tão amada pelos defensores do Poder e das leis absurdas que têm sido implementadas. Sim a III Guerra Mundial é científica e tecnológica mas, infelizmente, desta vez, já não tem nada de ficção.

Não sei se ainda vou estar viva quando esta guerra acabar. Não sei quantos anos vai durar e não sei o resultado que vai ter. Mesmo assim, prefiro viver consciente do que se passa no Mundo do que viver na ilusão de que tudo isto é por causa de uma terrível doença, e que o Poder Global quer zelar apenas pela saúde pública e pelo bem estar de toda a Humanidade.

10SET2021


A ERA DAS PICAS

Quando, há uns meses, começou esta corrida às picas foi quando me começaram a soar as sirenes de sinal de alerta, com mais intensidade. Não me vou deter naquela palhaçada da chegada da poção mágica, acompanhada em direto em todos os canais de TV, e que muitos classificaram como a maior operação logística de todos os tempos porque, se entro por aí, por essa fantochada, já não posso escrever sobre mais nada. Só isso já dava um tratado sobre dissonância cognitiva no mais alto grau, aquele que, muito provavelmente, é um caso perdido e sem cura possível.

Mas chamou-me a atenção existirem tantas marcas na corrida e que cada uma tivesse a sua composição química, específica, e diferente das outras, para prevenir uma mesma doença viral. Muito pouco instruída nestas matérias, na altura (entretanto estudei a fundo toda esta temática), perguntava a quem me ouvia, como é que para inocular o povo para um mesmo mal, havia já uma tão grande variedade de receitas, cada uma com os seus efeitos primários e secundários, como é óbvio.

Para esta pergunta nunca cheguei a obter uma resposta científica, chamemos-lhe assim. No entanto, passados estes meses, já é do conhecimento público que, efetivamente, todas as variantes das poções ministradas têm alguns aspectos em comum: Em primeiro lugar não são nem remotamente eficazes para o que deveria ser o seu propósito, e todas trazem uma grande coleção de efeitos adversos, aí sim, variáveis consoante a marca.

E como estamos mesmo em cima do acontecimento, quando já se tornou público que as picas recebidas até agora não serviram para nada, eu pergunto: ainda haverá candidatos para a terceira dose? E de que marca? Tanto faz? Desde que com a pica possam voltar à vida que tinham em 2019? Há mais de um ano escrevi, e publiquei, nesta rede social, que nunca mais iríamos voltar ao antigo normal. Foi o meu texto menos popular de sempre. Mas acho que agora, até os mais adormecidos e alienados pela comunicação social, já perceberam, ou não?

À laia de remate. Estudem, leiam, pesquisem, se não for pela vossa saúde, pela dos vossos filhos e netos.

3SET2021



ACREDITO QUE É DESTA

Acredito que seja desta que nos livramos definitivamente do anacronismo mais do que obsoleto da Esquerda e da Direita. Todas as crises agudas têm aspectos positivos e negativos e esta, que começámos a atravessar no início do ano passado, não vai fugir à regra.

Rapidamente vamos perceber que as pessoas estão, nos tempos que correm, divididas em colaboracionistas e negacionistas e é apenas disto que se trata, a nível global. Os colaboracionistas são os que apoiam os governantes e as suas políticas e obedecem às suas regras, e os negacionistas são os que não embarcaram na narrativa oficial, não confiam nos governos, nem na comunicação social que deles dependem, e negam as histórias que nos têm sido contadas e, claro, são desobedientes e se manifestam contra a tirania instalada. E o futuro de toda a humanidade vai depender de quem irá ganhar esta batalha.

A boa notícia para os negacionistas é que assistimos, diariamente, a um aumento de seguidores aos milhares, ou seja, todos os dias há pessoas que, embora inicialmente tenham ido na conversa, já deixaram de acreditar que, efectivamente, os governantes estejam preocupados com a saúde pública ou com o bem estar das populações. O que não acontece é o contrário. Pura e simplesmente não existem pessoas que começaram por não acreditar e que, mais tarde, descobriram que afinal, a narrativa oficial faz muito sentido. E esta realidade faz com que eu tenha, de dia para dia, cada vez mais esperança que vençam os que já começaram a lutar pelos direitos humanos e que, na verdade, estão a lutar tanto por uns como pelos outros, mesmo que os colaboracionistas ainda não tenham percebido isso como, aliás, ainda não perceberam quase nada do que se está a passar.

É evidente que me preocupo com os milhões de pessoas que estão a colocar a sua saúde e a dos seus filhos em risco mas, também já percebi, que o acordar de cada um não depende minimamente daquilo que eu diga ou escreva. É um processo individual e que tem de vir de dentro de cada um. O que gostava de deixar aqui bem claro é que, obviamente, não estou contra nenhuma das vítimas do poder, estou sim, ferozmente contra esse poder, político e económico, nas mãos de alguns perigosos psicopatas que se julgam no direito de pôr e dispor da vida das pessoas.

Vou continuar a lutar, com a minha arma que é uma esferográfica, e com a ajuda da tecnologia que permite que a minha mensagem chegue às pessoas, em qualquer parte do mundo. E é impossível que eu me deixe abater. Só se me matarem.

1SET2021



A PAIXÃO PELA VIDA

Só começamos a viver em plena liberdade no dia em que desatamos, definitivamente, as amarras da preocupação com o que os outros pensam de nós. E é nesse dia que descobrimos a pura felicidade. Em que podemos ser, a toda a hora e em qualquer sítio, absolutamente genuínos, sem artifícios. Há muitas pessoas que morrem, antes desse dia ter chegado às suas vidas, e que nunca chegam a conhecer este segredo. Esta imensa alegria que resulta numa paixão permanente pela vida, e ser feliz apenas por acordar e ter mais um dia para dar tudo, para agradecer e viver como se fosse o primeiro, como se fosse o último, como se fosse único. Na verdade a vida, toda ela, é feita de dias únicos, preciosos, que não voltam. É agarrar cada dia com muita força, como num abraço sentido e apaixonado, antes de uma despedida. Acho que é isto a felicidade: A permanente paixão pela vida.

31AGO2021


CINISMO E HIPOCRISIA, NÃO OBRIGADA!

Isto é um desabafo! Nunca, como nos últimos tempos, fui contactada, em privado, por tantas pessoas, supostamente preocupadas com o meu bem, a aconselhar-me a levar a pica da moda. É num ritmo quase diário. E, curiosamente, pessoas que se eu morresse agora, era para o lado que dormiam melhor porque por mim, até estes contactos, nunca antes tinham demonstrado a menor réstia de afeto, ou preocupação pelo meu bem estar.

É alucinante porque são sempre pessoas que não sabem do que estão a falar. São pessoas já picadas, que aconselham a que eu faça o mesmo, mas dão esse conselho com absoluta irresponsabilidade e mascarados de amigos, nunca melhor dito, amigos de ocasião, e vá lá saber-se porquê. Eu tenho-lhes dito isto mesmo e que lhes perdoo, porque, mesmo assim, apesar de não serem meus amigos sequer, quero acreditar que o fazem por bem e por ignorância também. São pessoas que não sabem o que os verdadeiros cientistas, por exemplo, aqueles que desenvolveram tanto o famoso teste como a tecnologia envolvida na presente experiência global, dizem e pensam sobre o estas matérias. Vêem a TV e lêem os jornais e não têm a mínima noção da censura instaurada, a toda a classe médica e científica, não corrompida pela indústria farmacêutica, que se teve de organizar, "fora da lei", para alertar os que procuram respostas, à loucura que se instalou, neste admirável mundo em que vivemos.

Mas até os cegos podem começar a pensar. Alguém, no seu juízo perfeito, pode acreditar que se estivéssemos perante uma pandemia mortífera se estava a discutir sobre isto? Se existe ou não? Que seria necessário calar os especialistas que efetivamente sabem do assunto? Que seria necessário chamar os militares para fazer deste processo um sucesso? Se lhes contassem isto em 2018 ou 2019 iam achar um absurdo mas agora acham tudo normal. Como picar jovens e crianças cuja taxa de incidência deste mal estava perto dos 0%. Nem se deram ao trabalho de olhar para a História recente das pandemias falsas. Já partilhei alguma matéria sobre isso mas, claro, só leram os que já sabem.

Mesmo assim, eu nunca teria o desplante para aconselhar ninguém a fazer seja o que fôr. O que eu tenho tentado fazer é alertar as pessoas para o facto de existir muito mais informação para além da propaganda do Estado. E convido toda a gente a estudar e pesquisar. Plataformas sociais, por exemplo. Já toda a gente sabe que existe censura no Facebook, no Instagram, no Tweeter, no YouTube, nem os responsáveis disfarçam. Pensei que toda a gente iria entender que se é necessária censura é porque é necessário esconder a verdade.

Já toda a gente deveria saber também que existem outras redes onde se pode obter muito mais informação. O que não existe é um www.tudooquevocêprecisasaber.com (não cliquem porque não existe). O saber dá muito trabalho. Mas o que é verdadeiramente patético é ser abordada, sistematicamente, por pessoas que nunca me quiseram bem, com conselhos paternalistas e, pior ainda, ignorantes. Eu perdoo-lhes mas agradeço que me deixem em paz. A vida é um sopro e eu tenho muitos sonhos por concretizar antes de me apagar para sempre. Muito obrigada.

29AGO2021



25 DE AGOSTO DE 2021

Esta dia é uma data que vai ficar para a História do nosso país. Pela primeira vez alguém teve a coragem de apresentar uma denúncia, contra todas as altas figuras do Estado, acusando-as de crimes contra a Humanidade, num documento de 51 páginas, cujo conteúdo integral partilhei ontem de manhã, e que acredito que muito poucos se tenham dado ao trabalho de ler, por terem mais que fazer.

Sobre o que se passou ontem podem consultar a página "Habeas Corpus", ou a página "Somos todos Rui Castro", caso não tenham no vosso círculo de amigos alguém que tenha estado presente e que, por seu lado, tenha partilhado também algum material. Podem ainda consultar os meios de comunicação social porque é sempre muito interessante deparamo-nos com a sua dissonância em relação à realidade.

Partilho uma fotografia do momento em que o meu irmão foi entrevistado pela SIC. Logo de início ele perguntou à repórter se podia falar livremente e ela respondeu-lhe que sim. Que eu tenha conhecimento a entrevista não passou no canal, até ao momento, o que nós não estranhamos uma vez que todo o seu teor era de edição impossível, para que fosse adequada à narrativa oficial à qual estamos todos já habituados. Ele referiu os mais do que falíveis testes que suportam esta situação, cujo inventor sempre afirmou que não serviam para fazer o despiste de doenças, do perigo da tecnologia utilizada nas injeções experimentais, nunca antes utilizada em humanos, e de não existirem trabalhos científicos revistos por pares que suportem toda esta loucura. Ela ainda lhe perguntou porque é que os especialistas não referem nada disso e ele explicou que os verdadeiros especialistas estão censurados, médicos e investigadores, alguns com prémio Nobel, e que a comunicação social tem muita responsabilidade porque só dá antena aos mensageiros do poder, que além de estarem ao serviço do Estado, não têm sequer CV que lhes dê qualquer tipo de credibilidade. A repórter pergunto ainda porque é que ele apoiava o Juiz Rui Castro e ele respondeu que o apoia por admirar a sua coragem ao fazer esta denúncia, a pôr em risco a sua vida profissional e privada, e de estar a fazer um trabalho admirável, ao informar os portugueses dos seus direitos, disponibilizando gratuitamente minutas para que as pessoas se possam defender dos abusos que têm sido cometidos contra a população.

Fica o registo fotográfico, que acaba por ser um documento que ilustra muito bem os tempos em que vivemos, em que as vozes contrárias à propaganda oficial são sistematicamente silenciadas.



O CONHECIMENTO E A ARTE DE BEM DISCUTIR

Tenho constatado, ultimamente, que quanto menos informadas estão as pessoas, quanto menos estudaram por si mesmas, seja que assunto for, menos tolerantes se mostram em relação a opiniões divergentes e, em vez de se cingirem a discutir as ideias ou os acontecimentos de que se estava tratar, optam pelos ataques pessoais e juízos de valor em relação ao carácter do seu interlocutor. Colocando de parte casos extremos, como quando alguém defende categoricamente crimes contra inocentes, por exemplo, as ideias de uma pessoa não definem por si só o seu carácter.

Um aspecto muito interessante nas discussões é o apego exacerbado que a maioria das pessoas tem à sua razão, revelando uma quase obsessão de estar certo ou de não ter sido enganado. Mas convém não esquecer que o conhecimento só evolui através de dúvidas e de questões. Se nos barricamos em certezas, ficamos encalhados, não saímos do mesmo sítio, definhamos na cepa torta.

Pensemos na ciência, agora tão em voga e mencionada amiúde por toda a gente. Uma condição fundamental, para se ser investigador ou cientista, é saber lidar muito bem com os erros e com os fracassos. Fazer uma experiência, não obter o resultado esperado, descartar esse caminho, e seguir em frente em busca da solução que se pretende alcançar, através de novas experiências, sem dramas nem complicações.

O apego desmedido às próprias certezas, e a ter razão, é o maior obstáculo para aprender o que quer que seja. Tenho ouvido pessoas leigas, em matérias específicas da ciência, a apelidarem de loucos e charlatões cientistas dessa área, com vasta experiência e trabalhos publicados, e revistos por pares, apenas porque defendem posições que não se coadunam com as crenças que esses leigos tinham, já muito interiorizadas, e as quais, sabe-se lá por quê, rejeitam abandonar. Ficam então, teimosamente, agarrados às suas convicções e a denegrir veementemente quem se oponha à sua posição.

Talvez por influência do meu Pai - médico e investigador - e da educação que me deu, não sofro, felizmente, desse pânico de descobrir que estou errada. Talvez tenha ajudado, também, o facto de já ter errado muito e de ter sido vezes sem conta enganada, o que acaba por dar uma certa "endurance".

Existe ainda o mito de quem muda de opinião ser um troca tintas e não há nada mais ilusório do que isso. Podemos mudar de opinião simplesmente porque aprendemos alguma coisa nova que nos iluminou o espírito. Só isso.

Em relação a muitos assuntos que tenho estudado ultimamente, tal como já comentei com pessoas próximas, eu gostava de estar enganada em relação a muitas descobertas que fiz. Até já sonhei com isso porque para mim seria um imenso alívio. E tudo o que eu continuo a pesquisar é sempre na esperança de encontrar alguma prova, que me permita rever as minhas leituras anteriores, sobre essas matérias.

Nos últimos tempos tornei pública a minha posição de desconfiança absoluta nos nossos governantes e na forma como têm gerido as nossas vidas. Hoje, um velho amigo, por quem tenho a maior estima, e que tem uma visão diferente da minha, disse-me, a certa altura, que não valia a pena continuarmos a conversa porque já tinha percebido a minha militância. Eu parei imediatamente e despedimo-nos, afectuosamente.

As pessoas podem ter pontos de vista diferentes e, mesmo assim, respeitarem-se e, até, serem amigas. Aliás, não seria tão estranho que todos pensássemos da mesma maneira? Não seria um deserto intelectual? Uma monotonia para morrer de tédio? Uma pasmaceira?

Pois que vivam as diferenças e os debates superiores das ideias.

22AGO2021


A FILOSOFIA DA MINHA VIDA

Escrevo desde que me lembro, num total amadorismo. Sou aquele tipo de escritor que nunca publicou nada encadernado mas que tem na escrita a sua paixão, a sua motivação e a sua razão de vida interior, forçosamente solitária, essa que nos acompanha a todos, independentemente dos afetos que cultivamos com os outros. E isto porque não há nada que eu saiba fazer melhor e nada que me dê mais prazer. O meu passatempo preferido é ler o que outros escreveram, mas, nessa atividade diária, não consigo dar nada a ninguém, pelo menos de uma forma imediata.

Como podem imaginar nunca estudei para escritora, aliás, no que toca aos estudos convencionais, abandonei esse percurso muito cedo e, desde então, tornei-me uma auto didacta. Nasci com uma grande curiosidade por tudo o que me rodeia e encanta-me a ideia de não saber quase nada e de ter sempre, disponível, uma imensidão de conhecimento por descobrir.

Tenho presentemente em mãos a minha autobiografia. Esta ideia nasceu por ter ouvido, vezes sem conta, que a minha vida dava um livro. Mas não garanto que este livro veja a luz do dia durante a minha vida. Sempre lidei mal com prazos e aqui fica a resposta aos que, tantas vezes, me perguntam porque é que eu não escrevo um livro.

Depois de eu morrer talvez alguém se dê ao trabalho de vir pôr ordem nos meus caóticos cadernos, diários e apontamentos porque, pelo menos por agora, nem eu tenho paciência nem disciplina para mergulhar em tanta escrita, tanta loucura, tantos erros e acertos, tanta doçura e tanta dor, e tantas lágrimas, muitas delas de alegria e outras de tristeza, e até algumas do desespero de ter estado, tantas vezes, muito pouco encontrada com a vida.

Esta confissão é para que não se deixem iludir com o que as pessoas parecem ser. Nós somos todos feitos de caos, de átomos que se encontram por sorte em milhares de milhões de probabilidades, e depois somos influenciados, também, pelos outros que colidem connosco, alguns porque tinha de ser, a família, e os que encontramos, ao longo da vida, por acaso. E o nosso cérebro, coitado, bem vai tentando colocar alguma ordem no nosso caldeirão emocional e, a certa altura, finalmente, ficamos em paz porque assumimos todos os nossos erros e fragilidades, e descobrimos que é esse exactamente o valor de sermos humanos, e será sempre isso que nos vais distinguir da Inteligência Artificial - agora bem na ordem do dia - e sobre a qual pretendo escrever em breve, noutra história.

Não controlamos quase nada. Nem em relação ao que nos rodeia, nem aos outros e nem sequer sobre nós próprios. E a partir do momento em que temos essa noção, bem enraizada, começamos a viver em paz. Mas para que isso aconteça temos que gostar muito de nós próprios, não se trata nem de egoísmo nem de egocentrismo, trata-se de gostar da vida e de saber que só se pode dar o que se tem e, para dar alguma coisa que valha a pena, temos mesmo de nos sentir muito bem na nossa pele.

Acredito que todos os escritores e poetas, num momento ou noutro, escrevem sobre o sentido da vida e sobre o que é essa quimera a que chamamos felicidade. Pois eu acho que encontrei, finalmente, o meu caminho e a minha ambição é viver para morrer de consciência tranquila, como escrevi recentemente. E para tal quero partilhar o melhor de mim e o melhor de que sou capaz. Se calhar bastava ter escrito a palavra Amor e afirmar que é aí que está o segredo da felicidade porque, que eu saiba, é nesta passagem que temos a única oportunidade de tentarmos ser os melhores humanos, de procurarmos dar tudo o que levamos cá dentro, de amarmos sem limites e de vivermos, a nossa curta existência, com a máxima paixão e sempre despertos, e muito gratos por este cósmico acaso de estarmos aqui, vivos e acordados.

21AGO2021



VOTAR OU NÃO VOTAR, EIS A QUESTÃO!

Ao longo de toda a minha vida fui a favor do dever cívico dos eleitores, aliás, aqui nesta página, tenho textos mais antigos em que expresso claramente a minha opinião, confrontando os abstencionistas, considerando que a sua posição, que classificava de apatia, em nada contribuía para a melhoria da sociedade.

Tenho um grande amigo, que acordou para a podridão do sistema muitos anos antes de mim, com quem tive acesas discussões sobre este assunto. Eu dizia-lhe que ele não indo votar estava a favorecer os partidos de que menos gostava e ele contrapunha que eu indo votar estava e legitimar um sistema doente. Não sei se este amigo meu vai ler este texto, ou não, mas agora dou-lhe toda a razão e espero que ele, se ler isto, fique contente por eu ter visto a luz, finalmente.

Depois da gestão danosa e criminosa da vida dos portugueses, a que assistimos no último ano e meio, o que proponho é um boicote ao próximo ato eleitoral. E não me venham dizer que são as autárquicas e que o poder local é muito importante. Não existe poder local, tal como nem existe poder nacional. Tampouco existe poder europeu para defender os cidadãos. Já é tempo de quebrarmos as ilusões de toda a vida. O poder é o dinheiro e o dinheiro está concentrado nas grandes corporações das quais os políticos dependem. É assim que se faz a gestão do mundo inteiro.

Repararam há uns dias, a Europa, "benemérita", a querer escoar milhões de picas, para África, que estavam quase a atingir o prazo de validade? Que generosidade! E donde vem tanta pujança financeira quando há poucos anos era tudo contado ao cêntimo e, no que toca a Portugal, andávamos todos de tanga? Não acham um nadinha mágica esta flexibilidade financeira? Ou estamos nas lonas ou temos bazucas. O que é certo é que nunca tivemos dinheiro, na Europa, para resolver o problema da falta de água potável em África, nem para evitar que continuem a morrer 8.000 crianças de fome, por dia no mundo. É mesmo o esplendor da hipocrisia, esta alegada atenção dos políticos ao bem da população.

Voltando às eleições, eu só tenho uma dúvida que é se nem apareço ou se vou lá deixar um voto nulo com o seguinte recado: "Isto só vai lá com uma revolução!".

21AGO2021



AGORA

Estou a pensar como é que ainda é possível existirem milhões de portugueses que levam a sério a nossa autoridade sanitária. E andam muito orgulhosos a cumprir escrupulosamente as recomendações da patética DGS vai já para ano e meio. Não consigo entender tamanha cegueira nem sei como é que, no futuro, os historiadores irão classificar o nível de alienação do povo que viveu nesta época. Uma coisa é certa, será o caso mais grave de sempre. O nível de lavagem cerebral do povo alemão do tempo da II Grande Guerra, que se deixou levar pela propaganda Nazi, e que também se sentia exemplar, quando cumpria regras, como denunciar vizinhos para os mandarem para o extermínio, será uma brincadeira ao pé disto!

E depois tenho amigos covideiros que se ofendem quando eu digo que são uma carneirada. Alguém sugere um adjetivo mais apropriado? Sou toda ouvidos porque, sinceramente, não vejo analogia melhor do que a de um rebanho, tão pacífico como acéfalo, para classificar os que ainda acreditam nisto! Eu não estou a chamar estúpido a ninguém: a única explicação que encontro para isto é mesmo a perfeita lavagem cerebral que levaram, através da comunicação social, o perfeito cúmplice da propagação eficaz das diretrizes do Poder.

Quando, finalmente, acordarem, não só vai ser tarde como muito traumatizante. E lá vão as farmacêuticas vender milhões em calmantes, anti-depressivos e ansiolíticos, para se "tratarem" e para que não se revoltem, com o estrago que as autoridades fizeram nas suas vidas. Será que depois também vão andar a perguntar uns aos outros: e tu? Andas a tomar as drogas da Fizer ou da Soneca? Também ouvi dizer que as da Merdena são muito boas!

Será que depois também vão olhar com desprezo para os que não se drogam e preferem viver acordados? Só faltava acharem, como agora, que por alguns não se drogarem as suas drogas fazem menos efeito.

Pronto, se não gostam que lhes chame carneirada posso chamar-lhes marionetas. Mas acreditem que me faz muita impressão viver numa sociedade tão alienada. O que vale é que cada vez há mais gente a sair dessa espécie de hipnose e estou longe de estar sozinha. Estar a assistir a isto, e às vezes sentir que por mais que diga e que escreva, não serve de nada junto dos que ainda não acordaram... seria muito mais duro se não tivesse companhia. Seria mesmo muito assustador como se assistisse sozinha a um filme de terror.

20AGO2021


OS BONS E OS MAUS

Estava a pensar nos "westerns", nos filmes de índios e cowboys que via em miúda, em que os índios eram os maus, e muito selvagens, e os cowboys eram os bons, e os heróis para toda a plateia. Depois cresci, li e aprendi que os índios, afinal, não eram os maus que pareciam ser nessas películas, que tanto tinha gostado de ver na infância. Os índios eram o povo que já habitava aquelas paragens e que viu os seus territórios invadidos. Foram massacrados e exterminados, por esses aparentes heróis, os cowboys. Peguei neste exemplo como podia ter pegado em tantos outros da História.

Faz parte das dores de crescimento interior perceber que nem tudo o que parece é, nem tudo o que nos é contado, é a verdade absoluta e inquestionável. Em relação ao presente, que estamos a viver intensamente desde o início do ano passado, também nos tem sido transmitida uma narrativa de bons e de maus, em que os bons são os que nos governam, os que mexem os cordelinhos da comunicação, convencendo toda a gente que os que não embarcam nas suas motivações, os que não acreditam que eles estão mesmo empenhados no bem da população, são os maus, os tontos, os negacionistas e os teóricos da conspiração.

Ainda é cedo para se começar a escrever a História dos anos 20 do século XXI porque a década ainda mal começou. Estamos em cima do acontecimento e, por isso, é natural que seja muito difícil entender, de uma forma plena e abrangente, o que se está a passar. Mas o que já é claro é que a opinião pública está dividida, extremada, e a encarar o outro lado como os maus e até o inimigo.

Nada nos impede, no entanto, a cada um, de manter o equilíbrio e pensar pela própria cabeça: ler, pesquisar, ouvir, reflectir, para além do que nos é apresentado de bandeja como a única verdade. Apesar de ser muito mais confortável deixarmos-nos ir na corrente, esse conforto aparente pode vir a tornar-se numa perigosa armadilha. Eu arrisquei sair da zona de conforto. À medida que foram passando os meses e que a narrativa me foi parecendo cada vez mais absurda, até ao ponto de já não ter ponta por onde se lhe pegasse, eu abandonei definitivamente o sofá da minha neutralidade e estou, assumidamente, do lado dos índios. Dos que se sentem violentados, ofendidos e enganados. Dos que não acreditam nas boas intenções do governo por trás deste colossal desvario.

Como rebelde assumida, vou lutar pelo que acredito ser o melhor, aportando o meu insignificante grão de areia, através do que escrevo, em prol dos direitos humanos e para que a vida e a dignidade de cada um voltem a ser um direitos inalienáveis. Não é novidade para ninguém que nunca foi o poder instituído a lutar pelos direitos dos que estão à sua mercê. Isso a História também já nos ensinou a todos. Não ter de prestar contas a ninguém, nem estar a concorrer para nenhuma junta de freguesia, sequer, dá-me uma total independência e nem de popularidade preciso, por isso aqui fica explicita a minha posição: Eu estou ao lado dos índios.

17AGO2021


UMA CONFUSÃO DE CONFIANÇA

Nos tempos que correm já não podemos falar de "questão de confiança" porque atingimos um ponto tal que já não se adequa. Estamos a viver a Era da confusão de confiança, graças ao facto de toda a gente ser bombardeada diariamente com infinita informação. É infinita porque mesmo que passássemos as 24 horas a ler, não leríamos nem um milésimo do que se publica.

Em relação ao conhecimento do que se passa no mundo há quatro tipos de pessoas:

Em primeiro lugar, a maioria, os que não têm paciência para ler nem pesquisar coisa nenhuma, chega-lhes ver os telejornais e, mesmo nas redes sociais, não ligam muito às notícias e preferem dedicar a sua atenção a coisas mais divertidas. Não fazem perguntas, nem o questionam a narrativa, que consideram credível porque "deu" na televisão.

A seguir estão os que também se informam através dos telejornais mas lêem os jornais, on-line ou não, o que já lhes dá uma sensação de estarem muito bem informados, porque foram confirmar nos jornais o que ouviram nas televisões. Estes também não questionam a credibilidade da informação e também não têm dúvidas.

Depois temos os que depois de verem a TV e os jornais ficam curiosos, perante coisas que parecem não fazer muito sentido, e procuram outras fontes de informação, e começam a ter questões e a fazer perguntas. A primeira descoberta que fazem é que os dois grupos anteriores não gostam de perguntas, ficam incomodados. Reagem primeiro com umas piadas do género: "Agora viraste negacionista?" e depois zangam-se mesmo até ao ponto de dizerem "não tenho paciência para as tuas ideias nem para as tuas teorias da conspiração".

Finalmente temos o grupo dos que acham que o mundo vai acabar, que os extraterrestres estão a chegar, que a terra é plana, e outras teorias que ainda não conheço bem mas que são também muito divertidas. Estes têm uma particularidade igual ao primeiro e segundo segmentos, também não têm dúvidas, só certezas.

Não é difícil entender que onde o conforto impera é nos dois primeiros e no último grupo. Os que ficam ali entalados no terceiro e não pertencem nem aos doutrinados nem aos outros extremistas, estão numa espécie de terra de ninguém. Mas têm uma vantagem. Têm muito mais hipóteses de aprender alguma coisa sobre o mundo em que vivemos, graças à sua curiosidade, às suas questões e às pesquisas que depois fazem por sua conta.

Esta história já vai longa mas agora lembrei-me de outra coisa muito engraçada que tem a ver com a confusão dos conceitos. Por exemplo, as pessoas que dizem que confiam na ciência confundem confiar na ciência com confiar nas empresas farmacêuticas. É fácil perceber que a ciência é uma coisa e o mundo empresarial é outra. As empresas farmacêuticas são empresas como as outras, têm accionistas, empregados e um negócio que se deseja o mais rentável possível. É normal e estão no seu direito mas não são um sinónimo de ciência e creio que isto é claro para toda a gente. Por acaso até são bastante rentáveis e sobra-lhes dinheiro para patrocinarem médicos, cientistas, universidades, palestras, cursos, etc. E a pobre da ciência também precisa de dinheiro para evoluir.

Hoje em dia o mundo está todo ligado e num equilíbrio (precário) de interesses: o económico, no topo da pirâmide do verdadeiro poder, o político, que depende do primeiro, o da comunicação social, que depende dos dois anteriores e, finalmente, os interesses do povo, que depende de todos os anteriores.

Num mundo ideal, todos os poderosos estariam a lutar pelo bem do povo mas isso, acho que todos sabemos, é mesmo a pura da ficção. Quando chega a hora de depositarmos a nossa confiança em quem põe e dispõe das nossas vidas e das vidas dos nossos filhos, não nos confundamos.

13AGO2021



SABER VIVER PARA DEPOIS MORRER SOSSEGADA

Quando me perguntam se eu não tenho medo de morrer, eu respondo que não, que tenho é pena, que um dia isto acabe, porque gosto muito de estar aqui e de quase tudo o que me rodeia, nesta vida. Mas medo não tenho. Medo de quê? E para quê? Morrer está garantido e não há volta a dar. Que desperdício gastarmos tempo de vida com medo, seja do que for, quanto mais com o medo mais absurdo de todos, que é o medo de morrer. Evidentemente desejo que isso aconteça o mais tarde possível mas, simultaneamente, assim que eu já não estiver cá a sentir nada de bom, nem a dar nada de bom a ninguém.

Só tenho um grande objetivo na vida, em relação à morte, e é muito simples: quero morrer de consciência tranquila. Quero, na medida do possível, não deixar nada por fazer nem nada por dizer, como disse o António Feio. Quero ter sido o melhor ser humano que as minhas capacidades puderam alcançar. Isto não tem nada a ver com a busca da perfeição porque a perfeição humana não existe e, por isso, seria outra perda de tempo ir atrás dessa quimera. Fico-me por cada dia tentar ser o melhor possível, para mim e para os outros, e já me parece uma excelente ideia. Coloco-me em primeiro lugar porque se eu não estiver bem, se eu não prestar, também não vou aportar nada que valha a pena aos que comigo convivem, ou colidem, seja de que maneira for.

Um passo importante foi ter a noção de que só tenho poder (e mesmo assim relativo) sobre a minha própria vida, e então escolhi como pilares do meu equilíbrio, opções que só dependem de mim: a verdade e a liberdade, e não deixar que nada nem ninguém possa tolher o que penso e o que sinto. Às vezes há quem me ache maluca, por isto, mas não tem importância nenhuma porque o que os outros julgam, não só é problema deles, como eu não tenho nada a ver com isso. Nunca tinha alcançado este patamar de bem estar no passado, de não ter de dar satisfações a ninguém, sobre o que digo ou o que escrevo, e daqui não tenciono sair, até morrer.

No fundo a vida é muito mais simples do que às vezes possa parecer. Nós é que lhe damos muitas voltas e criamos muitas complicações, pelo caminho, e a maior parte inventadas. Nada disto quer dizer que a vida seja o paraíso na terra, não existem vidas sem dor e tristezas, nem sem chatices e problemas. O truque é a atitude que escolhemos ter em relação aos contratempos, sejam eles mais graves ou mais corriqueiros. E é nesta arte que eu estou a tentar especializar-me, agora, que já tenho a verdade e a liberdade como base de sustentação garantidas, para o que me resta da vida.

E isto tudo é para dizer o quê? para dizer que não tenho medo de morrer. Teria se não chegasse lá sossegada, com a certeza de ter dado tudo por tudo, empenhada, com paixão, tanto nas causas como nas pessoas que habitaram o meu coração. Teria medo se não fosse possível morrer de consciência tranquila. Em paz com o que fiz na minha vida.

12AGO2021



NÓS POR DENTRO

Já me têm perguntado se eu não acho que me exponho muito, quando escrevo, e eu respondo que, para mim, não faz sentido escrever se não for para dizer o que verdadeiramente penso e sinto, e sem filtros. Este despudor é permitido aos escritores e, finalmente, eu já me considero uma escritora. Porque não há nada que eu mais goste de fazer e porque penso que não há nada que eu saiba fazer melhor do que isto. Não é uma profissão porque não sou remunerada, escrevo mesmo só por prazer e não à espera que me paguem para isso. Por outro lado não tenho que dar satisfações a ninguém, o que me dá uma total liberdade para só escrever, mesmo, o que me vem de dentro e que tenho vontade de dizer. Primeiro a mim mesma, para dar alguma ordem ao que me vai cá dentro, e depois para quem me venha a ler, e que das minhas palavras possa tirar algum alento. Ou apenas o gosto de uma leitura que lhe soube bem fazer.

Quando escrevo não estou a viver em sociedade, não tenho regras nem limites. A escrever estou nua, totalmente despida do cinismo e da hipocrisia inerentes à vida social. Não quero com isto dizer que a vida social seja só falsidade, nem pouco mais ou menos, mas escondem-se muito os espíritos uns dos outros, com receio de julgamentos ou de conflitos, por baixo de camadas que afastam as almas das imagens projetadas.

Numa época em que, cada vez mais, a tecnologia toma conta das relações entre as pessoas, vai evoluindo o conhecimento mas vai-se diluindo a componente humana, nos relacionamentos. Como sou uma humanista convicta, vou lutando, como posso, contra esta tendência. Obviamente que utilizo as tecnologias, mas para me aproximar dos outros, através da minha escrita, e não para criar ainda mais e maiores barreiras com as outras pessoas.

Eu gosto muito de pessoas de carne e osso e em três dimensões. E não posso ser mais feliz do que quando estou com alguém que me faz esquecer do meu telemóvel e se esquece do seu também. Ou seja, talvez um bocadinho idealista, creio que as melhores relações entre as pessoas não envolvem qualquer tipo de tecnologia, e é nesta linha de pensamento, e sensibilidade, que eu ainda espero escrever muitas histórias.

5AGO2021


OS QUE NOS DÃO E OS QUE NOS TIRAM ENERGIA

É claro que a fonte da felicidade ou do bem estar, como lhe quiserem chamar, está dentro de cada um e nunca podemos esperar que seja alguém que venha trazer essa luz à nossa vida. Muito menos pensarmos que alguém, para além de nós próprios, tem essa responsabilidade. À volta deste assunto já andei em histórias anteriores.

Nada disto invalida a importância que as pessoas que escolhemos, para ficarem próximas da nossa vida, têm no dia-a-dia do nosso bem estar e felicidade e até na sua manutenção. Não somos ermitas, não vivemos isolados numa ilha, e os outros têm um grande impacto, tanto na nossa energia, como na nossa alegria.

Posto isto é fácil entender que é muito importante sabermos escolher quem connosco autorizamos que se venha meter. Tanto existem pessoas que destilam energia, e que nos carregam as baterias, como aquelas que são sorvedouros da nossa própria energia e que nos sugam a alegria. Podemos respeitar toda a gente mas devemos escolher, criteriosamente, quem entra em nossa casa, que é a extensão de nós próprios, por excelência. É palpável o bom astral a aumentar quando recebemos amigos que só nos trazem o bem.

À medida que vou ficando mais velha, vou ficando cada vez mais exigente com as minha companhias até porque adoro estar sozinha. Quer isto dizer que só procuro estar com quem me faz melhor do que a solidão que se tornou minha grande amiga também.

As pessoas que nos trazem alegria à vida são pessoas que se sentem muito bem com elas próprias e, como não lhes falta nada por dentro, sobra-lhes para espalhar em seu redor. Não quer dizer que essas pessoas não possam sentir dor ou tristezas, quer dizer é que não as projectam para cima dos outros. As pessoas negativas, cuja presença até nos angustia, são pessoas mal resolvidas que emanam as suas inseguranças e frustrações. E nem dão por isso porque não só não se conhecem a si próprias, como não sabem que não é possível, dar nada de bom a ninguém, se não nos estiver a sobrar.

Quando eu era mais nova, era muito mais tolerante em relação às minhas companhias. Agora fujo a sete pés assim que sinto que a presença de alguém me está a fazer mal. A vida é muito curta, o tempo é muito limitado, e não quero desperdiçar nem mais um segundo com quem não me respeite ou não me aprecie sequer. De todas essas pessoas eu quero é muita distância. Para os outros, os que amo e que me amam, estou sempre de braços abertos, como em relação à vida.

3AGO2021


AMIGOS DE SEMPRE OU AMIGOS PARA SEMPRE?

Quando temos amigos há muitos anos tendemos a considerar que esses, pela antiguidade, são os nossos melhores amigos. Tenho amigos há mais de 40 anos e uma coisa é achar graça olhar para aqueles maduros e me lembrar de eles miúdos, outra coisa é ter como garantido que, por causa disso, eles são mesmo meus amigos e não apenas bem conhecidos, de longa data.

Esses amigos dos verdes anos foram-nos trazidos pelo acaso, de estarmos no mesmo sítio, de termos sido apresentados. Não houve uma escolha de qualidades, de solidez de carácter, e de outros parâmetros que, quando mais velhos, achamos imprescindíveis num verdadeiro amigo. Quando ganhamos um novo amigo depois de muita estrada, muita vida, muita experiência, é porque essa pessoa tem tudo para merecer, acima de tudo, a nossa confiança. Passou em toda a nossa exigência relativamente a quem queremos perto de nós. É fácil assim entender que, muito provavelmente, os melhores amigos, os que são verdadeiramente compatíveis com a nossa alma, sejam os que ganhámos mais tardiamente, não fruto do acaso mas graças a uma escolha muito consciente.

Estou a escrever este texto porque sofri uma espécie de dor de crescimento interior, quando tive de abandonar essa crença, que tinha enraizada, de quanto mais antigo melhor o amigo. Os meus amigos não são, assim, forçosamente, os que me viram crescer. São aqueles com quem eu me sinto melhor do que sozinha e tenho amigos assim, muito recentes. Custou-me muito aceitar que não são os de sempre que por isso vão ficar para sempre, pela comunhão de valores e sensibilidade, pela ausência de camadas, pela verdade de nos querermos, mutuamente, um bem genuíno.

Esta foi a minha descoberta mais recente que, depois da estranheza de ter de desfazer o mito que me acompanhou toda a vida, me trouxe um grande equilíbrio emocional. Sei finalmente que a antiguidade numa amizade não é um valor em si. O que verdadeiramente importa é com quem quero partilhar o meu tempo, com quem me apetece dar gargalhadas, discutir, chorar, quem quero abraçar. Numa palavra, em quem eu posso confiar! Tenho, no entanto, a imensa felicidade que neste grupo muito restrito se tenham mantido também velhos amigos. São muito poucos, e por isso muito preciosos, os meus amigos e eles sabem quem são. E eu também sei onde eles estão.

31JUL2021



A HISTÓRIA DOS LOUCOS ANOS VINTE DO SÉCULO XXI

Hoje, durante a minha caminhada matinal, não sei se estimulada pelo banho de vitamina D, ou se pela beleza da paisagem envolvente, com o imenso Tejo a brilhar, tive uma ideia.

Lembram-se dos cronistas do reino? Aqueles que iam escrevendo sobre os acontecimentos presentes, cujos manuscritos se tornaram mais tarde uma valiosa fonte de informação para os historiadores? É evidente que aos cronistas lhes faltava a visão abrangente dos acontecimentos que só o tempo pode dar. Também não sabiam o que noutras paragens se estava a passar e por isso, o seu trabalho, embora minucioso, era forçosamente muito limitado. O que é certo é que através desse espólio de tantas e tantas crónicas, conhecemos preciosos detalhes da nossa História que teriam ficado irremediavelmente apagados, não fosse o trabalho desses nossos antepassados.

Apesar de os tempos serem outros, continua a ser muito difícil escrever, sobre o presente, porque não estamos munidos da tal visão abrangente que só o tempo nos irá facultar. Por outro lado temos tanta informação disponível, e tantas vezes contraditória, que é quase impossível fazer a destrinça daquilo que é verdade e daquilo que é mentira. Mas uma coisa já todos nós percebemos, estamos a viver os loucos anos vinte do século XXI, aparentemente muito mais loucos ainda do que os anos vinte do século passado, que também já tinham sido bastante animados.

A ideia que eu tive foi começar a escrever sobre personagens que vão ficar para a História desta época, os grandes protagonistas do Novo Normal. Vou procurar ser o mais imparcial possível e vou começar pelo cientista que desenvolveu o teste que acabou por ser o primeiro motor do que estamos a viver desde o início do ano 2020.

Kary B. Mullis (DEZ1944-AGO2019) ganhou o prémio Nobel da Química por ter descoberto a reação em cadeia da polimerase, que toda a gente conhece por PCR (Polymerase Chain Reaction). A sua descoberta data de 1983 e o prémio Nobel só chegou em 1993. Como podem constatar, pela data do seu falecimento, ele não chegou a saber que o seu trabalho se iria tornar mundialmente conhecido, e penso que nunca iria imaginar, nem nos seus pensamentos mais excêntricos, que a sigla PCR viria a ser das mais conhecidas no mundo, das mais faladas e das mais escritas. É verdade Kary Mullis morreu antes de se ter descoberto este novo vírus. Kary Mullis era um génio, por isso mesmo tinha uma personalidade e umas ideias que não encaixavam à primeira no chamado senso comum, era um fora da caixa o que, num cientista, é uma qualidade imprescindível. Curiosamente ele dizia que o teste que ele inventou não servia para fazer o despiste de nenhuma doença, o que torna a História que se começou a desenrolar, no ano seguinte à sua morte, ainda mais extraordinária. Os seus delatores, todos os fora de série ganham anticorpos, como sabemos, dizem agora que ele não era bom da cabeça ou que tinha uma personalidade muito controversa.

Mesmo assim eu gostava muito que ele não tivesse morrido e que agora fosse possível que nos desse uma grande entrevista e que explicasse à população mundial, nas suas próprias palavras, o que é o teste PCR e para que é que ele serve, afinal. Eu tenho a certeza que ele seria daqueles que ia saber mesmo do que estava a falar.

Apesar de Kary Mullis ser um personagem anterior à História dos loucos anos vinte do Século XXI, não a podemos fazer sem ele embora não lhe possa atribuir nenhuma responsabilidade sobre o que se passou depois da sua morte, obviamente. Começar por ele é prestar-lhe uma homenagem. E tenho muita pena de só o ter "conhecido" postumamente.

28JUL2021


MANUAL DE BOAS MANEIRAS NO FACEBOOK

Uma coisa é defender a liberdade outra coisa é achar que isto é uma anarquia e que vale tudo. Não pode ser assim porque todos sabemos que a liberdade de alguém acaba quando começa a liberdade do outro.

Pois muito bem, mais uma vez estou a escrever inspirada por outras pessoas, às quais agradeço, de coração, estarem constantemente a alimentar este filão de histórias, às quais, acreditem, eu não dou vazão. E hoje venho escrever sobre boa educação, boas maneiras nas redes sociais, e acredito que alguns dos meus leitores não esperavam, agora, no meio de tantas coisas tão interessantes a acontecer, que eu viesse perder tempo com um tema aparentemente tão fútil. Mas o tema não tem nada de fútil e está diretamente ligado ao bem estar de quem usa parte do seu tempo nas redes sociais.

Vou focar-me apenas no Facebook. E é assim. Temos a nossa página (cronologia) onde publicamos e partilhamos o que achamos interessante, bonito, inspirador, alarmante, o que nos parece que vale a pena ser partilhado. É como se fosse a nossa casa. Depois existem as cronologias dos nossos "amigos", onde podemos fazer uma "visita" mas nunca esquecendo que somos convidados sem ter sido, na realidade somos penetras. Ninguém chega a casa de ninguém e começa a gritar porque é que ainda não se serviu o jantar, certo? É a mesma coisa. Somos visitas e ou respeitamos o dono da casa ou o melhor é saírmos logo porta fora. Na realidade se não sabemos estar, o melhor mesmo era nem ter chegado a entrar. Temos ainda a "rua", o feed de notícias, dos jornais, televisões, e outras páginas que seguimos de acordo com os temas que mais nos envolvem: música, literatura, poesia, arte, ciência, eu sei lá, todos os temas estão disponíveis e cada um escolhe a "rua" onde quer morar. Nessas páginas temáticas também podemos e devemos expressar do que gostamos ou não, e deixar comentários, mas, evidentemente com educação e atentos a sensibilidades diferentes.

O que nunca se deve fazer é entrar de rompante em casa de alguém, como se aquilo fosse nosso, e começar a atirar postas de pescada em todas as direções. É falta de educação. Por outro lado, quando recebemos as nossas visitas, devemos acolhê-las com todo o cuidado, claro, mas, evidentemente, não admitir que alguém venha a nossa casa ser malcriado. Se na nossa casa não admitimos esse tipo de visitas, na nossa página (cronologia) também não temos que aturar nem admitir faltas de respeito.

Não há dúvida nenhuma que o comportamento digital de cada um reflete o seu carácter e, em última instância, a relação que tem consigo próprio. Não é preciso ser psicólogo para sabermos que tratamos os outros de acordo com a forma como nos sentimos interiormente e que muitas vezes, sem querer, projectamos nos outros as nossas próprias angústias, dúvidas, etc.

Posto isto. Aqui a defensora da liberdade vai propor um manual de etiqueta, que isto sem algumas regras de decência pode descambar para a selvajaria descontrolada:

1) És livre de publicar e partilhar na tua cronologia tudo aquilo em que acreditas, tudo o que te inspira, tudo o que reflete a tua sensibilidade.

2) És livre de visitar as cronologias dos outros desde que nunca te esqueças que és um convidado que se convidou a si próprio. Só estás ali porque queres, e tens que respeitar o dono da casa. Podes perfeitamente dizer-lhe que não concordas com ele mas sempre de uma forma educada e nunca assumindo que és o dono daquilo tudo, porque não és.

3) És livre de andar pela tua rua à vontade, visitar todos os sítios que te apetecer, mas quando entras nalgum, mantêm a classe porque estão lá outras pessoas. E não é por te deparares com pessoas ofensivas que vais descer ao seu nível.

Afinal é muito fácil ser bem educado, digitalmente. É só perceber quando estamos na nossa casa, na casa dos outros e no meio da rua. É claro que as pessoas bem educadas de origem não precisam deste manual para nada porque são assim na intimidade, com os amigos e família, e em sociedade. 

Gosto tanto de liberdade como do respeito, e uma coisa que eu aprendi é que não podemos deixar que nos desrespeitem, senão essas pessoas vão pensar que é mesmo assim e que o podem voltar a fazer. Mas quando voltarem a tentar, quem sabe percebem que afinal não podemos viver em harmonia se não existir respeito e boa educação.

27JUL2021



LISBOA, 24 DE JULHO DE 2021

Aconteceu ontem uma manifestação em Lisboa, com milhares de pessoas, numa tarde inteira de um quente sábado de sol, no jardim dianteiro entre o Palácio de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, e os media não referiram o acontecimento. Ora se os negacionistas são os que negam os factos se calhar já começa a estar na altura de, pelo menos, percebermos o negacionismo dos media relativamente ao que se passa à nossa volta. E começarmos a reflectir sobre a razão que leva os media a serem obrigados a filtrar a realidade.

Como não estiveram lá repórteres nem jornalistas eu conto-vos como foi, de acordo com a minha percepção da realidade, claro, que para alguns, bem sei, é de alguém que anda nas nuvens e precisa de descer à terra, como ouvi recentemente de uma pessoa que me é muito próxima. Ouvir coisas deste tipo é o preço que se paga quando se diz exatamente o que nos vai na alma.

Numa manifestação, em que se defendeu a liberdade e a verdade, se calhar muitos esperariam que estivessem presentes os malucos das teorias da conspiração e aqueles a que se chamam negacionistas, e que são também apelidados tanto de estúpidos como de incultos, que não percebem nada do que se passa no mundo em que vivem. Mas cuidado, porque essa gente tão esquisita e até perigosa, para a estabilidade da nossa sociedade, tem afinal um aspecto bastante normal, ou seja, eles andam aí, fazem parte de todas as faixas sociais, de todos os níveis de formação e educação e, espantem-se, até aparecem em famílias com crianças pequenas, para disfarçar. Estendem as mantas à sombra das árvores e ali ficam os pequeninos alegremente a brincar.

Quanto às faixas etárias, os jovens entre cerca dos 12 e dos 30 anos foram os mais raramente encontrados, o que não é de estranhar porque são os mais ligados às tecnologias e aos mundos virtuais, dos jogos e das redes sociais, e vivem de facto bastante alheados, de uma forma geral, da realidade que não salta imediatamente à vista. Os manifestantes eram então maioritariamente a partir dos 30 anos, em grupos de amigos e as tais famílias com as suas crianças pequenas, e maduros e (muitos) super maduros. Do cimo dos meus 57 anos pensava que ia ser das pessoas mais velhas, a estar presente, mas estava redondamente enganada. Muitas cabeças de cabelos brancos, de pessoas com muito mais memória e sabedoria, e, das que ouvi, muito articuladas no seu pensamento e na forma de o exprimirem. Os "velhos" foram a minha maior e melhor surpresa.

A manifestação era um alerta tanto para as mentiras do governo como para a censura (mal) disfarçada dos media e, nem de propósito, os media fizeram vista grossa ao evento como se assim, afinal, nem tivesse acontecido. Mas aconteceu, não só em Lisboa como em inúmeras cidades por esse mundo fora, quase em todo o lado com muito mais gente do que cá pois, como sabemos, somos um povo que prefere ficar em casa e não se envolver em polémicas, mesmo que em causa estejam os seus direitos fundamentais e até o bem estar dos seus filhos e dos seus netos. Em causa, em todas as manifestações, internacionalmente, estavam dois pontos específicos comuns: Os certificados sanitários digitais (e a segregação a eles inerente), e a iminente vacinação dos jovens e das crianças, contra uma doença que sobre eles teve e tem uma quase nula incidência. Uma coisa é os adultos fazerem filas para levarem uma vacina experimental, cada um sabe da sua vida e ninguém tem nada a ver com isso. Outra coisa, muito mais grave, é sujeitarem os seus filhos à experiência, em nome da aceitação social e para evitar passarem a ser considerados cidadãos de segunda. Não sei se chegaremos ao dia em que nos vão dizer que só os miúdos vacinados é que podem ir à escola mas espero que antes disso, toda esta maluquice venha por aí abaixo.

Por mais que se esconda a verdade ela acaba sempre por vir ao de cima, como diz a sabedoria popular, que nunca falha. Por mais que os media continuem a tentar manter uma narrativa que a cada dia se torna mais absurda e patética, todo o embuste, de que têm sido cúmplices, e que nos tem sido servido, vai ser clarificado, mais tarde ou mais cedo. É engraçado que sempre que eu digo a alguém "Tu não podes acreditar em tudo o que dizem nos telejornais" respondem-me que raramente ou nunca vêem televisão, como se eu fosse julgar mal quem o fizesse. Eu vejo televisão e acho ótimo que cada um veja e na quantidade que lhe apetecer. Já há alguns anos, muito antes de 2020, eu dizia e escrevia que de vez em quando via telejornais para me lembrar porque é que, normalmente, não o fazia. E porque era? Porque a seleção das notícias, o destaque do que verdadeiramente importa, e a leitura do que se passa no mundo, não me pareciam adequados à minha curiosidade e vontade de saber, aprender e entender mais, sobre o maravilhoso mundo em que vivemos... maravilhoso, não fosse a escumalha de lideres que escolhemos quando os elegemos.



ACREDITAR NA CIÊNCIA?

A ciência não é uma religião. A ciência evolui graças à investigação, às dúvidas, às questões. Ao confronto com a visão dos outros, dos pares. Não é uma crença. Não é algo hermeticamente fechado. Pelo contrário. A ciência gosta de perguntas, vive delas, para lhes poder responder e apurar, com mais segurança ainda, as suas descobertas. A religião é diferente. Construída sobre dogmas e crenças não quer saber de perguntas ou dúvidas para nada. É como é e ou acreditas ou estás fora. Nos últimos tempos parece que muitas pessoas falam de ciência como se fosse uma religião. Abundam por essas redes frases como "acreditar na ciência" como se fosse uma corrente espiritual. Na verdade, acreditar na ciência é apenas entender que o conhecimento tem uma dinâmica de evolução constante, feita de novas perguntas, sempre dependente das interrogações, de novas experiências, para prosseguir o seu caminho. Querer transformar a ciência numa religião é desejar que tudo na vida seja uma questão de acreditar. De aceitar e de nunca questionar. Mas não é assim que a ciência funciona. Gostar da ciência é aceitar o pouco que sabemos e a imensidão que temos por descobrir. Isso é estar do lado da ciência. Ter a humildade de aceitar que temos quase tudo por saber. E não temer o pouco que sabemos, pelo contrário, entusiasmarmos-nos com tudo o que ainda podemos descobrir e aprender. Não nos importarmos de sermos confrontados e não nos ralarmos nada quando descobrimos que, afinal, estávamos enganados.

23JUL2021


A INFORMAÇÃO E O CONHECIMENTO

Não me lembro de outros tempos em que se falasse tanto de ciência e também de censura e, este presente, trouxe-me à memória o passado e volto a escrever sobre o meu Pai, que perdi há quase 11 anos, e que teve (e tem) uma grande influência na minha forma de pensar e nos princípios e valores que procuro manter e praticar, todos os dias.

O meu Pai foi médico gastroenterologista, e depois também citologista e investigador na área do diagnóstico precoce do cancro, numa época em que, em Portugal, ainda se falava muito pouco sobre investigação científica, nos anos 60, 70 e 80 do século passado. Apesar do muito pouco apoio estatal para a investigação, ele conseguiu publicar, e ver reconhecidos, muitos trabalhos em revistas científicas internacionais e várias vezes viajou para outros países (à sua custa, na maior parte das vezes) para os apresentar em congressos específicos, momentos esses sempre vividos por ele com uma grande alegria.

Antes da revolução do 25 de Abril de 1974 havia muito pouco acesso à informação em geral, sobre o que se passava então por esse mundo fora. Pela TV e pelos jornais nacionais ninguém podia conhecer grande coisa sobre a realidade no resto do mundo. O meu Pai sempre teve uma imensa curiosidade e vontade de saber (e aprender) mais, ao longo de toda a sua vida. Lembro-me agora de um rádio que ele tinha, que já na altura me parecia bastante antiquado, grande e pesado, de metal cinzento e azulado, em que ele conseguia sintonizar a BBC, em onda curta. Rodava vários botões, para a esquerda e para a direita e depois de vencer também os típicos apitos e ruídos da estática, lá começava a ouvir-se uma voz, que falava inglês, que eu ainda não percebia. Mas ali fiquei tantas vezes, ao lado do meu Pai, fascinada com tudo aquilo, que já me parecia um tudo ou nada proibido. Via o meu Pai muito atento, de testa franzida e ficava também muito atenta como quem não quer perder pitada. Às vezes perguntava-lhe o que é que eles estavam a dizer e ele, com muita paciência, dizia-me que eram notícias sobre os outros países e que era muito importante sabermos mais sobre o mundo em que vivemos.

Naquela época havia de facto um grande contraste entre a comunicação social em Portugal e uma BBC, por exemplo, que era um bastião tanto do bom jornalismo, como da liberdade, do rigor e da isenção. Os tempos agora são outros. As "marcas" da informação que nos inspiraram total confiança foram sendo adquiridas e aglomeradas, por grandes grupos económicos, e é cada vez mais difícil encontrar meios de comunicação que não estejam a cumprir as agendas dos seus patrões. Por outro lado, graças à evolução da tecnologia de informação, da internet e das redes sociais, as pessoas têm potencialmente a informação do mundo na sua mão e criou-se uma ilusão que toda a gente está muito bem informada. Não é verdade.

Já vários escritores, sociólogos e analistas se debruçaram e escreveram sobre este fenómeno: É tanta a informação, e tanta a pressa de chegar a todo o lado que, na realidade, apesar de nunca ter havido tanta informação disponível, nunca foi tão alto o nível generalizado da ignorância. As pessoas habituaram-se a que a informação lhes seja dada de bandeja e confundem essa informação com conhecimento. Ficam assim satisfeitas, com o que lhes é servido. Perdeu-se o hábito de lutar para saber mais, pesquisar, estudar, e muito menos questionar. É como se o conhecimento estivesse enterrado em areias movediças (o manancial de informação) onde ninguém quer perder tempo a procurá-lo. As pessoas preferem ler a notícia seguinte, do que conhecer mais dados sobre a anterior, e assim vai aumentado a tal ilusão de que não só estão muito bem informadas como sabem muitas coisas.

O que nós somos no presente é, naturalmente, muito influenciado pelo que vivemos no passado e, também, obviamente, pelos exemplos que tivemos quando ainda estávamos a crescer, quando ainda não sabíamos quase nada. A propósito de saber quase nada, uma das coisas que o meu Pai me ensinou foi que, mesmo se estudássemos a vida inteira, e passássemos todo o tempo a ler, ficaríamos com quase tudo por saber porque, o conhecimento, tem uma dimensão tal que é humanamente impossível abarcar. Ensinou-me também que das coisas mais difíceis, mas também mais inteligentes, que alguém pode dizer é "não sei".

20JUL2021



A APOLOGIA DA FRAGILIDADE HUMANA

Se existe um grande desafio, não facultativo, que nos é colocado logo à nascença, é o de aprender a lidar com as nossas emoções e aguentar, dê lá por onde der, qualquer inesperada e surpreendente explosão, que nos chega de dentro, descontrolada. De início só sabemos chorar e, depois, lá vamos encontrando outras formas de nos queixarmos e também, felizmente, formas de empatia aplicada a quem trata de nós, de quem começamos logo a gostar e a quem aprendemos, à medida que cumprimos esse inicial desafio, não só a amar como a mostrar alegria e gratidão.

Mais tarde, vá lá saber-se porquê, associamos os sentimentos e as emoções à fraqueza. Parecem-nos sempre mais fortes os que não demonstram o que sentem, os que aparentemente passam ao lado de qualquer emoção. Também prevalece a ideia de que os sentimentos, ou emoções, são do foro íntimo e não se devem nem partilhar nem divulgar. Dá-se, no entanto, uma certa tolerância aos escritores, aos poetas, e aos que escrevem letras para músicas, que acabam por ser também escritores e poetas. Essa aparente fragilidade, assumida pelas pessoas mais despidas das camadas que protegem a sua intimidade, transfigura-se depois em coragem e, quando partilhada, pode transformar-se também em inspiração.

Pode parecer de uma generosidade absoluta escrever sobre o que se sente e partilhar, essa sabedoria emocional, com toda a gente, porque alguém pode acabar por ficar menos só, ao entender, por exemplo, que dores que lhe pareciam só suas são, afinal, com certeza, de tantos outros também. Mas quem escreve fá-lo primeiramente para si mesmo, para manter o seu próprio equilíbrio, porque sente realmente essa necessidade, e não está envolvido nenhum tipo de altruísmo nesse trabalho.  É um trabalho interior e muito solitário que, mesmo quando já está a passar do espírito para o papel, ainda não envolve mais ninguém.

Mas na vida estamos todos juntos. Novos e velhos, acordados ou a dormir, a rir ou a chorar, a trabalhar ou a descansar, somos um todo. E não somos uma praga, apesar de já sermos quase oito mil milhões, apesar de fazermos tantas coisas erradas, aos outros, a nós próprios e ao nosso habitat. Com o imenso impacto do que cada um faz no todo, apesar de nos parecer sempre insignificante a responsabilidade individual, também influenciamos muito a trajetória do nosso mundo. 

São os sentimentos e as emoções que nos distinguem, não só das máquinas como também dos psicopatas. Aqueles que não sabem o que é a tristeza ou a alegria e desconhecem, também em absoluto, a empatia porque nunca sentiram qualquer interesse por outra vida, que não a sua.

Creio que os sentimentos e as emoções são a revelação mais profunda da nossa pura dimensão humana, aquela que nunca podemos perder e, por isso, devemos tentar a qualquer custo preservar. Somos humanos, imperfeitos e frágeis, com dúvidas e receios, mas é exatamente isso tudo que mais valor tem e que, acredito, nos pode salvar, a cada um na sua vida e como Humanidade, também.

20JUL2021



A LIBERDADE DA EXPRESSÃO DO PENSAMENTO

Há dias celebrou-se, internacionalmente, o Dia da Liberdade da Expressão do Pensamento. Se o pensamento é mesmo o último reduto de liberdade que qualquer ser humano pode preservar, a liberdade de o expressar deveria ser um direito inalienável mas, espantem-se os mais distraídos e que ainda não deram por isso, não é, não só nas ditaduras assumidas como no mundo que se designa por livre e democrático em que nós vivemos. Esta liberdade fundamental, não só não está acautelada como, cada vez mais, nos surpreendemos com pessoas que sempre vimos defender a liberdade, até na sua forma mais lata, a defenderem agora a censura sobre aqueles que não pensam como elas, claro, os desalinhados, os que questionam o atual estado da nação e do mundo. Só este facto já deveria ser razão para que todos, pelo menos, fizéssemos uma reflexão.

É de entre quem está conivente com o poder instituído, e com a verdade do regime, que surgem estes novos fiscais de linha da liberdade dos outros e já se começa, na televisão (onde é que haveria de ser), a falar sobre os limites da liberdade de expressão, estando os acólitos do poder a encarar muito positivamente essa limitação, alegando o perigo da propagação de notícias falsas, como se as próprias televisões (e até os jornais) fossem um ótimo exemplo de quem transmite a verdade.

Quando se está de consciência tranquila, quando se sabe que se está a defender o bem, não seria muito mais producente deixar, os que se opõem, falar e expressarem-se à vontade? Depois, o Poder, munido da sua inquestionável verdade, abateria todos os argumentos com as suas provas irredutíveis. Quando o regime começa a defender os limites da liberdade de expressão que é, como quem diz, defender a censura das minorias, é mesmo a altura certa para começarem a soar as sirenes de alerta e a agitarem-se as bandeiras de perigo. Pára tudo. Corrida interrompida porque não estamos a ir pelo bom caminho.

A censura já chegou com bastante evidência, não só à comunicação social tradicional como até às redes sociais, onde supostamente ainda havia liberdade. Todos teremos pessoas conhecidas que já foram banidas de alguma rede, postas de castigo ou advertidas. Todos quer dizer, pode haver quem só conheça crédulos bem comportados, não sei. Se eu visse alguém, com quem não concordo, ter o seu pensamento censurado, ficaria imediatamente do seu lado, por mais opostos que fossem os nossos pontos de vista porque, acima de tudo, não acredito na censura, venha ela de onde vier, disfarçada ou mascarada, censura é sempre censura e é um atentado à dignidade humana.

Acreditem ou não, há muita gente hoje em dia, na nossa magnífica democracia, apologista da censura. É claro que não lhe chamam censura, pareceria mal, mas alegam que é muito perigoso para o povo, para a opinião pública, deixar falar os que não concordam com as verdades instituídas. Esta linha de pensamento, além de estar a passar um atestado de acefalia a toda a gente que se poderia sugestionar, parece, acima de tudo, muito pouco segura das suas próprias ideias, crenças e convicções. No pensamento livre ninguém teme quem pensa de maneira diferente. Pelo contrário, é através dos que têm visões antagónicas que o pensamento evolui, ganha mais sustentabilidade, seja num ou noutro sentido. Pensamentos diferentes são uma espécie de contra prova, sempre bem vinda, para quem gosta não só de pensar como tentar apurar a realidade de factos.

O que seria muito educativo era explicar a toda a população que, à medida que vão prescindindo dos seus direitos e da sua liberdade, essa perda passa a ser um dado adquirido, para quem exerce a autoridade, que obviamente nunca se vai esforçar para repor quaisquer direitos, e menos razões tem para o fazer, quando a população até aplaude a nova situação, em vez de questionar as novas regras. Ou seja a maior aliada do autoritarismo é a maioria obediente que não só obedece como, ainda, ajuda a perseguir os desalinhados. Os apoiantes do Novo Normal julgam-se cidadãos exemplares porque cumprem todas as regras e são muito obedientes, mesmo a cumprir regras que atropelem a liberdade individual, que em tempos alguns chegaram considerar um direito fundamental, mas que entretanto já se esqueceram.

É com alguma pena que vejo, alguns velhos amigos, que na sua juventude eram não só sonhadores como até contestatários, estarem agora totalmente acomodados e, pior ainda, incomodados com quem não esteja como eles, pacatamente, a aceitar tudo o que são regras e normas, sem questionar a sua credibilidade, apesar de mudarem constantemente e sempre no sentido de oprimir cada vez mais as pessoas. Quando escrevo que tenho pena, é apenas uma pena de desapontamento, mas respeito esses amigos e que queiram, depois de velhos, deixarem-se estar sossegados. O facto de aceitarem tão mal os que não se deixam doutrinar como eles, chegando às vezes a ficarem zangados, é que é talvez um bocadinho mais preocupante. Espero que nunca se tornem em inimigos, tipo bufos. Lá estou eu a divagar. Mas não era a população cumpridora e exemplar, na Alemanha em meados do século passado, que informava o regime sobre, por exemplo, onde se escondiam os seus amigos e vizinhos judeus? E não achavam que estavam a fazer apenas o bem para a nação e, quem sabe, até para o mundo? Mas isso é História.

A História ensina-nos muitas coisas e uma delas é que foram sempre os não alinhados que lutaram pelos direitos humanos.

Outra coisa que a História nos ensina é que todos os impérios acabam por ruir.

Li recentemente que o Marco, o dono desta rede social, vai investir milhões em quem desenvolva conteúdos para esta plataforma mas, estou convencida, que esses criativos vão ser escolhidos a dedo e que farão as suas obras dentro dos tais limites da liberdade de expressão, que já tanto se pratica por aqui. O que pode vir a acontecer a esta rede social é tornar-se numa espécie de Matrix, uma realidade paralela, em que todos são muito felizes porque pensam todos da mesma maneira. E os outros, os perigosos, vão procurando outras plataformas onde cada um pode dizer o que lhe apetece, onde existem verdadeiras discussões e onde sempre se pode aprender alguma coisa.

Confesso que ainda gosto disto - estou a evitar escrever o nome para ver se desta vez passo no crivo do lápis azul, porque já estou na lista negra dos guardiães da verdade, do Marco - porque tenho aqui muitas pessoas verdadeiras que são minhas conhecidas, algumas até são minhas amigas. Além disso tenho aqui a minha página de escrita, há quase 4 anos, que também me prende a isto, além das memórias que me aparecem, algumas já com 11 anos, que acabam por funcionar como um álbum de recordações virtual. Mas não preciso disto para ser feliz. Para ser feliz eu preciso de me sentir livre, e pouco mais. E tenho que ser realista: os meus verdadeiros amigos existem fora daqui e é fora daqui que eu os abraço e rio à gargalhada com eles; a minha página de escrita está com o seu conteúdo integral noutra plataforma, além de estar também guardada no meu computador e num backup adicional e, finalmente, álbuns de recordações também tenho, no mundo real. Por graça, alguns mais chegados chamam Torre do Tombo aos meus álbuns de fotografias, diários, cadernos de histórias e de viagens, e correspondência. Se calhar porque é mesmo de cair para o lado.

Um dia o imperador Marco vai perceber que precisa muito mais das pessoas do que as pessoas precisam dele. Mas vai perceber isso tarde demais, quando o seu império começar a ruir. Até lá vai vivendo no seu reino de fantasia. Desde que implementou a censura aqui dentro, o Marco começou a traçar o caminho para o seu próprio fim. E quando aqui forem só gatos e cães muito fofinhos, tudo muito cor-de-rosa, as pessoas que ainda aqui estiverem também se vão fartar. E algumas, das que até tinham defendido os limites da liberdade de expressão, vão ter saudades do tempo em que se queixavam dos malucos dos teóricos da conspiração.

17JUL2021



QUE MODELO DE SOCIEDADE PARA UMA SOCIEDADE MODELO?

Que este título não traga ninguém ao engano. Se eu tivesse uma resposta, para essa pergunta, não estaria aqui em minha casa a escrever, apenas para pôr as ideias no lugar, e para as partilhar com quem delas possa tirar alguma coisa que lhes valha a pena. Mas parece-me que está à vista de todos, que os modelos sócio- económico-políticos, implementados por esse mundo fora, deixam muito a desejar.

Posto isto, ficando já claro à partida que daqui não vai sair nenhuma solução, e que este texto não passa de uma divagação em que expresso a minha opinião, vou escrever apenas sobre Portugal, este nosso belo país, tão privilegiado, que em tão poucos Km2 tem uma preciosa diversidade de belas paisagens, arquitetura, gentes e cultura, brindado com uma imensidão de mar, uma riquíssima gastronomia, enfim, um país que, por natureza, teria tudo para ser um dos melhores países para viver. Mas não é. É evidente que para alguns até pode ser mas, para a esmagadora maioria dos portugueses, está muito longe do paraíso que até poderia ser, se existissem outras práticas administrativas, um sistema diferente, um modelo que, muito provavelmente, ainda está por inventar.

Parece-me que como povo de brandos costumes, em que fazemos a apologia da estabilidade mesmo sabendo que o que temos e queremos preservar não serve quase ninguém, em que os mais desprotegidos são sempre os mais castigados, preferimos deixar estar, não arriscar para mudar. Isto apesar de sabermos que o tempo implica mudança, sempre implicou ao longo da História, e quem fica parado, cristaliza e definha e acaba por ser engolido pelo próprio tempo que, indiferente, continua a passar.

Há dias li um texto, escrito por uma pessoa muito inteligente e culta, em que ele defendia que os problemas que temos hoje com a classe política são uma herança do antigo regime. Espera lá. Passaram 47 anos desde a queda desse regime. Dos políticos atuais, dos que já tinham nascido, muitos andavam na escola primária ou no liceu. Até quando é que vamos continuar a culpar o passado, às vezes tão longínquo, pela presente incompetência, para não dizer pouca vergonha, com que somos governados? É como continuar preso à dicotomia esquerda-direita, o absoluto e patético anacronismo dos nosso dias mas que, teimosamente, se continua a usar, mais para justificar o número de partidos numa assembleia onde, na realidade, todos eles se regem pela mesma bitola, do que por razões de discutir uma diversidade de modelos que seriam potencialmente executáveis.

O que me parece muito óbvio é que quanto mais poder tem o Estado mais asfixiada fica a população, quando o Estado, nos seus lugares de poder, está pejado de tudo menos de pessoas de bem. Toda a gente fala dos impostos exorbitantes e dos ordenados mínimos miseráveis, só para dar dois exemplos. Entre 2020 e o que já levamos de 2021, para me focar apenas no passado recente, assistimos ao incremento dos resultados das grandes corporações que já eram gigantes e ao asfixiar da maioria das pequenas e médias empresas, que, à custa de muito trabalho, suor, lágrimas e imaginação, têm conseguido sobreviver. Infelizmente muitas outras não.

Noutro dia perguntei a um amigo meu se ele sabia como é que se fazia uma revolução. Olhou para mim como se eu fosse uma mistura de louca com uma extraterrestre. Mas, perante isto tudo que nos envolve - incompetência, corrupção, banca metida indecentemente com os políticos e com a alta finança, abusos de poder, manipulação da comunicação, uma justiça quase sempre prescrita... - não dá vontade de fazer qualquer coisa para sairmos deste lodo onde nos deixamos estar atolados, se for preciso durante décadas, donde parece que não podemos sair, como se fosse a força do destino, como se fosse pela força do próprio fado?

Para terminar fica a seguinte mensagem: se conhecerem alguém que queira fazer uma revolução digam-me ou digam-lhe a ele que conhecem alguém que lhe pode ser útil. Não sei como se faz uma revolução, propriamente dita, mas tenho algumas ideias para tentarmos construir um modelo melhor, para os nossos filhos e netos.

Porque é no momento que deixamos de sonhar que começamos a morrer.

16JUL2021



A PIRÂMIDE

Existem três níveis de conversas ou discussões. No topo da pirâmide estão as conversas sobre ideias, pensamentos, emoções e sentimentos. Conversas puramente abstratas em que cada um pode dar largas à sua liberdade e à sua imaginação. São as conversas mais raras, talvez por isso as mais preciosas, em que cada um tem a oportunidade de dar mais de si e de receber mais dos outros também.

Depois, no nível intermédio, estão as conversas sobre acontecimentos, que tanto podem ser históricos como da atualidade. Estas conversas já não têm o mesmo nível de abstração, como é óbvio, mas podem ser também muito estimulantes, desde que se consiga manter uma elevada tolerância e educação, mesmo quando confrontados com pontos de vista diferentes. No nível superior essa tolerância está automaticamente garantida porque ninguém se mete numa conversa, desse tipo, sem vontade de ouvir os outros. Cada um já sabe muito bem o que sente e o que pensa, está até talvez cansado de conhecer as suas próprias divagações, e está muito mais interessado em conhecer as ideias e sensibilidades dos seus interlocutores e, quem sabe, aprender mais um pouco.

Finalmente, na base da pirâmide, estão as conversas sobre a vida dos outros. São as conversas em que não se aprende nada, a pura perda de tempo, aquelas em que todos ganhariam muito mais se estivessem calados mas, paradoxalmente, são conversas muito comuns, banais, que não exigem a ninguém, sequer, qualquer capacidade para pensar, até porque basta saber julgar para poder participar. E julgar é coisa que toda a gente sabe fazer.

À medida que vamos ficando mais velhos, e vamos tendo cada vez mais clara a noção de que não temos mesmo tempo a perder, vamos também ficando cada vez mais exigentes com a qualidade dos nossos passatempos. Percebemos então que mais vale ficar calados do que falar, não só do que não nos diz respeito, como do que não aporta valor nenhum, nem a nós próprios nem à humanidade, em geral. Mais vale ouvir música, cantar, ler um livro, ir passear, dar um mergulho no mar... tanta coisa que mais vale a pena fazer.

Não é à toa que o povo, na sua infinita sabedoria, diz que o silêncio é de ouro e eu acho que esta máxima encaixa que nem uma luva, no nível mais baixo dos tipos de conversa.

13JUL2021



"SILÊNCIO PARA 4" DE RUBEN A.

Eduardo Lourenço escreveu o prefácio deste livro e está lá tudo escrito, magistralmente bem escrito. Por isso, por mais vontade que me assalte para escrever sobre este livro, que andei a ler e a voltar a ler recentemente, não me sinto à altura. Já outros o fizeram antes de mim e muito melhor do que eu seria capaz.

E escrevo isto sem sombra de pena e muito menos com laivos de falsa modéstia. Escrevo isto feliz porque grandes pensadores, como Eduardo Lourenço, não só se deixaram marcar por este livro, como o expressaram generosamente para que outros tivessem a oportunidade de compreender a importância desta leitura, de como nos pode levar à essência de nós mesmos, sem medos nem pudores.

Aconselho "Silêncio para 4", que de início não é nada fácil - Ruben A. não é um autor em que se possa entrar assim sem mais nem menos, com facilidade - porque estamos a entrar na intrincada intimidade de alguém que não somos nós. Mas pouco depois, o livro, torna-se uma rara e intensa partilha, em que se procura entender o amor, a intimidade, o sexo, a paixão, a verdade, onde estão os limites, do outro e de nós, onde ficam as fronteiras, será que elas existem, será tudo imaginação... e ficamos presos, e com muita vontade de nos deixarmos ficar assim, cativos, sem pressa, porque também nós não sabemos quase nada. E não faz mal nenhum, afinal. Estamos só a tentar perceber, com alguém que apesar de não nos conhecer, nos faz sentir que não estamos sós.

Limito-me assim a transcrever uma das inúmeras e maravilhosas passagens deste livro. O meu exemplar tem mais páginas com passagens sublinhadas, a lápis de carvão, do que páginas limpas, por isso não foi nada fácil escolher.

"- Difícil definir pessoas que têm mistério, fogem ao catálogo saltam para fora dos dicionários, estão sempre a fugir, quando se toma mais atenção, já se evadiram, precisam de uma vigilância permanente, e mesmo assim escapam, são ladrões da mais espantosa profissão humana , a arte de evadir personalidade." (página 164).

(Entrelacei esta viagem aos confins de nós próprios com os contos de Miguel Torga, um dos grandes amigos de Ruben A.)

12JUL2021



WYSIWYG

Esta sigla é bem conhecida dos dinossauros da informática como eu. Quer dizer "What You See Is What You Get", (O que vês é o que vais ter), e foi um dos inúmeros gigantescos avanços tecnológicos que a nossa geração teve a oportunidade de viver e experimentar, neste setor das novas tecnologias, que se continua a designar assim porque, de facto, em quase todas as horas, aparece uma coisa nova e, eu acredito, vai ser possível no futuro, com a tecnologia, fazer muito mais do que nós sonhamos nos sonhos mais alucinantes, que nos são humanamente possíveis sonhar.

Esse primeiro parágrafo é só para explicar o título e não tem uma relação muito óbvia com o teor da minha história de hoje. Veio-me à ideia quando tive vontade de escrever sobre o que se segue e espero, que alguém dos que me lêem, entenda porquê.

Em geral eu gosto muito de pessoas mas para esse gostar estar mesmo garantido, para sempre, têm que ter todas o componente WYSIWYG instalado que é, como quem diz, não podem trazer nada de cinismo, hipocrisia e mentira para a minha vida porque, dessas pessoas, que não são puras WYSIWYG, eu não gosto. Mas para que fique claro, não gosto mas respeito que sejam assim, desde que não venham colidir com a minha vida, só lhes desejo o bem também, como aos meus WYSIWYG do coração, que gosto de ter por perto e que vou amar até ao caixão.

Hoje uma amiga minha criticou de uma forma muito construtiva o teor de algumas das minhas publicações recentes, achando-as muito negativas e até a agravarem o ambiente de pânico em que todos andamos mergulhados, já desde o início do ano passado, pelas razões que todos sabemos. Ora eu, que tenho andado a tentar desmontar toda essa propaganda do pânico, fiquei muito surpreendida com essa crítica, e de início até um bocadinho triste por, pelo menos para algumas pessoas, estar a passar uma energia negativa e a adensar todo o caos que que já está instalado.

Depois, só lhe pude agradecer. Porque é tão raro as pessoas serem corajosas o suficiente para serem frontais, dizerem diretamente a quem de direito o que não lhes parece bem. O mais comum é calarem-se e dedicarem-se a criticar quando o interessado não está presente, para tomar conhecimento e poder defender o seu ponto de vista, a sua razão.

Agora vou ter de ir reler as minhas últimas publicações para entender onde esta minha amiga viu a minha incitação ao medo. Mas com todo o gosto, curiosidade e humildade. É claro que inicialmente escrevemos para nós próprios, para colocar ideias, pensamentos e emoções no lugar mas, a partir do momento em que publicamos, é importante saber que tipo de impacto tem aquilo que nos sai, de cá de dentro, nas outras pessoas. E se num amigo somos tão mal interpretados, imaginemos como será em quem nem conhecemos que, no meu caso, é a vasta maioria dos meus leitores.

Em resumo, eu sou uma WYSIWYG, orgulhosa e assumida, já toda a gente deve ter percebido. E esta minha amiga também. Podemos não ver as coisas da mesma maneira mas somos, genuinamente e sempre, o que parecemos ser. E isso dá um grande bem estar à vida. É muito bom. E aqui estou eu, mais uma vez, muito agradecida.

11JUL2021



CARTA INVENTADA

Querido amigo,

Com todo o respeito, tu comigo não discutes ciência porque eu não sou cientista. O que eu questiono é que se use a ciência para justificar medidas, políticas e económicas, que nada têm de científico. Sou leiga por isso não tenho o desplante de discutir ciência.

Não invalida que tenha as maiores reservas, como já te disse, em relação a esta loucura, de vacinar a população mundial (com vacinas experimentais) contra um vírus que não é, nem de perto nem de longe, o vírus mais mortífero que já nos apareceu. Tenho reservas em relação às elites que efetivamente são as donas de isto tudo (gigantes financeiros, e os políticos e os media que não passam de vassalos ao seu serviço) e aos seus interesses supostamente filantrópicos, a sua preocupação com o bem estar da humanidade. Acho mesmo muito periclitante o equilíbrio entre as motivações económicas, políticas e filantrópicas.

Para te dar ainda outro exemplo, tenho reservas em relação ao facto das pessoas, que estão fora da esfera da propaganda do poder político, serem expulsas ou censuradas nos meios de comunicação. Vêm-me à memória outros períodos da História, com o mesmo nível de censura: se não concordas, calamos-te, és despedido, és perseguido, etc. Só que agora, graças ao total controlo da população que as tecnologias permitem, quando desaparecer a liberdade individual, duvido que algum dia venha a ser possível restaura-la. O povo quer-se submisso, obediente e, de preferência com medo, que é a arma mais eficaz para que as massas se submetam ao absoluto autoritarismo, e nem dêem por isso.

Mas, acima de tudo, não te voltes a esquecer que comigo não estás a discutir ciência. Estás a discutir a percepção que cada um tem da realidade.

Posso ainda dizer que, se eu achasse que tens alguma debilidade lógica, não perdia tempo a discutir contigo. Por isso acho muito interessante tu teres-me brindado com esse mimo. Aceito a tua opinião. Acredita. Na boa. E digo-te isto dentro da minha lógica que consideras tão débil. Não sou nada no universo e essa é a minha infinita liberdade. E vou dizer e escrever o que penso enquanto puder, enquanto viver, e apenas estarei limitada pelas minhas capacidades intelectuais. Nada mais.

Que cada um viva o melhor possível com a sua consciência, os seus pensamentos e a sua sensibilidade, porque é "apenas" disso que, verdadeiramente, depende a nossa felicidade.

Madalena

10JUL2021



A FALAR É QUE A GENTE SE ENTENDE

Ontem fui jantar a casa de um velho amigo, que por sua vez convidou outro seu velho amigo, que eu não conhecia, para nos fazer companhia. Depois de apresentados os até aí desconhecidos, nem cinco minutos passaram até começar a fluir uma conversa que se desenrolou, viva e intensa, até já ter entrado a madrugada e voltar cada um para sua casa.

Como não podia deixar de ser, o assunto dominante foi à volta dos tempos que todos estamos a viver e, felizmente, as leituras e as visões não eram coincidentes, dando assim oportunidade, a cada um, de sair da sua torre de vigia e conhecer pontos de vista diferentes.

Não há dúvida nenhuma que a comunicação presencial é francamente mais eficaz do que qualquer outra, e também falámos sobre isso. Hoje, mais do que nunca, as pessoas comunicam por escrito, por mensagens privadas ou por publicações. Toda a carga da empatia associada aos olhares, aos risos espontâneos, às expressões de surpresa ou de alegria, aos acenos de concordância ou discordância, enfim, toda a proximidade inerente à linguagem corporal se perde, irremediavelmente, quando comunicamos à distância.

Quando estamos juntos, num pequeno grupo, sem telemóveis nem televisões a interferir no ambiente, somos capazes de trazer à superfície muito mais do que somos, do que sentimos e pensamos. Mais ainda quando percebemos que ali ninguém está interessado em julgar ninguém, pelo contrário, o maior interesse de cada um é ouvir o que os outros têm para dizer. Ou seja, é nessas condições que damos muito mais de nós, e recebemos também, muito mais do que a dobrar.

Estamos a viver uma época sem precedentes, em que mais do que nunca seria muito enriquecedor conversarmos com pessoas com perspectivas diferentes das nossas mas, logo por azar, é esta a época em que as pessoas estão mais isoladas do que nunca, em que se encontram menos, em que menos oportunidade têm de sair dos seus próprios casulos de ideias e dos seus enredos pré-concebidos, cada vez mais enraizados e menos permeáveis a qualquer evolução ou alteração.

Só posso agradecer este magnifico jantar, e a oportunidade de ter sido parte desta animada tertúlia, cuja riqueza trouxe intacta para casa.

Para terminar, e embora ontem não o tenha mencionado ao dono da casa, adorei o detalhe da música de fundo, que esteve sempre a tocar. Nada mais nada menos, do que a minha banda preferida. Senti-me muito mimada. Muito obrigada.

9JUL2021



15 MESES DEPOIS DOS 15 DIAS PARA ACHATAR A CURVA

Temos estado todos a viver uma época extraordinária, em todos os sentidos, nos últimos tempos. Desde que surgiu este vírus, de que toda a gente fala, entrámos numa nova Era. Mas como, passados 15 meses, continuamos em cima do acontecimento, não é fácil perceber já que nada vai ficar como dantes, embora toda a gente já tenha entendido que nada, do que se está a passar, tem qualquer precedente na História da Humanidade.

Por causa deste vírus o mundo ficou em suspenso. Nunca tinha acontecido na História. Por isso não podemos saber onde tudo isto nos vai levar. E não me estou a referir ao vírus em si, estou a referir-me a tudo o que está a acontecer por esse mundo fora, por causa de um vírus que, efetivamente, se tornou a maior pandemia de todos os tempos.

Ao nível da comunicação social nunca se falou tanto do mesmo tema. Ao nível do impacto na vida da população, saudável ou não, nunca se isolaram tantas pessoas, durante tanto tempo, condicionando os seus movimentos, hábitos e rotinas da forma que todos sabemos e sentimos. Ao nível da política e da economia, ao nível da saúde mental e de outras doenças... talvez fosse mais fácil tentar descobrir que área das nossas vidas não se viu afetada, em vez de estar a enumerar todas as outras.

Um vírus tão diferente de todos os outros que a esmagadora maioria dos infectados só sabe que está doente porque fez um teste! Até aqui as pessoas tinham sintomas de alguma coisa e depois iam fazer exames médicos. Agora não. A maior parte dos testados nunca teve qualquer sintoma... e a maioria dos positivos também não!

Nunca na história das farmacêuticas se vacinou a população mundial, aos milhões, em massa, como agora. E não são só os chamados grupos de risco. É mesmo toda a gente. Inclusivamente jovens e até crianças e grávidas, que é como quem diz, crianças que ainda não nasceram. Contra um vírus com uma taxa de mortalidade, ou mesmo de provocar sintomas graves, muitíssimo baixa, se compararmos com outros vírus, anteriores, de que todos nós nos lembramos. Mesmo assim foi decidido vacinar toda a gente, com vacinas tão recentes que, evidentemente, ninguém sabe que efeitos terão a médio e a longo prazo. Eu não sou cientista. Por isso não sei quase nada. Também não tenho grande imaginação por isso não faço mesmo ideia nenhuma para onde estamos todos a caminhar.

Mas o que me parece mais assustador, no meio disto tudo, é a transformação na forma como as pessoas comunicam umas com as outras. Existe mais ódio do que nunca, também por causa deste malfadado vírus. Nunca vivemos uma pandemia de intolerância como a que estamos a viver agora. As pessoas têm as suas posições extremadas e sentem necessidade de agredir quem não pensa como elas. São os covideiros de um lado e os negacionistas do outro, a bombardearem-se a toda a hora, basta abrir as redes sociais e ler ao acaso. O ódio vai ser muito fácil de encontrar.

Não existe lugar para quem não é extremista. Nem existe lugar para quem não sabe o que se está a passar. Desapareceu a humildade. Desapareceu a empatia. Parece estar tudo em estado de guerra. E eu tenho muito medo que esse seja o efeito mais grave desta pandemia. A exacerbação do ódio. A polarização. A cegueira. A intolerância. A falta de amor ao seu semelhante. Isto é o que mais me assusta.

Mas, como sou teimosamente otimista, tenho esperança que depois de toda esta tempestade venha a bonança. E que as pessoas reaprendam a abraçar-se como deve ser. E que a Paz entre as pessoas seja o objetivo primordial da maioria dos seres humanos. E, já agora, o Amor também.

5JUL2021



A REALIDADE, AS CERTEZAS E OUTROS MITOS

Certo dia alguém me disse que quando falamos limitamo-nos a repetir aquilo que já sabíamos mas, quando ouvimos, temos a oportunidade de aprender alguma coisa. É por isso que é tão bom conversar porque nos enriquecemos uns aos outros, com os nossos pontos de vista diferentes sobre a chamada realidade que, efetivamente, é diferente para cada pessoa, dependendo dos sentidos e do entendimento lógico de cada um. Ou seja, nunca nos devemos esquecer que não é por entendermos o que nos rodeia, de uma determinada maneira, que os outros não podem ter uma percepção diferente dessa mesma realidade.

É evidente que podemos aprender muito mais numas conversas do que noutras. Por exemplo, quando estamos num grupo de familiares ou amigos em que se discute um assunto e estamos todos de acordo, pode ser muito divertido, cada um a pôr mais uma acha na fogueira, a dizer uma piada e a fazer soltar até gargalhadas. Ou seja, também é preciso ter esses momentos, como também é preciso ouvir música e tomar banho no mar. São prazeres, indispensáveis ao nosso bem estar, mas não são essas conversas que nos ensinam a verdadeira arte de bem conversar.

Eu gosto muito de conversar com pessoas que têm pontos de vista diferentes dos meus e quem me conhece bem sabe que me pelo (de pelar!) por uma bela polémica. Porquê? Porque apesar de ter muitas ideias, sobre muitas coisas, tenho a consciência de saber ainda muito pouco e, como sou muito curiosa, talvez até ávida de conhecer mais, acredito que é com essas pessoas que eu posso alargar os meus horizontes e aprender algo de novo, principalmente na forma de olhar para determinada situação.

O meu Pai ensinou-me que numa discussão há uma regra de ouro que é nunca desprezar o adversário, pelo contrário, é ele que nos enriquece e que estimula a nossa cabeça. Outra armadilha a evitar, quando se discute com alguém, é estar mais preocupado com o que vamos responder do que propriamente em ouvir o que o outro tem para nos dizer. Aí caímos outra vez na esparrela de estarmos a repetir o que já sabemos.

O problema das discussões é a importância que as pessoas dão, em geral, a não correr o risco de perder a razão, como se ter razão definisse o seu carácter ou a sua inteligência. Outro problema, inerente a essa importância exacerbada que se dá à própria razão, é depois ficarmos presos às nossa convicções, de tal maneira, que criamos certezas no nosso espírito que nos impedem de evoluir nessa matéria.

Como escreveu Thomas Mann, e desculpem-me a tradução talvez um pouco descuidada, "É o amor, não a razão, que é mais forte do que a morte".

Hoje quero agradecer a um muito querido amigo com quem estive a "partir pedra" toda a manhã. O meu plano inicial era passar a manhã à volta do romance que tenho andado a escrever mas, este amigo, furou-me os planos, de tal maneira, que não escrevi nem uma linha, para além destas, claro. Muito obrigada, amigo.

3JUL2021



O DESERTO DAS IDEIAS

Não sei se também já se depararam com publicações, aqui no Facebook, supostamente de opinião mas que no próprio texto se avisa para não aparecerem comentários com opiniões diferentes (o chamado contraditório), que a publicação classifica logo à partida como "comentários de merda".

Normalmente são aqueles textos já colados e copiados, escritos por um amigo ou amiga que ninguém sabe quem é, e que se estimula o leitor a copiar e colar também na sua página.

Uma pessoa fica logo de pé atrás, aliás, com os dois pés atrás. Então partilha-se um texto de opinião que só admite aplausos ao seu teor? Muito bom! Não sei se encontraria melhor definição para uma propaganda bacoca e estéril. Um fórum em que só são aceites opiniões concordantes, ou seja, só devem comentar os que já pensam dessa maneira. Serve para quê, afinal?

Nessas publicações é escusado tentar remar contra a maré ou, por outras palavras, contrariar esse rebanho já muito controlado e organizado. Não vale a pena.

Quem não admite visões alternativas nunca vai sair do seu lugar nem abandonar as suas convicções. Parece-me que a única atitude sensata, perante ambientes assim, é mesmo deixá-los estar e procurar outros lugares onde ainda se preserva a troca de ideias e de pontos de vista, de uma forma salutar.

Isto é só um desabafo. Estive 15 dias sem redes sociais, focada num texto que espero vir a publicar em breve e, há dois dias, voltei com esperança que o ambiente dialético já tivesse evoluído. Mas não.

Quem de nada dúvida, e já nada questiona, rejeita os que assumidamente querem perceber o presente e aceitam, ainda, muito pouco saber e quase nenhumas certezas ter, para além da certeza que foram sempre as perguntas que trouxeram a evolução ao conhecimento.

2JUL2021



A VERDADE DA MENTIRA

A mentira, na verdade, só destrói o mentiroso. O enganado até pode sofrer, no momento da descoberta duma mentira ou traição, mas depois liberta-se e passa-lhe a dor. O mentiroso tem que a aguentar, todos os dias, durante toda a vida. Uma triste sina ter por companhia, para sempre, garantida, a própria mentira. A verdade é livre como o mar e a mentira é uma ilha. Um beco sem saída, uma prisão, a perfeita armadilha. Donde fugir é escusado tentar porque, do que se é, nunca se consegue escapar.

25JUN2021


O VÍCIO DE ESCREVER E O EQUILIBRIO DE VIVER

As pessoas que me conhecem bem sabem que eu não me considero uma escritora, a sério, no sentido que não quero ganhar a vida com isto. No entanto, essas mesmas pessoas, sabem que eu tenho o vício de escrever. Hoje venho contar uma história que exemplifica bem a dimensão - será gravidade? - deste vício.

À medida que adquirimos mais sabedoria, que é outra forma de dizer à medida que ficamos mais velhos, vamos tendo cada vez mais respeito pelo tempo, por cada dia, por cada hora até, e, por isso, é normal que tentemos fazer de cada momento, mesmo que seja preenchido com tarefas menos atrativas, um bom momento.

Hoje tive de passar a ferro. Eu sei que quase ninguém gosta de passar a ferro mas eu gosto, porque me isolo, com o tempo todo por minha conta, ponho a música a tocar, canto e até danço, na medida do possível, já que a tábua não é propriamente aquele par que nos faz levitar. E onde é que entra o vício de escrever? Entra quando me vem interromper e me assalta com uma inspiração, uma ideia, uma vontade tão incontrolável que eu fico cheia de pressa para largar o que estou a fazer e vir, com urgência escrever.

A ideia da tal sabedoria adquirida é viver cada momento o mais devagar possível, com o maior bem estar que se possa imaginar, inventar, sentir, não interessa, seja o que for. Estes assaltos da vontade de escrever acabam por interferir na controlada e calma cadência de vida que eu acho ideal. Hoje foi a passar a ferro mas muitas vezes é a meio da noite. Há pessoas que acordam a meio da noite para ir à casa de banho, o que é perfeitamente aceitável. Eu acordo a meio da noite com uma ideia e, a certa altura, estou agarrada a um caderno, às quatro da manhã, porque sei que só volto a adormecer se escrever primeiro aquilo em que estava a pensar.

Entretanto já tomei apontamento, da ideia que interrompeu a minha tarefa doméstica de hoje, mas vai ficar para outra história, noutro dia. É bem gira, por acaso. Hoje vim só aqui dizer que escrever é a minha paixão, nunca a vou transformar nem num trabalho nem numa obrigação. Tenho a certeza - logo eu que não gosto nada de certezas e que tenho tão poucas, cada vez menos até - que vou escrever, com o máximo prazer, até morrer.

13JUN2021



"SEI QUE NÃO VOU POR AÍ!" *

Na vida dos outros, normalmente, não quero interferir, quero passar ao lado, mas quando, por acaso, colido com a vida de alguém, quero ser um extra de alegria, de estímulo, de boa energia, nessa vida, e nunca um peso, nem sequer uma chatice. Se nalgum momento eu tiver um vislumbre que isso possa ter acontecido ou estiver a acontecer, vai ser nesse momento que eu vou desaparecer, desse enredo tão triste por onde, seguramente, nem devia ter passado. Vou fugir dali, mas levo na bagagem, inteira, a responsabilidade de tudo o que dei e que, afinal, foi errado, por estar tão contra aquilo a que eu me tinha proposto... e até idealizado.

9JUN2021

*último verso do Cântico Negro de José Régio


"MAS, AFINAL, O QUE É QUE TU QUERES DA VIDA?"

Depois de perceber e aceitar que o que quer que seja vai, inevitavelmente, acabar, mais depressa ou mais devagar, posso respirar fundo e parar, para pensar. E penso, entretanto, enquanto aqui ando, e sabendo que não posso cá ficar, que o que me pode motivar para continuar, a publicar o que escrevo, são os outros. São os outros, não só os que me são mais próximos - os filhos, a família e os amigos - mas também os outros, de um modo geral, que me motivam a partilhar o que escrevo, que é igual a dizer, partilhar o que penso e o que sinto.

Penso nos mais novos, que ainda não tiveram tempo suficiente para refletir nisto tudo, de que se trata afinal, passar por aqui, com os dias contados desde que chegámos. Por melhor que seja o desempenho, por melhor que seja o ser humano, estamos todos só de passagem. Aqui ninguém vai ficar e a esmagadora maioria nem sequer vai deixar rasto, da sua efémera existência terrena. Só deixam rasto os fora de série, os diferentes, os geniais, tanto para o bem como para o mal. Só se tornam eternos, na memória dos que ficam, os que não são iguais aos outros, os que não são normais. É um dos maiores paradoxos, tanto se ambiciona ser normal mas nenhum normal ficou para a História.

Esta divagação vem a propósito de uma pergunta que me fez um amigo, noutro dia: "Mas afinal o que é que tu queres da vida?". E uma pergunta aparentemente tão simples, como esta, obrigou-me a pensar e, ao contrário do que muitas vezes me acontece, não tive dessa vez uma resposta na ponta da língua. Depois de refletir concluí que não quero nada de especial. Quero apenas deixar boas recordações e saudades e, já agora, umas linhas escritas, tanto para esses que terão boas recordações e saudades, e que através dessas linhas me poderão reencontrar, como para os outros, todos.

Se alguém, mesmo que seja uma pessoa só, encontrar uma resposta ou outro tipo de inspiração, num texto ou numa frase que eu escrevi, fico feliz. Respondendo ao meu amigo, o que eu quero da vida é poder dar alguma coisa aos outros. Mas tem de ser alguma coisa que valha a pena, por exemplo, alguma coisa que faça com que alguém não se sinta tão só ou tão perdido perante a sua vida, mesmo que seja só num momento, e mesmo que esse alguém seja só um, no meio de tantos outros. Uma coisa dessas dará todo o sentido à minha vida, uma vida no meio de tantas outras, que também vão acabar esquecidas mas que, afinal, valeram muito a pena serem vividas.

4JUN2021


AFINAL GOSTO MUITO DOS MEUS CABELOS BRANCOS

É verdade, estamos todos a envelhecer. O segredo está em envelhecer bem, e envelhecer bem é estarmos gratos, pelo presente mas também pelo passado, mesmo que pejado de inúmeros contratempos. O sofrimento vivido, que é parte agora do que somos, fez-nos crescer, deu-nos força e ensinou-nos a nunca desistir. O segredo é, por isso, tudo agradecer, sem esquecer a oportunidade, a tantos outros ceifada, de envelhecer.

Quando temos aqueles dias, aqueles momentos, em que parece que nos transborda a felicidade, graças às graças que damos e de nos sentirmos, ao mesmo tempo, tão vivos e tão connosco encontrados, ela tem mesmo de ser partilhada. A felicidade é das poucas coisas que, como que por magia, se multiplica ao ser dividida. E tem que ser partilhada nesse instante, por não ser coisa estanque, nem assegurada, tal e qual a própria vida. Porque em cada dia tem de ser procurada e, uma vez mais, construída.

Envolve alguma sabedoria ter a noção de que a felicidade não está no futuro, mas no presente. Uns vão a correr, eu sei, atrás do que parece estar lá adiante, um objetivo, uma meta, uma razão. Eu prefiro ir devagarinho, a apreciar muito atenta, tanto cada flor como, até, cada pedra do meu caminho.

2JUN2021


"Volta ao Mundo em 800 Dias" de Francisco Sande e Castro (2ª parte)

Acabei agora (de dar a) "Volta ao Mundo em 800 Dias" com o Francisco Sande e Castro. Fiz uma pausa entre os dois volumes, isto é, li outros livros nesse intervalo, e retomei há dias a viagem, já a chegar à Austrália, e ainda com o Japão, Américas e África pela frente.

Escrevi, em meados de Abril, que gostei muitíssimo do primeiro volume, de Portugal até Timor, mas, confesso, gostei ainda mais do segundo. No entanto, e tal como aconselha o autor, a leitura deve ser feita desde o princípio, e por ordem, ou seja, não leiam a segunda parte da viagem sem terem lido antes a primeira.

Uma das inovações do 2º volume, em relação ao 1º, é a inclusão dos mapas dos países visitados, com os percursos assinalados. Para pessoas de gostem de se situar no terreno, que gostem de mapas, de planisférios, etc., é uma informação muito clara e muito apreciada. Pareceu-me também este 2º volume muito mais diversificado (também, pudera, basta ver por onde andamos, neste volume só Continentes são quatro!). Mesmo assim, encontrei nesta parte do relato muito mais informação paralela, à viagem propriamente dita.

Mantém-se o estilo de escrita, clara e fácil, como se o autor estivesse a falar, e que eu aprecio, particularmente. Este estilo faz é que as páginas se percorram muito mais depressa do que, se calhar, eu gostaria. Algumas vezes tive mesmo que forçar umas paragens, do género, "quando chegar ao Japão paro e vou fazer o jantar!".

Considero a aventura relatada absolutamente fora de série, fabulosa, surpreendente e deslumbrante e, quando chegamos ao fim da "viagem", já criámos uma verdadeira e forte empatia com o autor, além de já lhe conhecer alguns traços vincados de personalidade como, por exemplo, o seu inegável fascínio pela beleza feminina, isso sim, do princípio da viagem até ao fim, em qualquer parte do Mundo. Só lhe fica bem.

Para terminar, qualquer pessoa que goste de viagens, de aventura, do desconhecido e - evidentemente - de ler, vai gostar de acompanhar o autor nesta sua odisseia, que começou por ser um sonho só seu e que ele teve a coragem e o empenho de tornar realidade e, depois, de o partilhar com o comum dos mortais. Muitos parabéns Francisco Sande e Castro. Aplausos.

29MAI2021



UM PEQUENO DESABAFO

Mas porque é que eu insisto em, de vez em quando, ver as notícias na televisão? Desta vez apanhei esta: O governo aprovou uma Lei que prevê a aplicação de coimas a quem estiver na praia sem máscara, salvo se estiver deitado na toalha. Eu fico na dúvida... quando nos levantamos para ir ao banho, é para ir de máscara para evitar a coima ou em alternativa podemos ir a rastejar? Ir a rastejar até à água ainda vá, mais chato é sair da água e ir a rastejar até à toalha onde chegaremos cheios de areia pegada... mas também é muito chato pagar entre 50,00€ a 100,00€ por ser fora da lei. Calhando o melhor é nem ir à praia. Ou começar a pensar em que palhaçada é que estamos todos a embarcar, há mais de um ano, feitos parvos. A aceitar as regras mais estapafúrdias e mirabolantes e a dizer que sim, porque cumprir é o que está a dar, comer e calar. E, acima de tudo, não pensar nem questionar.

14MAI2021


MARIA JOÃO ABREU 

(14ABR1964-13MAI2021)

Quando morre alguém ligado às artes, de quem sempre gostámos, e que, de alguma forma, nos acompanhou durante anos e anos, ficamos tristes e sentimos a perda também nossa. Quando é alguém da nossa idade, que naturalmente julgávamos que teria ainda muita vida pela frente, sentimos o choque da incerteza do tempo que nos resta. Que nos sirva para procurarmos pôr tudo em perspectiva. Que nos sirva para descartarmos o que nos incomoda no dia a dia e que não vale mesmo nada. E para sabermos valorizar todas as pequenas coisas que verdadeiramente importam, quase sempre invisíveis, imperceptíveis. Que nos sirva de lição para pararmos de desperdiçar o tempo que nos parece estar sempre a sobrar e que, de um momento para o outro, é garantido que nos vai faltar.


IVO CANELAS. MUITO PRAZER EM CONHECER-TE!

Só ontem descobri que existe um ator em Portugal chamado Ivo Canelas, e que é dono de um talento assombroso. Tive a sorte de assistir ao espectáculo em cena no Time-Out Marker-Estúdio, no Mercado da Ribeira, em Lisboa, em que Ivo Canelas se revela, em toda a sua dimensão, no monólogo "Todas as Coisas Maravilhosas", escrito por Duncan Macmillan e reinventado pelo ator.

Em teatro, o monólogo é a prova final. Um ator capaz de cativar a plateia, num monólogo, é capaz de superar qualquer outro desafio de representação. Neste caso são duas horas, sem intervalo, com uma permanente interação com o público que, ao ser constituído por pessoas diferentes em cada dia, faz com que não existam duas representações iguais e obriga o ator ao constante improviso que, no entanto, é feito de fluidez e nunca interrompe a cadência da história.

Sem entrar em detalhes, que poderiam arruinar a surpresa de quem ainda não foi e quer ir assistir, posso apenas assegurar que é um espectáculo a não perder. Não é mais uma ida ao teatro, é uma nova experiência de vida. Durante aquelas duas horas não existem fronteiras entre o ator e o público. Estamos todos em palco e à mercê uns dos outros.

O texto fala da depressão, da tristeza e das alegrias, e dos truques (como a música, por exemplo) para fugir às primeiras, ou seja, uma temática que nos toca a todos e que dificilmente deixará alguém indiferente. Ivo Canelas agarra o texto e o público, de tal maneira, que se torna difícil aceitar que tudo aquilo que nos é contado, não seja autobiográfico. Não conseguimos descolar a história daquela pessoa, tão próxima, daquela presença empática que nos transporta, num raro equilíbrio entre a intensidade e a leveza, para o cerne das fragilidades humanas, que são tanto as mais comuns como as mais difíceis de tratar.

Tudo isto só é possível quando estamos perante um grande ator. Ivo Canelas. Muito prazer em conhecer-te! Muito obrigada.

13MAI2021



O TEMPO VOA, O TEMPO CORRE, ALGUÉM O AGARRA?

Noutro dia perguntei-te se, para ti, o tempo passava depressa ou devagar, e tu respondeste: "Muito depressa!". Para mim e, provavelmente, para a maioria das pessoas também! O tempo voa, o tempo foge, e é muito difícil fazer com que ele abrande e impossível fazê-lo sossegar.

Perguntei-te depois como é que medias o tempo e tu disseste-me: "Pela quantidade de coisas que não consigo fazer!". Aqui não podíamos ser mais diferentes porque eu meço o tempo ao contrário, ou seja, pelo que já fiz. E nem sequer penso na quantidade de coisas, detenho-me mais na diversidade de experiências, sentimentos e emoções que já tive oportunidade de viver, as pessoas que conheci, os sítios que visitei, os erros que cometi e os acertos também.

Eu não ia aguentar que o tempo me estivesse constantemente a ultrapassar, a frustrar e a condicionar. Talvez tudo isto seja imaginação mas gosto de pensar que sou eu que defino a cadência do tempo, pelo meu pensamento, pelo que opto fazer, mais depressa ou mais devagar.

Disseste-me depois, aqui já sem eu perguntar, que o passado não te detém, que só te interessa o presente e, quanto muito, o dia de amanhã. Neste aspecto voltamos a estar nos antípodas. Eu, confesso, faço coleção de passado, de memórias, como quem coleciona livros ou discos, e essa coleção é um verdadeiro tesouro. Não quer dizer que esteja presa ao passado, não estou refém de coisa nenhuma, pelo contrário. O passado é a minha escola, é onde vou buscar o conhecimento para não repetir erros e para viver melhor cada dia. Por outro lado, também penso no futuro, mas sem comoção, confesso. Porque o futuro também é imaginação e, ao contrário do passado, sobre ele é que é mesmo tudo inventado.

Felizmente estamos aqui no presente, a ter esta conversa, tão encontrados. Apesar de cada um fazer a gestão do seu tempo, da sua vida, à sua maneira, é agora, no presente, que o que vale verdadeiramente a pena acontece.

O tempo que é tão limitado é, simultaneamente, um tema infinito. Um assunto para sempre inacabado.

7MAI2021



"Volta ao Mundo em 800 Dias". (1ª parte)

por Francisco Sande e Castro

Uma coisa é uma pessoa ter um sonho estapafúrdio como, por exemplo, "Eu ainda hei-de dar a volta ao Mundo de moto", outra coisa é concretizar esse sonho, e é a descrição desse sonho, tornado realidade, que Francisco Sande e Castro relata neste livro, num estilo de diário de bordo, sem peneiras, terra a terra, divertido, no ritmo certo, não esquecendo algumas pinceladas geográfico-culturais, porque todos temos sempre muita coisa para aprender, e poucos teremos a oportunidade de chegar, pelo próprio pé, aos sítios onde este intrépido aventureiro dos nosso tempos nos leva, à pendura, nesta leitura.

Do asfalto decente ao esburacado, da terra batida à areia solta, das paisagens luxuriantes e paradisíacas, sem ninguém, aos infernais centros urbanos, onde o caótico trânsito compete com uma poluição asfixiante, do calor tórrido a chuvadas diluvianas, vamos parando para almoçar e jantar, quando calha, nos sítios mais inacreditáveis, com ementas a condizer, já para não falar das dormidas que nem vou descrever. É preciso mesmo ler para crer.

Uma leitura que é um gozo, para todos os que gostem de viajar e conhecer verdadeiramente os sítios e as gentes de exóticas paragens em longínquos continentes. Para os que gostam de viajar de moto então, é imperdível. Eu já ri muito sozinha, ao longo desta leitura, e, com o entusiasmo, acabo por estar a fazer a viagem mais depressa do que gostaria, tanto que ao fim de poucos dias já cheguei à Indonésia, ou seja, estou mesmo a acabar o primeiro volume do relato desta fantástica aventura. Por outro lado estou muito feliz por ter arriscado, logo à partida, fazer a viagem até ao fim. Definitivamente não faz sentido ficar a meio e é o que me consola, saber que acabo esta etapa e tenho a outra, inteira, ainda por começar.

Quando chegar ao fim da viagem, ou seja, ao fim do segundo volume, é natural que tenha algo a acrescentar. Até aqui, mais do que achar piada aos relatos sobre sítios por onde também já passei, estou é presa e fascinada com a descrição de experiências que sei que muito dificilmente terei. A única pena que tenho é que no livro se tenha poupado tanto nas fotografias. Apetecia-me ver mais e creio que à maioria dos leitores também.

Este reparo não invalida que seja muito generoso, alguém viver algo tão formidável e sentir vontade de partilhar essa experiência. Esta leitura tem sido mesmo viajar sem sair do lugar e, agora mais do que nunca, não me podia ter vindo mais a calhar. Muito obrigada ao autor e também ao meu amigo Pocas, seu companheiro de anteriores aventuras, graças a quem acabei por saber que o Francisco existia, através das, às vezes, tão mal amadas redes sociais. Eu sou adepta e cada vez tenho mais boas razões para isso.

19ABR2021



E O QUE É A FELICIDADE, AFINAL?

Esta manhã uma amiga minha desafiou, aqui no Facebook, os seus amigos a definirem felicidade. Eu escrevi que a felicidade é uma escolha interior. Depois ainda trocámos uma ideia ou outra mas, o que é certo, é que passei o resto do dia a pensar nisso. Felicidade é um conceito tão lato e, ao mesmo tempo, tão variável, para cada pessoa, que se torna impossível encontrar uma definição suficientemente abrangente, que sirva a todos. Cada um sabe (ou deveria saber) o que o faz feliz. E eu descobri hoje que o que me faz verdadeiramente feliz, cada dia, é ter um propósito, uma missão (comigo, com os outros, seja de que tipo for), e chegar ao fim do dia e ter conseguido alcançar essa meta. Depois, o dia seguinte, volta a estar em branco, por estrear, e a dar-me a oportunidade de ser feliz, outra vez, desde que não me esqueça de estabelecer um propósito. E assim, sucessivamente. A felicidade, como eu depois comentei com a minha amiga, não é como chegar a um sítio e ficar tudo arrumado. A felicidade é, de facto, volátil, está-nos sempre a escapar, e o gozo que dá é esse mesmo, é a teimosia diária de a conseguir agarrar.

15ABR2021


A IMENSA SOLIDÃO DA IMAGEM

Todos conhecemos histórias de famosos, idolatrados pelas suas legiões de seguidores, mas que viviam na maior tristeza e solidão. Alguns acabaram por não aguentar, e desistiram de viver. Essas histórias nós conhecemos, aparecem nos jornais e, quase sempre, são um tremendo choque para todos. A opinião pública fica perplexa porque os considerava os mais belos, ou os mais talentosos, ou até os que faziam rir toda a gente. As famílias e os amigos mais chegados descobrem, tarde demais, que afinal estiveram muito afastados. Estavam, afinal, do outro lado do frio espelho de uma imagem.

Comecei por referir os famosos mas, obviamente, quem me preocupa a sério somos todos os outros, os nada famosos. Nos tempos que correm, grande parte da comunicação faz-se pelas redes sociais e por mensagens escritas e, agora, temos uma agravante, as pessoas não se podem encontrar nem se podem abraçar, como até há pouco tempo ainda podiam, e mesmo quando se vêem, é através de um também frio ecrã. Até quando, muito raramente, existe um encontro físico, estão atrás de uma máscara.

Mesmo sem darmos por isso, e até sem querermos, estamos a viver cada vez mais por trás de uma imagem e não nos podemos esquecer, nunca, que nós não somos o que parecemos, o que publicamos, o que partilhamos, com uma maior ou menor plateia. Nós, humanos, precisamos de intimidade para sermos saudáveis e sermos felizes. Não precisamos de muitos amigos nem de sermos muito populares ou conhecidos. Basta-nos ter alguém, uma pessoa só, que nos conheça a alma, alguém a quem não escondemos nada do que somos, para ser possível mantermos o equilíbrio e até a sanidade mental.

Quando a ninguém nos confessamos, sem filtros nem camadas, quando não temos alguém que conheça as nossas fragilidades e incongruências, as nossas contradições e os nossos disparates, vivemos em absoluta solidão. Vivemos por trás de uma imagem que, na realidade, não é nada. Não adianta ser muito popular, ter centenas de conhecidos que apelidamos de amigos, se nenhum nos viu chorar, se nenhum nos ouviu zangados, passados, tristes ou desesperados.

O que nós parecemos pode até ser divertido mas não substitui quem somos e o que verdadeiramente sentimos. Podemos estar sós e nunca sentir solidão, se soubermos que há alguém que nos conhece e que está mesmo connosco, sem vidros nem espelhos, dentro do nosso coração e sempre ali, à mão, para o que der e vier, para nos dar colo e nos amparar, se for caso disso, ou para se rir connosco, à gargalhada, dos dramas que também inventamos, por tudo e por nada.

14ABR2021


O SENTIDO DA VIDA

Quando éramos crianças, inocentes, no conforto da nossa absoluta ingenuidade, imaginávamos que o melhor estava para vir. Tínhamos a vida toda pela frente. E pensávamos que esse tempo imenso traria, seguramente, as melhores surpresas e as maiores aventuras. Já para não falar que não teríamos de fazer testes nem trabalhos de casa, obedecer aos adultos, ir para a cama quando nos mandassem e sair dela quando nos mandassem também, enfim, vivíamos mergulhados na maior ilusão, e felizes da vida com tamanha expectativa.

Até aqui tudo certo. Agora, chegarmos a adultos, alguns de nós já bem maduros, e continuarmos a ansiar pelo futuro? Seja pelo fim do dia de trabalho, pelas sextas-feiras, pela primavera, pelo verão, pelo Natal, pelas férias e, até, pela idade da reforma? Isto é que me parece, no mínimo alarmante. Quer dizer que não aprendemos rigorosamente nada com a grande ilusão que tivemos no passado. Além disto, que já é bastante grave por si só, qual é a pressa para chegar a esse futuro? O futuro que é a maior incógnita, a ideia mais incerta? Sobre o futuro só temos duas certezas: Está a diminuir e vai acabar. Até pareço um ecologista a escrever, sobre a esperança da vida humana na Terra, mas não, isto hoje é só uma reflexão sobre os nossos erros individuais. Sobre os coletivos fica para outro dia, talvez.

A verdade é que a vida só existe no presente. Se o presente nos parece um deserto ou um oásis convém não esquecer, ter presente (era impossível resistir a isto), que depende quase sempre da nossa atitude mudar esse cenário. O primeiro passo é colocarmos as nossas prioridades por ordem, no sítio certo. E o que é que é mais importante na vida? São os afetos, os que somos capazes de sentir e de gerar, todos, até os desalinhados, os que parecem complicados, concertar, manter ou melhorar. É só isto que importa.

Tirando os seres geniais que com a sua arte ou engenho deixam obras imortais, nós, os comuns dos mortais, só vamos deixar um rasto do nosso afeto e apenas enquanto viver alguém que se lembre, que tenha saudades e sinta a nossa falta.

E podemos ter a certeza de ter vivido bem a nossa vida se, enquanto andámos por cá, tratámos bem quem nos rodeava, mesmo (eu diria, principalmente), aqueles de quem não dependíamos, aqueles que não nos podiam dar nada, para além do afeto. Acredito que é mesmo isto que importa, que é este o verdadeiro sentido da vida.

6ABR2021



A APOLOGIA DO EXTREMISMO E O MITO DA RAZÃO PURA

O desaparecimento da dialéctica é um fenómeno decorrente dos tempos que atravessamos, em que toda a gente se sente muito informada mas, na realidade, ninguém sabe exatamente o que é que se está a passar. Parece que já não interessa discutir, com lógica, raciocinar com método, apresentar argumentações cuidadas, manter uma atitude de diálogo pela busca de conhecimento, ter dúvidas e colocar questões. O que importa a cada um é tentar incutir no outro a confirmação da própria razão, e, se isso não resultar, rotular o interlocutor de ignorante, ou mesmo de burro. E fica toda a gente contente. Ninguém aprendeu nada com a discussão mas, aparentemente, esse também não era o objetivo.

Num passado muito recente fiz umas tentativas de comunicação nas redes sociais, depois de me ter apercebido em publicações de notícias partilhadas, ou mesmo diretamente nas páginas dos jornais, que muito raramente se mantém o nível da mais básica educação, quando as opiniões divergem. Quem se dá ao trabalho de partilhar um comentário é logo rotulado como extremista. Ou é negacionista ou covideiro, ou é pro vacinas ou anti vacinas, ou é da esquerda estalinista ou da direita nazi, ou é burro ou é inteligente. Não existe um espaço para quem tem dúvidas, daí esta experiência ter sido muito mais desgastante do que eu previra, acabando por ser contemplada com respostas absurdamente fora do contexto e até, algumas, agressivas e ofensivas. Teimosamente ainda respondi a uma ou outra tentando manter o nível, e recuperar um diálogo aceitável, mas foi sempre pior a emenda do que o soneto. Parece que, como já referi, o assunto importa muito pouco e ter razão é que é fundamental.

Para que serve estarmos cobertos de razão se não sabemos discutir? Se não estamos minimamente interessados em ouvir e conhecer outros pontos de vista e respetivas argumentações? Ter razão só para si próprio é o mito da razão pura. Não serve rigorosamente para nada. Tal e qual como as certezas absolutas.

A sociedade está mais polarizada do que nunca, dividida de uma forma exacerbada. Será que a velha fórmula de dividir para reinar continua válida? Ao contrário da velha arte dialéctica, que nos munia da capacidade de discutir, de ouvir quem não pensa como nós, e de aprender alguma coisa? Dá que pensar. Fica a reflexão para quem quiser aproveitar.

3ABR2021


Antigamente o dia 1 de Abril destacava-se por ser o dia das mentiras mas, nos tempos que correm, já é um dia como outro qualquer. Perdeu a graça isto de andar à procura das mentiras quando andamos, em todos os outros dias do ano, à procura de uma réstia de verdade.

1ABR2021


Pensarmos que temos sempre muito que aprender é a maneira mais eficaz de combater a ignorância, na sua forma mais severa, que acontece, inevitavelmente, quando não temos dúvidas, ou seja, quando não temos a mínima noção dela. 

Quanto mais informados mais tolerantes, quanto mais ignorantes mais arrogantes. Já repararam? Nunca falha.

30MAR2021


Quando soube que morreu esta semana, com 94 anos, Lou Ottens, o holandês que inventou a cassete, lembrei-me do tempo em que não tinha dinheiro para comprar discos em vinil e que dependia da rádio para ouvir música. A certa altura os meus pais ofereceram-me um rádio com leitor/gravador de cassetes, na gíria da época, "um tijolo". Ficava então ao serão a ouvir os programas de música da rádio e a gravar para as cassetes as minhas músicas preferidas, para depois as poder ouvir quando e as vezes que quisesse.

Hoje, com Spotify, YouTube, Smart TV e afins, assistimos a todos os concertos que queremos, quando queremos. A nossa geração testemunhou uma alucinante revolução tecnológica. Para os mais novos é difícil entender tempos sem telemóveis, internet, tempos em que tirar uma fotografia gastava rolo e que só sabíamos o resultado do disparo depois de mandar revelar. E a surpresa que era abrir aqueles envelopes! Enfim, acho uma sorte termos vivido o antes e depois do digital porque, por um lado valorizamos muito aquilo que temos, por outro, venha o que vier a seguir, já provámos que nos vamos adaptar... e aproveitar.

14MAR2021


Perhaps the meaning of life is to put the very best of you in everything you do. Perhaps that's what true deep happiness is all about.

(Texto que escrevi como comentário a uma publicação de uma página de poesia - Poetic Outlaws - e ainda não consegui escrever este pensamento em português, de uma forma tão clara. Mas como gosto muito da ideia, deixo aqui, mesmo assim) 


HISTÓRIAS DA VIDA DOS OUTROS? SÓ NA PRIMEIRA PESSOA.

Em pouco tempo seremos oito mil milhões de seres humanos neste planeta e, não só não existem duas vidas iguais, como existem, com certeza, milhões de vidas totalmente desconhecidas, que nada têm de banal.

Quase desde os primórdios do Facebook que sigo uma página que se chama "Humans of New York". Inicialmente publicavam fotografias de gente anónima de Nova Iorque, com um breve resumo sobre cada um dos fotografados. Há muito tempo que essa página quebrou fronteiras, manteve o nome mas vai pelo mundo fora, à procura de anónimos, que não se importem de abdicar desse anonimato absoluto, e que queiram partilhar parte das suas vidas únicas. E a página foi também mudando o conceito, o foco já não incide nas fotografias das pessoas mas sim nas histórias dessas vidas, muitas vezes escritas em três ou quatro publicações sequenciais, porque há histórias que merecem não ser espartilhadas em resumos exagerados e, já sabemos, o Facebook não é o sítio ideal para encontrar leitores de textos longos, muito menos se forem publicados de uma só vez.

Descobri ontem uma página portuguesa, exatamente com o mesmo conceito da atual "Humans of New York", que se chama "Nós nos Outros". A página já existe há algum tempo mas nunca me tinha aparecido. Quis o acaso que uma amiga minha ali deixasse um comentário, uns minutos antes de eu passar pelas notícias que o Facebook escolhe para me apresentar, cada dia, e lá me apareceu o destaque. Fiquei curiosa e o resultado foi ter passado muito tempo a ler algumas histórias, umas mais inspiradoras do que outras, mas todas a provar que é um mito, esse das pessoas comuns e das vidas banais, quando anda por aí tanta gente com histórias de vida surpreendentes, pelas mais variadas e inesperadas razões.

Embora não existam duas vidas iguais, há, no entanto, muito mais paralelismos e muito mais pontes entre nós, humanos, do que às vezes somos levados a sentir e pensar. Não somos nada de especial, somos muitos milhões, com histórias de vidas únicas, e é por vezes um revigorante banho de humildade conhecer vidas extraordinárias, contadas com toda a simplicidade, na primeira pessoa.

Ler ou ouvir o que alguém quer contar sobre si, e a vida que lhe tem tocado viver, devia ser a única forma de nos debruçarmos sobre a vida alheia. Tudo o resto, o que julgamos ou pensamos sobre a vida das outras pessoas, além de não passar de uma fantasia que só existe na nossa imaginação, não serve mesmo para nada, nem para nós nem para os outros.

23FEV2021


PASSAR DE UMA RODA VIVA PARA O ABSOLUTO LAZER.

Será que estávamos preparados para isto?

Acordarmos e termos um dia inteiro à nossa mercê, sem obrigações nem horários, sem atilhos nem cadilhos. E depois outro dia e mais outro, e uma semana e outra, e um mês depois do outro...

Para alguns, esse lazer absoluto quer dizer que se pode fazer tudo o que se gosta, quando e sempre que se quer, mas, para outros, equivale a não ter nada para fazer. Para alguns é o máximo esplendor da liberdade, para outros é como cair num vazio e chega a ser aterrador.

Uma ideia para que o tempo livre seja mesmo sinónimo de liberdade, para quem o tem, e para que esteja sempre de feição, é lembrarmos-nos do que queríamos mas não podíamos fazer. Quando andávamos numa correria, numa sucessão de tarefas e obrigações, com horários encadeados, tantas vezes impossíveis de cumprir, sobrepostos, em que ficávamos de rastos. Atropelados pelo tempo que passava por cima de nós a correr, com pressa, por se estar a esgotar, aflito por nunca chegar.

Eu, que era desse grupo dos que se queixava de falta de tempo, descobri em mim, felizmente, uma vocação nata para o lazer e, na verdade, só lamento que este dom não seja considerado digno de ser remunerado. Poder fazer tudo o que quero, ao ritmo e cadência que me apetece, parece-me mesmo o maior luxo que se pode ter na vida.

Apesar de não se poderem fazer visitas ou organizar jantares com a família e os amigos, podemos telefonar e pôr em dia conversas que foram sendo sucessivamente adiadas. Dantes eu dizia que não gostava de falar ao telefone, uma ótima desculpa porque não tinha tempo para telefonar a ninguém. Agora falo ao telefone todos os dias, várias vezes e, talvez por estar sempre nas calmas, afinal descobri que gosto de falar ao telefone. Ontem, por exemplo, ligou-me ao serão uma muito querida amiga com quem eu não falava há meses e, mesmo nessa altura, tinha sido de raspão. De início era só para me dar um recado e acabámos por ficar, com todo o tempo do mundo, a conversar sobre nós e as nossas vidas e foi dos melhores serões que tenho vivido nesta fase, em que tenho, finalmente, o tempo sempre a meu favor.

Apesar de não se poder viajar, podemos reviver todas as viagens que já fizemos. Organizar as fotografias, fazer álbuns, editar vídeos e, para quem tenha o hábito de escrever, passar a limpo as notas das viagens. Acaba por ser voltar a viajar, desta vez sem pressas, sem sair do lugar, sem ter de fazer malas, sem ter de ir para o aeroporto, sem ficar com espertinas a meio da noite por causa do "jet lag"... e tudo isto... à borla!

Arrumar papelada. Todos vamos guardando, ao longo da vida, papeis e mais papeis que já não servem para nada. Temos agora uma ótima oportunidade para nos livrarmos deles - o papelão agradece - e uma oportunidade também para encontrarmos outros papeis, dos quais já nem nos lembrávamos e que são para guardar e que nos vão dar tanto prazer reler e recordar.

Ler livros. Os que temos em casa e que ainda estavam por ler e, porque não, reler aqueles que sabemos que gostámos mas que lemos há tantos anos que já nem sabemos bem porque é que gostámos. Alguém já escreveu que ler livros é viver várias vidas e que quem não lê livros vive apenas uma vida (e eu acrescento) e apenas uma época.

E podia ficar aqui a dar muitos mais exemplos da infinidade de coisas boas que há para fazer, com o tempo por nossa conta, mas estou a ficar com fome e vou preparar o almoço. Olha, outro passatempo infinito, e que eu adoro, cozinhar.

Cada um é que sabe o que gosta de fazer. É só fazer isso, muito e muito bem, e o mais importante, é que envolva, sempre que possível, fazer bem a mais alguém. O mundo precisa disso também.

18FEV2021


Normalmente sou mais dada às dúvidas mas hoje descobri uma certeza. O pior investimento que fiz na vida foi renovar o passaporte no final do ano de 2019. Será que depois prolongam o prazo de validade dos passaportes? Depois, sabe-se lá o que é isso, quando é isso... Bem, vou mas é ler ficção que é coisa que sempre percebo com muito mais clareza, e me dá mais consolo, do que esta realidade confusa, este lodaçal em que estamos atolados e em que, alguns, ainda se sentem bem, ainda acreditam que estão a ser muito bem governados e, melhor ainda, se sentem também muito bem informados.

9FEV2021


Nunca te queixes de o tempo não passar ou passar devagar. O tempo passa e não volta a passar. Passa e já se foi, já é passado, cada vez maior, mais pesado. Se te quiseres queixar do tempo, mesmo assim, queixa-te de que não te liga nenhuma, que não quer saber se estás atarefado ou entediado, feliz ou desgraçado. Queixa-te de que nunca espera por ti, que vai passando indiferente, sem pedir licença a ninguém. Quando finalmente o quiseres agarrar, o tempo, que esteve sempre a passar, já estará mesmo a acabar, já estará muito perto do fim e, cansado, até de te contrariar, vai mesmo deixar de passar.

9FEV2021


ACORDAR

Pensarmos primeiro no Universo e depois na nossa dimensão.

Na verdade, somos insignificantes.

Não tem nada de negativo nem de errado, esse banho de realidade, pelo contrário, livra-nos de cair na armadilha de nos acharmos muito importantes e de nos portarmos como patéticos arrogantes.

6FEV2021


ESCOLHAS

Há pessoas que nos fazem sentir bem, as que nos inspiram e nos transmitem um bom astral, e pessoas que nos fazem sentir mal, as tóxicas e que sugam a nossa boa energia. Rodearmos-nos das primeiras e evitarmos o mais possível as segundas está nas nossas mãos e é, evidentemente, o caminho para uma vida muito mais feliz. Isto escrito assim parece uma banalidade mas, o que é certo, é que às vezes nos esquecemos e deixamos-nos desgastar com quem não aporta nenhum bem à nossa vida, e, ou porque somos obrigados ou porque nos distraímos, acontece acabarmos por perder tempo com quem não merece. O truque é, assim que possível, fugir-lhes a sete pés e procurar com urgência fontes de equilíbrio que nos recarreguem a energia e nos reponham o bem estar. O tempo de vida que temos é muito limitado e demasiado precioso para ser desperdiçado.

6FEV2021


Se víssemos o tempo a fugir, corríamos para o agarrar. Mas o tempo não se vê, até parece inventado. Às vezes falta outras sobra, ora voa ora fica parado. Sendo o bem mais precioso, é também o mais desprezado. Às vezes até o queremos matar, mesmo sabendo que é feito da nossa vida, mesmo com a certeza de que, um dia, vai acabar.

1FEV2021


TALVEZ O POVO MAIS OBEDIENTE DO MUNDO... E O MENOS EXIGENTE TAMBÉM.

O povo português é dos povos mais submissos e cumpridores do planeta mas, mesmo assim, tenho visto, nas redes sociais, muitos portugueses indignados com o comportamento de outros portugueses, defendendo que o resultado catastrófico das regras impostas pelo governo, para gerir esta pandemia, é culpa dos que põe em causa a eficácia dessas regras. Os fanáticos do cumprimento das regras, por mais absurdas que sejam e por menos cariz científico que possam ter, por exemplo ser possível vender comida em "take away" mas não se poder vender qualquer bebida - nem sequer água - ou, quando se podia ir a restaurantes, ter de andar de máscara em pé mas poder tirá-la sentados, defendem com unhas e dentes que fiquemos todos presos em casa, saudáveis ou doentes, e que fechem todos os negócios não essenciais, porque continuam a acreditar que estas medidas são eficazes e que se estamos a obter os piores resultados jamais imaginados é porque não somos, ainda, suficientemente obedientes, como povo.

É evidente que quem defende que fiquemos todos em casa, e que se fechem os negócios não essenciais, são aqueles que vivem em casas onde não falta nada e que mantém os seus rendimentos assegurados, revelando a maior falta de solidariedade quando ficam entretidos a atirar pedras, talvez para combater o tédio de estarem em casa sem nada de melhor para fazer, aos milhares de portugueses que já perderam o seu trabalho, que estão em risco de perder as suas casas e de não ter dinheiro para pôr comida em cima da mesa para as suas famílias.

Nos outros países o povo indigna-se com a falta de eficácia dos governos na gestão da pandemia, governos que entendem ter por obrigação e dever proteger as suas populações. Em Portugal não, tanto é assim que a mais recente sondagem aponta para 40% de intenção de voto na manutenção desta governação. Ou seja, o povo está contente com quem vai ao leme (mesmo que este nem saiba onde está o leme) e, concretamente, os que ainda não começaram a sofrer os danos causados pelo encerramento das atividades, entretém-se a culpar, pela calamidade já instalada, os que gostariam de continuar a trabalhar para se poderem sustentar.

Uma coisa é certa, há uma regra que não está a ser cumprida que é a ideia da medicina que defende que o tratamento de uma doença nunca pode ser pior do que a própria doença. Seria muito interessante começarem a contabilizar os números das vítimas colaterais da pandemia para se perceber mais claramente que existem muito mais vítimas da "cura" do que do mal. Estamos todos à beira do abismo mas a culpa não é do povo português que, sem dúvida nenhuma, é pacífico, submisso, paciente e obediente, aliás, como povo só temos, talvez, a culpa de sermos tão pouco exigentes com quem nos governa.

29JAN2021


A VIDA SÓ TEM UM SENTIDO E NÃO É EM DIREÇÃO AO PASSADO

Li vários textos, nos últimos tempos, em que as pessoas estão convencidas que voltaremos à vida normal quando esta crise acabar, ou seja, à vida como a conhecíamos antes da pandemia. Não querendo ser desmancha prazeres, para os que acreditam que o tempo volta para trás, e que depois de uma crise global as coisas voltam a ser como dantes, se calhar já vai sendo tempo de interiorizarem que essa vida normal acabou definitivamente, que a normalidade agora é esta e que não sabemos que normalidade nos trará o futuro. Não existe na história de humanidade esse fenómeno de as vidas voltarem a ser como eram no passado, mais dificilmente ainda seria isso acontecer depois de uma crise com esta magnitude interruptiva.

A vida agora é assim, no futuro vai ser diferente do que é agora e do que foi no passado. Os que melhor e mais rapidamente se adaptarem a esta ideia, de evolução e de inevitáveis alterações, são os que mais facilmente sobreviverão, e os que irão viver mais felizes, porque não vão ficar à espera da concretização de uma utópica ilusão de regresso à vida como a conheceram no passado. O passado foi lá trás, a vida é sempre em frente e em constante mudança.

28JAN2021


Dia 23 de Janeiro é o dia mundial da liberdade. A liberdade é um conceito lato, que vai muito para além de podermos andar de um lado para o outro. A liberdade fundamental é a liberdade da expressão do pensamento, essa é que nunca pode acabar e por ela há que continuar sempre a lutar. Não é possível respirarmos confinados pelos muros do que os outros possam pensar, termos medo de acabar sozinhos, incompreendidos, quando não existe maior solidão do que ficarmos calados e nos deixarmos prender, e perder tanto a nossa verdade como a nossa emoção de viver.

23JAN2021


Faz-se atualmente a apologia da obediência cega a regras, por mais estapafúrdias que sejam, por mais contraproducentes e desgovernadas que se revelem, e chamam-lhe democracia, e eu estava aqui a pensar que nunca teria havido uma única revolução no mundo se não existissem pessoas com coragem para serem desobedientes. Por exemplo o 25 de Abril, quando existia uma ditadura, quando havia censura, quando o cidadão exemplar era o que não se queixava nem questionava, quando se castigavam e prendiam os que se atreviam a expressar um pensamento diferente, quando a liberdade não era considerada um direito fundamental.

19JAN2021


Nada me choca mais do que a falta de solidariedade e a falta de sensibilidade em relação aos que sofrem e não vivem no conforto em que nós vivemos. Os que vivem em casas frias, em casas com violência, em casas onde não há o que comer porque se perderam os trabalhos, em casas com profundas depressões, não esquecendo os que já nem casa têm. Há muito sofrimento calado, de que ninguém fala. Convém não perdermos a noção de que somos uma minoria, os que se conseguem manter numa casa confortável e em paz, ao fim de quase um ano disto. Resiliência? A uns é exigida mais do que a outros, creio que todos temos essa noção. Mas antes de atirarmos pedras devemos pensar nos que mais sofrem com tudo isto, para além dos doentes e vítimas mortais do vírus de que se fala até à exaustão, e do pessoal dos hospitais, temos que ter noção também da devastação que vai por esse país fora, dos outros doentes e mortos, das pequenas empresas falidas, das famílias, da maioria da população, que não tem rendimentos garantidos, nem voz, nem paz, nem pão. Se não estão a sofrer na pele, por favor não atirem pedras aos que já estão no chão.

18JAN2021


A GENTILEZA É ALTAMENTE CONTAGIOSA

Agora que não nos podemos encontrar, fisicamente, prolongo as minhas visitas telefónicas diárias à minha Mãe, para atenuar a distância. Falamos sobre tudo e mais alguma coisa mas, principalmente, sobre ideias que nos passam pela cabeça. As sugestões de leituras, filmes e séries, e as partilhas de músicas, fotografias e curiosidades da atualidade são, na maior parte das vezes, feitas pelo whatsapp ou por email. Ontem falávamos sobre a solidão invisível, aquela que existe em pessoas que, aparentemente, estão rodeadas por outras mas que estão verdadeiramente sós.

A minha Mãe contou, a certa altura, que muitas vezes, no supermercado, vê pessoas de idade que parecem até meias perdidas, sozinhas, a tirar alguma coisa das prateleiras para depois a voltar a pôr no lugar, por exemplo, e lá vai a minha Mãe perguntar se as pode ajudar. Diz que, quase sempre, essas pessoas não só ficam surpreendidas como agradecidas, por alguém ter reparado nelas e se ter prontificado a ajudá-las, e depois aproveitam essa abertura para se deixarem ficar ali algum tempo a conversar. A minha Mãe vai fazer 87 anos em Abril e eu, confesso, fiquei a pensar o que é que ela entenderá por pessoas de idade, mas o que aqui quero realçar é a importância de estarmos mais atentos a quem nos rodeia.

Não custa nada, uma palavra de simpatia ou um sorriso, detalhes que podem transformar o dia de alguém num dia melhor, e como eu acredito no efeito borboleta, fiquei a imaginar que o mundo pode mesmo melhorar se nos importarmos sempre com os outros, principalmente com os que nos parecerem precisar mais de algum tipo de ajuda, apoio, ou apenas um pouco de atenção, mas também com outras pessoas com quem nos cruzamos, seja quem nos serve um café, quem está na caixa do supermercado ou quem está a varrer a nossa rua.

15JAN2021


Não peço nada ao Ano Novo, prefiro que me peça o Ano Novo a mim.

Que me peça para eu estar sempre à altura da sorte que tenho, por estar viva, com saúde, não conhecer nem a guerra nem a fome nem o que é não ter onde morar. Que me peça para não desistir de ser cada dia melhor do que no dia anterior. Que me peça para estar sempre atenta, pronta para ajudar quem de mim precisar. Que me peça para nunca abdicar dos meus valores e ideais. Que me peça para ser gentil mesmo quando me falta a paciência. Que me peça para agradecer todos os dias, cada momento feliz e sempre que um amigo se lembra de mim. Que me peça para eu nunca me esquecer que dar é receber a dobrar.

29DEZ2020


EM HONRA DA SOLIDÃO DE MUITOS

Tenho uma amiga a quem morreu o Pai em Novembro passado. Estava num lar, caiu, bateu com a cabeça, foi operado e não resistiu. Noutro ano qualquer esta seria uma história banal, que ficaria por aqui, mas neste ano foi possível este senhor morrer em Novembro e não receber um abraço da mulher, dos filhos e dos netos, nos seus últimos oito meses de vida. Além de ter morrido na maior solidão, deixou um vazio ainda mais difícil de suportar aos seus, que não lhe puderam dar o seu afeto, fisicamente, durante tantos meses e enquanto seria possível. Este é apenas um caso que eu conheço em primeira mão, infelizmente conheço outros, e hoje a minha pequena história é em honra de todas as pessoas que estão a sofrer de solidão extrema, dos que entretanto não resistiram, e morreram de tristeza ou de outra causa qualquer e, em honra ainda, de todos os que querem ou queriam o maior bem a estas pessoas sós e se vêem ou viram violentamente privados de o demonstrar num beijo, numa festa ou num abraço.

28DEZ2020


A VIDA NÃO SE PODE PASSAR A LIMPO

Hoje passei uma parte da tarde a escrever sobre este ano de 2020 e o que consegui, até agora, são várias páginas de um rascunho riscado, corrigido e anotado, com asteriscos, chamadas para trás e para a frente e ainda não tenho sequer uma frase que se aproveite... alguém já tentou fazer um balanço deste ano? Se calhar páginas consecutivamente riscadas e corrigidas é a imagem mais fiel do que tem sido este encadeamento de meses, semanas e dias que nós, nem com a imaginação mais alucinante, poderíamos ter previsto. Talvez até ao fim do ano me chegue a inspiração para escrever qualquer coisa, que se apresente, mas não me atrevo nem a fazer planos nem a fazer previsões. Isso este ano já me ensinou. A vida é uma incógnita absoluta e não temos controlo sobre coisa nenhuma. Um dia de cada vez, o mais bem vivido que se souber e puder. Não adiar o que se quer deixar feito. Amanhã sabe-se lá, logo se vê. Ninguém sabe se estará cá.

22DEZ2020


UM LIVRO PODE SER O TEU MELHOR AMIGO

Anteriormente pensei e até escrevi que não ia ler mais comentários de desconhecidos às notícias on-line mas, às vezes, não resisto. Tenho vontade de voltar a confirmar algumas evidências e, também acontece, ainda me pasmar, como por exemplo hoje, numa publicação sobre o lançamento de um romance, alguém ter escrito que não gosta de romances porque têm muitas páginas e é por isso que gosta mais de poesia.

Ao contrário do que cheguei a pensar, sempre aprendemos alguma coisa quando lemos, os comentários que outras pessoas escrevem, sobre as notícias publicadas nas redes sociais. Por mais dolorosa que seja, por vezes, essa leitura, acaba por ser o espelho que reflete mais rigorosamente o âmago da natureza humana que, como sabemos, não é tão maravilhosa como gostaríamos que fosse e está longe, por exemplo, de chegar sequer aos calcanhares da natureza de qualquer outra espécie animal do planeta. Nós, humanos, acima de tudo, competimos uns com os outros, sem nos respeitarmos, quase sempre, e às vezes penso como vai ser surpreendente, depois da nossa extinção, para outra espécie inteligente que apareça, analisar o comportamento bizarro que tínhamos uns em relação aos outros e encontrar aí uma das razões principais que levou ao desaparecimento do ser humano, dito inteligente mas, afinal, nem por isso.

A pressa e a reflexão, como é lógico, nunca andaram de mãos dadas, não é de agora. Infelizmente o que impera nos dias de hoje é a pressa e não existe forma mais eficaz de ludibriar o pacóvio do que omitir a contextualização de uma ideia, e apresentá-la em forma de título, porque a maioria não lê as letras pequeninas, não tem tempo. O que é verdadeiramente assustador é o nível de agressividade latente entre comentadores, quando, tantas vezes, nem uma parte nem outra sabe sequer do que é que está a falar porque, não só não leram o artigo na íntegra como, isso então nem pensar, foram investigar mais um pouco antes de escrever a primeira coisa que lhes veio à cabeça.

Existem várias formas para treinar o conhecimento, não ter pressa e aprender a competir, antes de mais nada, com nós próprios. A minha preferida é ler livros.

10DEZ2020


INFLUENCIA-ME QUE EU GOSTO

Tudo o que nos rodeia nos influencia, e ainda bem. O truque é saber escolher as influências dignas de abalar as nossa convicções, influências capazes de criar novos paradigmas que venham enriquecer ainda mais a nossa vida e, inerentemente, ampliar o nosso prazer de viver, feito da nossa capacidade de dar o que somos, sem medo de que o que somos seja feito do que vem de dentro de nós e do que soubemos absorver de outros.

Todos somos influenciáveis, mesmo os que julgam que não o são, os que se imaginam como cofres blindados onde nada entra, esquecidos de que se nada entrasse, nada poderia sair também.

8DEZ2020


CARLOS RUIZ ZAFÓN (1964-2020)

Hoje terminei a leitura de "O Labirinto dos Espíritos", o último dos quatro livros da saga do cemitério dos livros esquecidos, saga que começa com "A Sombra do Vento" e tem ainda, pelo meio, "O Jogo do Anjo" e "O Prisioneiro do Céu".

O Autor tem outros livros publicados, que também li com muito prazer, mas esta grande narrativa foi a que me prendeu para sempre. Gosto da "coincidência" de termos nascido no mesmo ano e nunca imaginei que me morresse tão novo. Confesso que, aquando da notícia da sua morte, me senti desamparada. Isto dos livros, dos autores e dos leitores, tem muito que se lhe diga.

É habitual eu rir e até dar gargalhadas quando tenho um livro nas mãos, já o confessei antes, noutras histórias, mas é muito raro chorar e hoje, ao chegar à última página, antes do epílogo, sentada à mesa da casa de jantar, iluminada pela inigualável luz de Lisboa refletida em prata no Tejo, depois de ter tomado o pequeno almoço e na companhia de um café e de um cigarro, chorei. Não foi um choro triste mas foi um choro de luto, um choro contido mas de generosas lágrimas a pingarem pelo queixo abaixo, um choro por saber que ele nunca mais vai escrever e que - porque somos sempre o centro da nossa vida, quer saibamos que é assim quer não - eu não vou ter mais nada de novo, seu, para ler.

Tudo se confunde nas histórias de Carlos Ruiz Zafón. Não há fronteiras entre a realidade, os sonhos e a imaginação, nem fronteiras entre o passado, o presente e o futuro. Também não existem fronteiras entre os espíritos que, é certo, gravitam sempre sozinhos mas que, quando se tocam, resplandecem, se transformam e dão sentido a isto a que chamamos vida. Não me é também indiferente o ambiente de Barcelona e a forma como é descrito, palco principal dos seus enredos, uma cidade que tive o privilégio de conhecer, muito bem, e de aprender a amar.

Feliz por saber que posso voltar a tocar neste espírito inspirador, sempre que quiser, porque os seus livros estão vivos, palpitantes na minha estante, e nunca serão esquecidos enquanto eu viver.

3DEZ2020



O carácter define-se pelo que fazemos e não pelo que pensamos ou dizemos, daí ser possível sentir empatia e até amizade pelos que têm opiniões diferentes das nossas mas, evidentemente, isso deixa de ser possível quando estamos perante atos que condenamos.

30NOV2020


As pessoas incorruptíveis, as que não se vendem nem se podem comprar, nem sempre são as mais respeitadas porque maior do que o respeito, que deveria ser inerente a isso, é o medo, e até a inveja, que geram, por serem tão livres e agirem apenas de acordo com os seus princípios, valores e instintos.

25NOV2020


Quando alguém me vem falar mal de um ausente fico a saber muito mais de quem fala do que de quem não está presente. Se for possível, se não vieres falar de ti, não me venhas falar de ninguém. Fala-me do mundo, da atualidade, de arte, de poesia, de História, de ideias, de sentimentos, do que quiseres, mas nunca me venhas falar de quem não está, porque te fica tão mal falar, de quem não está, como a mim me angustia ouvir falar sobre quem não se pode defender, nem tem uma palavra a dizer.

25NOV2020


Cativos só estamos da nossa cabeça que é, afinal, a nossa liberdade, mas disso tantas vezes nos esquecemos e deixamos-nos ficar presos, sem buscar novas ideias ou pensamentos.

25NOV2020


SE EU PUDESSE ESCOLHER

Não queria chegar à idade de alguém ter de tomar conta de mim. Se eu pudesse escolher eu queria ficar por cá enquanto tiver vontade de rir, de mim, da vida, de seja o que for. Quando perder o humor, quando não tiver alegria, prefiro morrer, de preferência sem dores nem doenças, nada que aflija quem me quer bem. Eu sei que já estou a pedir muito mas o ideal seria ir dormir e não acordar, como a minha Avó Albertina. Como a minha Avó Albertina no estilo de sair daqui, não na idade - viveu 106 anos e conseguiu a proeza de viver em três séculos diferentes, nasceu no século XIX e morreu no século XXI. Não é para todos, muito menos para a minha geração, nascida mais ou menos a meio de um século. Lá estou eu a divagar, onde é que eu ia? Ah, já sei, não querer morrer velhinha, vir a ser um peso para quem me rodeia, quero sair daqui na maior leveza, e deixar saudades, claro, e boas memórias também.

6NOV2020



ESQUERDA E DIREITA, TÃO SÉCULO PASSADO COMO A COMUNICAÇÃO SOCIAL SER O QUARTO PODER

Uma das coisas boas que o ano 2020 nos pode ainda trazer, tenho essa esperança, é que acabe definitivamente com o anacronismo absurdo da designação de Esquerda e Direita como se de correntes políticas se tratassem, nos tempos que correm. Eu até gostaria de dizer que já não se usa mas, quando leio os jornais e as publicações nas redes sociais, parece que pouca gente concorda comigo, nessa ideia de Esquerda e Direita ser coisa muito do século passado.

Durante este ano em que temos sido todos postos à prova, uns mais do que outros, obviamente, mas em que todos levámos um abanão, parece que nasceram duas correntes, pelo menos existem em embrião: De um lado os defensores do sistema e do outro os que o questionam e, se tudo correr bem, estas duas correntes vão finalmente acabar com a ilusão de que nada mudou no mundo, nos últimos 50 anos, a nível dos sistemas políticos, do equilíbrio ou falta dele entre as potências e, acima de tudo, a nível da comunicação social, o máximo poder de quem tem efetivamente poder para governar os nossos destinos, como Humanidade.

Sim, Humanidade. Aquela frase linda "Think Global, Act Local" resulta sim, mas para preservar o meio ambiente, por exemplo, quando em casa separamos o lixo, reciclamos, não compramos o supérfluo, não comemos carne a torto e a direito, andamos a pé, de bicicleta, de transportes públicos, etc., mas no que toca à implementação das políticas sociais e económicas, creio que todos temos consciência, hoje em dia, que localmente não riscamos grande coisa em prole dos nossos destinos. A globalização é isso, também, como é o facto da Comunicação Social, que nós na escola aprendemos ser o quarto Poder ser, no presente, destacada, o primeiro Poder.

2NOV2020



"O Mundo à Minha Procura" de Ruben A.

Este texto não é uma crítica ao livro, essa seria impossível, porque é um livro que tem de ser lido para ser entendido e sentido, este texto é apenas uma homenagem, de uma leitora, a Ruben A.

Quem estiver à espera de uma autobiografia convencional, não a vai encontrar em "O Mundo à Minha Procura" até porque nada é convencional em Ruben A. 

Resplandecente de liberdade, desde o invulgar estilo narrativo, passando pela cronologia dos enredos - muito mais dependente de experiências sensoriais do que do encadeamento dos acontecimentos - até aos mergulhos às profundezas do Eu, sem medos, nem das fragilidades, nem das contradições, que todos temos, poucos sabemos e menos ainda admitimos. É assim que, ao sabor das encruzilhadas dos afetos e das emoções com as paisagens e os lugares, nos deixamos levar e, embalados por uma sensibilidade apurada e um fino sentido de humor, ao ritmo do estado de espírito do autor, iniciamos esta viagem quase a medo, como intrusos, vamos ficando cada vez mais à vontade, a certa altura já vamos de braço dado, já conversamos e rimos juntos e, quando acaba o livro, na verdade não acabou, porque é daqueles a que iremos sempre voltar, ou para reler uma passagem específica ou para abrir ao calhas e reviver um pouco dessa viagem, como quem folheia, com alguma nostalgia, um álbum de fotografias, à procura do passado, feito de pessoas e de lugares que, por mais distantes e até inatingíveis que agora nos possam parecer, nunca desaparecerão se os soubermos procurar, dentro de nós.

"Pressentia o encontro com a vida da paisagem física e humana que passava por mim todos os dias, o mundo à minha procura". Ruben A.

24OUT2020



O GOSTO DE LER A AUTOBIOGRAFIA DE RUBEN A.

Gosto de livros que, assim que os começo a ler, tenho logo de ir buscar um lápis de carvão, porque me dão vontade de sublinhar as frases que me tocam, pelo acerto com que trazem à luz ideias, sensações e emoções, e a que eu sei que vou querer voltar, sempre que me fizer falta ou, simplesmente, tiver vontade. Às vezes é uma pequena frase, outras pode ser uma página inteira, neste caso o sublinhar é mais prático, deixa de ser horizontal e à linha e passa a vertical de alto a baixo.

Gosto de livros que me fazem dar gargalhadas, que não tento controlar, porque nem seria possível, esteja onde estiver, numa esplanada, num banco de jardim, numa paragem ou dentro de um autocarro, às vezes ao alcance de olhares carregados, não sei se de surpresa ou reprovação.

Gosto de livros que me ensinam e me emocionam, que me trazem sabores, sons, imagens e aromas, que me fazem pensar, sentir, rir, chorar, viajar... tudo sem sair do mesmo lugar.

Gosto de livros aos quais anseio voltar, livros que devoro e, ao mesmo tempo, tento ler devagar, e releio várias vezes passagens antes de ter chegado ao fim, em que ando para trás e para a frente a garantir que nada me passou despercebido, não estivesse, num dos momentos de leitura, com a cabeça no ar.

Gosto de livros que, num gesto muito meu, ao chegar ao fim de um capítulo, os fecho com o marcador na página onde cheguei, e olho para a lombada para ver quanto novo prazer, em potencial, ainda poderei através deles vivenciar.

Gosto de livros em que entro como uma estranha, com algum desconforto até e, página a página, me vou sentindo cada vez mais em casa, uma casa de onde não me apetece sair, onde vai crescendo uma tremenda cumplicidade ao ponto de sentir vontade de conversar com o autor de quem, entretanto, já me sinto amiga íntima também.

Gosto de livros que sendo novos estão já gastos e envelhecidos de tanto os transportar e manusear.

Gosto de livros que ambicionava saber comentar e criticar mas que me sobram de tal maneira que não me sinto capaz.

Gosto dos livros raros com os quais me envolvo numa relação que não quero acabar.

10OUT2020 


RUBEN A.

Ruben A. morreu há 45 anos e, esta semana, a sua personalidade e obra foram oficialmente reconhecidas pelo Estado português, recebendo o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'iago da Espada, entregue pelo Sr Presidente da República aos seus filhos, quando se cumprem também, este ano, 100 anos sobre o seu nascimento.

Quem já teve a oportunidade de ler Ruben A. conhece a sua acutilante sátira aos costumes da sociedade portuguesa e ficará, como eu, a imaginar o que ele escreveria sobre a atribuição desta honra quase meio século depois de a poder gozar pessoalmente, no entanto, à boa maneira portuguesa, convém dizer que antes tarde do que nunca.

Celebrando o centenário do seu nascimento, a Assírio & Alvim reeditou " O Mundo À Minha Procura", autobiografia em três volumes, desta vez compilados e bem num só, e "Silêncio para 4" e eu, também a celebrar, e de que maneira, tenho andado mergulhada e maravilhada nas letras de Ruben A., não a tempo inteiro mas em todo o tempo de que livremente disponho e espero, em breve, partilhar o quanto me têm enriquecido estas leituras e, principalmente, o imenso prazer, e até impossíveis de conter gargalhadas, que me têm dado.

Somos um país de mui ilustres desconhecidos, alguns, embora tardiamente, vêm a ser reconhecidos mas, mais importante do que as honras oficiais recebidas é que a obra de Ruben A. seja lida e difundida.

Eu estou rendida.

25SET2020


AMOR AO CONHECIMENTO

Noutro dia a minha Mãe contou que o seu Pai, o nosso Avô Norberto, nos seus tempos de estudante, não tinha dinheiro para comprar todos os livros que gostaria de ler e então munia-se de folhas de papel em branco e ia para as bibliotecas copiar à mão os livros que não podia comprar. Depois encadernava os livros em casa. Eu acho esta história comovente e faço dela o ponto de partida para uma reflexão em relação ao que se passa nos nossos dias.

Nunca houve tanta informação disponível para a esmagadora maioria da população e nunca houve tanta ignorância também, porque há uma urgência, uma pressa constante para ver, ouvir e ler o que se passa à nossa volta, e muitas vezes para comentar à pressa também, mas, ao mesmo tempo, um total desprezo pelas dúvidas, pelas interrogações, pela pesquisa aprofundada sobre o que nos é servido de bandeja pela comunicação social, pelas redes sociais e pelas pessoas que nos rodeiam. Não há tempo, dá trabalho e, além disso, é até impopular questionar e pôr em causa o que nos é disponibilizado como informação. E poucos aguentam a impopularidade.

Esquecemo-nos que a informação que nos chega, além de ser forçosamente superficial por ter que ser absorvida e entendida por toda a gente rapidamente, já vem tratada por alguém, alguém que é provável que não tenha os mesmos critérios que nós temos, alguém com uma visão própria e que nada nos garante ser imparcial ou ajustada aos nossos princípios sequer.

Acredito que o primeiro passo para o conhecimento é a humildade, a consciência de sabermos muito pouco. Não é um drama, não é angustiante, é mesmo assim. Esta consciência vai criar um espaço vazio e uma vontade de o ir preenchendo à nossa maneira, com tempo, escolhendo as leituras, as pesquisas e as análises que fazemos, munidos apenas da nossa cabeça.

O segundo passo é não nos esquecermos nunca que o saber dá muito trabalho. Não, hoje em dia não precisamos de ir com folhas em branco para uma biblioteca copiar livros à mão, para depois os encadernar em casa, mas continua a exigir muito tempo e esforço ter conhecimento, seja científico, literário, político, artístico, linguístico, tecnológico... Seja "apenas" conhecer um pouco do que se passa no mundo que nos rodeia.

18SET2020


QUANTO MAIOR A INTOLERÂNCIA, MENOR A INTELIGÊNCIA

Vicente Jorge Silva escreveu, no DN do dia 15NOV2006, "Um dos custos do unanimismo é a erosão da democracia. A democracia não é unanimista." Daí ser muito salutar, para a democracia em particular e para a liberdade em geral, cada um aprender a pensar pela sua cabeça e não cair na tentação e no comodismo de ir atrás da imensa maioria que vê o mundo da mesma maneira e que é aquele que aparece nas notícias dos telejornais e depois é comentado nas redes sociais. Aliás, quando vemos toda a gente de acordo, contra ou a favor de alguma situação ou pessoa, devemos ficar logo de pé atrás e, depois de fazer o trabalhinho de casa e pesquisar a fundo de que é que trata, ter a coragem de ser uma voz discordante, se for caso disso.

Falo em coragem porque sei por experiência própria que há pessoas que confundem pontos de vista com o carácter de quem os assume e chegam ao ponto de se zangarem, ofenderem, cortarem relações e até espatifarem amizades de décadas, por terem ideias diferentes, por fazerem leituras díspares do que se passa à sua volta.

Um dos perigos do totalitarismo, porque a ideia de totalitarismo é muito mais abrangente do que quando nos referimos apenas a regimes políticos, é a intolerância à diferença, seja de opinião seja de outra coisa qualquer, e os mais intolerantes são sempre os menos informados e os que estão menos habituados a pensar, tarefa que efetivamente envolve esforço e trabalho. Por outras palavras, ser tolerante em relação a opiniões divergentes e até antagónicas, implica confiança nas próprias pesquisas e implica inteligência também.

15SET2020


A escrita é o meu passatempo preferido. Escrevo porque me sobra cá dentro, transborda, esta parte da minha essência que se confunde comigo, que, na verdade, sou eu. Escrevo quando e o que me apetece. e dá-me um tremendo gozo e prazer esta liberdade infinita.

16AGO2020


A melhor maneira de apreciar algo bom da vida é perdê-lo durante algum tempo... depois é só ir à procura, com sorte reencontra-se e, desta vez, o que antes parecia garantido e, por isso, insignificante, é agora, afinal, imprescindível, ao ponto de apetecer agradecer, todos os dias, o simples facto de viver.

14AGO2020


A solidão nasce no espaço interior que sem darmos por isso deixamos vazio e cresce ao procurarmos nos outros a nossa razão de existir, alguém que ocupe um espaço que afinal só pode ser preenchido por nós.

29JUL2020


MAUS TRATOS SÃO MAUS TRATOS

Estive a ler um artigo sobre os recentes acontecimentos no canil de Santo Tirso e depois caí na esparrela de ler alguns comentários dos internautas, leitura que interrompi quando comecei a sentir-me angustiada. Se existe uma abordagem que mexe com o meu sistema nervoso são as comparações patéticas entre crimes hediondos, numa lógica de se aceitarem uns por serem menos graves do que outros. Por exemplo:

- Como é que as pessoas se podem indignar com os maus tratos aos animais quando há tantas crianças exploradas, abusadas, maltratadas, pelo trabalho infantil, pelas redes de pedófilos, pela violência doméstica?

O problema é que as pessoas se indignam muito pouco! Esse é o problema. E crimes mais sinistros não atenuam os outros. Atentados contra a vida de criaturas inocentes indefesas são sempre crimes maiores, compará-los para atenuar níveis de negligência, sadismo e violência é tão absurdamente insensível que devia ser considerado crime também... mas infelizmente não é.

24JUL2020


Quando deixamos de ouvir e deixam de nos interessar ideias que divergem das nossas, passamos a ser incapazes de questionar as nossa convicções, tornamos-nos intolerantes, inflexíveis, e perdemos a capacidade de aprender.

07JUL2020


Há dias vi-me numa situação invulgar. Li uma publicação em inglês que dizia " Sinners judging sinners for sinning differently" e, enquanto tomava o pequeno almoço, escrevi o seguinte texto:

All of us, humans, are sinners

We can't choose be otherwise

The choice we have is the judgment part.

Not judging others is hard but...

Sure Is the state-of-the-art.

Difícil e trabalhoso foi passar a ideia para português, a minha língua mãe, o meu idioma adorado, tão rico e tão complicado.

Todos nós humanos falhamos

Não temos escolha, é assim.

A escolha está em julgarmos.

Não julgar os outros,

Por tudo e por nada.

Esse é o desafio maior

Um desafio sem fim.

Não é uma tradução, é a adaptação de uma ideia.

6JUN2020


Andávamos a correr sabe-se lá para onde, convencidos que o tempo nos fugia e que não nos chegava para nada. De repente fomos obrigados a viver devagar, e ficámos desorientados, mais perdidos do que nunca, com o tempo a sobrar-nos por todos os lados, desesperados. Aprendemos então que a cadência do tempo, afinal, depende apenas do pensamento.

25MAI2020


EFEITO BORBOLETA

Quando finalmente aceitamos que na vida muito pouco depende de nós, deixamos de carregar o mundo nos ombros e, libertos desse peso, ficamos então disponíveis para cuidar com todo o esmero da ínfima parcela que depende efetivamente de nós e, com a consciência dessa mudança, tornamos-nos mais tranquilos, realizados e felizes. Esse estado de espírito contagia tudo e todos à nossa volta e é afinal imensa a nossa capacidade de influenciar positivamente a vida que nos rodeia. Basta fazer com Amor tudo o que estiver ao alcance das nossas mãos.

5ABR2020


Não te envolvas com quem escreve e conta histórias sobre tudo e nada e sem fim. Não tentes entender quem viaja, ora para um futuro imaginado, ora para um passado sonhado e, mesmo quando está no presente, faz dele um mundo inventado e se sente bem assim.

1ABR2020


A MINHA GERAÇÃO É MELHOR QUE A TUA? NÃO.

De vez em quando aparecem nas redes sociais, e chegam-me também por Messenger e Whatsapp, alguns textos e vídeos em que, num tom de saudosismo bacoco, se comparam as gerações jovens com as nossas, menos jovens, enaltecendo as virtudes dos mais velhos e achincalhando a falta delas, na geração dos nossos filhos.

O primeiro disparate é afirmar que nós somos bem educados, respeitamos os mais velhos, etc. ... Espera lá! E quem é que educou os mais novos? Fomos nós. O segundo disparate é não ter a noção que em todas as gerações, desde sempre, existem pessoas impecáveis e pessoas que não prestam para nada. O carácter não depende da época em que se nasce e o que se pode melhorar em cada pessoa, não dependente da herança genética nem do ambiente social em que se vive. Dizem os psicólogos que será até aos seis anos de idade, e pela influência dos educadores, que tudo fica traçado.

Já agora, em abono da verdade, o mundo tal como está (e não, não me estou a referir à pandemia actual) é o resultado das escolhas e governação da nossa geração. Os jovens são os herdeiros dos erros que nós cometemos e muito pouco ou nada responsáveis pelo mundo em que vivemos.

Em resumo, antes de apedrejarmos os jovens convém fazer uma pequena reflexão: se a nova geração não é melhor, fomos nós que não fizemos o nosso trabalho como deve ser.

28MAR2020


NÃO SÃO SÓ AS NOTÍCIAS QUE SÃO FALSAS

Parece que as notícias falsas nas redes sociais se estão a propagar ainda mais rapidamente do que o habitual, como um vírus a competir com outro a ver qual deles faz mais vítimas e mais estragos. Ainda anteontem partilhei um artigo, pasmem-se, do Diário de Notícias, sobre a nova limpidez dos canais de Veneza e as fotografias eram falsas ou manipuladas! Mas não são só notícias. O vírus ataca também a nível cultural.

Li há pouco uma carta supostamente escrita (e muito bem escrita) em 1920, durante a pandemia da gripe espanhola, por F. Scott Fitzgerald, em quarentena na Côte d'Azur. Resolvi ir verificar e é uma carta falsa. Qual será o objetivo de falsificar até a obra de quem já nem se pode defender? É que andarem a espalhar boatos e mentiras sobre os vivos, para os prejudicar, infelizmente já estamos habituados, agora isto só prejudica mesmo a cultura e o conhecimento de quem por aqui anda.

Assim, inteiramente seguro é fazer publicações originais ou partilhar música ou anedotas e piadas (essas, felizmente, não se conseguem falsificar). O resto, antes de partilhar convém confirmar por várias vias se é verdade ou não e, mesmo assim, correr o risco de estar a contribuir para o vírus mais absurdo dos nossos tempos: a desinformação.

22MAR2020


ENQUANTO É TEMPO

Se eu morrer de hoje para amanhã, espero que não tenhas sobre mim guardado um elogio que comigo não tenhas partilhado. Pode ainda consolar os que cá ficarem mas a mim já não vai servir de nada. Se for caso disso, diz-me agora, enquanto posso viver essa imensa alegria de me sentir querida por ti.

15MAR2020


EUTANÁSIA

Tenho lido inúmeros artigos de opinião divergente sobre a eutanásia e constato que se está a introduzir no debate um parâmetro que não tem nada a ver com isto e que é a questão dos cuidados paliativos e do suposto interesse do Estado em aprovar a eutanásia para reduzir os custos nesses serviços. Mas o que é que uma coisa tem a ver com a outra? Teria se se começassem a matar doentes terminais para libertar camas mas, felizmente, não é disso que falamos quando falamos de eutanásia.

A eutanásia é uma escolha - como tal facultativa - íntima e pessoal, é a liberdade individual de poder optar por morrer dignamente, não é uma questão social e muito menos uma questão de Estado.

Contra o referendo e a favor da eutanásia.

19FEV2020


ABSTENCIONISTAS - OS REVOLUCIONÁRIOS DOS SOFÁS E DAS REDES SOCIAIS

Vivo num bairro lisboeta com uma população muito envelhecida e, no domingo, quando fui votar, não pude deixar de reparar, e de me comover, com muitos dos meus vizinhos, trémulos e frágeis, amparados por alguém ou de bengala ou de andarilho, com paciente dignidade nas filas de voto. Pessoas que se lembram do tempo em que não se podia votar e que acreditam tanto no dever cívico como no direito de exprimir a sua escolha. Pessoas que não fazem o sacrifício de se deslocarem às assembleias de voto pelo seu futuro, já que as suas vidas são agora muito mais feitas de passado. Pessoas que pensam na comunidade antes de pensarem em si.

E fiquei a pensar noutro tipo de cidadãos, alguns meus conhecidos ou amigos, abstencionistas convictos, que acreditam que não votar é marcar uma posição e fazer a diferença. Deixam-se ficar em casa, ou vão passear, dizem que o sistema não funciona convencidos que estão a fazer uma revolução e, como não votam, acreditam não ter responsabilidade nenhuma sobre o estado do país. Que confortável achar que a responsabilidade é sempre dos outros, mesmo sendo já a maior "força" política, com 45% do potencial eleitorado.

Curiosamente, ainda ninguém me conseguiu explicar os resultados práticos, concretos e positivos desta militância abstencionista.

9OUT2019


NAUFRAGAR NO MAR DAS PALAVRAS SENTIDAS

A escrita, sendo sempre um monólogo, mesmo quando dirigida especificamente a alguém, é sem dúvida a pior forma para alcançar o entendimento e, se for temperada com emoções à flor da pele, pode levar a ruturas irremediáveis, fatais.

Por mais pensadas, escolhidas e relidas que sejam as palavras, é impossível, para quem escreve, prever o impacto que terão ao serem lidas, por não se conhecer o estado de espírito de quem lê, e é com essa carga que as palavras serão recebidas, esbatendo ou até apagando a intenção com que foram escritas.

Numa conversa presencial - graças à interação imediata, ao olhar, às expressões e ao tom de voz - nada está garantido mas as hipóteses de se estabelecer um diálogo e de se chegar a um entendimento sobem exponencialmente.

De qualquer modo, escrita ou falada, a qualidade da comunicação entre duas pessoas é sempre inversamente proporcional à emotividade envolvida porque, quanto mais a quente nos exprimimos, mais descontroladas são as palavras sentidas que ecoam dentro de nós e que deixamos escapar .

1OUT2019


Eu, ser humano, sou responsável pela destruição do planeta. Os únicos inocentes são os outros animais.

Arde o Ártico, arde a Amazónia e o que se comenta nas redes sociais é se a culpa é da esquerda ou da direita, da Europa ou da América.

Patético e muito triste este espelho de nós, seres humanos, e da nossa crónica dificuldade em assumir responsabilidades e de, desde a nossa poltrona, acharmos que a culpa é sempre dos outros.

Quais outros?

Somos todos culpados e responsáveis pela situação a que chegámos e por não sabermos agir juntos pela causa comum, maior, a causa da vida na terra.

25AGO2019


ANTES, AGORA E DEPOIS

As boas recordações são sonhos do passado que nos aconchegam, realizados, intactos e plenos, parte de nós, do nosso presente que é sempre feito de futuro também, dos sonhos desejados e imaginados que nos dão tanto gozo, conforto e prazer. O futuro é feito de passado, o passado vive no presente mas é o presente que escolhe o que trás do que passou e o que idealiza o que vai ser, sem esquecer, que é agora a vida que não volta.

2AGO2019


Reler SIDDHARTHA de Hermann Hesse

Tenho sempre tantos livros apelativos, não lidos, em fila de espera que muito raramente releio os já lidos, talvez por sentir uma absurda angústia por ter ainda tanto por ler e cada vez menos tempo para o fazer.

Há dias, quando saía de casa à pressa, e tendo terminado o livro que tinha em mãos, apanhei da estante o leve e fininho SIDDHARTHA para não enfrentar as viagens de autocarro sem nada para ler e descobri o óbvio, agora, mas que não o era até então para mim: ler o mesmo livro (neste caso cerca de trinta anos depois) não é uma repetição. O livro é o mesmo mas nós não.

Todos nós, tal como Siddhartha, vamos cumprindo etapas na vida que nos fortalecem emocionalmente, enriquecem intelectualmente e envelhecem fisicamente. Sofremos uma evolução permanente, independentemente das opções que tomamos e dos tropeções que damos e é mais fácil entender o sentido único e positivo que a vida tem quando percebemos que não se pode voltar atrás e acreditamos que o melhor - de nós - está sempre e ainda por descobrir.

12JUL2019


"Dolce far niente" ou a arte de não fazer nada

Tive o privilégio de visitar Itália muitas vezes - tanto privilégio que já não sei quantas vezes foram - e de ter gostado de tudo, por lá: das pessoas, da diversidade e da sabedoria; Da língua, da literatura e da pintura; Das cores, da estética e da arquitetura; Das cidades, do campo e do mar; Da História, dos museus e do cinema; da gastronomia, do clima e dos aromas... Se não tivesse nascido portuguesa não me importava mesmo nada de ter nascido italiana.

Tal como em Portugal, conhecer uma cidade ou uma região italiana não implica ficar a conhecer o país, nem pouco mais ou menos. Se alguém visitar o Porto e o Douro volta para casa encantado mas sem imaginar que também temos, por exemplo, Évora e o Alentejo, tal como quem visitar Milão e os Lagos se deslumbra e dificilmente imagina que Nápoles e a Costa Amalfitana são também Itália e ficaram por descobrir.

Itália está, como Portugal agora, muito fustigada pelo turismo e há destinos - como Veneza, por exemplo - que só se podem visitar no outono ou no inverno sob pena de se andar mais a tropeçar em turistas do que nas pedras da calçada. Não deixa de ser irónico sermos turistas quando viajamos e odiarmos andarmos misturados com eles, iguais a nós, muitas vezes. Mas é assim, todos sabemos.

Lembrei-me hoje de escrever sobre Itália graças à celebérrima frase "Dolce far niente" que tão bem reflete a sabedoria de um povo como é difícil pôr em prática, hoje em dia em que se vive num frenesim permanente. Cada dia de trabalho com as nossas obrigações profissionais e afazeres familiares e domésticos, aos fins-de-semana não temos o trabalho mas chamam-nos os compromissos sociais e familiares e domésticos... e é-nos quase proibido o abençoado "dolce far niente".

"O que é que vais fazer no fim-de-semana?"

"O que é que vais fazer nas férias?"

Experimentem responder "Nada" e vão perceber o que eu estou a dizer.

12JUN2019


Os sonhadores, muitas vezes artistas e solitários, são os seres mais difíceis de amar porque não param de reinventar o que não acontece como esperavam e continuam, como se nada fosse, em busca desse bem estar maior que todos desejamos e que só os bafejados pela sorte, ou pelo talento da procura permanente, acabam por encontrar dentro de si. Mas tal como amamos os nossos ídolos da literatura, música, pintura... também podemos tentar ser capazes de amar quem está próximo, nos tem afeto até, mas não precisa de nós para ser feliz porque está e é pleno em si mesmo.

18MAI2019


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

É absolutamente redutor avaliar a gravidade da violência doméstica pelo número de vítimas mortais.

Em Portugal morreram 27 pessoas em 2018, vítimas de violência doméstica, mas foram apresentadas mais de 26.000 queixas no mesmo período, uma média de uma queixa em cada vinte minutos. Destas queixas, 13% chegaram a tribunal e 6% a condenações.

Além da quantidade de maus tratos que até aqui já está a ficar para trás, num limbo de esquecimento apesar de quantificado, não por não existir legislação mas porque as instituições responsáveis não se coordenam com objetivos comuns de eficácia, ainda nos faltam todos os dados da violência escondida, muda e envergonhada, que não apresenta queixas e por isso nem aparece nas estatísticas, nem nos jornais, nos debates, nas televisões e nas redes sociais.

É natural o luto pelas vítimas mortais mas é necessária a luta pelos não sabemos quantos milhares de vítimas vivas que, se calhar, preferiam morrer, a viver num ambiente permanente de medo, abuso e humilhação.

Não é o Estado que vai resolver o problema da violência doméstica, mais do que competência, falta-lhe vocação. Somos todos, sociedade civil, vizinhos, amigos, colegas de trabalho, que devemos estar mais atentos e disponíveis, seja para apoiar o agredido como para denunciar o agressor.

A luta é contra a frieza, ás vezes mortal, da indiferença com que vivemos uns com os outros sem querermos saber de ninguém.

12FEV2019


O CAMINHO

Existe uma misteriosa magia no elo que estabelecemos, para sempre, com os nossos amigos de adolescência.

Por mais anos que passem, por mais longas que sejam as temporadas sem uma palavra sequer, no momento em que nos reencontramos dilui-se o tempo e a distância e é como se o nosso encontro anterior tivesse sido na véspera.

Quando estamos juntos o tempo deixa de existir, aliás, flui na direção contrária e tornamos-nos peculiares jovens de cabelos brancos, miúdos que já são avós.

Olhamos uns para os outros e não vemos apenas quem agora parecemos ser, vemos para lá das rugas de cada um e reconhecemos essa essência que perdura, que não muda, essa centelha eterna que mantemos no fundo do nosso olhar, só perceptível para quem nos acompanhou quando ainda começávamos, atabalhoadamente, as tentativas-erros na procura do conhecimento de nós próprios.

24DEZ2018


Quanto mais consciência temos da precariedade da vida, de como é fugaz e passa num sopro, mais valor damos a tudo, a cada momento, a cada afecto, a cada emoção, a cada paisagem... e menos ansiamos por que os dias passem depressa.

              5DEZ2018


UM PODER INFINITO

Ontem li uma entrevista de Stephen Hawking em que ele afirmava que Deus não existe e que a origem do Universo se deve apenas às leis da física, aliás, para ele tudo se explica através das leis da física.

Depois fiquei a pensar que, com o devido respeito face a uma mente brilhante, não é verdade.

A espiritualidade que toda a humanidade possui, embora numas pessoas seja mais evidente do que noutras, existe mesmo, não sabemos qual a sua origem mas uma coisa é certa, é independente das leis da física.

Dentro do conceito de espiritualidade estou a incluir não só as crenças e as dúvidas sobre o sentido da vida mas também os sentimentos, pensamentos, emoções e sonhos do dia-a-dia... enfim, tudo o que não é tangível, palpável, visível e que me parece ser a essência da vida.

Em principio não deveria dizer que não é verdadeira a afirmação de Stephen Hawking sem apresentar uma tese alternativa e categórica mas, mesmo assim, atrevo-me a refutar uma teoria que embora seja científica acaba por ser simplista porque há vida para além da física, e até podemos dizer que é feita também de energia, energia com um poder infinito.

10NOV2018


IDEIAS SOLTAS

Alguns julgam que são os astros que definem a sua vida, outros acreditam que está tudo nas mãos de Deus e não há dúvida que dá um conforto imenso acreditar que a vida não depende de nós... mas eu faço parte do grupo dos que estão fora dessas zonas confortáveis, dos que acreditam que somos nós que desenhamos a nossa vida, graças a todas as decisões que tomamos e às que deixamos de tomar, e não há mapa astral ou Deus que nos valha, quando escolhemos ir por ali ou nos deixamos ficar por aqui... no entanto não só respeito quem não pensa como eu como, às vezes , até sinto alguma inveja de quem acredita que não vai ao leme da sua vida, da sua sorte ou destino, ou como lhe queiramos chamar, e que não depende de si a forma como vive, sente e faz sentir aos outros, a sua breve e frágil passagem por estas paragens.

8AGO2018


DORES DO CRESCIMENTO INTERIOR

Só depois de algumas quedas e falhanços nos tornamos capazes de aceitar que não somos perfeitos, nem a vida. Sentimos então uma tremenda emoção por nos conseguirmos aguentar, graças a esse equilíbrio precário entre a tentativa persistente e o erro que, quando aparece, logo se revela plenamente e nós, sem inseguranças nem pudor, assumimos esse deslize para depois seguirmos em frente, cada vez mais capazes de contornar o que não controlamos na vida e que, inevitavelmente, nos vai aparecendo amiúde pelo caminho.

20JUL2018



              VIAGENS ILIMITADAS

E que tal se nós pudéssemos viajar sempre que nos apetecesse? Estando de férias ou a trabalhar, sem necessidade de fazer malas nem passar horas em aeroportos e aviões, sem "jet lag" e praticamente de graça, era bom não era? Era e é... lemos bons livros e garantimos viagens sem limites.

Temos a certeza de que um livro é bom quando despachamos o que temos a fazer e antecipamos o gozo que vai ser, depois, cair no sofá e continuar a leitura onde, por força maior, tínhamos parado. Também quando chegamos à última página e à palavra final e começamos, imediatamente, a sentir saudades dos personagens, dos ambientes, de tudo o que nos estava a dar tanto prazer partilhar e viver e que se desvanece, de repente, sem que sejam admitidos nem lutos nem saudades... isto é, sem que os outros admitam mas cada um de nós é que sabe as dores que transporta quando perde ou acaba o que lhe apraz e consola.

Os livros não nos levam só para qualquer parte do mundo, transportam-nos também no tempo, para a época e civilização que nos estiver a apetecer, na altura. Mais ainda, entramos, sem ter de pedir licença a ninguém, nos pensamentos, sentimentos e emoções de uma infinidade de personagens, sejam heróis ou assassinos, reis ou mendigos, artistas ou pessoas, como nós, sem nada de especial para além da riqueza que carregam sem saber que é poder escolher, a cada instante, o que fazer com o tempo e para onde deixam voar o pensamento o que, evidentemente, vai definir se tiveram ou não um bom dia... e uma boa viagem também.

14JUL2018


REALIDADE, QUAL DELAS?

Vi há tempos uma série na Netflix - The Affair - cujo enredo ora era relatado sob o ponto de vista de um personagem, ora doutro, e outro e outro... A certa altura alguém perguntou: "Mas afinal qual é a versão verdadeira?". Eram todas, claro, versões tão díspares e antagónicas mas, ao mesmo tempo, todas verdadeiras e todas reais, uma para cada um dos envolvidos na trama.

Por mais objetivos e pragmáticos que sejamos sabemos que a percepção da realidade é, forçosamente, única e subjetiva, dependente de uma infinidade de factores - intrínsecos e adquiridos - e esta simples noção devia ajudar-nos a tolerar as diferenças das visões dos outros que, muitas vezes, nos parecem absurdas e inaceitáveis.

É evidente que cada um tem o centro em si próprio. Somos todos seres egocêntricos. É em nós que surgem as dúvidas, as hipóteses e as respostas e ser egocêntrico não tem nada a ver com ser egoísta. Ser egocêntrico faz parte da natureza primária porque nada existe para nós se nós deixarmos de existir e o que existe para nós é o que nós sentimos enquanto estamos vivos.

A realidade e a verdade são a percepção que cada um tem em relação a tudo o que o rodeia, o espaço, os outros e os acontecimentos.

Ninguém vê e sente a realidade da mesma maneira.

É por isso que ser tolerante à diferença é uma forma de ser inteligente. É aceitar que a realidade seja vivida e sentida por cada um, à sua maneira, e que todas as sensibilidades são, igualmente, tanto genuínas como válidas.

21JUN2018


DAR VIDA AO TEMPO MORTO

Quando alguém se queixa de que não tem tempo para nada eu costumo responder que isso é uma ilusão. Seguem-se réplicas como "Não me venhas agora com as tuas teorias", "Lá estás tu", "Só podes estar a gozar"...

As queixas de falta de tempo mais habituais são, entre outras, não ter tempo para ler, para ouvir música, para fazer exercício, para estar com os amigos, para passear ou mesmo para não fazer nada, ou seja, falta de tempo para gozar a vida.

Por mais que nos custe admitir, só não temos tempo para o que não é genuinamente prioritário para nós e, normalmente, embora quase nunca nos queixemos disso, o que nos falta é tempo para pensar no que verdadeiramente queremos fazer... com o nosso tempo.

Mas será que nos falta mesmo tempo para pensar? Ou pensar não faz parte sequer parte das nossas prioridades...

Não pensamos em dar vida ao tempo morto quando esperamos para ser atendidos, quando esperamos pelo autocarro, no aeroporto, nas filas de trânsito, quando esperamos por quem chega atrasado a um compromisso... não esquecendo os desperdícios mais graves, por serem recorrentes, como quando esperamos que o dia de trabalho passe, que seja sexta-feira, que cheguem as férias... enfim, quando ansiamos pelo destino e desperdiçamos o prazer de viajar sabendo, paradoxalmente, que a vida é a viagem e não chegar ao fim.

Não ter tempo é uma ilusão que advém da discrepância entre aquilo que nos impomos e aquilo que nos dá verdadeiro prazer.

Se a vida é toda feita de tempo, o tempo tem de ser todo feito de vida.

23FEV2018


ANIMAIS QUE ESTIMAMOS... OU NÃO?

Foi recentemente aprovada uma lei que permite que os animais de estimação convivam com os seus donos e com as outras pessoas nos espaços de restauração.

A primeira ideia que me veio à cabeça é que a Assembleia da República não tem as suas prioridades bem definidas. Se pensarmos que pagamos alegremente toda aquela estrutura, as centenas de ordenados e regalias de toda aquela gente, para que se debrucem sobre matérias tão decisivas para o bem estar do País e dos portugueses... a mim, não me cai bem.

Por outro lado parece-me que esta Lei não favorece nem as pessoas nem os animais. Os donos, em vez de estarem a usufruir da sua refeição num clima de descontração, vão estar com um olho no prato e outro no seu animal, não vá ele fazer um xixi ou cocó, começar a ladrar ou a arranhar a alcatifa (caso seja cão ou gato)... E os animais vão estar ali a ver as pessoas comerem, provavelmente com vontade de comer também, obrigados a estarem quietos e bem comportados, amestrados, num verdadeiro suplício.

Além dos cães e dos gatos, esta Lei, que confesso não li na íntegra... tenho em fila de espera leituras bem mais excitantes... abrange periquitos, ratinhos da índia, coelhos (neste caso os que têm sorte ficam na sala e os mais azarados vêm no tacho)? Não sei e acho que não quero saber.

A sério, tenho muita curiosidade em saber qual é a problemática que a sociedade tem, que se pretende resolver com esta legislação.

Qual calamidade dos incêndios, qual corrupção, que abusos de poder, que bandalheira na banca, que falta de fiscalização nas IPSS, qual poluição no Tejo... nada disso. O importante é que o animal de estimação possa ir jantar fora também.

10FEV2018


FACEBOOK

Relembra-me o Facebook que aderi à rede em Fevereiro de 2009, faz 9 anos portanto.

Sou daqueles utilizadores que gosta e assume que gosta do Facebook, aliás, irritam-me as pessoas que dizem cobras e lagartos do Facebook e que têm conta criada só para enxovalhar o próprio e quem por cá anda.

O Facebook que cada um tem é o reflexo de si próprio, tão simples como isto, não nos vamos iludir. Depende de cada um as pessoas a quem se liga, as páginas que segue e por aí fora.

Ai é só futilidades? se calhar é melhor rever a sua lista de "amigos" (entre aspas porque se fosse eu a dar-lhes um nome, chamar-lhes-ia conhecidos), é melhor rever também as sua preferências e tendências.

É por isso que de vez em quando é salutar fazer uma revisão do que fomos acumulando durante anos, tal e qual como na nossa vida real. Rever quem nos inspira e quem não nos diz nada, rever os tópicos que mais nos interessam. Eu faço isso. Desativo e ativo ligações para que este seja um sítio onde me sinto bem.

Graças ao Facebook reencontramos pessoas das quais tínhamos perdido o rasto e que nos dá um imenso prazer reencontrar, no meu caso até reencontrei colegas da escola primária. Foi emocionante porque tinham passado mais de 40 anos sem saber nada delas! Reencontrei também pessoas que conheci na adolescência, algumas pelas quais passei, na altura distraída, e de quem agora me sinto muito mais próxima do que na época em que nos conhecemos, no relevo.

Aqui podemos partilhar arte. Podemos partilhar piadas. Podemos partilhar o que nos motiva. Podemos partilhar o que nos choca. Podemos partilhar e receber o que bem entendermos.

Não há vítimas no Facebook. Essa ideia desvaloriza bastante quem por aqui anda.

A vida é partilhar. Cada um sabe o que quer receber e o que quer dar.

2FEV2018


PÚBLICO E PRIVADO

Tenho assistido a várias conversas e tenho lido vários textos sobre a privacidade do que se publica nas redes sociais e confesso que fico sempre com os cabelos em pé. Lembro-me de conversas sobre as fotografias fofinhas das crianças, do género de me dizerem que partilham mas só para os amigos próximos do facebook e por isso as fotografias mantém-se na esfera privada. Espera lá, os amigos próximos do facebook? Se calhar o problema está aí, na designação de amigos.

Na minha opinião os contactos do facebook deviam designar-se por conhecidos e não por amigos. Convenhamos, ninguém tem 100 amigos, nem 10, quanto mais 500! Podemos conhecer e até simpatizar (por alto) com 500 pessoas mas quando pensamos a quem telefonar para desabafar sobram quê? cinco? quatro? menos? É por aí.

Como é que é possível alguém publicar seja o que for que queira manter privado? Se alguém quiser manter algum assunto privado é muito simples, não publica em lado nenhum. Se alguém quiser partilhar um assunto privado com os amigos, convida-os para jantar, por exemplo, e confessa-se, à lareira, por exemplo também, sem envolver qualquer tipo de tecnologia.

Como a própria palavra indica, publicar é isso mesmo, é fazer com que alguma coisa deixe de ser privada. Tudo o que se publica deixa de ser privado. Tudo. Não vale a pena ter ilusões sobre as contas blindadas com graus máximos de privacidade, é tão patético que dá vontade de rir... ou de gritar! Outra ilusão que não vale a pena ter é que quando se apaga alguma coisa que se publicou essa coisa foi mesmo apagada. Errado. Publicou? Está publicado. Pode não ficar visível para o utilizador comum mas podem ter a certeza que continua lá, num servidor qualquer, numa cloud, sabe-se lá onde.

Não temos amigos nas redes sociais. Temos conhecidos. Alguns desses conhecidos, muito poucos, até podem ser, simultaneamente, os nossos Amigos da vida sentida, da vida real. E com esses partilhamos a vida de outra maneira, de uma maneira verdadeiramente privada, livre e sem rede.

25JAN2018


COISAS DO DIA-A-DIA

Não andava de autocarro há muitos anos mas desde que recentemente comecei a trabalhar a 50 metros do Marquês de Pombal, com autocarro porta a porta, foi inevitável retomar esta opção de transporte que, além de ecológica - mais ecológico do que isto só a pé ou de bicicleta, hipóteses estas que, atendendo à distância e ao prémio da montanha que é subir a Infante Santo, são inviáveis - é um verdadeiro descanso e prazer.

Descobri que gosto muito de andar de autocarro. Não ter de andar a conduzir no pára arranca da hora de ponta, não ter de andar à procura de lugar para estacionar, poder viajar a olhar para a paisagem e para tudo o resto que me rodeia, a ouvir música, a ler, a escrever ou só a pensar é... um verdadeiro luxo.

Foi com alguma surpresa que descobri que as pessoas entram no autocarro e não dão os bons dias ou as boas tardes ao motorista. Apesar da entrada ser de frente para o motorista, os passageiros tratam-no como se ele fosse mais uma peça do equipamento de locomoção.

Eu cumprimento sempre os motoristas. E, espantem-se, eles respondem!

Melhor ainda, como acabo por apanhar os autocarros quase à mesma hora, tanto nas idas como nas vindas, encontro muitas vezes os mesmos motoristas e agora, não só recebo os bons dias e boas tardes, de volta, como ainda me brindam com um "como está a senhora?", um simples "Olá" ou aquele ligeiro aceno com a cabeça e leve sorriso, que fazemos quando conhecemos alguém, a abrir a saudação.

Acredito que em breve os motoristas serão substituídos por equipamentos sofisticados ...até lá é gozar o mais possível a nossa dimensão humana, de preferência carregada de empatia que, pelo menos por enquanto, as máquinas não conseguem emular e que acaba por ser o que nos diferencia da tecnologia.

Isto é válido para várias pessoas que nos servem no dia-a-dia, a pessoa a quem pagamos a portagem (já em vias de extinção), na caixa do supermercado (também a caminho de desaparecer), quem nos serve o café na pastelaria...

Enquanto forem pessoas com quem lidamos, vamos ser humanos.

18JAN2018


VIDA

A certa altura percebemos que, afinal, a vida não é feita de grandes sonhos e grandes projectos, mas das coisas pequeninas, do dia-a-dia.

A vida não pode ser encarada como um todo. Não é como um filme, não existem finais felizes, porque o final de cada vida é a maior incógnita que, paradoxalmente, todos temos garantida.

Não vivemos dois dias iguais e é essa a magia e o encanto de estarmos vivos.

Acordar e agradecer termos um dia pela frente, por estrear, que depende de nós para ser um bom dia.

Evitar ter pressa por idealizarmos dias futuros, aprender a viver devagar, o mais devagar possível. Evitar não gostar das segundas-feiras que têm 24 horas tão nas nossas mãos como as horas de qualquer outro dia.

Valorizar os detalhes, encontrar os casos e acasos que nos fazem sorrir. Olhar com um olhar renovado para a paisagem que conhecemos como a palma da mão. Ouvir aquela música que já ouvimos centenas de vezes mas que fala connosco sempre de maneira diferente, dependente da emoção do presente.

Apreciar cada pequena surpresa, uma mensagem, um telefonema, um abraço mais apertado do que o esperado, um elogio, ou apenas um sorriso de um estranho no meio da rua.

A certa altura percebemos que o peso da vida é feito da leveza de cada momento.

A vida recomeça, todos os dias.

13JAN2018


PAIXÃO

As paixões são voláteis e inesperadas, impossíveis de controlar, tanto quando surgem, como quando se instalam e, aí nem se fala, quando depois nos levam sabe-se lá para onde, rumo ao desconhecido, onde tanto se podem intensificar como desmoronar-se, onde tanto nos podem encher de prazer como sugar-nos os sonhos e a ilusão.

Se nos apaixonamos não temos que fazer nada porque não há nada a fazer, somos tomados de assalto e ficamos à mercê das vagas de emoções sem limites, difundidas por todas as dimensões conhecidas e por outras que só conhecemos então. É aí que temos que encarar o medo de frente e tentar aguentar ficar fora de pé, sem chão, tendo como única certeza, não ter certeza de coisa nenhuma.

22DEZ2017


PARTILHAR

A consciência da nossa própria precariedade e da precariedade de tudo o que nos rodeia é o único caminho para cultivarmos o que somos e valorizarmos o que é estar vivo. Sabermos que não existe nada garantido obriga-nos a manter o foco no que verdadeiramente importa. E o que é que verdadeiramente importa? Importa sentirmos-nos bem connosco próprios. Só isso... o que não é pouco, na verdade, é tudo.

É certo que a plenitude da vida alcança-se com a partilha mas só podemos alcançar essa quimera se sozinhos formos um todo, se nos sentirmos sempre inteiros, independentemente de quem nos rodeia.

Emocionalmente só podemos dar o que somos, não o que parecemos, e só podemos receber o que nos completa, não o que nos faz falta. Aquilo que parece desvanece-se e as faltas só podem ser colmatadas cá dentro, na total intimidade, a sós.

As respostas às quais parece nunca conseguirmos responder não nos vão chegar dos outros, vão chegar, se chegarem, de dentro de nós. Ninguém, além de nós próprios, é a chave para a nossa felicidade. Mas é verdade também que aprendemos isto tarde de mais, quase sempre.

O que é comum é termos que partir o nosso coração algumas vezes, pelo menos uma vez, para percebermos que somos nós quem vai apanhar esses cacos e restaurar, sozinhos, a nossa unidade, a nossa essência, o nosso bem estar.

E é passada essa dor de crescimento que somos capazes de tudo... capazes de amar doutra maneira, centrados não nas nossas necessidades mas no gozo da partilha em si, no prazer de estarmos inteiros e mesmo assim desejarmos chegar, com alguém, a outro patamar.

É aí que amamos porque não aguentamos carregar, sem partilhar, o desmesurado prazer de viver.

15DEZ2017


AGORA

Temos a tendência para imaginar um futuro imenso porque recusamos pensar que o futuro está sempre a diminuir. A cada dia que passa, a cada batida do coração, sobra-nos menos tempo para concretizarmos os nossos sonhos ou desejos, como se lhes queira chamar.

A clássica frase "não deixes para amanhã o que podes fazer hoje" torna-se cada vez mais lógica e assertiva, à medida que ficamos mais velhos, quando começamos a ver morrer os nossos amigos, quando percebemos que é quase certo já estarmos a viver a segunda metade da nossa vida.

Não quero ficar com nada por dizer nem nada por fazer, correndo o risco de anular mistérios, sempre tão excitantes e atraentes, correndo o risco de ficar totalmente exposta, sem camadas nem defesas, não vou guardar para depois o que quero dizer e fazer agora. Primeiro porque o futuro é incerto, uma incógnita nebulosa que não me permite saber se amanhã vou poder dizer, ou fazer, o que hoje já tinha pensado e idealizado; segundo porque o presente é garantido, é agora que posso dizer, fazer e, principalmente, sentir, plenamente.

Claro que existem sentimentos relativos ao passado - as memórias, as saudades, a nostalgia, e também os traumas e as tristezas que, quer queiramos quer não, transportamos connosco e fazem parte de nós - e sentimentos relativos ao futuro - os sonhos ou desejos e a esperança que se concretizem, ou o medo do desconhecido, do que aí vem e que muitas vezes nos tolhe os movimentos - mas, sentimentos plenos, daqueles com as emoções à flor da pele, tão vivos que tanto nos aceleram o coração, como nos fazem corar ou gelar... esses, só existem mesmo no presente. Agora mesmo.

Agora é uma palavra mágica e um conceito com muito poder. É o sinónimo da vida sentida.

Viver é agora.

30NOV2017


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